19 research outputs found

    Detecção molecular do DNA e RNAm do HPV e sua aplicabilidade na triagem do câncer cervical

    Get PDF
    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011O câncer de colo uterino representa o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. As estimativas mundiais sobre incidência e mortalidade por este câncer são de 493.000 casos/ano e 288.000 óbitos/ano, sendo a incidência maior em países em desenvolvimento. No Brasil, para o ano de 2010, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou-se 18.430 novos casos. O rastreamento do câncer cervical é baseado na citologia oncótica, entretanto este é um método subjetivo, com um grau variável de resultados falso-negativos e falso-positivos. Estudos epidemiológicos e experimentais demonstram importante associação entre o Papiloma Vírus Humano (HPV) e o câncer de colo uterino, observando que este agente está presente em 99,7% dos casos. Este estudo detectou o DNA do HPV pela PCR (PCRHPV) utilizando os iniciadores consenso MY09/MY11 e nested PCR com os iniciadores GP5+/GP6+, a expressão de E6/E7 RNAm dos tipos de HPVs de alto risco 16, 18, 31, 33 e 45 pela metodologia NASBA (NucliSens ® HPV EasyQ 1.0-BioMérieux, France) e identificou os principais tipos virais: 6, 11, 16, 18, 31, 33 e 45 pela PCR-HPVte. Os resultados foram comparados com a citologia oncótica para estimar o rendimento da PCR e a contribuição da expressão de E6/E7 RNAm ao diagnóstico precoce do câncer cervical na população do estudo. Foram estudadas 162 amostras cervicais de mulheres atendidas em Florianópolis. A sensibilidade encontrada para a detecção do DNA-HPV pela PCR foi de 90,6%, especificidade de 74,6%, VPP de 46,8% e VPN de 97%. O DNA do HPV pela PCR foi detectado em 38,3% (62/162) das amostras, em 90,6% (29/32) das citologias classificadas como positivas (ASC-US +) e em 25,4% (33/130) das citologias classificadas como negativas. A expressão de E6/E7 RNAm foi detectada em 13,6% (22/162) das amostras, dessas 6,9% (9/130) foram classificadas como citologia negativa. A PCR-HPVte identificou o tipo viral em 37,1% (23/62) das amostras. Os tipos de HPVs mais frequentes do estudo considerando-se a expressão de E6/E7 RNAm e a PCR-HPVte foram: HPVs: 16 (12,5%), 33 (10,9%), 18 (7,8%), 6 (6,3%), 31 (4,7%), 45 (4,7%) e 11 (1,6%). Das 22 amostras que expressaram E6/E7 RNAm 15 eram de pacientes com idade inferior a 30 anos. De acordo com os dados encontrados neste estudo, consideramos importante, no Brasil, a mudança das estratégias de rastreamento com a associação da PCR-HPV à citologia oncótica, pois esta parece ser uma alternativa economicamente viável. A identificação das pacientes com DNA HPV positivas seguidas da determinação do tipo viral pelo método da PCR HPVte, ou realização da expressão de E6/E7 RNAm poderá contribuir com o diagnóstico precoce do câncer cervical, assim como na elaboração e no desenvolvimento de vacinas anti-HPV. A possibilidade de intervenção precoce, além de salvar vidas pode ser uma medida de economia para o SUS.The Cervical cancer is the second more frequent type of cancer in women worldwide. The majority of cases occur in the developing world and it is the leading cause of cancer mortality in women. In Brazil, was estimated the occurrence of 18.430 new cases for 2010. The cervical screening is based on cytology; however it is subject of a substantial degree of false-negative and false-positive results. Epidemiological and experimental studies have demonstrated an important association between Human Papilloma Virus (HPV) and cervical cancer, noting that this agent is present in 99.7% of cases. This study detected HPV DNA by PCR (PCR-HPV), the expression of mRNA E6/E7 by the NASBA method (NucliSens ® HPV EasyQ 1.0-BioMérieux, France) and identified major viral types 6, 11, 16, 18 31, 33 and 45 by PCR-HPVte. The results were compared with cytology to estimate the yield of PCR and mRNA E6/E7 expression contribution to early diagnosis of cervical cancer in the study population. We studied 162 cervical samples of women from Florianopolis city, Brazil using the consensus primers MY09/MY11 and nested PCR with the primers GP5+/GP6+ to detect generic HPV, the oncogene expression of proteins E6/E7 mRNA to high-risk 16, 18, 31, 33 and 45 HPV types by NASBA (NucliSens ® HPV EasyQ 1.0-bioMérieux, France) and identified major viral types 6, 11, 16, 18, 31, 33 and 45 by PCR-HPVte. Our study found to PCR-HPV a sensitivity of 90.6%, a specificity of 74.6%, a PPV of 46.8% and a NPV of 97%. HPV DNA was detected in 38.3% (62/162) of samples, corresponding to 90.6% (29/32) of cytology positive (ASC-US +) and 25.4% (33/130) of cytology negative. The mRNA E6/E7 expression was detected in 13.6% (22/162), 6.9% (9/130) of these with negative cytology. The PCR-HPVte identified viral type in 37.1% (23/62) of samples. The most frequent HPV types found, considering the expression of mRNA E6/E7 and PCR-HPVte were: 16 (12.5%), 33 (10.9%), 18 (7.8%), 6 (6.3%), 31 (4.7%), 45 (4.7%) e 11 (1.6%). Of the 22 samples that expressed mRNA E6/E7 15 were from patients younger than 30 years. According to the data found in this study, we consider important in Brazil, change the screening strategies with the combination of PCR-HPV with the cytological analysis, as this seems to be an economically viable alternative. The identification of patients with positive HPV DNA followed by the determination of viral type by the CR-HPVte or detection of the E6/E7 oncogene expression may contribute to the early diagnosis of cervical cancer, as well as in formulating and developing strategies for vaccine#HPV. The possibility of early intervention, save lives and can be a cost-saving measure for the Brazilian Unified Health System

    Estudo comparativo entre os métodos de citologia convencional e citologia em meio líquido para diagnosticar as lesões precoces do câncer de colo uterino em um laboratório privado no município de Criciúma

    Get PDF
    Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Biomedicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.Tendo em vista que o Papilomavírus Humano (HPV) é o agente causar de uma das doenças mais frequentes na população sexualmente ativa e é o agente etiológico necessário para a ocorrência do câncer do colo uterino, o mesmo vem tornando-se uma ameaça à saúde pública. Assim, o estudo dessa doença é de extrema importância, bem como a forma de diagnosticá-la. Metodologia: Este trabalho trata de um estudo retrospectivo e comparativo de métodos citológicos (citologia convencional e citologia em meio líquido) para o diagnóstico precoce do câncer do colo uterino. O estudo foi elaborado a partir de dados sobre os exames citopatológicos e anatomopatológico do colo uterino registrados no Sistema de Serviços Médicos (SISCLÍNICA) de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, num laboratório privado de Criciúma, SC. Objetivo: Comparar as técnicas de citologia convencional e citologia em meio líquido, quanto a sua sensibilidade no diagnóstico do câncer do colo uterino. Conclusão: A sensibilidade da citologia em meio líquido demonstrou um brando aumento quando comparada com a citologia convencional

    Prosseguimento de estudo de coorte histórica de pacientes com biópsias de colo uterino alteradas e prognóstico no Distrito Federal de 2012 a 2018

    Get PDF
    O câncer de colo de útero é o câncer do trato genital mais comum e o fator de risco mais importante para seu desenvolvimento é a infecção pelo vírus HPV. Mas, outros fatores relacionados ao hospedeiro, como imunidade e hábitos de vida, podem contribuir para o surgimento da neoplasia. A doença ocorre por um longo período como uma lesão precursora rastreada com o teste de Papanicolau. Se houver progressão da lesão, ela poderá ser diagnosticada com exames clínicos ou complementares. O tratamento varia de acordo com as características particulares das lesões neoplásicas. A alta incidência dessa patologia no Brasil se contrapõe à existência de um sistema de prevenção eficaz - o esquema vacinal contra o HPV - e um eficiente método de rastreio das lesões pré neoplásicas. Dessa forma, a patologia é dita prevenível na maioria dos casos. Esse cenário mostra que um estudo como este é necessário para a melhor caracterização do perfil da assistência instituída no Distrito Federal. O objetivo do trabalho foi estudar os aspectos socioepidemiológicos e analisar a assistência, acompanhamento e prognóstico de pacientes com resultados alterados em biópsias de colo uterino do HMIB entre 2012 e 2018. Trata-se de estudo baseado numa coorte histórica, observacional e descritiva, com dados secundários obtidos do HMIB, utilizando registros de biópsias alteradas coletadas no DF de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2015 e acompanhamento das pacientes com essas biópsias alteradas até 31 de dezembro de 2018. O estudo incluiu 771 pacientes, com idade média de 38 anos. Na menarca a média de idade foi de 13,5 anos e da coitarca de 17,0 anos. A multiparidade esteve presente em 83,3% das pacientes. As mulheres com múltiplos parceiros sexuais chegaram a 39,8%. As tabagistas foram 22,1% das pacientes. Houve no estudo 2,5% de casos HIV positivos. Um histórico familiar de câncer ocorreu em 36,3% das mulheres incluídas na pesquisa. LIEAG foi o resultado citológico predominante: 62,3%. O diagnóstico da biópsia realizada à colposcopia e na conização mais comum foi NIC III, 57,2% e 64,2%, respectivamente. O tratamento predominante foi conização: 88,3%. O seguimento continuado ocorreu apenas em 42,6% dos casos e, nesse grupo, 41,2% das pacientes receberam alta. Ao longo do seguimento, 2,2% dos casos evoluíram para óbito. Concluiu-se que os fatores de risco são muito importantes na gênese das lesões precursoras de câncer de colo uterino. Houve uma concordância entre a maioria dos laudos citológicos – LIEAG – e o resultado histopatológico final – NIC III –, o que indiretamente pode sugerir que há uma boa qualidade do serviço de patologia da rede pública e do HMIB, em especial. O grupo de pacientes que realizou um bom acompanhamento apresentou um melhor desfecho primário – prognóstico – e desfechos secundários em relação à doença. Uma base de dados que mostre o seguimento detalhado das mulheres incluídas no programa de prevenção da neoplasia de colo uterino seria bastante válida para a prevenção da evasão das pacientes e para que houvesse uma garantia da realização dos exames preventivo

    Detecção de DNA de HPV oncogénico por captura híbrida em citologias normais

    Get PDF
    Mestrado em Biologia Molecular e CelularO cancro do colo do útero tem uma incidência mundial de cerca de meio milhão de casos por ano. A infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) é a principal causa do cancro do colo do útero e das neoplasias cervicais intraepiteliais (CIN) em todo o mundo. Consequentemente, é de todo o interesse efectuar o teste de HPV para rastrear o cancro do colo do útero. Foi recentemente desenvolvida a segunda geração de captura híbrida (HC2) que é um ensaio não radioactivo, relativamente rápido, com alta especificidade e sensibilidade, permitindo a detecção de 18 tipos de HPV, de alto e baixo risco oncogénico. Através de HC2 de alto risco oncogénico, avaliámos 3.262 mulheres com resultado de citologia líquida negativo para lesão intraepitelial e neoplasia maligna (NILM), segundo o Sistema de Bethesda. Destes, 2.192 casos (67,2%) não apresentavam alterações citológicas, 759 (23,3%) apresentavam alterações reactivas devido a processos inflamatórios inespecíficos e 311 (9,5%) apresentavam infecções por microrganismos. Do número total de casos estudados, 479 (14,7%) foram positivos para HPV de alto risco. Devido ao alto custo da captura híbrida de DNA de HPV, a sua utilização para rastreio de cancro do colo do útero não é acessível em países em vias de desenvolvimento. É, contudo, um instrumento útil quando combinado com a citologia, diagnosticando infecção de alto risco em células aparentemente normais. A utilização desta técnica pode ajudar a diminuir a incidência de cancro do colo do útero.Cervical cancer has a worldwide incidence of about half a million cases per year. The infection by human papillomavirus (HPV) is the main cause of cervical cancer and cervical intraepithelial neoplasia (CIN) worldwide. Consequently, it’s useful to do HPV testing to screen for cervical cancer. It was recently developed the second generation of hybrid capture test (HC2) which is non-radioactive, relatively rapid, with high sensitivity and specificity, allowing the detection of 18 HPV high and low oncogenic types. Through HC2, of high oncogenic risk, we evaluated 3.262 women with cytology result of negative for intraepithelial lesion and malignancy (NILM), according to the Bethesda System. Of these, 2.192 cases (67,2%) hadn’t any cytological changes, 759 (23,3%) had reactive changes due to nonspecific inflammatory processes and 311 (9,5%) were infected by microrganisms. Of the total number of studied cases, 479 (14,7%) where positive for the high-risk HPV. Due to the high cost of the hybrid capture, its use for cervical screening is not available in developing countries. However, it is an useful appliance when combined with cytology, diagnosing high-risk infections in apparently normal cells. The use of this technique could help reduce the incidence of cervical cancer

    Citologia e infecção pelo HPV em orofaringe de pacientes HIV-positivo

    Get PDF
    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2015.A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA), infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana, tem comportamento pandêmico, sendo um problema de saúde pública. Considerando que pacientes com SIDA têm maior chance de desenvolver neoplasias e que a imunodeficiência poderia facilitar a permanência do Papiloma vírus (HPV) em orofaringe destes pacientes, o objetivo deste trabalho foi pesquisar a infecção pelo HPV e lesões a ele relacionadas em orofaringe de paciente HIV positivos. Foram avaliados 100 pacientes atendidos no ambulatório de DIP/SIDA do HUB. Os dados demográficos, clínicos, hábitos e perfil sócio comportamental foram avaliados por meio de um questionário estruturado. A coleta para a análise citológica (citologia convencional, em meio líquido e imunocitoquímica) e molecular (captura híbrida e PCR) foi feita em orofaringe com escovas. Para as análises citológicas utilizou-se os critérios de Bethesda. A imunocitoquímica avaliou a expressão da proteína p16INK4. A captura híbrida pesquisou o DNA-HPV de alto e baixo risco. A verificação do DNA do HPV pelo PCR utilizou o primer GP5+/6+. Os HPVs de alto e baixo risco foram detectados em 8,2% e 16,7% das amostras respectivamente. A média±dp (máximo-mínimo) da relação RLU/CO (estimativa da carga viral) para os HPVs de alto risco e baixo risco foi, respectivamente, 2,9±2,58 (1,09 - 7,87) e 1,61±0,65 (1,07 - 2,68). Houve positividade para HPV de alto e baixo risco na mesma amostra em dois casos. Não houve diferença significativa quanto a frequência de HPV em relação ao gênero e aos grupos etários. A incidência de HPV foi maior em pacientes heterossexuais (7%) porém ela só foi significativa em mulheres heterossexuais. Nenhuma mulher homossexual foi HPV-positiva e não houve mulheres bissexuais na presente amostra. Não fumantes tiveram 10,6 vezes mais chances de ter HPV. Quanto maior foi a contagem de CD4+ maior a chance dos pacientes apresentarem HPV de baixo risco. Pacientes que não consumiam álcool tiveram quase 15 vezes maior risco de apresentar HPV de baixo risco. Pacientes com menos de um parceiro por ano apresentaram associação (p≤0,003) com o HPV. Não houve associação entre a infecção oral pelo HPV e a presença de lesão oral, uso de terapia antirretroviral, maconha, outras drogas, coitos oral e anal, uso de preservativo e doenças sexualmente transmissíveis (DST). A citologia convencional não mostrou lesões displásicas, observando-se a presença de atipias de significado indeterminado (ASC-US) em 2 amostras. A presença de atipias citolólgicas na citologia convencional mostra que o exame citológico pode ser um método eficiente para detectar lesões iniciais em orofaringe, podendo a captura híbrida ser utilizada para detectar a presença do HPV, da mesma forma como é utilizada no colo uterino.The AIDS infection caused by the human immunodeficiency virus have a pandemic behavior and has become a public health problem. Considering that AIDS patients are more likely to develop cancer and that immune deficiency could facilitate HPV permanence in the oropharyngeal of these patients, the objective of this study was to investigate HPV infection and related injuries with in HIV-positive in oropharynx. We evaluated 100 patients treated at outpatient DIP/AIDS HUB. The demographic, clinical and behavioral partners habits profile were assessed using a structured questionnaire. The collect for cytological (conventional cytology, immunocytochemistry and base liquid) and molecular (PCR and hybrid capture) analysis were performed in oropharynx with brushes. For cytological analysis the Bethesda’s criteria had been used. Immunocytochemistry assessed the expression of the p16INK4 protein. The hybrid capture researched the high HPV DNA and low risk. Verification of DNA in 100 samples was performed using the primer GP5+/6+. HPV high and low risk were detected in 8.2% and 16.7% of the samples respectively. Those with high-risk and low-risk HPV, the mean ± SD (high-low) of the relationship RLU / CO (estimate viral load) was respectively 2.9 ± 2.58 (1.09 to 7.87) and 1.61 ± 0.65 (1.07 to 2.68). There were positive for HPV high and low risk in the same sample in two cases. There was no significant difference in the frequency of HPV in relation to gender and age group. The incidence of HPV was larger in heterosexual patients (7%) but there were significant only in heterosexual women. No homosexual women was HPV-positive and there was no bisexual women in this sample. No smokers had 10.6 times more chance to have HPV. The higher the CD4+ count greater the chance of patients have low-risk HPV. Patients who did not consume alcohol were almost 15 times higher risk of having low-risk HPV. Patients with less than one partner per year were associated (p≤0.003) with HPV. There was no association between oral HPV infection and the presence of oral lesion, use of antiretroviral therapy, marijuana, other drugs, oral and anal intercourse, condom use and STDs. The conventional cytology showed no dysplastic lesions but observed the presence of atypical cells of undetermined significance (ASC-US) in 2 samples. Cytologic atypias features in conventional cytology reveals that cytological examination can be an efficient method to detect early lesions in the oropharynx and hybrid capture can be used to detect the presence of HPV in the same manner as used in the cervix

    A topografia da zona de transformação e as alterações citológicas numa população de mulheres na pós menopausa

    Get PDF
    Orientadora: Prof. Dra. Rita Maira ZanineDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia e Saúde da Mulher. Defesa : Curitiba, 16/12/2020Inclui referências: p. 84-98Resumo: O hipoestrogenismo dificulta a realização da colposcopia devido a inacessibilidade da zona de transformação; prejudica a interpretação dos exames citopatológicos com manejos deletérios. A diferenciação de esfregaços atróficos dos neoplásicos verdadeiros é fundamental para uma conduta adequada. Os objetivos deste estudo foram verificar se o uso do estrogênio tópico afeta a topografia da zona de transformação no exame colposcópico, se facilita a diferenciação entre as alterações citológicas secundárias a atrofia das verdadeiras lesões intraepiteliais neoplásicas; e se pode ser útil para definir o manejo efetivo na pós menopausa. Estudo transversal, retrospectivo de prontuários eletrônicos de mulheres com 50 anos ou mais realizado no Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Paraná entre 01/2010 e 02/2019. Foram elegíveis 98 mulheres em pós-menopausa com alteração citológica compatível com ASC (Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado), LSIL (Lesão Intraepitelial de Baixo Grau, HSIL (Lesão Intraepitelial de Alto Grau) e AGC (Células Glandulares Atípicas), cuja colposcopia inicial era negativa, que foram submetidas a uso de estrogênio tópico e fizeram controle citológico e colposcópico. RESULTADOS: A média de idade foi de 57 anos e do tempo de menopausa de 9,5 anos. O uso do estrogênio local modificou a colposcopia satisfatória de 20,4% para 32,7%. As pacientes com exame citológico LSIL evoluíram, para negativo em 55,6% dos casos. Daquelas com ASC-US inicial, 77,1% ficaram negativas. Obteve-se 33,7% ASC-H das quais, após estrogenização, 69,7% estavam negativas no primeiro exame (p < 0,001). Já aquelas que inicialmente apresentavam citologia oncótica HSIL (6,1%), 16,7% estavam negativas. O estrogênio conjugado tópico não mostrou uma boa resposta na eversão da zona de transformação. Já a citologia mostrou melhora na quantidade de falso-positivos. O tempo de uso adequado do estrogênio foi de 3 meses. Palavras-chave: Atrofia. Pós-menopausa. Terapia de reposição do estrogênio.Abstract: Hypoestrogenism has difficulty performing colposcopy due to the inaccessibility of the transformation zone; impairs the interpretation of cytopathological tests leading to deleterious management. The differentiation of atrophic smears from true neoplasics is fundamental for proper management. The study aim was to determine if the use of topical estrogen affects the topography of the transformation zone in colposcopic examination. If it improves the design between cytological changes secondary to atrophy of true neoplastic intraepithelial lesions and their effective management in post menopause. A transversal and retrospective study was carried out throughout electronic data base research from women medical files with 50 years of age or more, obtained from the Hospital de Clínicas do Paraná, from 01/2010 to 02/2019. Women eligible patients were considered and were sent due to cytological alteration compatible with ASC, LSIL, HSIL, AGC whose initial colposcopy was negative, which were subjected to the use of topical estrogen and made cytological and colposcopic procedure, which constituted a 98-women sample control. The average age was 57 years old, and the average menopause time was 9.5 years. The use of local estrogenic therapy changed the satisfactory colposcopy from 20.4% to 32.7%. Patients with initial citology LSIL envolved in the first citology after the use of estrogen with 55.6% negative. Of the women who had initial cytology HSIL (6.1%), only 16.7% were negative. There was a relatively high amount of initial ASC-H in this age group (33.7%) of which, after estrogenization, 69.7% were negative in the first return exam (p < 0,001). Topical conjugated estrogen did not bring a good response in the eversion of the transformation zone. On the other hand, cytology after estrogenization shows an improvement in the number of false-positives. The adequate use time of estrogen was 3 months. Key words: Atrophy. Post-Menopause. Estrogen therapy

    O papel do examinador experiente no diagnóstico colposcópico em mulheres com céllulas atípicas de significado indeterminado quando não se pode afastar lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H)

    Get PDF
    Orientadora : Profa. Dra. Rita Maira ZanineDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia. Defesa : Curitiba, 28/04/2017Inclui referências : f. 72-81Resumo: INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero é a segunda neoplasia que mais acomete a mulher no mundo, possui história natural longa iniciada em lesões precursoras que se devidamente diagnosticadas e tratadas, levam a expressiva redução da morbimortalidade pela doença. O rastreio dessas lesões precursoras é feito pelo uso da citologia oncótica, enquanto o correto diagnóstico das mesmas é dado pela impressão colposcópica. O resultado citológico Atipias de Células Escamosas Quando não se pode Afastar Lesão de Alto Grau (ASC-H) está associado ao diagnóstico de Lesão Intraepitelial de Alto Grau/ High-Grade Squamous Intraepithelial Lesion (HSIL) ou Câncer em uma frequência suficientemente alta para justificar e indicação imediata ao exame colposcópico. OBJETIVO: Analisar a acurácia dos achados colposcópicos no diagnóstico das mulheres com ASC-H. PACIENTES E MÉTODOS: Foram selecionadas 106 mulheres com resultado citológico definido como ASC-H, confirmado após revisão cegada por dois patologistas experientes. Todas as mulheres foram submetidas ao exame colposcópico sob supervisão direta da mesma colposcopista. As pacientes com diagnóstico NIC 2 ou mais foram submetidas a Exérese da Zona de Transformação (EZT). As mulheres com impressão colposcópica negativa ou menor foram colocadas em seguimento clínico semestral até dois seguimentos negativos, quando isso não ocorreu foram igualmente submetidas a EZT. Dos prontuários médicos foram coletados dados referentes a impressão colposcópica, variáveis sociodemográficas, resultado do seguimento clínico e das peças anatomopatológicas. RESULTADO: Das 106 pacientes, 102 completaram o acompanhamento. A prevalência de NIC 2 ou mais foi de 63,7%. A impressão colposcópica obteve, em o seu achado maior uma sensibilidade de 91,67% IC 95%(0,8161 a 0,9724) especificidade de 93,1% com IC 95% (0,772 a 0,991) Valor Preditivo Positivo de 96,49% Valor Preditivo Negativo de 84,38% e acurácia de 92% para o diagnóstico de NIC 2 ou mais. Dos achados colposcópicos o que apresentou maior relevância foi a densidade de acetobranqueamento, seguido pelo pontilhado e mosaico grosseiros. A Zona de Transformação tipo 3 esteve menos correlacionada ao desfecho NIC 2 ou mais e não comprometeu a acurácia da colposcopia. Os achados demográficos não alcançaram significância estatística, entretanto, história pregressa de lesão intraepitelial e menopausa obtiveram p valor limítrofe de 0,085 e 0,072 respectivamente. CONCLUSÕES: Na população de estudo, a acurácia da colposcopia em estabelecer o diagnóstico para as pacientes referenciadas por citologia ASC-H foi de 92%, sendo que o achado colposcópico mais relevante quanto a presença de NIC 2 ou mais foi a densidade de acetobranqueamento. Palavras chave: Colposcopia e Câncer de Colo de Útero.Abstract: BACKGROUND: Cervical cancer is the seccond most frequent neoplasm of women in the world. It has a long natural history initiated in precursor lesions that, if properly diagnosed and treated, lead to an expressive reduction of morbidity and mortality due to the disease. The screening of these precursor lesions is done by the use of cervical cytology, while the correct diagnosis of them is given by the colposcopic impression. The cytological result atypical squamous cells cannot exclude high-grade squamous intraepithelial lesion (ASC-H) is highly associated with the diagnosis of high-grade squamous intraepithelial lesion (HSIL) or cervical cancer, that justifies prompt indication of colposcopic examination. OBJECTIVE: To analyze the accuracy of colposcopic findings in the diagnosis of ASC-H in a risk population. PATIENTS AND METHODS: We selected 106 patients with outcome defined as ASC-H after a blinded review by two experienced pathologists. They had undergone colposcopic examination under direct supervision of the same colposcopist. Patients with a CIN 2 or greater diagnosis were submitted to Excision of the Transformation Zone (ETZ), patients with negative or minor colposcopic impression were placed in a semi-annual clinical follow-up until two negative follow-ups were achieved, when this was not observed, they were also submitted to ETZ. From the medical records, were collected data on colposcopic impression, sociodemographic variables, result of clinical follow-up and pathological result. RESULTS: Of the 106 patients, 102 completed follow-up. The prevalence of CIN 2 or more was 63.7%. The major colposcopic impression obtained sensitivity of 91,67% CI95%(0,8161 to 0,9724), specificity 93,1% CI95%(0,772 to 0,991) Positive Predictive Value of 96,49%, Negative Predictive Value of 84,38% and accuracy of 92% for the diagnosis of CIN 2 or worse. Of the colposcopic findings, what has presented with greater relevance was the acetowhitening density, followed by coarse punctation and mosaic. The Type 3 Transformation Zone was less frequently associated with CIN 2 or worse diagnosis and did not compromise the accuracy of colposcopy. The demographic findings did not reach statistical significance, however, previous history of cervical intraepithelial neoplasia and menopause obtained a borderline value of 0,085 and 0,072 respectively. CONCLUSIONS: In the study population, the accuracy of colposcopy to establish the diagnosis for patients referred by ASC-H cytology was 92%, and the most relevant colposcopic finding regarding the presence of CIN 2 or more was the acetowhite density. Key Words: Colposcopy and Cervical Cance

    Detecção do HPV e da Chlamydia trachomatis em amostras de cérvice uterina de mulheres da cidade de São Miguel do Oeste

    Get PDF
    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2014.O Papilomavirus Humano (HPV) e Chlamydia trachomatis (CT) são responsáveis pelas Doenças Sexualmente transmissíveis, de origem viral e bacteriana, mais prevalentes na população sexualmente ativa. O HPV desempenha papel central na etiologia de praticamente todos os casos de câncer cervical, entretanto, admite-se que outros fatores possam, conjuntamente com o vírus, modular o risco de transição da infecção cervical para a malignidade. Além do HPV, diversos estudos estão considerando a CT como um cofator no desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais cervicais e outras alterações celulares significativas em mulheres com histórico de infecção por HPV. Diante disto, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de HPV, CT e a coinfecção HPV/CT por métodos moleculares (PCR-multiplex, microarray, RFLP e sequenciamento) em amostras cervicais de mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde da cidade de São Miguel do Oeste/SC. Trata-se de um estudo transversal, cujo desfecho é a positividade ao HPV e à CT. Durante o período de novembro de 2011 a março de 2013, foram coletadas amostras cervicais de 325 mulheres sexualmente ativas e que procuraram o serviço de saúde para rastreio rotineiro do câncer cervical. As amostras foram submetidas à PCR-multiplex padronizada neste estudo, utilizando os conjuntos de iniciadores PGMY0911, CTP1/CTP2 e PCO3/PCO4. As amostras positivas para HPV foram submetidas à técnica de PCR-RFLP (Polimorfismo dos Fragmentos de Restrição), microarray e sequenciamento. A prevalência do DNA de HPV foi de 24,6% na amostra estudada. Já em relação à CT a prevalência foi de 11,1% e 4,6% da amostragem total, apresentando coinfecção para HPV/CT. Observou-se associação do HPV com as seguintes variáveis: citologia (pAbstract : The Human Papillomavirus (HPV) and Chlamydia trachomatis (CT) are responsible for the most prevalent sexually transmitted disease caused by virus and bacteria. HPV has a central role in the etiology of virtually all cervical cancers; however it is believed that other factors may also modulate the risk of a cervical infection progress to malignancy. Many studies consider CT as a cofactor in cervical intraepithelial neoplasia development as well other significant cell abnormalities in women with history of HPV infection. The aim of this study was to estimate the prevalence of HPV, CT and HPV/CT coinfection by molecular methods in cervical samples from women attending public health services at São Miguel do Oeste/SC. This is a cross-sectional study and the outcomes are positive results to HPV, CT or HPV/CT coinfection. A total of 325 cervical samples were collect from sexually active women seeking cervical cancer screening from November 2011 to March 2013. HPV, CT and coinfections were detected by PCR-multiplex using the consensus primers, PGMY0911, CTP1/CTP2 e PCO3/PCO4. HPV-positive samples were typed by PCR-RFLP, microarray and sequencing. The HPV, CT and HPV/CT prevalence were 24.6%, 11.1% and 4.6% respectively. Statistics associations were observed for HPV with the variables cytology (p<0,001), age (p=0,001), first sexual intercourse (p= 0,008) and oral contraceptive use (p=0,048). There was a significant association between CT and number of partners along the life and age (p = 0.006), and oral contraceptive use (p = 0.011) with HPV/CT coinfection. A total of 32 HPV different genotypes were identified by RFLP, microarray and sequencing and the most prevalent types were 16, 39, 53, 68 and 56. The multiplex-PCR proved to be useful to simultaneously detect HPV and CT. The RFLP showed good performance to identify up to two viral types in the same sample. The sequencing methodology proved to be an excellent tool for the identification of a single viral type, while the Papillocheck® was the best method for samples infected for more than two viral types. The PCR-RFLP has a high predictive negative value and can be used as a screening method. To samples with more than two viral types a complementary methodology with high discriminatory power can be used. Alternatives protocols like combination of a cheap in house RFLP and an expensive commercial methodology with high discriminatory power can be used, specially in places with few financial resources to ensure best quality to screening

    Doenças sexualmente transmissíveis e lesões intraepiteliais cervicais na Penitenciária Feminina Sant'Ana, São Paulo - SP : fatores de risco e presença de alguns tipos oncogênicos de HPV

    Get PDF
    Orientadora : Profa. Dra. Maria Suely Soares LeonartCo-orientador : Prof. Dr. Aguinaldo José do NascimentoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa: Curitiba, 02/07/2009Bibliografia: fls. 110-122Área de concentração: Análises ClínicasResumo: No Brasil, como em muitos outros países, a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a infecção por papilomavírus humano (HPV); bem como de câncer cervical, é elevada e se relaciona a aspectos educacionais e à insuficiência de políticas públicas adequadas. As populações prisionais estão entre as mais afetadas, devido ao desajuste social derivado dos resultantes da exclusão, que advém da carência de condições básicas de sobrevivência. Estudou-se 798 mulheres da Penitenciária Feminina de Sant' Ana - São Paulo-SP, com o seguinte perfil, de acordo com seus próprios relatos: 18 e 35 anos (70%); solteiras ou separadas (61%); com filhos (80%); abortos anteriores (42%); analfabetas (3%) ensino fundamental parcial ou completo (57%); renda de menos de 1 salário mínimo (39%); fumantes (66%), alcoolistas (57%), usuárias de drogas (56%); início da atividade sexual (IAS) entre 12 e 17 anos (81%); múltiplos parceiros sexuais (87%); heterossexuais (80%); não uso ou, uso esporádico de preservativos nas relações sexuais (73%); intercorrências anteriores de lesões ou sinais clínicos de DST (31%); realização anterior do exame de Papanicolaou (86%). No exame de Papanicolaou das detentas (n=620), observou-se 541 casos negativos para lesões intraepiteliais ou malignidade (NILM) e 79 de anormalidades epiteliais cervicais. Os principais organismos detectados foram: Gardnerella vaginalis e ou Mobiluncus sp (23,7%), Trichomonas vaginalis (11,5%) Candida spp (4,4%) e Chlamydia trachomatis (1,7%). Houve 13% de frequência de anormalidades epiteliais: 3,1% ASC-US, 1% ASC-H, 1% AGC, 5,2% LSIL e 2,4% HSIL. Entre as mulheres que apresentaram como microbiota Trichomonas vaginalis, 94% (29 em 31) não apresentaram sintomatologia, como também 55% (12 em 22) das que apresentaram Candida spp. Mulheres que relataram corrimento apresentaram sua microbiota vaginal composta Candida spp 41% (9 em 22) e Lactobacillus sp 22% (29 em 129). As mulheres que apresentaram anormalidades epiteliais, mostraram microbiota compatível com vaginose bacteriana (32,9%), Trichomonas vaginalis (10,2%) e Chlamydia sp (6,4%). Houve aumento da frequência de anormalidades epiteliais relacionado a: relato de infecções por HPV (31,3%, p=0,000), e HIV (50%, p=0,000); pouca escolaridade (17,2%, ensino fundamental; 6,2%, ensino médio); baixa renda (15,8%, 1 a 2 salários mínimos; 3,3%, 3 a 5 salários); tabagismo (15,2%, intenso e 16,3%, moderado; 7%, não fumantes); IAS precoce (50%, 9 anos; 9,5%, 15 anos); número de parceiros sexuais (29%, mais de 100; 4,1%, 1); ocorrência de abortos (16,5%, sim; 9,8%, não). A associação de vaginose bacteriana e Trichomonas vaginalis foi mais freqüente em mulheres fumantes (54%, intensas; 33%, moderadas; 13%, não fumantes); maior incidência de Lactobacillus sp (22%) e Candida spp (41%) em queixas de corrimento; de vaginose bacteriana para IAS precoce aos (16,1%, 13 anos; 3,6%, 18 anos); de Trichomonas vaginalis para 15 parceiros (13,2%) em relação a apenas um (5,3%). Detectou-se a presença de mRNA E6/E7 de HPV (teste Nuclisens Easy Q) dos tipos 16(44%), 33 (21%), 31 e 45 (14%) e 18 (7%), em 10 de 19 amostras que apresentaram anormalidades epiteliais. Foi possível observar que a população prisional é jovem e, que a baixa escolaridade, renda mensal e idade de IAS; de parição e de abortos anteriores; de multiplicidade de parceiros sexuais e do tabagismo influenciou a ocorrência de DST e de lesões cervicais pré-neoplásicasAbstract: In Brazil, as in many other countries, the prevalence of sexually transmissible diseases (DST), including infection of the human papillomavirus (HPV); as well as cervical cancer, is high and related to educational aspects and insufficient public politics. The prisoner populations are among the most affected, because of the social imbalance as a result of exclusion that happens due to the absence of basic conditions of survival. It was studied 798 women of the Feminine Prison of Sant'Ana, São Paulo - SP, with the following profile, in accordance with their statement: 18 - 35 years (70%); divorced or bachelors (61%); with children (80%); previous miscarriage (42%); illiterates (3%) partial or complete basic education (57%); income of less than 1 (39%); smokers (66%), alcoholics (57%), drug addicts (56%); beginning of sexual life (BSL) at 12 - 17 years (81%); multiple sexual partners (87%); heterosexuals (80%), homosexuals (5%), sporadically use of preservative or not, at sexual intercourse (73%); previous occurrence of injuries or clinical signals of STD (31%); previous accomplishment of Pap test (86%). In female prisoners Pap test (n=620) it was observed 541 negative cases for intra-epithelial injury or malignancy (NILM) and 79 of cervical epithelial abnormalities. The most prevalent microorganisms were: Gardnerella vaginalis and/or Mobiluncus sp (23.7%), Trichomonas vaginalis (11.5%) Candida spp (4.4%) and Chlamydia trachomatis (1.7%). It was observed 13% of frequency of epithelial abnormalities: 3.1% ASC-US, 1% ASC-H, 1% AGC, 5.2% LSIL and 2.4% HSIL. Woman with the presence of Trichomonas vaginalis 94% (29 in 31) were without symptoms as well as 55% (12 in 22) with Candida spp. Woman with epithelial abnormalities showed microbiota compatible with bacterial vaginosis (32.9%), Trichomonas vaginalis (10.2%), and Chlamydia sp (6.4%). It was observed an increase on the frequency of epithelial abnormalities related to: account for HPV infections (31.3%, p=0,000), HIV (50%, p=0,000); poor schooling levels (17.2%, basic education; 6.2% average education); low income (15.8%, 1-2 times; 3.3%, 3-5 times the minimum wage); tabagism (15.2%, intense, 16.3%, moderate, and 7%, not smokers); precocious BSL (50%, 9 years; 9.5%, 15 years); number of sexual partners (29%, more than 100; 4,1%, 1); miscarriage (16.5%, yes; 9.8%, no). Bacterial vaginosis association and Trichomonas vaginalis was more frequent in smokers (54%, intense; 33%, moderate; 13%, not smokers); higher incidence of Lactobacillus sp (22%) and Candida spp (41%) in vaginal flow complaints; bacterial vaginosis for precocious BSL (16.1%, 13 years; 3.6%, 18 years); Trichomonas vaginalis for more than 15 partners (13,2%) in relation to only one (5.3%). It was detected the presence of mRNA E6/E7 of HPV (test Nuclisens Easy Q) of types 16 (44%), 33 (21%), 31 and 45 (14%) and 18 (7%), in 10 of the 19 samples with epithelial anormalities. Thus, in a young prisoner population, it was detected influence of poor schooling levels, monthly income and age of BSL; number of babies and previous abortions; multiplicity of sexual partners; and tabagism in cases of STD and pre-neoplasic cervical injuries

    Detecção de Chlamydia trachomatis em amostras endocervicais de mulheres HIV soropositivas de Palhoça/SC

    Get PDF
    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2016.A infecção genital por Chlamydia trachomatis (CT) é reconhecida atualmente como uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais prevalentes no mundo, acometendo principalmente mulheres jovens. O caráter primariamente assintomático da infecção por CT constitui a base para formação de reservatórios que perpetuam a transmissão e a aquisição de demais IST, favorecendo a ascensão da infecção para o trato genital superior, resultando em agravos que modulam o risco de transição da infecção cervical para a malignidade. Admite-se que a coinfecção por CT em mulheres HIV soropositivas favorece a infectividade viral, prolongando e/ou aumentando o seu potencial de infecciosidade no trato genital, promovendo o aumento da excreção viral em decorrência do recrutamento de leucócitos infectados pelo HIV em resposta à infecção local e/ou por causa da crescente produção de citocinas inflamatórias que podem estimular a replicação do vírus. Diante desse cenário, o objetivo deste estudo transversal foi avaliar a prevalência de CT em mulheres HIV soropositivas atendidas pelo Sistema Único de Saúde do Município de Palhoça/SC. Durante o período de abril a julho de 2016, foram coletadas 111 amostras endocervicais durante consulta médica ginecológica no Centro Especializado em Aconselhamento e Prevenção (CEAP) de Palhoça/SC. As análises foram realizadas em parceria com o Laboratório de Biologia Molecular, Sorologia e Micobactérias (LBMM) da Universidade Federal de Santa Catarina. As amostras foram submetidas à extração de DNA utilizando um método in house baseado na extração por Acetato de Amônio, e posteriormente submetidas à técnica padronizada de PCR multiplex, utilizando os conjuntos de iniciadores PCO3/PCO4 para identificação do gene da ß-globina humana, e CTP1/CTP2 para a identificação do DNA bacteriano. A coinfecção CT/HIV foi detectada com taxa de prevalência de 1,8% (2/111) na população estudada. Observou-se associação da coinfecção CT/HIV com a variável idade (p=0,013). Não houve diferença significativa entre as demais variáveis e a positividade para CT. Das 104 (93,7%) participantes que relataram 2 ou mais parceiros ao longo da vida, 48,1% (50) relataram uso irregular de camisinha. No grupo das coinfectadas CT/HIV, 50,0% (1) também declarou uso descontínuo de preservativo. Esse fato eleva a chance de infecção por outras ISTs e/ou reinfecção, possibilitando inclusive gestações de alto risco. Foi observada a associação entre o conhecimento de ter HPV e o histórico de lesão no colo do útero (p=0,001). De maneira mais minuciosa, do total de 96 (86,5%) pacientes que responderam não ter HPV ou desconhecer ter, 10 (10,4%) declararam algum grau de lesão. O histórico de condiloma acuminado (HPV) também foi associado ao conhecimento de ter HPV (p=0,000). A metodologia de PCR multiplex exibiu bom desempenho no estudo para a identificação do material genético bacteriano. A técnica de PCR é financeiramente vantajosa e pode ser aplicada em processos de rastreamento que se baseiam na investigação de infecções assintomáticas em mulheres HIV soropositivas. Apesar da baixa prevalência na população analisada, mais estudos acerca da epidemiologia sinérgica da coinfecção CT/HIV em mulheres são necessários a fim de reduzir as conseqüências à saúde da mulher e os custos com tratamento, principalmente em mulheres com idade =30 anos. Por conseguinte, é necessário aprimorar a gestão de campanhas de prevenção e esclarecimento a respeito das ISTs, suas causas e desfechos, juntamente com a inclusão do rastreamento de CT em mulheres HIV soropositivas na prática clínica aos programas já existentes no Município.Abstract : Chlamydia trachomatis (CT) genital infection is currently recognized as one of the most prevalent sexually transmitted infections (STIs) in the world, affecting mainly young women. The primary asymptomatic character of CT infection is the basis for the formation of reservoirs that perpetuate the transmission and acquisition of other STIs, favoring the rise of infection to the upper genital tract, resulting in diseases that modulate the risk of transition from cervical infection to malignity. It is believed that CT coinfection in HIV-seropositive women favors viral infectivity by prolonging and / or increasing its infectivity potential in the genital tract, promoting the increase of viral excretion due to the recruitment of HIV-infected leukocytes in response to infection and/or due to increased production of inflammatory cytokines that may stimulate virus replication. In view of this scenario, the objective of this cross-sectional study was to evaluate the prevalence of TC in HIV-seropositive women treated by the Unified Health System of the city of Palhoça/SC. During the period from April to July 2016, 111 endocervical samples were collected during a gynecological medical visit at the Specialized Center for Counseling and Prevention (CEAP) in Palhoça/SC. The analyzes were carried out in partnership with the Laboratory of Molecular Biology, Serology and Mycobacteria (LBMM) of the Federal University of Santa Catarina. The samples were submitted to DNA extraction using an in-house method based on Ammonium Acetate extraction, and then submitted to a standard multiplex PCR technique, using the PCO3/PCO4 primer sets to identify the human ß-globin gene, and CTP1/CTP2 for identification of bacterial DNA. CT/HIV coinfection was detected with a prevalence rate of 1,8% in the studied population. There was an association between CT/HIV coinfection and age (p=0.013). There was no significant difference between the other variables and the positivity for CT. Of the 104 (93,7%) participants who reported 2 or more lifetime partners, 48,1% (50) reported using irregular condoms. In the CT/HIV coinfected group, 50,0 (1/2) also reported discontinuous condom use. This fact raises the chance of infection by other STIs and/or reinfection, making possible even high-risk pregnancies. The association between the knowledge of having HPV and the history of cervical lesion (p=0.001) was observed. In a more detailed way, of the total of 96 (86,5%) patients who responded not to have HPV or to be unaware of it, 10 (10,4%) reported some degree of injury. The history of condyloma acuminata (HPV) was also associated with knowledge of having HPV (p = 0.000). The multiplex PCR methodology showed good performance in the study for the identification of bacterial genetic material. The PCR technique is financially advantageous and can be applied in screening processes that are based on the investigation of asymptomatic infections in HIV-seropositive women. Despite the low prevalence in the analyzed population, more studies on the synergistic epidemiology of CT/HIV coinfection in women are needed in order to reduce the consequences to women's health and treatment costs, especially in women aged =30 years. Therefore, it is necessary to improve the management of prevention and enlightenment campaigns regarding STIs, their causes and outcomes, together with the inclusion of CT screening in HIV-seropositive women in clinical practice to existing programs in the county
    corecore