1,682 research outputs found

    Production and germination of “capim dourado” seeds, Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) : implications for management

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    A venda de artesanato feito com escapos de S. nitens é uma importante fonte de renda na região do Jalapão, TO. Conhecer a época de produção e dispersão das sementes, bem como seu potencial germinativo, é essencial para propor formas de manejo que garantam a sustentabilidade econômica e ecológica deste extrativismo. Com o intuito de caracterizar a época de produção de sementes foram coletados capítulos entre agosto e dezembro/2003. Foram realizados experimentos de germinação em câmara a 22-30 ºC, sob foto e termoperíodo de 12 horas, e também em condições de escuro. Caracterizou-se também a germinação em condições de hipóxia (imersão em água) e acidez (pH 4 e 5). A produção de sementes iniciou-se em setembro e a maior parte da dispersão ocorreu entre outubro e novembro. A germinação das sementes coletadas entre setembro e outubro foi de 92 ± 7% (média ± DP), sementes coletadas a partir de novembro tiveram germinação significativamente menor. A acidez e a hipóxia não afetaram negativamente a germinação em relação ao controle. As sementes são fotoblásticas positivas e mantêm a germinação após congelamento a -20 ºC. A colheita de escapos após a frutificação (a partir do final de setembro) e a dispersão manual das sementes pelos próprios extrativistas no momento da colheita são estratégias importantes para o manejo da espécie e não prejudicam a atividade artesanal que está focada nos escapos e não nas flores, como ocorre para outras sempre-vivas. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe sale of handcraft made from S. nitens’ scapes is an important source of income in the Jalapão region, Tocantins state. Understanding seed production and dispersal periods, and germination potential is essential to management strategies that guarantee the ecological and economic sustainability of this activity. To characterize the seed production period, capitula were collected from August to December 2003. Germination experiments were conducted in a germination chamber at 22-30 °C, under white light (12-hour photoperiod) and darkness. Germination was also studied under conditions of hypoxia and acidity (pH 4 and 5). Seed production began in September and most dispersal occurred from October to November. The germination of seeds collected in September and October was 92 ± 7% (m ± SD). Seeds collected after November had significantly lower germination capacity. Acidity and hypoxia did not affect seed germination. The seeds are positive photoblastic and maintain high germination even after freezing (-20 °C). Harvesting and manual seed dispersal by the harvesters just after harvesting are important management strategies to guarantee the sustainability of this important economic activity and have no negative impact on handcraft activity, which is based on the use of scapes and not flowers

    Fogo e artesanato de capim-dourado no Jalapão – usos tradicionais e consequências ecológicas

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    O artesanato de hastes florais de capim-dourado Syngonanthus nitens, Eriocaulaceae) costuradas com as fibras de folhas-jovens de buriti (Mauritia flexuosa, Arecaceae) tornou-se símbolo da região do Jalapão e mesmo de todo o estado de Tocantins na última década. Além do extrativismo vegetal, esta importante atividade econômica envolve o uso do fogo para o estímulo da floração do capim-dourado. Este artigo sintetiza resultados de estudos etno-ecológicos desenvolvidos em cooperação com comunidades rurais e gestores ambientais do Jalapão entre 2002 e 2011. Os estudos centraram-se nos efeitos do extrativismo de hastes de capim-dourado e folhas-jovens de buriti nas populações destas espécies, bem como nos efeitos do uso do fogo para o manejo dos campos úmidos de colheita de capim-dourado. Conforme relatado por extrativistas experientes, queimadas bienais estimulam a floração, ou seja, a produção de hastes do capim-dourado. Além disto, simulações numéricas indicam que queimadas bienais são ideais para o crescimento populacional de capim-dourado em longo prazo. Intervalos de queima mais longos, apesar de não estimularem a floração, não prejudicam as populações desta espécie. As populações de capim-dourado são muito resistentes a queimas, no entanto, apresentaram flutuações anuais significativas em resposta a variações também anuais na precipitação durante o período chuvoso. Estas características são provavelmente compartilhadas por outras dezenas de espécies vegetais dos campos úmidos. A colheita de hastes de capimdourado após 20 de setembro, como determinado por legislação estadual em Tocantins, não tem efeitos negativos sobre os indivíduos tampouco sobre as populações de capim-dourado. A colheita de folhas-jovens de buriti para a obtenção das fibras utilizadas para costurar o capim-dourado não causam efeitos negativos em indivíduos e populações de buriti, na intensidade praticada no Jalapão. A legislação atual é adequada a todo o estado do Tocantins, pois previne a colheita precoce de capim-dourado, que é extremamente prejudicial à conservação da espécie. Ações para prevenção da colheita precoce devem envolver educação ambiental e fiscalização. Como forma de reduzir a incidência de incêndios de grande extensão na região deve-se capacitar os moradores locais para o uso controlado do fogo. Queimadas controladas nos campos úmidos devem ser feitas com extremo cuidado para evitar incêndios em fisionomias sensíveis ao fogo, como as áreas de ocorrência de buriti. Palavras-chave: extrativismo; gestão de recursos naturais; produtos da biodiversidade; produtos florestais não-madeireiros; uso sustentável

    Indigenous and traditional knowledge, sustainable harvest, and the long road ahead to reach the 2020 Global Strategy for Plant Conservation objectives

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    As estratégias globais no âmbito da CDB são importantes para orientar políticas e recursos para a conservação da diversidade biológica. Este artigo enfatizou a necessidade de desenvolver ações no âmbito da Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC) com resultados mensuráveis até 2020, no que se refere ao status e as perspectivas relacionadas às metas 12 e 13, com foco no contexto brasileiro, visando identificar lacunas e ações para alcançar os objetivos para conservação e o uso sustentável das plantas. Salienta-se que a meta 12 abrange também a exploração madeireira, não necessariamente de relação direta com povos indígenas e comunidades tradicionais, porém pode vir a ameaçar seus meios de subsistência. No Brasil, o conhecimento científico sobre os efeitos ecológicos da coleta de produtos florestais não madeireiros ainda é limitado e poucos estudos contribuíram para o estabelecimento de regulamentações legais para coleta e manejo. Com relação à meta 13, que diz respeito aos conhecimentos tradicionais e indígenas sobre o uso de plantas e à dependência desses povos pelas plantas, ainda faltam iniciativas de políticas integradoras e eficazes. No entanto, considerando o contexto político negativo das últimas décadas e exacerbado nos últimos anos, em relação à conservação da biodiversidade e aos povos indígenas e comunidades locais são necessárias mudanças profundas no cenário brasileiro, com forte apoio e reconhecimento para os povos indígenas e comunidades locais, para que qualquer objetivo relacionado ao alcance das metas da GSPC seja minimamente perseguido.Global strategies under the scope of CBD are important in guiding policies and resources for the conservation of biological diversity. This paper emphasized the need to develop actions under the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC) with measurable results up to 2020, regarding the status and perspectives related to Targets 12 and 13, focusing on the Brazilian context in order to identify gaps and actions to achieve the goals for conservation and sustainable use of plants. It should be noted that Target 12 also covers logging, not necessarily directly related to indigenous peoples and traditional communities, but may threaten their livelihoods. In Brazil, scientific knowledge about the ecological effects of the harvesting of non-timber forest products is still limited, and few studies have contributed to the establishment of legal regulations for collection and management. With regard to target 13, which concerns traditional and indigenous knowledge about plant use and the dependence of these peoples on plants, there are still a lack of integrative and effective policy initiatives. However, considering the negative political context of recent decades and exacerbated in recent years in relation to biodiversity conservation and indigenous peoples and local communities, profound changes are necessary in the Brazilian scenario, with strong support and recognition for indigenous peoples and local communities, so that any objective related to the achievement of the goals of the GSPC is minimally achieved

    Editorial - Manejo do fogo em áreas protegidas

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    O fogo é parte integrante e natural de diversos ecossistemas no mundo; são os ecossistemas pirofíticos, tais como as savanas, entre elas o Cerrado brasileiro. Apesar disto, políticas de exclusão do fogo, ou de "fogo zero”, predominaram no Brasil e inclusive no Cerrado século XX. Em áreas de vegetação pirofítica, a tentativa de exclusão do fogo tende a não ser eficiente nem adequada. Essa abordagem não reconhece e marginaliza práticas de agricultura familiar e gera acúmulo de combustível fino que propicia a ocorrência de incêndios em grandes extensões, especialmente no final da estação seca, que por sua vez causam graves prejuízos ecológicos e geram altos custos, com baixa eficiência de combate. Assim, é antiga a discussão de que se deve manejar e não apenas tentar excluir o fogo em ambientes pirofíticos. O debate sobre o manejo do fogo e suas consequências ambientais, sociais e econômicas, em diversas escalas, está presente hoje em diversas instituições de gestão ambiental. O assunto envolve grande complexidade, desde os conceitos ecológicos envolvidos e a possibilidade de prever efeitos à capacidade de negociar objetivos de manejo entre diferentes atores que atuam em um território. O presente número da revista Biodiversidade Brasileira, com doze artigos, vem contribuir com este objetivo trazendo resultados e argumentos para subsidiar o debate e o processo de aplicação do manejo integrado do fogo em áreas protegidas. Em 2010 foi lançado um número com o mesmo tema (ver Ribeiro et al. 2011) e é importante notar o avanço nas práticas de manejo desde então. O texto completo do editorial apresenta o conjunto de contribuições e o estado da arte do debate sobre o manejo do fogo no país

    CAN PHYTOHORMONES STIMULATE INITIAL GROWTH OF BRAZILIAN SAVANNA TREES?

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    The initial growth of Cerrado tree species is slow, what impairs large scale seedling production for planting. The effect of plant hormones is well known for crop species, in this study we aimed to test the effect of two commercial biostimulants on the initial growth of six native tree species widely distributed and abundant in Cerrado. We applied nine treatments using foliar spray: T0 - control (water); commercial Progibbí® (gibberellic acid) T1 - 0,8 mL.L-1; T2 - 1,6 mL.L-1; T3 - 2,4 mL.L-1 and T4 - 3,2 mL.L-1; commercial Stimulateí® (gibberellic acid, cytokinin and auxin): T5 - 6,0 mL.L-1; T6 - 8,0 mL.L-1; T7 - 12,0 mL.L-1; T8 - 18,0 mL.L-1 and T9 - 24,0 mL.L-1. We measured plant height and diameter every other week and recorded root and shoot biomass and leaf area after 111 growing days. No treatment significantly increased plants' initial growth, which may only happen after higher and/or repeated use of these two biostimulants, especially Progibbí® for Anacardium humile and Jacaranda cuspidifolia and Stimulateí® for Hymenaea stignocarpa and Copaifera langsdorfii

    Experiências internacionais de manejo integrado do fogo em áreas protegidas – recomendações para implementação de manejo integrado de fogo no Cerrado

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    O Manejo Integrado do Fogo (MIF) é uma abordagem que considera aspectos ecológicos, culturais e de manejo para propor uso de queimas controladas, bem como a prevenção e combate a incêndios, com vistas a garantir a conservação e uso sustentável de ecossistemas. Programas de MIF foram implementados há décadas e em larga escala em Áreas Protegidas em diferentes continentes do mundo, especialmente em ambientes dependentes do fogo ou pirofíticos. Este artigo sintetiza, de forma não exaustiva, experiências internacionais de manejo do fogo em áreas protegidas e propõe recomendações para sua implementação em Programas de MIF em Unidades de Conservação (UC) do Cerrado ainda em fase de experimentação. Exemplos de implementação de manejo do fogo foram revisados com ênfase nas metodologias de pesquisa e monitoramento em regiões de ocorrência de savanas, mais especificamente, na região sul da África e Norte da Austrália, onde os objetivos de pesquisa focam geralmente em avaliar impactos de diferentes regimes de queima na flora e fauna. Programas de pesquisa e monitoramento foram implementados apenas para um número reduzido de espécies ou grupos indicadores. Dentre indicadores comumente reportados pode-se citar o monitoramento, via sensoriamento remoto de áreas queimadas, épocas e locais de ocorrência de queimadas (manejadas ou não) e o monitoramento da estrutura da vegetação, especialmente vegetação arbórea. Dentre os grupos animais, aves, insetos e mamíferos terrestres são os grupos mais comumente monitorados em áreas de manejo do fogo. Fica evidente que mesmo em regiões em que há esforços sistemáticos de pesquisa e monitoramento para subsidiar decisões de manejo, certo grau de incerteza é sempre mantido. Muitas vezes, a influência de pesquisas sobre as decisões de manejo é limitada e está muito mais explícita na criação de ambientes de aprendizagem, trocas de informações e melhoria na qualidade técnica das tomadas de decisão por parte dos gestores em relação ao manejo do que na identificação de regimes definidos de queimas ou receitas prontas para melhoria da gestão ambiental. A partir das experiências sistematizadas, são feitas recomendações para implementação de MIF em UC do Cerrado

    Optimasi Portofolio Resiko Menggunakan Model Markowitz MVO Dikaitkan dengan Keterbatasan Manusia dalam Memprediksi Masa Depan dalam Perspektif Al-Qur`an

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    Risk portfolio on modern finance has become increasingly technical, requiring the use of sophisticated mathematical tools in both research and practice. Since companies cannot insure themselves completely against risk, as human incompetence in predicting the future precisely that written in Al-Quran surah Luqman verse 34, they have to manage it to yield an optimal portfolio. The objective here is to minimize the variance among all portfolios, or alternatively, to maximize expected return among all portfolios that has at least a certain expected return. Furthermore, this study focuses on optimizing risk portfolio so called Markowitz MVO (Mean-Variance Optimization). Some theoretical frameworks for analysis are arithmetic mean, geometric mean, variance, covariance, linear programming, and quadratic programming. Moreover, finding a minimum variance portfolio produces a convex quadratic programming, that is minimizing the objective function ðð¥with constraintsð ð 𥠥 ðandð´ð¥ = ð. The outcome of this research is the solution of optimal risk portofolio in some investments that could be finished smoothly using MATLAB R2007b software together with its graphic analysis

    Impacts of the Tropical Pacific/Indian Oceans on the Seasonal Cycle of the West African Monsoon

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    The current consensus is that drought has developed in the Sahel during the second half of the twentieth century as a result of remote effects of oceanic anomalies amplified by local land–atmosphere interactions. This paper focuses on the impacts of oceanic anomalies upon West African climate and specifically aims to identify those from SST anomalies in the Pacific/Indian Oceans during spring and summer seasons, when they were significant. Idealized sensitivity experiments are performed with four atmospheric general circulation models (AGCMs). The prescribed SST patterns used in the AGCMs are based on the leading mode of covariability between SST anomalies over the Pacific/Indian Oceans and summer rainfall over West Africa. The results show that such oceanic anomalies in the Pacific/Indian Ocean lead to a northward shift of an anomalous dry belt from the Gulf of Guinea to the Sahel as the season advances. In the Sahel, the magnitude of rainfall anomalies is comparable to that obtained by other authors using SST anomalies confined to the proximity of the Atlantic Ocean. The mechanism connecting the Pacific/Indian SST anomalies with West African rainfall has a strong seasonal cycle. In spring (May and June), anomalous subsidence develops over both the Maritime Continent and the equatorial Atlantic in response to the enhanced equatorial heating. Precipitation increases over continental West Africa in association with stronger zonal convergence of moisture. In addition, precipitation decreases over the Gulf of Guinea. During the monsoon peak (July and August), the SST anomalies move westward over the equatorial Pacific and the two regions where subsidence occurred earlier in the seasons merge over West Africa. The monsoon weakens and rainfall decreases over the Sahel, especially in August.Peer reviewe
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