871 research outputs found
Relações raciais entre homossexuais no Brasil colonial
A partir de pesquisa documental referente a processos inquisitoriais em Pernambuco e na Bahia, o artigo atesta a antigüidade das práticas homossexuais no país, apesar da repressão sofrida em tempos coloniais, quando eram consideradas "pecado nefando" e crime de "lesa-majestade". Examina a cor da pele e a condição social dos parceiros cujos envolvimentos foram devassados pela Inquisição, concluindo pela abrangência das práticas homossexuais e de poder
TRANSGRESSÃO NA CALADA DA NOITE UM SABÁ D E FEITICEIRAS E DEMÔNIOS NO PlAUÍ COLONIAL
Este artigo dedica-se à análise de um sabá ”” uma das manifestações religiosas heterodoxas mais controvertidas do Velho Mundo - ocorrido no século XVTII, no Piauí, que foi extremamente bem documentado e enviado para a Inquisição de Lisboa. Durante as inquirições, as investigadas fizeram uma minuciosa descrição das relações que mantiveram com o diabo, das práticas sexuais que realizaram e dos locais onde se passaram os episódios descritos. Essa documentação indica que, ao contrário do que os estudiosos da religiosidade popular brasileira costumam afirmar, a crença nos congressos de feiticeiras e demônios migrou para a América Portuguesa
Cautelas de alforria de duas escravas na província do Pará (1829-1846)
Diz-nos ainda este autor que houve no Pará diversos casos de alforria ou doação de liberdade de cada uma daquelas categorias, po-rém muito comum parece ter sido a doação testamenteira . Reconhecendo que a Coleção de Leis da Província do Grão-Pará é pobre em material elucidativo do prob'ema das alforrias, o Autor cita apenas alguns casos de manumissão efetivados notadamente a partir de 1866 (pp. 279 e ss.).
FEITICEIROS DE ANGOLA NA AMÉRICA PORTUGUESA VÍTIMAS DA INQUISIÇÃO
O objetivo deste ensaio é divulgar duas dezenas de documentos inéditos que tivemos a ventura de encontrar no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, todos eles referindo-se à prática de adivinhação, cura e/ou rituais e cerimônias religiosas praticados por nativos do Reino de Angola, Congo e nações circunvizinhas, tanto em território africano quanto na diáspora negra em Portugal e no Novo Mundo. Contentamo-nos inicialmente em transcrever e comentar sumariamente tais manuscritos, já que preparamos trabalho mais abrangente baseado numa centena de práticas de "feitiçaria" incluindo outras etnias africanas. Que este "caminho das pedras" estimule outros pesquisadores a aprofundarem tal manancial até hoje pouco conhecido pela historiografia afro-luso-brasileira.Palavras-chave: Inquisição. Feitiçaria. Reino de Angola. Documentos Manuscritos.ABSTRACTThis essay aims at spreading twenty unpublished documents that were found at the National Archives of Torre do Tombo in Lisbon, all of them referring to the practice of divination, healing and/or religious rituals and ceremonies practiced by the native people from the Kingdom of Angola, Congo and surrounding nations, not only in African lands, but also in the black exile in Portugal and in the New World. As a start, these manuscripts were transcribed and commented briefly since more comprehensive work based on hundreds of practices of witchcraft, including other African ethnic groups, is also available. May this work stimulate other researchers to deepen this source little known so far by the African-Luso-Brazilian historiography.Keywords: Inquisition. Witchcraft. Kingdom of Angola. Manuscript documents
A propósito de três livros sobre o negro brasileiro
De acôrdo com o levantamento bibliográfico realizado pelo Prof. João Baptista Borges Pereira (2), desde 1965 até setembro de 1971, apenas 10 autores assinaram obras nas quais o negro brasileiro é o tema: Octávio Ianni (1966), Thales de Azevedo (1966), Octávio da Costa Eduardo (1966), Florestan Fernandes (1965), João B . B . Pereira (1967), Emília Viotti da Costa (1966), Ruth Landes (1967), Roger Bastide (1971), Marvin Harris (1967) . Eis no entanto que, nos últimos meses, são publicados mais três novos livros que tratam do negro em diferentes regiões do Brasil: no Pará, em Minas Gerais e no Paraná
Ventura e desventuras de um mercedário sodomita em Belém do Pará pós-Filipino
Este artigo tem por foco a trajetória de Frei Lucas de Souza, superior do Convento de Nossa Senhora das Mercês de Belém do Pará, que, em 1658, foi formalmente denunciado por praticar o “abominável” e “nefando” crime de sodomia. Depois de preso e interrogado, ainda em Belém, as autoridades eclesiásticas consideraram consistentes as denúncias e encaminharam o acusado para o Tribunal do Santo Ofício de Lisboa. Passados quatorze meses nos cárceres do Santo Ofício, Frei Lucas de Souza foi finalmente condenado a, dentre outras penas, cumprir dez anos de degredo nas galés de Sua Majestade. A partir da trajetória deste indivíduo, o artigo discorre, também, sobre aspectos da vida cultural e material das ordens religiosas instaladas na América portuguesa em meados do século XVII.
 
Sodomia Faeminarum: a Inquisição e a alforria do lesbianismo no mundo português, 1646
A história da homossexualidade em Portugal confirma a mesma tendência observada no resto do mundo: o lesbianismo sempre foi muito menos perseguido do que a homossexualidade masculina. Nesse artigo analisamos um documento inédito de 1646, onde os Inquisidores de Lisboa, após consulta do Tribunal do Santo Ofício de Goa, discutem detalhadamente, baseados em diversificada bibliografia, a opinião dos principais teólogos morais da cristandade sobre o tema. Apesar de manifestarem posicionamentos antagônicos, prevaleceu a exclusão da “sodomia faeminarum” da condição de “sodomia perfeita”, deixando a partir de então o lesbianismo de ser crime punível com a fogueira, passando sua perseguição, mais branda, à justiça secular
A propósito de três livros sobre o negro brasileiro
De acôrdo com o levantamento bibliográfico realizado pelo Prof. João Baptista Borges Pereira (2), desde 1965 até setembro de 1971, apenas 10 autores assinaram obras nas quais o negro brasileiro é o tema: Octávio Ianni (1966), Thales de Azevedo (1966), Octávio da Costa Eduardo (1966), Florestan Fernandes (1965), João B . B . Pereira (1967), Emília Viotti da Costa (1966), Ruth Landes (1967), Roger Bastide (1971), Marvin Harris (1967) . Eis no entanto que, nos últimos meses, são publicados mais três novos livros que tratam do negro em diferentes regiões do Brasil: no Pará, em Minas Gerais e no Paraná.
DEDO DE ANJO E OSSO DE DEFUNTO: OS RESTOS MORTAIS NA FEITIÇARIA AFRO-LUSO-BRASILEIRA
DEDO DE ANJO E OSSO DE DEFUNTO: OS RESTOS MORTAIS NA FEITIÇARIA AFRO-LUSO-BRASILEIR
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