106 research outputs found
Checklist of stink bugs (Hemiptera: Heteroptera: Pentatomoidea) from São Paulo State, Brazil
Pentatomoidea knowledge in São Paulo state is here updated. Two hundred and two species in 92 genera belonging to Acanthosomatidae, Canopidae, Cydnidae, Pentatomidae, Phloeidae, Scutelleridae, Tessaratomidae and Thyreocoridae are registered. Forty one species were added and 13 taxonomical and nomenclatorial corrections were made comparing with the data presented in the first edition of the Biota SP in 1999. Pentatomoidea species richness of São Paulo state is around 25% of the species known to Brazil and around 3% of the world fauna. The increase of the studies in scarcely known families in Brazil will certainly raise these numbers. Pentatomidae was the most numerous taxon in São Paulo state, with 80% of the registered species.O conhecimento de Pentatomoidea no Estado de São Paulo é aqui atualizado. São registradas 92 espécies em 89 gêneros pertencentes as famílias Acanthosomatidae, Canopidae, Cydnidae, Pentatomidae, Phloeidae, Scutelleridae, Tessaratomidae e Thyreocoridae. Comparando com os dados apresentados na primeira edição do Biota SP em 1999, foram adicionadas 41 espécies além de 13 correções nomenclaturais e taxonômicas efetuadas. O Estado de São Paulo apresenta uma riqueza total ao redor de 25% das espécies conhecidas para o Brasil e ao redor de 3% da fauna mundial de Pentatomoidea. Com o incremento dos estudos em famílias pouco conhecidas no país, estes números certamente serão ampliados. Pentatomidae resultou no táxon mais numeroso no estado, com 80% de espécies registradas.Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Biociências Programa de Pós-graduação em Biologia AnimalUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Ciências BiológicasUNIFESP, Depto. de Ciências BiológicasSciEL
Comparative morphology of immature stages of four species of Chinavia (Hemiptera, Pentatomidae), with a key to the species of Rio Grande do Sul, Brazil
Chinavia Orian (1965) is one of the most diverse genera of Pentatomidae, distributed in the Afrotropical, Neotropical and Nearctic Regions. Thirty-two species are recorded for Brazil, some of them having potential economic impact because they are found on crops and referred to as pests. the morphology of the five nymphal instars of C. armigera (Stal, 1859), C. aseada (Rolston, 1983), C. brasicola (Rolston, 1983) and C. runaspis (Dallas, 1851) are described here. Through a comparative study, identification keys were developed to allow an early identification of the 12 Chinavia species of Rio Grande do Sul.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Univ Fed Rio Grande do Sul, Dept Zool, BR-91501970 Porto Alegre, RS, BrazilUniversidade Federal de São Paulo UNIFESP, Dept Biol Sci, BR-09972270 São Paulo, BrazilUniversidade Federal de São Paulo UNIFESP, Dept Biol Sci, BR-09972270 São Paulo, BrazilWeb of Scienc
Flutuação populacional do percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) com o uso de armadilhas em amendoim / Population fluctuation of burrower bug, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) with the use of traps in peanut
O percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) é a principal praga de solo em amendoim. Seu principal prejuízo está relacionado ao ataque em vagens na fase de desenvolvimento dos grãos. No entanto, estudos sobre sua ocorrência ao longo da cultura do amendoim no Brasil são escassos. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a flutuação populacional do percevejo com o auxílio de armadilhas luminosas e de queda em diferentes locais. Para isso, foram instaladas armadilhas luminosas e de queda com o objetivo de coletar adultos do percevejo-preto, em Pindorama e Votuporanga, Estado de São Paulo. Observou-se que durante o período avaliado ocorreram alguns picos de captura em todas as localidades nas armadilhas luminosas. Nas armadilhas de queda, observou-se a ocorrência de dois picos de coleta do percevejo-preto antes da semeadura do amendoim. Após o preparo do solo para a semeadura do amendoim, as coletas foram escassas. Nos dois tipos de armadilha, observou-se que após a presença de vagens maduras nas plantas de amendoim não há captura de insetos. Concluiu-se que ambas as armadilhas são eficientes para monitoramento de C. mirabilis na área e que a após a presença de vagens maduras nas plantas de amendoim não ocorre dispersão do percevejo-preto.
Análise de endemismo de táxons neotropicais de Pentatomidae (Hemiptera: Heteroptera)
The definition of areas of endemism is central to studies of historical biogeography, and their interrelationships are fundamental questions. Consistent hypotheses for the evolution of Pentatomidae in the Neotropical region depend on the accuracy of the units employed in the analyses, which in the case of studies of historical biogeography, may be areas of endemism. In this study, the distribution patterns of 222 species, belonging to 14 Pentatomidae (Hemiptera) genera, predominantly neotropical, were studied with the Analysis of Endemicity (NDM) to identify possible areas of endemism and to correlate them to previously delimited areas. The search by areas of endemism was carried out using grid-cell units of 2.5° and 5° latitude-longitude. The analysis based on groupings of grid-cells of 2.5° of latitude-longitude allowed the identification of 51 areas of endemism, the consensus of these areas resulted in four clusters of grid-cells. The second analysis, with grid-cells units of 5° latitude-longitude, resulted in 109 areas of endemism. The flexible consensus employed resulted in 17 areas of endemism. The analyses were sensitive to the identification of areas of endemism in different scales in the Atlantic Forest. The Amazonian region was identified as a single area in the area of consensus, and its southeastern portion shares elements with the Chacoan and Paraná subregions. The distribution data of the taxa studied, with different units of analysis, did not allow the identification of individual areas of endemism for the Cerrado and Caatinga. The areas of endemism identified here should be seen as primary biogeographic hypotheses.A definição de áreas de endemismo é central aos estudos de Biogeografia Histórica e suas inter-relações são questões fundamentais. Hipóteses consistentes sobre a evolução de Pentatomidae (Hemiptera) na Região Neotropical dependem da acuidade das unidades empregadas nas análises, que no caso de estudos de biogeografia histórica, podem ser áreas endêmicas. Neste trabalho foram estudados os padrões de distribuição de 222 espécies, pertencentes a 14 gêneros de Pentatomidae, com ocorrência predominantemente neotropical, com base em uma Análise de Endemicidade (NDM) a fim de inferir possíveis áreas endêmicas e relacioná-las a áreas previamente delimitadas. A busca por áreas endêmicas foi realizada com quadrículas de 2,5° e 5° latitude-longitude. A análise com base em agrupamentos de 2,5° latitude-longitude permitiu identificar 51 áreas de endemismo, sendo que o consenso destas áreas resultou em quatro agrupamentos de quadrículas. A segunda análise, com quadrículas de 5° latitude-longitude, resultou em 109 áreas de endemismo. O consenso flexível empregado resultou em 17 áreas de endemismo. As análises foram sensíveis à identificação de áreas de endemismo na Mata Atlântica em diferentes escalas. A região Amazônica foi identificada como uma área única no consenso, sendo que a porção sudeste compartilha elementos com as sub-regiões do Chaco e Paraná. Os dados de distribuição dos táxons estudados, com diferentes unidades de análises, não permitiram a identificação de áreas endêmicas para o Cerrado e a Caatinga. As áreas de endemismo aqui identificadas devem ser tratadas como hipóteses biogeográficas primárias.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal do Rio Grande do Sul Laboratório de Entomologia Sistemática Departamento de ZoologiaUniversidade Federal do Paraná Departamento de Zoologia Programa de Pós-Graduação em EntomologiaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Ciências BiológicasUNIFESP, Depto. de Ciências BiológicasSciEL
Filogenia e classificação dos percevejos-verdes do grupo Nezara Amyot & Serville (Hemiptera, Pentatomidae, Pentanominae)
Os percevejos-do-mato da família Pentatomidae formam um dos maiores grupos dentre os hemípteros-heterópteros, sendo encontrados principalmente nas regiões tropicais. São exclusivamente terrestres e a maioria das espécies têm hábitos fitófagos, algumas delas registradas como pragas de plantas. A atual classificação do grupo encontra-se em intenso debate, mas a definição de grupos monofiléticos e o estudo das relações entre esses grupos dentro de Pentatomidae ainda são relativamente escassos. Este trabalho aborda o estudo de um grupo de percevejos-verdes (Pentatomidae) historicamente relacionados ao gênero Nezara Amyot & Serville. A análise cladística incluíndo, incialmente, 28 espécies de 11 gêneros de Pentatominae e 53 caracteres morfológicos permitiu a definição de um grupo monofilético que inclui 8 gêneros (6 conhecidos e dois novos), aqui denominado grupo Nezara. As características diagnósticas para o grupo incluem duas sinapomorfias: lobo ventral do tubérculo antenífero desenvolvido e espessamento secundário das gonapófises 9 amplos. Os resultados indicam que o gênero Chinavia, como atualmente configurado, é polifilético. A seguinte classificação para o grupo Nezara, em notação parentética, é proposta: (Pseudoacrosternum((Aethemenes, Nezara) (Genêro1 (Porphyroptera (Neoacrosternum (Gênero2(Chinavia))))))) Os gêneros Glaucias, Acrosternum e Parachinavia não compartilham as sinapomorfias dos gêneros do grupo Nezara e os resultados indicam uma relação mais próxima com outros gêneros de Pentatominae. As espécies Parachinavia prunasis (Dallas) comb. nov. e Neoacrosternum varicornis (Dallas) comb. nov. são transferidas dos gêneros Acrosternum e Chinavia, respectivamente. Com base no padrão de distribuição dos táxons do grupo Nezara, é discutida uma hipótese sobre a origem e diversificação do grupo. Dois novos gêneros são propostos: Schoutedenia gen. nov., para incluir S. distans (Schouteden) comb. nov., e Afrochinavia gen. nov., para incluir A. rinapsa comb. nov. Uma chave dicotômica para identificação, a diagnose dos clados resultantes da análise cladística e a descrição atualizada dos gêneros do grupo Nezara são apresentadas Com base no exame dos holótipos das espécies de Chinavia, as seguintes sinonimias são propostas: Chinavia aequale (Linnavuori, 1975) é sinônimo júnior de Chinavia aliena (Schouteden, 1960); Chinavia amosi (Linnavuori, 1982) é sinônimo júnior de Chinavia kaisaka (Schouteden, 1960); Chinavia bella (Rolston, 1983) é sinônimo júnior de Chinavia nigrodorsata (Breddin, 1901); Chinavia gerstockeri (Bergroth, 1893) é sinônimo júnior de Chinavia pallidoconspersa (Stal, 1858); e Chinavia panizzi (Frey-da- Silva & Grazia, 2001) é sinônimo júnior de Chinavia obstinata (Stal, 1860). Uma lista remissiva das espécies incluídas é fornecida, incluíndo as seis novas espécies de Chinavia Orian descritas neste trabalho: Chinavia vanduzeei sp. nov. do Peru e Brasil (AM, PA); Chinavia schuhi sp. nov. do Peru, Colômbia e Brasil (AM); Chinavia sebastiaoi sp. nov. do Brasil (MS), Bolívia e Paraguai; Chinavia cearensis sp. nov., Chinavia tuiucauna sp. nov. e Chinavia rufitibia sp. nov. do Brasil (CE, BA e PR, respectivamente). No Brasil, são registradas 32 espécies de Chinavia, dentre as quais 18 endêmicas; uma chave pictórica para a identificação das espécies e a diagnose, dados de distribuição e, quando disponível, o registro das plantas hospedeiras de cada uma delas, são apresentados
Chinavia nigrodorsata Breddin
Chinavia nigrodorsata (Breddin) (Figs. 23 e 24) Acrosternum (Chinavia) bellum Rolston, 1983 Syn. nov. Espécie de coloração geral do corpo verde, com margens das jugas, pronoto, terço basal do hemiélitro e conexivo de coloração avermelhada; cicatrizes dopronoto e ângulosbasais do escutelo sem manchas negras, manchas do conexivo junto aos âgulos póstero-laterais presentes, espiráculos escuros e calo junto aos espiráculos presente. Distingue-se de C. ubica pelo desenvolvimento dos ângulos umerais, geralmente em espinho em C. nigrodorsata; distingue-se de C. armigera pelas jugas mais estreitas e padrão de coloração das margens do corpo. Esta espécie era registrada no sul do Brasil como C. armigera (citada como Acrosternum armigerum) e, após a descrição de Rolston (1983), como C. bella (Rolston 1983, Vecchio et al. 1988, Panizzii et al. 2000, citada como Acrosternum bellum). Com base nos espécimes-tipo examinados para este trabalho, Acrosternum bellum (Fig. 23) é considerada sinônimo júnior de C. nigrodorsata. Espécie comum no sul do Brasil, Argentina e Uruguai, temregistros em plantas hospedeiras de diferentes famílias, incluindo várias plantas cultivadas (Tabela II). No material estudado, um espécime fêmea tem registro para o estado da PB, e provavelmete representauma introduçãoisolada dessa espécie nessa região do Brasil. Ninfas descritas por Vecchio et al. (1988); biologia discutida por Avalos & La Porta (1996). Tamanhodos adultos: 11-13 mm. Distribuição: Brasil (PB nov. reg., MG, SP, PR, RS), Argentina, Uruguai.Published as part of Schwertner, Cristiano Feldens & Grazia, Jocélia, 2007, O gênero Chinavia Orian (Hemiptera, Pentatomidae, Pentatominae) no Brasil, com chave pictórica para os adultos, pp. 416-435 in Revista Brasileira de Entomologia 51 (4) on page 430, DOI: 10.1590/S0085-56262007000400005, http://zenodo.org/record/396628
Chinavia herbida Stal
Chinavia herbida (Stål) (Fig. 16) Coloração geral do corpo verde a verde-clara; cicatrizes do pronoto e ângulos basais do escutelosem manchas negras; mancha do conexivo se estendendo pelo menos até a metade da largura deste. Distingue-sede C. bipunctula pelo tamanho menor, face dorsal de coloração uniforme, pernas completamente verdes e conexivo de coloração amarelada. Diferencia-se de C. impicticornis pelos ângulos basais do escutelo imaculados, espinho abdominal atingindo as metacoxas e pela presença de uma faixalongitudinal mediana de coloração amarela sobre o escutelo (Grazia, 1979). Rolston (1983) cita esta espécie para o Brasil (como Acrosternum herbidum), mas o material estudado neste trabalho não confirma essa distribuição, sendo a espécie restrita à região central da Argentina. Associada a hospedeiras de diferentes famílias, todas plantas cultivadas (Tabela II). Tamanho dos adultos: 10-12mm. Distribuição: Argentina.Published as part of Schwertner, Cristiano Feldens & Grazia, Jocélia, 2007, O gênero Chinavia Orian (Hemiptera, Pentatomidae, Pentatominae) no Brasil, com chave pictórica para os adultos, pp. 416-435 in Revista Brasileira de Entomologia 51 (4) on page 428, DOI: 10.1590/S0085-56262007000400005, http://zenodo.org/record/396628
Thyreocoridae Amyot & Serville 1843
Thyreocoridae <p> De pequenos a médios (3 a 8 mm), estes percevejos têm coloração escura, escutelo bem desenvolvido, convexo, recobrindo todo abdome e a maior parte da asa anterior; geralmente o exocório é amarelado. Tratados por alguns autores como subfamília de Cydnidae, os percevejos-negros, como são conhecidos vulgarmente, reúnem 213 espéciesem 12 gêneros no mundo, sendo nove no hemisfério ocidental (subfamília Corimelaeninae) e três gêneros monotípicos no hemisfério oriental (subfamília Thyreocorinae) (Schuh & Slater 1995, Lis 2006, Grazia et al., no prelo, b). Apesar de desatualizada, McAtee & Malloch (1933) aindaé a únicareferênciacontendo chavespara gêneros, subgêneros e espécies. Ogênero <i>Galgupha</i> Amyot & Serville é o mais diverso, com 156 espécies em 15 subgêneros. São abundantes e bastante diversos, mas a biologia das espécies neotropicais é praticamente desconhecida (Grazia et al., no prelo, b). Treze espécies pertencentes a três gêneros foram registradas para São Paulo. A taxonomia do grupo na região Neotropical está desatualizada.</p>Published as part of <i>Grazia, Jocélia & Schwertner, Cristiano Feldens, 2011, Checklist dos percevejos-do-mato (Hemiptera: Heteroptera: Pentatomoidea) do Estado de São Paulo, Brasil, pp. 705-716 in Biota Neotropica 11</i> on page 708, DOI: 10.1590/S1676-06032011000500034, <a href="http://zenodo.org/record/3903462">http://zenodo.org/record/3903462</a>
Chinavia difficilis Stal
Chinavia difficilis (Stål) (Figs. 10) Coloração geral do corpo verde a verde-clara; cicatrizes do pronoto, ângulos basais do escutelo e conexivo sem manchas negras. Distingue-se de C. obstinata pelo espinho abdominal mais curto, não atingindo as mesocoxas, e espiráculos escuros; distingue-sede C. napaea pelas antenas de coloração verde e gonocoxitos 8 planos. Eventualmente, algum espécime de C. napaea pode ser confundido com C. difficilis, mas as características diagnósticas aqui apresentadas permitem a identificação dessas duas espécies. Planta hospedeira desconhecida. Tamanhodos adultos: 12-15mm Distribuição: Brasil (RJ, SP nov. reg.).Published as part of Schwertner, Cristiano Feldens & Grazia, Jocélia, 2007, O gênero Chinavia Orian (Hemiptera, Pentatomidae, Pentatominae) no Brasil, com chave pictórica para os adultos, pp. 416-435 in Revista Brasileira de Entomologia 51 (4) on page 426, DOI: 10.1590/S0085-56262007000400005, http://zenodo.org/record/396628
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