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    O bebê imaginário e o bebê real no contexto da prematuridade: do nascimento ao 3º mês após a alta

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    No contexto da prematuridade, o confronto entre o bebê imaginário e o bebê real pode ser bastante intenso. O objetivo deste estudo foi investigar as representações sobre o bebê imaginário e o bebê real prematuro, no pós-parto, na pré-alta e no 3º mês após a alta. Participaram quatro mães primíparas de bebês nascidos pré-termos. As mães foram entrevistadas e foi realizada uma análise qualitativa das respostas. Os resultados revelaram a intensificação do confronto entre o bebê imaginário e o bebê real. A elaboração da perda do bebê imaginário e o fortalecimento do vínculo com o filho apareceram, principalmente, no 3º mês após a alta, quando as mães revelaram estarem satisfeitas e orgulhosas com as características e desenvolvimento dos filhos. Dada a complexidade da prematuridade é importante que profissionais da saúde estejam disponíveis para ajudar no vinculo mãe-bebê

    Implicações da doença orgânica crônica na infância para as relações familiares: algumas questões teóricas

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    O presente artigo examina algumas questões teóricas e achados de estudos recentes acerca das implicações da doença orgânica crônica na infância. Analisam-se, em particular, as conseqüências emocionais da enfermidade precoce tanto para a criança como para sua família, especialmente no que se refere à relação mãe-criança. Além disso, discute-se as dificuldades enfrentadas pela família ao lidar com uma criança doente e os possíveis riscos de ajustamento aos quais ela pode estar exposta. Apesar dos avanços no tratamento de doenças crônicas orgânicas infantis e a melhora nas taxas de sobrevivência dessas crianças, poucas investigações são encontradas na literatura em relação às implicações emocionais e familiares da doença orgânica crônica na infância. Os estudos revisados sugerem que mudanças importantes nos relacionamentos familiares podem ocorrer quando há uma criança com doença crônica orgânica na família, em particular no que se refere ao estresse parental, isolamento social, comportamentos de superproteção com a criança e riscos aumentados para desajustes psicológicos tanto para a criança quanto para seus genitores e irmãos.<br>The present article examines some theoretical questions and reviews recent findings concerning the implications of physical chronic disease in childhood. The emotional consequences of the disease to the child and the child's family, in particular to the child-mother relationship are analyzed. Furthermore, family difficulties when dealing with an ill child and the possible risks to his/her adjustment are discussed. Despite the medical advances in the treatment of childhood physical chronic diseases and the increase on survival rates of these children, there are few studies on the emotional and family implications of a physical chronic disease in childhood. The reviewed studies suggest that important changes in family relationships may happen when a child has a physical chronic disease, such as parental stress, social isolation, overprotective behavior, and increased risk of psychological maladjustment to the child, his/her parents, as well as to his/her brothers and sisters

    Withdrawal of maintenance therapy for cytomegalovirus retinitis in AIDS patients exhibiting immunological response to HAART

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    BACKGROUND: Before the introduction of highly active antiretroviral therapy (HAART), CMV retinitis was a common complication in patients with advanced HIV disease and the therapy was well established; it consisted of an induction phase to control the infection with ganciclovir, followed by a lifelong maintenance phase to avoid or delay relapses. METHODS: To determine the safety of CMV maintenance therapy withdrawal in patients with immune recovery after HAART, 35 patients with treated CMV retinitis, on maintenance therapy, with CD4+ cell count greater than 100 cells/mm³ for at least three months, but almost all patients presented these values for more than six months and viral load < 30000 copies/mL, were prospectively evaluated for the recurrence of CMV disease. Maintenance therapy was withdrawal at inclusion, and patients were monitored for at least 48 weeks by clinical and ophthalmologic evaluations, and by determination of CMV viremia markers (antigenemia-pp65), CD4+/CD8+ counts and plasma HIV RNA levels. Lymphoproliferative assays were performed on 26/35 patients. RESULTS: From 35 patients included, only one had confirmed reactivation of CMV retinitis, at day 120 of follow-up. No patient returned positive antigenemia tests. No correlation between lymphoproliferative assays and CD4+ counts was observed. CONCLUSION: CMV retinitis maintenance therapy discontinuation is safe for those patients with quantitative immune recovery after HAART

    Famílias uniparentais: a mãe solteira na literatura

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    The proportion of one-parent families, especially those involving single mothers, has been increasing in western societies, and constitutes a significant change in the family system. Single mothers’ families have been indicated as demanding adaptive resources due to aspects such as paternal absence considered as important for child development. In that sense, the present article aims to show the eventual implications of being a single mother. It also highlights the way this family configuration has been approached by the national and international literature. Studies have shown that the child can grow without major difficulties in single mothers’ homes, but in opposition to these, expressive part of the literature points to the negative implications of these configurations, especially considering their socio-demographic, psychological and social characteristics. In spite of the inconsistency of the findings, it is possible to think that father’s absence may be compensated by mothers’ dedication or by other factors, such as the received social support.A proporção de famílias uniparentais, em especial àquelas envolvendo mães solteiras, tem aumentado nas sociedades ocidentais, o que constitui um significativo reordenamento do sistema familiar. As famílias de mães solteiras têm sido indicadas como exigindo recursos adaptativos intensos devido a aspectos relacionados à ausência paterna apontados como importantes para o desenvolvimento infantil. Nesse sentido, o presente artigo visa apresentar as eventuais implicações de ser mãe solteira e como esta configuração familiar tem sido abordada pela literatura nacional e internacional. Estudos têm mostrado que a criança pode se desenvolver sem prejuízos em lares de mães solteiras, mas em oposição a estes, parte expressiva da literatura aponta para as implicações negativas destas configurações, especialmente em relação às suas características sociodemográficas, psicológicas e sociais. Apesar da inconsistência de achados, é possível pensar que a ausência do pai pode ser compensada pela dedicação das mães ou por outros fatores, como o apoio social recebido.La proporción de familias uniparentais, en especial aquellas envolviendo madres solteiras, ha aumentado en las sociedades occidentales, lo que constituye un significativo reordenamento del sistema familiar. Las familias de madres solteiras han sido indicadas como exigiendo recursos adaptativos intensos debido a aspectos relacionados a la ausencia paterna apuntados como importantes para el desarrollo infantil. En ese sentido, el presente artículo visa presentar las eventuales implicações de ser madre solteira y como esta configuração familiar ha sido abordada por la literatura nacional e internacional. Estudios han mostrado que el niño puede desarrollarse sin perjuicios en hogares de madres solteiras, pero en oposición a estos, parte expressiva de la literatura apunta para las implicações negativas de estas configurações, especialmente en relación a sus características sociodemográficas, psicológicas y sociales. A pesar de la inconsistência de los resultados, es posible pensar que la ausencia del padre puede ser compensada por la dedicação de las madres o por otros factores, como el apoyo social recibido

    Impressões e sentimentos das gestantes sobre a ultra-sonografia e suas implicações para a relação materno-fetal no contexto de anormalidade fetal

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    O confronto entre o filho imaginário e o real assume uma dimensão muito maior, diante de um diagnóstico de anormalidade fetal e tende a repercutir intensamente no âmbito familiar. O presente estudo buscou investigar as impressões e os sentimentos das gestantes sobre a ultra- sonografia e suas implicações para a relação materno-fetal no contexto de anormalidade fetal. Participaram do estudo três gestantes primigestas cujos bebês apresentavam diagnóstico de anormalidade fetal. Elas tinham entre 21 e 30 anos, e a idade gestacional era de 28 a 35 semanas. As participantes foram entrevistadas três meses depois da notícia do diagnóstico de anormalidade. Análise de conteúdo qualitativa das entrevistas revelou que a ultra-sonografia foi vista com ambivalência pelas gestantes que reconheceram tanto aspectos positivos como negativos do exame. Após o diagnóstico, as mães revelaram uma visão bastante positiva em relação aos bebês, além de uma intensificação do vínculo com ele, o que sugere a necessidade da mãe de assegurar amor e admiração mesmo diante da anormalidade do bebê. Palavras-chave: relação mãe-feto; ultra-sonografia obstétrica; anormalidade fetal

    Percepção de adolescentes não-pais sobre projetos de vida e sobre a paternidade adolescente

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    Na adolescência, há o estabelecimento de projetos de vida, que podem ser modificados frente à situação de paternidade. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a percepção de adolescentes não-pais sobre os projetos de vida e sobre a paternidade adolescente. Em particular, buscou-se examinar suas percepções sobre o impacto de uma gravidez na adolescência nos projetos de vida, em relação à família, à escola e ao trabalho. Foram entrevistados sete adolescentes não-pais, com idades entre 13 e 16 anos, com escolaridade variada e baixo nível socioeconômico. As respostas foram submetidas à análise qualitativa que, de modo geral, revelou uma diversidade nos projetos de vida dos adolescentes não-pais quanto à escola, trabalho e família. A paternidade adolescente foi percebida como negativa, devido às suas implicações na adolescência e nos projetos de vida, os quais seriam modificados, postergados ou abandonados

    Adaptação de bebês à creche aos 4-5 meses de idade: as 10 primeiras semanas

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    The aim of this study was to examine the period of adaptation to day care for infants aged 4-5 months during the first 10 weeks. In particular, we sought to investigate the coping strategies used by the infants during this period. Participants were 3 babies who entered the nursery at 4-5 months, their mothers and educators. This is a multiple case study, in which interviews with the mothers, observations in the day-care center and the application of a protocol filled out by the educators were carried out. The qualitative analysis of the data indicated that the infants used different coping strategies during daycare adaptation, which suggests that they experienced this period in a stressful way. And the time they expend in day care during the period investigated did not necessarily reduce the use of these strategies. The results suggests that the adaptation to day care in infants of 4-5 months is not a linear process, since there have been advances and setbacks in the period investigated.O objetivo deste estudo foi examinar o período de adaptação à creche de bebês de 4-5 meses durante as 10 primeiras semanas. Em particular buscou-se investigar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos bebês durante esse período. Participaram 3 bebês que ingressaram na creche aos 4-5 meses, suas mães e educadoras. Trata-se de um estudo de caso múltiplo, no qual foram realizadas entrevistas com as mães, observações dos bebês na creche e as educadoras preenchiam um protocolo de ocorrências com cada bebê. A análise qualitativa dos dados apontou que os bebês fizeram uso de diferentes estratégias de enfrentamento durante a adaptação à creche, o que sugere que esse período foi vivenciado com estresse. E o tempo de permanência na creche ao longo do período investigado não diminuiu necessariamente o uso dessas estratégias. Os resultados sugerem que a adaptação à creche em bebês de 4-5 meses não é um processo linear, já que ocorreram avanços e retrocessos no período investigado.El objetivo de este estudio fue examinar el período de adaptación a la guardería de bebés de 4-5 meses durante las 10 primeras semanas. En particular, tratamos de investigar las estrategias de afrontamiento utilizadas por los niños durante este período. Participaron tres bebés de 4-5 meses, sus madres y educadores. Es un estudio de caso múltiple en el que se llevaron a cabo entrevistas con las madres, las observaciones en el vivero y las educadoras llenaban un protocolo de ocurrencias con cada bebé. El análisis cualitativo de los datos mostró que los bebés habían utilizado diferentes estrategias de supervivencia para la adaptación a la guardería, lo que sugiere que ese período fue vivenciado con estrés. Y el tiempo en la guardería a lo largo del período investigado no redujo necesariamente el uso de estas estrategias. Los resultados sugieren que la adaptación a la guardería en 4-5 meses de los bebés no es un proceso lineal, ya que ha habido avances y retrocesos en el periodo investigado

    Relacionamento conjugal e depressão materna

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    The present article examines some theoretical aspects and empirical studies concerning the relationship between the quality of marital relationship and maternal depression. The characteristics of maternal depression, its multifaceted etiology and possible damage to infant development are also examined. The importance of the marital relationship for the good transition to parenthood are specifically analyzed. The revised studies suggest a combination of biological, obstetric, social, and psychological factors involved in maternal depression. One of them, a frequently mentioned risk factor, is the interpersonal relationships of the new mother, especially the relationship with the husband. Moreover, marital difficulties may play a significant role in the intergenerational transmission of depression in these families.O presente artigo aborda alguns aspectos teóricos e estudos empíricos sobre a relação entre a qualidade do relacionamento conjugal e a depressão materna. São examinadas as características da depressão materna, sua etiologia multifacetada e possíveis repercussões para o desenvolvimento infantil. Analisa-se especificamente a importância do relacionamento conjugal para uma transição adequada à parentalidade. Os estudos revisados sugerem que há uma combinação de fatores biológicos, obstétricos, sociais e psicológicos envolvidos na depressão materna. Entre esses, um dos fatores de risco freqüentemente mencionados é a qualidade dos relacionamentos interpessoais da nova mãe, especialmente o relacionamento com o marido. Mais do que isto, dificuldades conjugais podem ter um papel significativo na transmissão intergeracional da depressão nestas famílias
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