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    Satisfação dos pais sobre a promoção da parentalidade realizada pelo enfermeiro de família

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    Enquadramento: O conceito de parentalidade ou função "parental", que designa uma atitude de co-responsabilização e partilha nas tarefas do cuidar dos filhos atendendo para a necessidade de participação de ambos os progenitores. A parentalidade positiva integra o conjunto de funções atribuidas aos pais para cuidarem e educarem os seus filhos. Pode ser descrita como promoção do desenvolvimento de relacionamento positivo e optimização do potencial desenvolvimento das crianças. Com o objectivo de promover a autonomia do sistema familiar, a intervenção de enfermagem deve basear-se na parceria com a família visando capacitá-la a nível de competências e independência Objectivos: Avaliar a satisfação dos pais sobre a promoção da parentalidade, realizada pelo enfermeiro de família; Determinar a influência das variáveis sociodemográficas e familiares dos pais; Determinar se a influência da vigilância de saúde dos recém-nascidos influencia a satisfação dos pais relativamente à promoção da parentalidade. Métodos: Estudo transversal, de natureza descritiva, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 62 pais de crianças até aos 6 meses de idade vigiados, no primeiro mês de vida, na consulta de saúde infantil na USFIDH, constituída maioritariamente por indivíduos do sexo feminino (88,7%). O Questionário de Satisfação dos Pais sobre Promoção da Parentalidade, foi construído com base na revisão da literatura. Resultados: O estudo indica que de uma forma global os pais apresentam-se muito satisfeitos com a promoção da parentalidade. Para este facto, contribuem de forma significativa a vigilância da gravidez na USF, a frequência às aulas de preparação para o parto na USF e o número de consultas de enfermagem realizadas. 83.9% das puérperas inquiridas fez vigilância da gravidez na USF, dos quais 85.5% foram sempre atendidas pelo enfermeiro de família. Destas, 98.4% considerou importante este atendimento personalizado. Conclusão: As evidências encontradas realçam a necessidade de se investir na formação e sensibilização dos enfermeiros sobre a importância da promoção da parentalidade, capacitando-os para a adopção de boas práticas com a criação e desenvolvimento de um programa direccionado para a promoção da parentalidade positiva. Palavras-chave: Parentalidade; Enfermeiro de família. uma atitude de co-responsabilização e partilha nas tarefas do cuidar dos filhos atendendo para a necessidade de participação de ambos os progenitores. A parentalidade positiva integra o conjunto de funções atribuidas aos pais para cuidarem e educarem os seus filhos. Pode ser descrita como promoção do desenvolvimento de relacionamento positivo e optimização do potencial desenvolvimento das crianças. Com o objectivo de promover a autonomia do sistema familiar, a intervenção de enfermagem deve basear-se na parceria com a família visando capacitá-la a nível de competências e independência Objectivos: Avaliar a satisfação dos pais sobre a promoção da parentalidade, realizada pelo enfermeiro de família; Determinar a influência das variáveis sociodemográficas e familiares dos pais; Determinar se a influência da vigilância de saúde dos recém-nascidos influencia a satisfação dos pais relativamente à promoção da parentalidade. Métodos: Estudo transversal, de natureza descritiva, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 62 pais de crianças até aos 6 meses de idade vigiados, no primeiro mês de vida, na consulta de saúde infantil na USFIDH, constituída maioritariamente por indivíduos do sexo feminino (88,7%). O Questionário de Satisfação dos Pais sobre Promoção da Parentalidade, foi construído com base na revisão da literatura. Resultados: O estudo indica que de uma forma global os pais apresentam-se muito satisfeitos com a promoção da parentalidade. Para este facto, contribuem de forma significativa a vigilância da gravidez na USF, a frequência às aulas de preparação para o parto na USF e o número de consultas de enfermagem realizadas. 83.9% das puérperas inquiridas fez vigilância da gravidez na USF, dos quais 85.5% foram sempre atendidas pelo enfermeiro de família. Destas, 98.4% considerou importante este atendimento personalizado. Conclusão: As evidências encontradas realçam a necessidade de se investir na formação e sensibilização dos enfermeiros sobre a importância da promoção da parentalidade, capacitando-os para a adopção de boas práticas com a criação e desenvolvimento de um programa direccionado para a promoção da parentalidade positiva. Palavras-chave: Parentalidade; Enfermeiro de família

    As vozes dos pais sobre o dia-a-dia dos filhos após o divórcio

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    O estudo centra-se na criança, na família e na relação de parentalidade numa situação de divórcio. O objectivo foi compreender como a parentalidade é vivida pelos pais após o divórcio. Na escolha dos participantes privilegiou-se: ser separado/divorciado, ter pelo menos um filho em idade de creche/ jardim-de-infância antes e após a separação/divórcio e residir no distrito de Santarém. Aos seis ex-casais seleccionados colocaram-se questões acerca da relação de parentalidade e do dia-a-dia da criança. Optouse por uma investigação qualitativa. o instrumento de recolha de dados foi a entrevista, questionando-se individualmente os participantes. Os resultados revelaram que os pais se preocupam com: as consequências psicológicos do divórcio nos filhos; a flexibilidade e a organização da rotina diária das crianças mesmo quando não partilhadas por ambos. a parentalidade é vista como a satisfação das necessidades básicas da criança, nomeadamente, as de afecto, confiança e segurança, bem como uma educação com valores e regras. os pais revelaram ser difícil cuidar e educar do filho num divórcio, afirmando que esse desafio é facilitado quando ambos estão juntos

    Benefícios da preparação para a parentalidade para o casal grávido

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    A transição para a parentalidade e o parto requerem mudanças cognitivas, afetivas e comportamentais nos casais grávidos. As aulas de preparação para o parto/parentalidade visam um resultado esperado com ganhos em saúde no ciclo gravídico-puerperal. Identificar nos estudos científicos, os benefícios em saúde, da preparação para a parentalidade no casal grávido foi o nosso principal objetivo neste estudo. Recorremos para o efeito à Revisão Sistemática da Literatura (RSL) pelo método PI[C]O, pretendemos com esta metodologia assegurar a pertinência do estudo, clarificar e enquadrar o tema e orientar o desenho da investigação. Depois de aplicados os critérios de inclusão, selecionamos oito artigos publicados na base de dados eletrónica Web of Science, que foi a nossa única fonte de pesquisa. Constatamos pela análise dos diferentes estudos a não existência de um instrumento de avaliação validado que permita identificar os benefícios em saúde nesta população com a frequência da educação para a parentalidade de forma sistemática. Assim os principais benefícios identificados nos estudos científicos analisados relativos às aulas de preparação para a parentalidade nos casais grávidos foram: melhoria na adaptação pré-natal dos casais; melhoria no cumprimento do papel de apoio e no auxílio dos cuidados de enfermagem por parte do pai; aumento da aceitação da gravidez nas mulheres; redução do medo do parto nos casais; aumento da preferência pelo parto eutócico; aumento do bem-estar psicológico e diminuição dos flashbacks angustiantes no pós-parto.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Experiencia de los padres durante la hospitalización del recién nacido prematuro

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    Enquadramento: Assiste-se ao aumento do nascimento de bebés prematuros e os pais são confrontados com várias dificuldades e constrangimentos, principalmente se o prematuro requer hospitalização. Objetivos: Identificar os sentimentos vivenciados pelos pais perante o nascimento antecipado de um filho; demonstrar a influência da hospitalização na adaptação à parentalidade. Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório-descritivo, numa amostra não probabilística constituída por 12 pais que tiveram o filho internado em cuidados intensivos neonatais. Utilizámos a entrevista semiestruturada e efetuámos análise de conteúdo. Resultados: Emergiram sete categorias: Impacto do nascimento prematuro; Sentimentos/ emoções dos pais; Parentalidade face à hospitalização de um filho; Acontecimentos marcantes para os pais relacionados com o recém-nascido; Apoios recebidos pelos pais; Opinião dos pais face à hospitalização; Aspetos institucionais a melhorar. Conclusão: Acreditamos que os resultados nos ajudam a compreender as dificuldades e significados atribuídos à vivência dos pais, no sentido de se fortalecerem medidas de humanização dos processos de adaptação à doença e promoção da parentalidade, otimizando os cuidados de Enfermagem

    Satisfação conjugal e parentalidade biológica e adoptiva

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    Tese de mestrado, Psicologia (Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicologia Clínica Sistémica), 2008, Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da EducaçãoO presente estudo, pretendendo uma comparação entre famílias portuguesas biológicas e adoptivas, tem como objectivo analisar a percepção de Satisfação Conjugal e a sua respectiva influência nos Estilos Parentais praticados, com o intuito de compreender a teia de relações existente entre os domínios da Conjugalidade e da Parentalidade. Os 171 sujeitos que compõem a amostra, dos quais 99 com filhos biológicos e 72 com filhos adoptivos, responderam a um Questionário de dados Sócio Demográficos, à Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVIC) (Narciso, 2001) e a uma versão reduzida do Questionário de Dimensões e Estilos Parentais (QDEP) (Robinson, Mandleco, Olsen & Hart, 2001). Identificada uma relação positiva e directa entre as variáveis em estudo, os dados obtidos indicam uma percepção elevada de satisfação conjugal para ambos os tipos de família, embora com valores não significativamente mais salientes para as famílias em circunstâncias adoptivas (tal como sugere a literatura). Como seria de esperar, associada a tais resultados surge uma predominância do estilo autoritativo quer para as famílias biológicas quer para as famílias adoptivas. Os resultados alcançados sugerem, ainda, um efeito do tipo de família quanto à utilização de um estilo parental autoritário. Este apresenta um valor menos evidente no caso das famílias biológicas, contrastando com o estilo permissivo que ocupa a mesma posição de menor preponderância no caso das famílias adoptivas.The present study, by doing comparison between biological and adoptive Portuguese families, as the purpose to analyze the perception of Marital Satisfaction and its influence in Parental Styles, with the aim of understanding the web of relationships between the domains of Marital Relations and Parenting. The 171 subjects that arrange the sample, 99 with biological children and 72 with adoptive children, asked a Social-Demografic Questionnaire, the Evaluation Scale of Satisfaction in Marital Life Satisfaction (ESSAML) (Narciso, 2001) and to a short-version of the Parenting Styles and Dimensions Questionnaire (PSDQ) (Robinson, Mandleco, Olsen & Hart, 2001). Identified a direct and positive relationship between the variable in study, the data obtained indicate a high perception of Marital Satisfaction for both type of families, although with values not significantly more salient for families in adoptive circumstances (just as the literature suggests). As might be expected, associated to those results emerge a predominance of the Autoritative Style either to biological families or to adoptive families. The data still suggests an effect of the type of family as concerns to the use of an authoritarian parenting style. This one presents a less evident value in the case of adoptive families, contrasting with permissive style that occupies the same position of smaller preponderance in case of adoptive families

    Conhecimentos sobre fertilidade, motivações para a parentalidade e atitudes face à doação de gâmetas e gestação de substituição em jovens-adultos

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    Introdução: Cada vez mais, os jovens-adultos tendem a adiar o seu projeto de se tornarem pais. As motivações para a parentalidade têm variado significativamente ao longo do tempo sendo que progressivamente esta é vista como um desejo pessoal e não como um dever para com a sociedade. Contudo, com o avançar da idade a capacidade de atingir uma gravidez espontânea é menor e o projeto da parentalidade pode ser posto em causa. A probabilidade de atingir uma gravidez espontânea, assim como as taxas de sucesso das técnicas de reprodução medicamente assistida, são habitualmente sobrestimadas pelos jovens-adultos. Vários estudos indicam que a população revela poucos conhecimentos sobre os fatores que afetam a fertilidade e a transmissão de informações é uma necessidade para a sua consciencialização. Relativamente às técnicas de reprodução medicamente assistidas, a sua aceitação social e legal difere entre países. Em Portugal, a doação de gâmetas é permitida e regulada porém a gestação de substituição não é legal. Objetivos: O presente estudo pretendeu avaliar jovens-adultos sem filhos e em idade reprodutiva relativamente às suas motivações para a parentalidade e o seu posicionamento perante a doação/receção de gâmetas e a gestação de substituição. Considerou-se também pertinente avaliar os conhecimentos sobre fatores que afetam a fertilidade assim como o impacto da transmissão de informação em relação a esta temática. Metodologia: 551 sujeitos com idades entre os 18 e os 40 anos responderam a um questionário online desenvolvido especificamente para a investigação. O estudo seguiu um desenho longitudinal sendo composto por dois momentos de avaliação. Os participantes foram aleatoriamente distribuídos por três grupos sendo que dois dos grupos receberam informações sobre fatores que afetam a fertilidade (num formato de vídeo e num formato de site) e o outro grupo não recebeu qualquer tipo de informação. Resultados: Os dados obtidos revelam que a realização pessoal é a principal motivação positiva para a parentalidade. Os participantes pertencentes aos grupos que tiveram acesso a informações sobre fertilidade (quer por vídeo, quer pelo site) melhoraram o seu nível de conhecimentos. Os resultados revelam ainda que 61,2% dos participantes considera doar gâmetas e 60% concorda que se necessitasse de recorrer a gâmetas de dador se sentiria feliz. Um total de 42,1% da amostra considerou recorrer à gestação de substituição. Discussão: A valorização da dimensão emocional/psicológica nas motivações para a parentalidade parece estar relacionada com aspetos socioculturais no contexto português. Verificou-se que os conhecimentos sobre fertilidade aumentaram com o acesso a informações sobre os fatores que afetam a mesma, o que é indicador da importância do fornecimento de informação, ainda que esta possa ser facultada com recurso a diferentes tipos de suporte. Em relação à receção de gâmetas, a maioria dos participantes considerou sentir-se feliz por realizar o desejo de parentalidade e de cuidar de uma criança desde o seu nascimento. Os sujeitos revelam uma atitude positiva e de abertura para com a doação/receção de gâmetas e a gestação de substituição. / Introduction: Postponing childbirth is becoming more and more prevailing particularly among young adults with higher education. Motivations for parenting have varied significantly over time and that is increasingly seen as a personal desire and not as a duty towards society. However, the ability to achieve a spontaneous pregnancy decreases with age and parenting plans can be threatened by fertility problems. The probability of achieving a spontaneous pregnancy as well as third-party reproduction treatments’ rates tend to be overestimated by young adults. Several studies indicate that general population shows a lack of knowledge about the factors that affect fertility. Thus education programs must target young people to increase their awareness regarding fertility related behaviors. Social and legal acceptance of medically assisted reproduction techniques differ between countries. In Portugal, gamete donation is allowed and regulated but surrogacy is not. Objectives: This study aimed to address young adults in reproductive age without children about their motivations for parenting and their positioning towards giving/receiving gametes and surrogacy. Additionally the knowledge of factors that affect fertility and the impact of information transmission regarding fertility awareness were explored. Method: 551 subjects aged 18 to 40 years answered an online questionnaire developed specifically for this research project. The study has a longitudinal design and it is composed of two evaluation moments. Participants were randomly assigned into three groups, two of the groups received information about the factors that affect fertility and the other group did not receive any information. Results: The data show that personal fulfillment is the main positive motivation for parenting. Participants in the groups that had access to fertility information (either by video or by site) improved their level of knowledge. Results also revealed that 61,2% of participants consider the possibility of donating their own gametes and 60% agree that they would be happy to have donor gametes if they needed so.. A total of 42.1 % of the sample considered choosing surrogacy as an option in case they would not be able to carry a child. Discussion: The emotional/psychological dimension of motivations for parenting seems to be related to socio-cultural aspects in the Portuguese context. The fertility knowledge increased with access to information about the factors that affect it which is indicative of the importance of information delivery, although this can be provided using different types of support. Regarding the reception of gametes, most participants considered they would feel happy to use donor gametes in order to achieve the desire of parenting and caring for a child from birth. Participants showed a positive attitude and openness to giving/receiving gametes and surrogacy

    The transition to parenthood: Constructing an explanatory theory with Grounded Theory

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    A transição para a parentalidade exige profundas transformações e adaptações na vida dos Pais, suscetíveis de provocar desequilíbrio e vulnerabilidade nos próprios e ter implicações no desenvolvimento das crianças. Este estudo procurou compreender como se desenvolve a transição para o exercício da parentalidade durante o primeiro ano de vida da criança. Realizado com Grounded Theory; entrevistas semiestruturadas (total de 75 entrevistas), complementadas com observação, em cinco momentos distintos. Ser pai, ser mãe: um processo em construção na interação é a categoria central do modelo teórico explicativo encontrado, que representa a emergência de uma força que possibilita a transformação pessoal dos Pais, motivada para o cuidado da criança e a renovação de forças necessárias para a luta diária que representa a parentalidade. O estudo amplia a compreensão do fenómeno parentalidade e demonstra a necessidade de refletir sobre as intervenções na prática de cuidados de saúde primários.The transition to parenthood demands deep transformation and adaptation in the parents’ lives. This is likely to cause imbalance and vulnerability to themselves and to have implications in the child’s development. This study aimed to understand how the transition to parenthood unfolds during the child’s first year. Accomplished using the Grounded Theory; semi-structured interviews (total of 75 interviews), complemented with observation (total of 43 visits), at five different moments. Being a father, being a mother: an interaction-based process in the making is the core category of the explanatory theoretical model found. This represents the emergence of a force that enables the parent’s personal transformation, motivated to child care and the restore of the necessary strength for the daily struggle which parenthood represents. The study amplifies the understanding of parenthood as a phenomenon and demonstrates a need to reflect on the interventions in practice at primary health care services.PROTEC 2010-2011, 2011-2012info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Tornar-se pai ou mãe: o desenvolvimento do processo parental

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    De entre as transições que o sistema familiar enfrenta, a transição para a parentalidade é considerada como uma das mais dramáticas e intensas. Acresce complexificação ao sistema familiar e requer reorganização de identidades e papéis. Este estudo procurou compreender como se desenvolve a transição para o exercício da parentalidade durante o primeiro ano de vida da criança, através do recurso à Grounded Theory e entrevistas semiestruturadas (total de 75), complementadas com observação, em cinco momentos de colheita de dados. A teoria explicativa emergente evidencia o tornar-se pai ou mãe como complexo processo de transformação identitária que ocorre em contínua interação com múltiplos sistemas interrelacionados e sobreleva a temporalidade da condição parental. A metodologia adotada no estudo possibilitou a compreensão da natureza psicossocial do fenómeno parentalidade, produzindo conhecimento que se constitui como ponto de reflexão e sensibilização para a mudança e inovação dos contextos de prática de enfermagem com famílias.PROTEC 2010-2011, 2011-2012info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Stresse parental e impacto de um filho em progenitores com filhos em idade pré-escolar

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    Introdução: Considerando que na nossa sociedade os progenitores são a principal fonte de influência no desenvolvimento infantil, então a forma como encaram o stresse parental e o impacto dos filhos pode ser muito relevante para o funcionamento familiar, uma vez que, se constituem como potenciadores de relações satisfatórias e de qualidade ou desestabilizadores do funcionamento familiar. Objetivos: Com este estudo pretendeu-se explorar numa amostra de 40 progenitores com filhos em idade pré- escolar, o stresse parental na relação que o impacto que os filhos têm em vários domínios da vida familiar e com as variáveis sexo, idade, estado civil, habilitações literárias e situação profissional dos progenitores, bem como com o número, idade e sexo dos filhos e verificar se existem diferenças no impacto familiar de um filho relativamente à classificação do nível de stresse (baixo e intermédio). Metodologia: Para a avaliação das variáveis deste estudo correlacional aplicou-se um Questionário sociodemográfico, a Escala de Stress Parental e o Questionário de Impacto Familiar. Resultados: Conforme a idade dos progenitores vai aumentando, o nível de stresse parental, preocupações parentais, falta de controlo e medos e angústias diminuem. Quando a escolaridade dos progenitores aumenta, o nível de stresse diminui. Existe uma correlação positiva entre o agregado familiar e o impacto na relação de casal e uma correlação negativa entre a idade do filho e o impacto financeiro. Podemos verificar que é nos progenitores mais velhos que o impacto na vida social, sentimentos negativos, níveis de impacto familiar da escala total são maiores e o impacto financeiro é menor. Os progenitores com nível de stresse baixo têm em média maior impacto na vida social, sentimentos positivos, impacto na relação de casal, impacto na escala total e menores níveis de impacto financeiro comparativamente aos que apresentam um nível intermédio. Conclusão: A transição para a parentalidade envolve modificações e reformulações a um nível cognitivo, biológico, social e afetivo e implica mudanças profundas nas relações pessoais, familiares e sociais. Estas mudanças são importantes pois vão influenciar as relações familiares que por sua vez afetam os comportamentos e o funcionamento psicológico dos progenitores e dos filhos. / Introduction: Whereas in our society parents are the main source of influence on child development, how they face parental stress and the impact of children can be very relevant to family functioning, since they constitute themselves as the ones that provide and strengthen satisfactory and quality relationships in the family or, on the other side they can put in danger the family organization. Objectives: The objective of the present study is to explore the relationship between parental stress and the impact that a child has in some areas of family life, such as sex, age, marital status, academic level, professional status. We also explored the relationship of the child´s age, sex and the number of children and the family impact of a child in what regards the parent´s stress levels (medium and lower). Methodology: In order to achieve the objectives proposed, we used a Sociodemographic Questionnaire, the Parental Stress Scale and the Family Impact Questionnaire. Results: We verified that when the parent´s age increase, the level of parental stress, lack of control and anxieties decrease. We also verified that when parent´s academy level increase, the stress level decreases. We found a positive correlation between the household and the impact on the couple relationship and a negative correlation between the age of the child and the financial impact. We can verify that older parents present a higher scores in the items impact on social life, negative feelings and levels of family impact in the total scale score whereas the item financial impact presents lower scores. Regarding parent´s stress level, the results show that parent´s with lower stress level on average, present a higher impact on social life, positive feelings, impact on the couple relationship, impact on the overall scale score and lower levels of financial impact compared to those with an intermediate stress level. Conclusion: The transition to parenthood involves modifications and reformulations to a cognitive, biological, social and emotional level and implies profound changes in personal, family and social relationships. These changes are important because they will influence family relationships which in turn affect the behavior and psychological functioning of parents and children

    O desafio de tornar-se pai ou mãe: estratégias utilizadas no exercício do papel parental

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    Este estudo procurou compreender os padrões de resposta dos pais no exercício da parentalidade durante os primeiros 6 meses de vida da criança, tendo por finalidade poder contribuir para a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados à família nesta transição. Foi realizado com recurso ao referencial metodológico da Grounded Theory, com a participação de cinco pais e cinco mães (casais); recolha de dados efetuada no domicílio dos participantes (total de 37 visitas domiciliárias), nos primeiros dias, 1º, 4º e 6º mês de vida da criança, através de entrevistas semiestruturadas (total de 60 entrevistas). Os resultados desocultam as ações/interações adotadas pelos pais frente ao fenómeno parentalidade, as quais encerram componentes cognitivos (de aprendizagem, tomada de decisão), relacionais (suporte familiar) e operacionais (partilha de tarefas, reorganização de rotinas, conciliação de papéis). Esta investigação constitui-se como ponto de reflexão e sensibilização para a mudança/inovação dos contextos de prática clínica, realçando a ação moderadora e mediadora que os enfermeiros podem ter no domínio da transição para a parentalidade
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