324 research outputs found

    Densitometria óssea e fosfatasemia alcalina esquelética em crianças e adolescentes com colestase crônica

    Get PDF
    Osteopenia pode acometer tanto adultos quanto crianças e adolescentes com colestase crônica. Os estudos envolvendo a faixa etária pediátrica são escassos e dependem de métodos indiretos de avaliação do metabolismo ósseo, desde que existem restrições à realização de biópsia óssea nesta faixa etária. A densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X é atualmente, o melhor método radiológico de determinação da densidade óssea mineral já devidamente validado para utilização em crianças. A determinação da fosfatase alcalina esquelética, enzima abundante nos osteoblastos (células que sintetizam a matriz óssea) é um bom marcador bioquímica da formação óssea. Os objetivos gerais deste estudo foram determinar a densidade óssea mineral de crianças e adolescentes com colestase crônica, por densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X, a atividade de fosfatase alcalina esquelética e estudar as eventuais relações destas variáveis com tempo de colestase, estado nutricional, provas de "função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. A pesquisa foi dividida em dois estudos: bioquímica e radiológico. Na etapa bioquímica, dois métodos de determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética foram testados quanto às suas exatidão e precisão: os métodos da precipitação por lectina e da inativação pelo calor. Posteriormente, foi determinado o melhor método e procedeu-se aos estudos de correlação entre atividade da enzima, estado nutricional, provas de ''função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. Participaram deste estudo 32 crianças com idade variando de 0,5 a 18 anos. Na etapa radiológica, determinou-se a densidade óssea mineral de 20 crianças com idade variando entre 3 e 18 anos, utilizando-se o método de densitometria de dupla emissão com fonte de raios X. A exemplo do estudo bioquímico, foram realizados estudos de correlação entre densidade óssea mineral, avaliação nutricional, provas de "função" hepática, concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio e atividade de fosfatase alcalina esquelética. O método da inativação pelo calor para determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética, à incubação das amostras a 56º C por 1 O minutos foi superior ao método da precipitação da lectina de germe de trigo. Hiperfosfatasemia alcalina esquelética foi observada em 97% dos pacientes estudados, não havendo correlação estatisticamente significativa entre atividade desta enzima, estado nutricional, provas de "função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. Todos os pacientes apresentaram diminuição da densidade óssea mineral, entretanto nenhuma correlação, pode ser observada entre estes resultados, atividade da fosfatase alcalina esquelética e os demais parâmetros estudados. Conclui-se que: (1) Para determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética, o método da inativação pelo calor à incubação das amostras a 56ºC por 1 O minutos foi um método simples, exato e preciso. (2) Hiperfosfatasemia alcalina esquelética e osteopenia foram comuns a 97% dos pacientes estudados. Nenhuma correlação estatisticamente significativa foi observada entre estes resultados e tempo de colestase, testes de ''função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio.Osteopenia is a common occurrence not only in adults but also in children and adolescents with chronic cholestasis. Few pediatric studies are reported in the literatura. Ali of them using indirect methods to assess bone mineral metabolism since bone histomorphometry is an invasive technique not suitable for studies in children. Dual-energy radiographic absorptiometry is the best non-invasive way of measuring bone density. lt has yet to be validated in the pediatric age group. Bone alkaline phosphatase, an enzyme of osteoblasts, is a good marker of bone formation. The main goals of this study were to assess the bone density of children and adolescents with chronic cholestasis by dual-energy radiographic absorptiometry, the bone alkaline phosphatase activity and to evaluate its correlation liver "function" tests lenght of cholestasis, nutritional status and serum concentration of calcium, phosphorus and magnesium. The study was pursued following two approaches: a biochemical and a radiological one. Along the biochemical approach, two methods for quantification of the bone alkaline activity were tested: the method by heat inativation and the method by lectin precipitation. Futhermore, the best method was choosen and correlation studies were made between enzimatic activity, nutritional status, liver ''function" tests and serum concentration of calcium, phosphorus and magnesium. Thirty-two subjects were evaluated (age 0,5 to 18 years). In the radiological study, the bone mineral density of 20 subjects (age 3 to 18 years) was assessed by dual-energy radiographic absorptiometry. Stastical correlations between bone density, nutritional status, liver ''function" tests and serum concentrations of calcium, phosphorus and magnesium were analysed. The heat inactivation assay was the best method for quantification ot bone alkaline phosphatase activity in our experience. High bone alkaline phosphatase activity was observed in 97% of the patients but no significativa statistical correlations were estabilished between enzimatic activity, nutritional status, liver "function" tests and serum concentrations of calcium, phosphorus and magnesium. Ali patients presented bone undermineralization, although no correlation was observed among these results and bone alkaline phosphatase activity and the various parameters studied. The conclusions are: (1) The heat inativavation assay for quantification of bone alkaline phosphatase activity is a simple, precise and an accurate method; (2) High bone alkaline phosphatase occurred in the majority of patients (97%). Osteopenia was observed in ali patients. No statistical correlations were observed between these results and lenght of cholestasis, nutritional status, liver "function" tests and serum concentrations of calcium, phospurus and magnesium

    Spontaneuous bacterial peritonitis : new perspectives

    Get PDF
    A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma das infecções mais frequentes no paciente cirrótico, estando associada à alta morbi-mortalidade. Descrita desde a metade dos anos de 1960, diretrizes recentemente publicadas apontam para o surgimento de novos conceitos relacionados à patogênese, ao diagnóstico e ao tratamento da PBE, motivo desta revisão. Dentre os principais aspectos discutidos destacam-se o conceito de translocação bacteriana patológica e a identificação de polimorfismos genéticos associados ao desenvolvimento da PBE, este último sugerindo a existência de um fator de risco adicional para a infecção. Os critérios diagnósticos e terapêuticos são revisados, sendo enfatizada a crescente ocorrência de resistência bacteriana naqueles pacientes que desenvolvem PBE nosocomial, situação na qual é sugerida uma abordagem terapêutica específica. Discute-se finalmente, as atuais indicações de profilaxia primária e secundária. Quando pertinente, serão também apresentados os aspectos relacionados à PBE que acomete o paciente pediátrico.Spontaneous bacterial peritonitis (SBP) is one of the most common infections in cirrhotic patients and is associated with high morbidity and mortality. Described since the mid-1960s, recently published guidelines point to the emergence of new concepts related to the pathogenesis, diagnosis and treatment of SBP, subject of this review. The main aspects discussed include the concept of pathological bacterial translocation and identification of genetic polymorphisms associated with the development of SBP, the latter suggesting the existence of an additional risk factor for infection. The diagnostic and therapeutic criteria are reviewed, with an emphasis on the increasing occurrence of bacterial resistance in patients who develop nosocomial SBP, in which case a specific therapeutic approach is suggested. Finally we discuss the current indications for primary and secondary prophylaxis. Where relevant, SBP-related aspects affecting the pediatric patient will also be presented

    Environmental risk factors associated with biliary atresia in Rio Grande do Sul, Brazil

    Get PDF
    Biliary atresia (BA) seems to be a multifactorial disorder in which environmental factors interact with the patient’s genetic constitution. This study aimed to analyze information concerning environmental risk factors associated with BA in southern Brazil. A case-control study with mothers of patients with BA and mothers of patients with cystic fibrosis (CF) was conducted. Inquiry included questions related to exposition to environmental risk factors during the periconceptional and gestational (second and third trimesters) periods. Mothers of BA patients had smoked during pregnancy more frequently in comparison with the mothers of CF patients, but no significant difference was found in a multivariate analysis. There was no between group difference in terms of seasonality, but the multivariate analysis showed a significant difference within the BA group between date of conception in winter compared to other seasons. In conclusion, smoking during pregnancy seemed to increase the risk of BA while date of conception in winter decreased it.Keywords: Biliary atresia; environmental risk factor; etiology; seasonality; smokin

    Hepatic osteodystrophy : literature review and report of a personal experience with children and adolescents with chronic cholestasis

    Get PDF
    Osteodistrofia hepática é o termo usado para definir a doença óssea metabólica associada à hepatopatia crônica. Estudada principalmente em indivíduos adultos com colestase crônica, é igualmente prevalente em crianças e adolescentes hepatopatas crônicos. A patogênese é desconhecida mas parece ser multifatorial. Na maioria dos pacientes, ocorre uma perda progressiva de densidade óssea, a qual causa importante fragilidade esquelética. Esta predispõe à perda de estatura, dor óssea e surgimento de fraturas associadas ou não a trauma. A densidade óssea mineral pode ser medida por densitometria óssea de dupla emissão. Nenhuma medida, farmacológica ou profilática, tem se mostrado efetiva em reduzir a osteopenia da hepatopatia crônica. Todavia, aproximadamente 1 ano após transplante hepático, observa-se aquisição de massa óssea em grande parte dos pacientes. Nesta revisão discutimos a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento da osteodistrofia hepática e relatamos a nossa experiência com 20 pacientes com colestase crônica acompanhados na unidade de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.Hepatic osteodystrophy is the term used to define the metabolic bone disease associated with chronic liver disease. It has been studied mainly in adults with chronic cholestasis, but it is equally prevalent in children and adolescents. The pathogenesis of hepatic osteodystrophy is unknown, however, it is likely to be multifactorial. The majority of patients experience a progressive loss of bone mineral density, which causes skeletal fragility. Thus, patients are predisposed to loss of height, to bone pain, and to fracturing bones with minimal or no trauma. Bone mineral density may be measured by dual photon absorptiometry. No specific therapy is available to treat or prevent the osteopenia of chronic liver disease. However, 1 year after liver transplant, most patients do regain bone mass. This review discusses the pathophysiology, diagnosis, and treatment of hepatic osteodystrophy. In this review we also report our personal experience with 20 children and adolescents with chronic cholestasis receiving care at the Pediatric Gastroenterology Unit at Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    Literatura infantil: a construção do hábito de leitura nas séries iniciais do ensino fundamental

    Get PDF
    A literatura é toda e qualquer manifestação do pensamento e de sentimento por meio da palavra. A literatura infantil possui uma diversidade de recursos e procedimentos úteis para a sua disseminação, permitindo a criação de um ambiente propício à criatividade e à formação de um leitor crítico e libertário. Diante da necessidade de incentivar a criação desse ambiente e também, de um leitor assíduo, este trabalho de pesquisa tem como tema a literatura infantil e o hábito da leitura. O objetivo principal visa à construção do hábito da leitura mediante o uso da literatura infantil nas séries iniciais do Ensino Fundamental.Para a consecução do objetivo traçado foi utilizada como metodologia de trabalho a pesquisa teórica, valendo-se de livros que trazem como temática a leitura e a literatura infantil; e a pesquisa prática onde foram realizadas atividades para que os alunos pudessem manusear, folhear e trocar livros de literatura infantil para que compreendessem porque se lê, onde se lê e sobre o que se lê. Na análise dos dados coletados nas escolas pesquisadas verificou-se que a leitura faz parte das atividades desenvolvidas cotidianamente; os professores utilizam a leitura como pré-requisito para a realização de suas atividades diárias, mas não com o objetivo de criar o hábito de leitura nos alunos; a ida à biblioteca ainda é uma atividade a ser incentivada aos professores e pelos professores aos alunos; os temas que os alunos gostam de ler estão afetos à sua faixa etária. Na conclusão, percebe-se que os professores também precisam estar mais em contato com a literatura, modificando suas próprias atitudes para a promoção da leitura nos seus alunos. As escolas devem trabalhar para que as bibliotecas existentes possam ser exploradas pelos alunos, que os professores possam levar seus alunos em visitas freqüentes, que o acervo da biblioteca possa ser diversificado, vasto e adequado às suas reais necessidades. As escolas devem promover projetos de leitura com o objetivo de criarem o hábito de ler nos alunos, não somente para exercer uma atividade pedagógica. Quando o aluno cria o hábito de ler e se torna um leitor eficaz, consciente, crítico, o trabalho curricular diário das escolas tornar-se-á muito mais profícuo e eficiente, pois o ato de ler auxilia e facilita a compreensão e a reflexão sobre todos os aspectos e abre espaço para que se possibilite a primeira leitura: a leitura do mundo

    HIF-1alpha-pathway activation in cholangiocytes of patients with biliary atresia : an immunohistochemical/molecular exploratory study

    Get PDF
    Background: Biliary atresia is a neonatal disease characterized by choledochal obstruction and progressive cholangiopathy requiring liver transplantation in most patients. Hypoxia-ischemia affecting the biliary epithelium may lead to biliary obstruction. We hypothesized that ischemic cholangiopathy involving disruption of the peribiliary vascular plexus could act as a triggering event in biliary atresia pathogenesis. Methods: Liver and porta hepatis paraffin-embedded samples of patients with biliary atresia or intrahepatic neonatal cholestasis (controls) were immunohistochemically evaluated for HIF-1alpha-nuclear signals. Frozen histological samples were analyzed for gene expression in molecular profiles associated with hypoxia-ischemia. Prospective clinical-laboratory and histopathological data of biliary atresia patients and controls were reviewed. Results: Immunohistochemical HIF-1alpha signals localized to cholangiocytes were detected exclusively in liver specimens from biliary atresia patients. In 37.5% of liver specimens, HIF-1alpha signals were observed in biliary structures involving progenitor cell niches and peribiliary vascular plexus. HIF-1alpha signals were also detected in biliary remnants of 81.8% of porta hepatis specimens. Increased gene expression of molecules linked to REDOX status, biliary proliferation, and angiogenesis was identified in biliary atresia liver specimens. In addition, there was a trend towards decreased GSR expression levels in the HIF-1alpha-positive group compared to the HIF-1alpha-negative group. Conclusion: Activation of the HIF-1alpha pathway may be associated with the pathogenesis of biliary atresia, and additional studies are necessary to confirm the significance of this finding. Ischemic cholangiopathy and REDOX status disturbance are putative explanations for HIF-1alpha activation. These findings may give rise to novel lines of clinical and therapeutic investigation in the BA field
    corecore