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    Rádio AMORB/FM: uma experiência de promoção da saúde no âmbito da atenção primária

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    O projeto Nas ondas do Rádio teve origem em 2011, em uma demanda da comunidade do Bairro Rubem Berta, por meio da Associação dos Moradores. A criação da AMORB tem estreita relação com a origem do bairro. Em razão da falência da construtora que construiu a maior parte dos prédios habitacionais do bairro, as pessoas (que haviam sido sorteadas para ocuparem/ receberem os imóveis, através do antigo Plano Nacional de Habitação) começaram a ocupar os 3.712 apartamentos abandonados e assumiram a responsabilidade de terminar as obras que ainda faltavam. A necessidade de organização e mobilização comunitária repercutiu na criação da AMORB e, dentre os projetos desenvolvidos, destaca-se a Rádio AMORB/FM, canal radiofônico legalmente concedido em dezembro de 2008. A emissora entrou em funcionamento em 2009 e passou a se constituir em um espaço de integração da comunidade local, bem como de desconstrução da imagem predominantemente negativa e estereotipada do bairro, produzida a partir da mídia comercial: um lugar de tráfico, violência, drogadição e pobreza

    CAMINHOS PARA UMA AÇÃO EDUCATIVA EMANCIPADORA: A prática educativa no cotidiano dos serviços de atenção primária em saúde

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    This article offers an update regarding some concepts of Popular * Education generally and for Health. The author, based on personal experience in primary care service provision offers some areas of opportunity for education and their attainment through emancipative health education activity. These are based on the principles of Popular Education with a view of its complexity. She discusses the opportunities for individuals and groups for formal or informal participation, and educational activities in daily life. She recognizes the role of Popular Education for Health in discussing changes in ways to call attention to the need for basic health care.Este artigo apresenta uma atualização de alguns conceitos de educação popular e educação popular em saúde. A autora, a partir de sua vivência nos serviços de atenção primária em saúde, propõe alguns espaços educativos e a atuação através de uma ação educativa emancipadora, baseada nos fundamentos da Educação Popular com a perspectiva da complexidade. Discute os espaços individuais, de grupos, de participação formal ou informal, e a ação educativa no cotidiano. Reconhece o papel da Educação Popular em Saúde para a discussão de uma mudança nos modos de fazer a atenção primária em saúde

    O agente comunitário de saúde como sujeito de sua ação no trabalho de conclusão do Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde

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    O Agente Comunitário de Saúde há 10 anos teve regulamentado sua formação técnica, que ainda é precária no Brasil. Este estudo é uma análise parcial dos trabalhos de conclusão de curso do Curso Técnico em Agentes Comunitários de Saúde/ Escola GHC. É uma pesquisa qualitativa, de base de dados documental. A análise de dados deu-se através do método de análise de conteúdos com quatro categorias empíricas: trabalho e identidade; mobilização e conquista; trabalho em equipe e a clínica do ACS. Como resultados tem-se no trabalho-identidade o território como espaço contraditório e o papel do ACS também pois deve assumir mais de um papel tanto frente à equipe quanto a comunidade, a experiência do território também oportuniza uma compreensão ampliada da saúde, construindo uma visão da integralidade para as intervenções em saúde; na categoria mobilização e conquista, identifica-se um processo de constituição de sujeito individual e coletivo, o registro da própria história revela em si um sentido de empoderamento, do reconhecimento da coragem e do enfrentamento. E o sentido de liderança; o trabalho em equipe aparece como essência do próprio trabalho do ACS, embora aponte para um conhecimento nuclear a ser compartilhado em equipe. A alteridade como essência para o desenvolvimento da equipe; clínica do ACS, as práticas tanto nos domicílios quanto em outros espaços como o exercício da clínica, do cuidado em saúde vão de um olhar vigilante aos riscos e vulnerabilidades à uma clínica intimista, de segredos, escuta e acolhimento

    A construção da interdisciplinaridade na atenção primária em saúde através da experiência pedagógica do currículo integrado

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    O Currículo Integrado (CI) é uma atividade teórica de campo da Atenção Primária em Saúde (APS) entre as residências de Medicina de Família e Comunidade e Integrada em Saúde da Saúde da Família com 08 anos de atividade, sendo 05 com as duas residências; tem como um objetivo formar profissionais com atitudes para a interdisciplinaridade. O estudo objetivou analisar a construção da interdisciplinaridade no CI. É uma pesquisa qualitativa, um estudo de caso. Foram analisadas as respostas dadas na avaliação de processo pedagógico (2005 a 2009) do CI tendo-o como dispositivo para a construção da interdisciplinaridade na APS. Realizou-se análise de conteúdo identificando-se três categorias: na Vivência Interdisciplinar a constituição dos grupos multiprofissionais, a discussão de temas comuns reconheceram este processo como efetivo na construção da interdisciplinaridade, propicia o trabalho de equipe, a formulação de compreensões coletivas e de propostas de intervenção em problemas; o Diálogo como troca de conhecimentos, como construção coletiva, aponta para reconhecer ao outro e a si mesmo como participantes de um contexto, construindo o diálogo participativo e democrático, reconstruindo identidades; o Método apresentou-se como problematizar, debater a prática construindo práxis, espaço para reflexão, protagonismo e construção de conhecimento. Conclui-se que o CI tem atingido seus objetivos quanto a ser um espaço de formação com um caráter da interdisciplinaridade e da integralidade

    O agente comunitário de saúde como sujeito de sua ação no trabalho de conclusão do Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde

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    O Agente Comunitário de Saúde há 10 anos teve regulamentado sua formação técnica, que ainda é precária no Brasil. Este estudo é uma análise parcial dos trabalhos de conclusão de curso do Curso Técnico em Agentes Comunitários de Saúde/ Escola GHC. É uma pesquisa qualitativa, de base de dados documental. A análise de dados deu-se através do método de análise de conteúdos com quatro categorias empíricas: trabalho e identidade; mobilização e conquista; trabalho em equipe e a clínica do ACS. Como resultados tem-se no trabalho-identidade o território como espaço contraditório e o papel do ACS também pois deve assumir mais de um papel tanto frente à equipe quanto a comunidade, a experiência do território também oportuniza uma compreensão ampliada da saúde, construindo uma visão da integralidade para as intervenções em saúde; na categoria mobilização e conquista, identifica-se um processo de constituição de sujeito individual e coletivo, o registro da própria história revela em si um sentido de empoderamento, do reconhecimento da coragem e do enfrentamento. E o sentido de liderança; o trabalho em equipe aparece como essência do próprio trabalho do ACS, embora aponte para um conhecimento nuclear a ser compartilhado em equipe. A alteridade como essência para o desenvolvimento da equipe; clínica do ACS, as práticas tanto nos domicílios quanto em outros espaços como o exercício da clínica, do cuidado em saúde vão de um olhar vigilante aos riscos e vulnerabilidades à uma clínica intimista, de segredos, escuta e acolhimento

    A construção da interdisciplinaridade na atenção primária em saúde através da experiência pedagógica do currículo integrado

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    O Currículo Integrado (CI) é uma atividade teórica de campo da Atenção Primária em Saúde (APS) entre as residências de Medicina de Família e Comunidade e Integrada em Saúde da Saúde da Família com 08 anos de atividade, sendo 05 com as duas residências; tem como um objetivo formar profissionais com atitudes para a interdisciplinaridade. O estudo objetivou analisar a construção da interdisciplinaridade no CI. É uma pesquisa qualitativa, um estudo de caso. Foram analisadas as respostas dadas na avaliação de processo pedagógico (2005 a 2009) do CI tendo-o como dispositivo para a construção da interdisciplinaridade na APS. Realizou-se análise de conteúdo identificando-se três categorias: na Vivência Interdisciplinar a constituição dos grupos multiprofissionais, a discussão de temas comuns reconheceram este processo como efetivo na construção da interdisciplinaridade, propicia o trabalho de equipe, a formulação de compreensões coletivas e de propostas de intervenção em problemas; o Diálogo como troca de conhecimentos, como construção coletiva, aponta para reconhecer ao outro e a si mesmo como participantes de um contexto, construindo o diálogo participativo e democrático, reconstruindo identidades; o Método apresentou-se como problematizar, debater a prática construindo práxis, espaço para reflexão, protagonismo e construção de conhecimento. Conclui-se que o CI tem atingido seus objetivos quanto a ser um espaço de formação com um caráter da interdisciplinaridade e da integralidade

    ATIVIDADES EDUCATIVAS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE ORIENTA OS PRINCÍPIOS DESSAS PRÁTICAS?

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    As atividades coletivas de educação em saúde, segundo a literatura, são alternativas que favorecem a troca de experiências entre os atores envolvidos, assim como otimizam os recursos da saúde. Tais atividades podem ser realizadas a partir da educação popular e orientadas pela Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde – PNEPS/SUS, a qual foi criada em 2012. Por ser uma Política recente, instituída pela Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013, justifica-se a necessidade de pesquisar o quanto ela está presente nas atividades desenvolvidas pelos serviços de saúde. O artigo em questão se propõe a apresentar a pesquisa realizada no ano de 2012 e 2013, a qual teve como objetivo conhecer as atividades coletivas de educação em saúde realizadas nas Unidades de Saúde do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição – SSC/GHC e analisar se as orientações teórico-metodológicas presentes nestas atividades acompanhavam a PNEPS/SUS. Consiste em um estudo descritivo exploratório quanti-qualitativo. As categorias de análise   emergiram dos princípios e das diretrizes da PNEPS. Além destas, emergiram, no decorrer da pesquisa categorias empíricas, as quais foram incorporadas ao estudo e à análise. Para a coleta de informações, foram utilizados um questionário, a observação participante e a realização de entrevistas semiestruturadas. As informações foram analisadas com a técnica de análise de conteúdo. A pesquisa realizada possibilitou identificar que as atividades coletivas analisadas acontecem de forma diversa, e, na sua maioria, não são orientadas pelos princípios da educação popular nem pela própria PNEPS. Percebe-se, ainda, que, mesmo quando existem alguns aspectos que se aproximam destes princípios, estes não se dão de forma clara, o que reitera a importância de estudos acerca do tema e a necessidade da formação profissional na área da Saúde preparar para o trabalho na perspectiva da Educação Popular

    ACESSO E ACOLHIMENTO: “RUÍDOS” E ESCUTAS NOS ENCONTROS ENTRE TRABALHADORES E USUÁRIOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE

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    Este artigo propõe analisar as percepções de usuários e trabalhadores acerca de acesso e acolhimento e do modo como essas acepções se inter-relacionam no cotidiano de uma unidade de saúde de cuidados primários do município de Porto Alegre/RS, a Unidade de Saúde Vila Floresta (USVF). Utilizou-se uma abordagem qualitativa cujos instrumentos foram entrevistas semiestruturadas com os usuários e grupos focais com os trabalhadores. Utilizou--se a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin.1Tanto usuários quanto trabalhadores perceberam mudanças no processo de trabalho da equipe após a implantação do Acolhimento. Mudanças que, para os usuários, culminaram com uma melhora qualitativa do acesso à unidade, através de um atendimento humanizado e satisfatório. Já para os trabalhadores, apesar de reconhecerem algumas mudanças positivas no acesso, referiram sobrecarga de trabalho e desmotivação na manutenção do projeto. Concluo inferindo que a produção de saúde é possível, a partir do compromisso com o que há de vida nos encontros entre usuários e trabalhadores, não apenas com vistas à garantia de cuidados aos usuários, em conformidade com nossa responsabilidade ética, mas com um olhar, uma escuta e um agir gentis com nós mesmos, trabalhadores de saúde

    A ARTE DE ACOLHER ATRAVÉS DA VISITA DA ALEGRIA

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    Visit of Joy Project started in 2007 in Jardim Itu Health Unit of the Department of Community Health / Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre / RS. The experience of working with "clowns" in the hospitals was inspiring for the project. The project is developed through scheduled visits to the users of Home Care Program (HCP) in pre-defined dates. The work aims to promote health through laughter, in view of the humanization of care and health promotion, role of services in Primary Health The project aims to: promote moments of joy to patients and family members, strengthen the link between health team and the users of the HCP, developing actions aimed at the humanization of care, humanize the work relationships through recreational activities, and building the identity of the workers through the process of creative work. The visit is performed with a fixed team coordinator, with the participation of several members of the health team as their desire and availability. The interventions are planned, in a collective way and those who will participate in the visits work in a collective script: music, drama sketches, "bullshit" and improvisation, according to the interaction with users, in celebration of significant dates. The popular education comes in with its principles of establishment of dialogue between workers, promoting construction of identity, interaction between different knowledge, also promote knowledge through art. With the work based on the principles of primary health care, the team realizes the USJI be essential to the promotion of care strengthening the bond between users and workers. As an indication of the importance of this work is found in the houses' small mimosa 'left in each visit of joy, in a prominent place in the environments in which they live.O Projeto Visita da Alegria teve início em 2007, na Unidade de Saúde Jardim Itu do Serviço de Saúde Comunitária/Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre/RS. A experiência do trabalho com “palhaços” nas instituições hospitalares foi inspiradora para o projeto que se desenvolve através de visitas programadas aos usuários do Programa de Atenção Domiciliar (PAD) em datas pré-definidas. O trabalho visa promover a saúde através do riso, na perspectiva da humanização do cuidado e promoção da saúde, papel essencial dos serviços de Atenção Primária em Saúde. O projeto visa: promover momentos de alegria para os pacientes e familiares; fortalecer o vínculo entre a equipe de saúde e os usuários do PAD; desenvolver ações que visam à humanização do cuidado; humanizar as relações de trabalho através de atividades lúdicas; e construir a identidade entre os trabalhadores através do processo de trabalho criativo. O trabalho é realizado com uma equipe coordenadora fixa, com a participação dos vários membros da equipe de saúde conforme seu desejo e disponibilidade. As intervenções são planejadas, de forma coletiva, com todos que participarão das visitas e com a elaboração coletiva de roteiro: músicas, esquetes teatrais, “palhaçadas” e improvisos, de acordo com a interação com os usuários, no festejo de datas significativas. A educação popular entra com seus princípios de estabelecimento do diálogo entre os trabalhadores, promovendo construção de identidade, interação entre os diversos saberes, promovendo também o conhecimento através da arte. Com o trabalho baseado nos princípios da APS, a equipe da USJI percebe ser essencial à promoção de cuidado, o fortalecimento do vínculo entre usuários e trabalhadores. Um indício da importância deste trabalho é encontrarmos, nas casas, os ‘pequenos mimos’ deixados em cada visita, em lugar de destaque nos ambientes em que vivem

    A PERCEPÇÃO DE OUVINTES SOBRE O PROGRAMA SAÚDE NA COMUNIDADE DA RÁDIO COMUNITÁRIA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO RUBEM BERTA - FM

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    A Associação dos Moradores do Rubem Berta (AMORB) de Porto Alegre/RS conquistou uma rádio comunitária no final de 2007. No início de 2008 a AMORB convidou a Médica de Família e Comunidade da unidade de saúde local para apresentar um programa sobre saúde. Em abril de 2008 iniciaram os programas, com periodicidade semanal e duração de uma hora, contando na sua organização com outros profissionais de Saúde da Família em formação, incluindo os autores deste trabalho. Sua importância é perceptível enquanto uma nova área de atuação na Atenção Primária à Saúde, dentro da educação em saúde. Além disso, é utilizada pelas comunidades que se organizam e se comunicam paralelamente à mídia dominante, desenvolvendo sua autonomia. O objetivo foi analisar a percepção de ouvintes, trabalhadores e usuários, das unidades de saúde Costa e Silva e Jardim Leopoldina do GHC, sobre o Programa Saúde na Comunidade da Rádio Comunitária AMORB FM. A pesquisa consistiu em um estudo de caso que utilizou o método qualitativo, com coleta de dados a partir de grupos focais, um com trabalhadores e outro com usuários do Serviço de Saúde Comunitária do GHC (SSC/GHC). Foi utilizada a Análise de Conteúdo. Os trabalhadores da saúde entendem que a linguagem utilizada precisa ser aperfeiçoada, pois ainda apresenta alguns vícios acadêmicos; já os usuários acharam a linguagem clara. A dinâmica, tem pouca participação de ouvintes e os convidados têm falas longas. Dois intervalos musicais ajudariam a quebrar o cansaço, além da introdução de mais um tema por programa. Repetir algumas informações e chamar mais para a realidade da comunidade auxiliariam na compreensão. O programa utiliza temas muito importantes, que deveriam ser melhor divulgados, estendendo a todo o SSC/GHC e com prévia do próximo programa. Percebeu-se a importância de ter esse espaço na mídia. Não houve consenso quanto à espontaneidade das falas. Apesar das rádios comunitárias serem utilizadas pela população brasileira há algumas décadas, sua importância ainda não foi reconhecida pelos profissionais da saúde. Essa pesquisa ajudou a confirmar a sua relevância como uma ferramenta de educação em saúde e a perceber a pertinência de investimentos públicos para o desenvolvimento da área. A inexperiência dos profissionais com a mídia não foi um fator impeditivo para a compreensão dos temas pelos radiouvintes. Porém, é importante trabalhar com o retorno e escuta dos ouvintes para tornar o programa mais atrativo
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