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    As Ordens Religiosas em Cabo Verde

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    As Ordens Religiosas, como a dos Franciscanos, acompanharam logo os primeiros povoadores, no sentido de fornecerem os primeiros serviços religiosos e catequizarem as comunidades locais. Já havia a ideia inicial de formação de um clero local, que mais facilmente chegasse às comunidades africanas, logo pelos homens do infante D. Henrique, por 1444 e, depois, por D. João II, chegando a Santa Sé, por breve pontifício de 12 de Junho de 1518, a dar faculdades ao capelão-mor do monarca português para promover ordens sacras aos índios e africanos. Nos finais do século XVI, em 1584, já se refere na Guiné um jalofo, o padre João Pinto, seguindo-se depois outros, por certo formados em Lisboa, ou nos núcleos das ordens religiosas locais, o mesmo devendo ter acontecido em Cabo Verde e bem mais cedo.O bispo de Cabo Verde, D. Francisco da Cruz, por alvará régio de 4 de Janeiro de 1570, obtém de Lisboa que todos os benefícios e dignidades eclesiásticas na sua Diocese, desde que não envolvessem obrigações de pregação, aspecto que depois caiu no esquecimento, fossem providos localmente por candidatura, para assim favorecer os clérigos naturais de Cabo Verde. As vagas seriam afixadas nas portas das igrejas e as candidaturas eram depois apreciadas pelo prelado, em sínodo diocesano, ou não, pois que não temos especiais referências a ter acontecido, sendo os nomes enviados para o rei, para o mesmo os confirmar

    A música no Convento de São Domingos de Elvas: A leitura possível à luz da organização litúrgico-musical da Ordem dos Pregadores no século XVIII

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    O Convento de São Domingos de Elvas foi uma das primeiras casas da Ordem dos Pregadores em Portugal, cuja fundação data de 1267. Apesar da sua antiguidade medieval, pouco se conhece acerca da actividade litúrgico-musical desta comunidade dominicana, agravada com o desmembramento do seu património após a extinção das Ordens Religiosas em 1834. Todavia, subsistem algumas referências superficiais que permitem realizar uma leitura – embora muito incompleta por falta de fontes directas – de como seria a prática litúrgico-musical neste Convento, nomeadamente no respeitante às particularidades do Rito Dominicano e a sua proximidade com o Rito Romano. Partindo das escassas referências à actividade litúrgica no Convento e a documentação produzida após a extinção das Ordens Religiosas, nomeadamente as relações e inventários transcritas por Nuno Grancho na sua tese de mestrado, este estudo pretende realizar a leitura possível no referente à organização litúrgico-musical do Convento de S. Domingos. A leitura incide sobre a documentação local, como também sobre os livros litúrgicos da Ordem dos Pregadores impressos ao longo do século XVIII, com especial ênfase nas festas particulares desta Ordem e da sua relação com o convento elvense

    Roubos, extravios e descaminhos nas livrarias conventuais portuguesas após a extinção das Ordens Religiosas: um quadro impressivo

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    Problemática do desaparecimento do espólio das bibliotecas conventuais portuguesas após a extinção das ordens religiosas em 1834

    A COMPANHIA DE JESUS E AS MISSÕES NA AMÉRICA E NA ÍNDIA:

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    Uma das Ordens religiosas que mais contribuiu para a ocidentalização das povos descobertos ou conquistados foi a Companhia de Jesus. Esta, formada na nova Escolástica que se ensinava em Salamanca e em Paris, atribuía uma importância fundamental a Aristóteles. Nas universidades europeias aprendiam a ser cidadãos de uma comunidade cultural universal, cuja formação era enriquecida com as novas chegadas das missões, dando-lhe uma identidade e funções, em muitas vezes, diferente das restantes Ordens

    A formação do sistema conventual da cidade de Faro

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    O presente artigo decorre de uma palestra realizada no VIII Curso Livre de História do Algarve que consistiu numa reflexão acerca da participação dos espaços conventuais no desenvolvimento urbanístico da cidade de Faro. Nessa ocasião este tema foi abordado dentro de um vasto espaço temporal, que se estendia do século XVI até à atualidade. Considerando que parte dessa intervenção incluiu um trabalho já publicado1, relativo ao período pós-extinção das ordens religiosas, este texto centrar-se-á apenas no momento anterior e terá como objetivo analisar o processo de formação do sistema conventual da cidade e a sua relação com a estrutura urbana. A cidade de Faro, apesar de ter tido apenas quatro conventos, constitui um importante caso de estudo para a compreensão do papel que estes edifícios tiveram nas cidades portugueses. A planta conhecida como “A urbanização das hortas” (Fig.1) demonstra-o claramente. Neste documento podemos ver que o plano de expansão da cidade no início do século XX consistiu, numa primeira fase, no preenchimento dos “vazios” que permaneciam no seu interior, parte deles constituídos pelas antigas hortas conventuais. Após a extinção das ordens religiosas, os espaços conventuais serviram não só para a instalação de novos equipamentos, mas também para a construção, programada e desenhada, de novos bairros dentro da cidade consolidada, apresentando um importante contributo para a “renovação” da cidade na transição do século XIX para o XX. Este fenómeno, evidente no caso de Faro, inscreve-se na sequência de acontecimentos urbanos que marcaram as cidades portuguesas deste período

    Os fundadores das Ordens Religiosas: profetas no tempo

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    A gramática em dicionários bilingues do século XVII.

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    Os dicionários bilingues aqui tratados envolvem línguas europeias e línguas extra-europeias, produzidos no âmbito da actividade missionária de diversas ordens religiosas. As seguintes palavras de Telmo Verdelho justificam a opção por este quadro linguístico: “No espaço linguístico ultra-europeu, experimentaram os portugueses a urgência da elaboração lexicográfica de modo mais premente do que na sua própria terra” (1995: 377). Estas obras faziam parte de um conjunto de instrumentos pedagógicos de normalização da língua, pensados no quadro de um programa geral de ensino e aprendizagem das línguas orientais. Neste âmbito, não é surpreendente, mas também não passa despercebido, o facto de algumas destas obras suscitarem a exercitação gramatical, mesmo porque a gramática é intrínseca à própria estrutura do dicionário

    O processo de formação da rede monástico-conventual do Algarve (1189-1834)

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    A geografia monástico-conventual portuguesa é normalmente caracterizada, em termos gerais, pela confrontação entre o Norte e o Sul, que opõe, da mesma forma, as ordens monásticas às mendicantes. Ou seja, a interpretação da distribuição territorial dos institutos religiosos em Portugal assenta na ideia de que as primeiras se concentraram nas regiões mais a norte e as outras se localizaram preferencialmente a sul. Mas este é apenas o ponto de partida para um amplo campo de trabalho sobre as relações destas instituições com o território. Neste contexto, e procurando conhecer com maior detalhe o modo como o clero regular se distribuiu em terras portuguesas, efectuaremos no presente artigo, uma reflexão sobre este tema dentro do espaço territorial do Algarve, centrando-nos essencialmente na análise do processo de formação da sua rede monástico-conventual

    Inventariar, arrecadar, distribuir: A formação de um novo paradigma para os bens patrimoniais religiosos no contexto das desamortizações oitocentistas

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    Apresenta-se o processo da desamortização dos bens bibliográficos e artísticos dos conventos extintos masculinos e femininos, comparando estratégias das principais instituições envolvidas e avaliando os resultados
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