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    REABILITAÇÃO COGNITIVA E MUSICOTERAPIA

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    As técnicas modernas de neuroimagem permitiram a documentação de alterações funcionais, estruturais e de padrões de conectividade no cérebro relacionadas com o fazer musical. Evidências cientí­ficas demonstram que a neuroplasticidade cerebral estimulada pelo treinamento musical pode produzir modificações em habilidades cognitivas. Estudos recentes nas neurociências, neuromusicologia e cognição musical tem dado destaque ao papel da música na reabilitação cognitiva. Os resultados oferecem um importante suporte para as pesquisas clí­nicas realizadas na área da musicoterapia. A principal abordagem que desenvolveu técnicas em que a música é utilizada como elemento mediador de respostas funcionais reorganizadas através de intervenções terapêuticas sistemáticas é a Musicoterapia Neurológica. O presente artigo busca apresentar alguns conceitos fundamentais resultantes de pesquisas que descrevem a utilização da música no treinamento e reabilitação de funções cognitivas como atenção, memória e funções executivas. A utilização da música na reabilitação cognitiva parece ser uma área promissora para a pesquisa em musicoterapia, principalmente valendo-se dos embasamentos teóricos nas áreas afins e das práticas resultantes dessa multidisciplinaridade

    Equivalência de itens, semântica e operacional da “Escala de Musicabilidade: Formas de Atividade, Estágios e Qualidades de Engajamento”

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    Na década de 1960, os pesquisadores Nordoff e Robbins começaram a desenvolver escalas para avaliação em atendimentos musicoterapêuticos. Dentre elas, a “Escala de Musicabilidade: Formas de Atividade, Estágios e Qualidades de Engajamento”. Esta escala foi desenvolvida para avaliar as “sutilezas” presentes na produção musical de um paciente em um atendimento musicoterapêutico. No Brasil, é grande a necessidade de instrumentos de medida validados para nosso idioma. A fim de contribuir com a validação no contexto musicoterapêutico brasileiro, objetivamos avaliar a tradução desta escala e seu respectivo manual explicativo. Como metodologia, realizamos 3 etapas do Modelo Universalista de Validação desenvolvido por Herdman, Fox-Hushby e Badia (1998) denominadas equivalência de itens, equivalência semântica e equivalência operacional. Participaram desse estudo 6 tradutores na etapa inicial e 9 avaliadores no processo de avaliação da tradução. Foram utilizados como instrumentos, a “Escala de Musicabilidade: Formas de Atividade, Estágios e Qualidades de Engajamento” e seu respectivo manual explicativo. Foi elaborada para este estudo uma Ficha para análise das traduções e um Questionário de Análise da Equivalência de Itens, Semântica e Operacional. De acordo com a análise das respostas coletadas dos avaliadores, a tradução dessa escala apresenta linguagem compreensível, seus itens são pertinentes para o contexto brasileiro e podem contribuir para futuras pesquisas em musicoterapia e em música

    Qualidade de vida dos estudantes e profissionais de musicoterapia em tempos de pandemia da COVID-19 suas influências e adaptações

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    Em março de 2020, a nova doença causada pelo Coronavírus, a COVID-19, foi classificada como pandêmica pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de então uma série de medidas começaram a ser tomadas em diversos países com a intenção de controlar a quantidade de casos da doença. Dentre as medidas tomadas, o isolamento social se destacou como uma delas. Esta pesquisa, fez a junção de dois estudos complementares, que têm como objetivo observar, refletir e questionar sobre como esse momento de pandemia, bem como as adaptações necessárias, têm influenciado a qualidade de vida dos estudantes e profissionais da musicoterapia. O estudo um é uma pesquisa bibliográfica integrativa, que foi feita em 3 portais de busca. O estudo dois é uma pesquisa de campo exploratória sobre a qualidade de vida dos estudantes e profissionais de musicoterapia, feita através da aplicação de entrevista e questionário de auto relato. Os resultados obtidos indicam que de fato a qualidade de vida dos estudantes de musicoterapia e profissionais musicoterapeutas tem sido afeta pela situação de pandemia, sendo que os principais prejuízos que afetaram a auto percepção da qualidade de vida foram: diminuição da energia e aumento da fadiga, sono e repouso e capacidade para o trabalho.In March 2020, the new disease caused by the Coronavirus, COVID-19, was classified as a pandemic by the World Health Organization (WHO) the number of cases of the disease. Among the measures taken, social isolation stood out as one of them. This research combined two complementary studies, which aim to observe, reflect and question how this moment of pandemic, as well as the necessary adaptations, have influenced the quality of life of music therapy students and professionals. Study one is an integrative bibliographic research, which was carried out in 3 search portals. Study two is an exploratory field research on the quality of life of students and music therapy professionals, carried out through the application of an interview and a self-report questionnaire. The results obtained show that in fact, the quality of life of music therapy students and music therapist professionals has been affected by the pandemic situation, and the main damages affected the self-perception of quality of life were decreased energy and increased fatigue, sleep and rest and ability to work

    Musicoterapia na educação musical especial de portadores de atraso do desenvolvimento leve e moderado na rede regular de ensino

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-12T10:53:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 cybelleloureiro.pdf: 1331652 bytes, checksum: 13b3f14b55c431818fa8b1e2f23ed5d0 (MD5) Previous issue date: 20A história da inclusão da criança com necessidades especiais nos vários segmentos da educação data da segunda metade do século XVIII. Inicialmente foi revista a inadequação dos termos usados para definir o distúrbio do desenvolvimento destas crianças, antes da adoção atual de atraso do desenvolvimento em todo o mundo. Em seguida procuramos identificar as diferentes concepções educacionais atribuídas ao portador de atraso do desenvolvimento. Foram abordadas teorias sobre o desenvolvimento humano predominantes desde o século XVIII até o início do século XX, entre elas, preformacionismo, predeterminismo, ambientalismo e interacionismo. Antecedentes históricos da musicoterapia na educação especial descrevem os primórdios do uso da música no processo de identificação e desenvolvimento educacional desta população. Um breve histórico da Educação Inclusiva no Brasil, contendo uma descrição de aspectos da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, capítulo V, artigos 58 e 59 relevantes para este estudo, detalham as garantias didáticas e os recursos especiais necessários para o atendimento desses alunos. Num segundo momento apresentamos modelos internacionalmenteutilizados no diagnóstico e classificação de atraso do desenvolvimento, o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtorno Mental (DSM-IV-R), a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) e a Associação Americana em Retardo Mental (AAMR). Esse estudo focalizou particularmente o atraso do desenvolvimento leve e moderado, por ser esta a população comumente encontrada na prática da educação musical na pré-escola e no ensino fundamental, no âmbito do sistema educacional inclusivo. Enfatizamos aspectos neurológicos do desenvolvimento cognitivo e adaptativo que influenciam a aquisição de habilidades musicais dessas crianças. Alguns aspectos do desenvolvimento do sistema nervoso no seu período crítico foram também descritos através de estudos em neuroplasticidade, que enfatizam a necessidade de uma intervenção terapêutica e educacional precoce nesses casos. Foram ilustradas as funções específicas das duas metades do cérebro, a organização do sistema auditivo, o percurso neural do estímulo musical antes de chegar ao córtex auditivo primário, as áreas corticais envolvidas na percepção e aspectos da plasticidade do córtex auditivo em comparações entre músicos e não músicos. Finalmente apresentamos os resultados práticos que este estudo permitiudeduzir. A partir de uma extensa revisão bibliográfica e um mapeamento das teorias desenvolvimentalistas de Piaget e Vygotsky nesta população, foi possível deduzir estratégias e adaptações metodológicas de exercícios para a prática da educação musical dessas crianças. Aplicações práticas destas estratégias foram elucidadas a partir de relatos de casos ilustrativos de inserção da musicoterapia na educação musical especial, analisados à luz do referencial teórico apresentado neste trabalho.The history of the inclusion of children with special needs in differentlevels of the education dates from the second half of the XVIII century. Initially we reviewed the inadequacy of the terms used to define the disability condition of these children, before the worldwide adoption of the concept of developmental delay. Then, an attempt was made to identify the different educational conceptions attributed to the developmental delay disability. Theories on human development, predominant from the XVIII century through the beginning of the XX century were approached, such as preformationism, predeterminism, environmentalism and interactionism. It includes a historical background of the intervention of music therapy in special education, describing the use of music in the process of identification and educational development of this population. A brief history of the Special Education in Brazil describes aspects of the New Law of Guidelines and Bases of the National Education, chapter V, items 58 and 59, that are relevant for this study, specifying the didactic warranties and the necessary special resources for the assistance of these students. In the second chapter, models internationally used in the diagnosis and classification of development delay are presented: the Manual of Diagnosis and Statistics of Mental Disorders (DSM-IV-R), the International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems (ICD-10) and the American Association on Mental Retardation (AAMR). This study focused particularly mild and moderate development delay, the population commonly found in music classes at pre-school and elementary school levels of institutions that include special education. We emphasized neurological aspects of the cognitive development and adaptive functioning that influence the acquisition of musical abilities by those children. Some aspects of the development of the nervous system in the critical period are described through studies on neuroplasticity that emphasize the need of a precocious therapeutic and educational intervention in those cases. Illustrations of the specific functioning of each of the two half of the brain are included, as well as of the organization of the hearing system, the path of the music stimulus before reaching the primary hearing cortex, the cortical areas involved in the perception and aspects of the plasticity of the hearing cortex in comparisons between musicians and non musician. Finally we presented the practical results made possible by this study. A comprehensive bibliographical review and the mapping of the developmental theories of Piaget and Vygotsky, allowed us to deduce strategies and methodological adaptations of exercises for the practice of the musical education of those children. Practical applications of these strategies were elucidated by reporting illustrative case of music therapy intervention in special music education, analyzed by means of the theoretical background presented in this work

    Tradução e validação de conteúdo de uma bateria de testes para avaliação de amusia

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    This study aimed to perform a cultural adaptation of the Montreal Battery of Evaluation of Amusia - MBEA, which constitutes a battery of tests that evaluates musical functions, in order to adapt them to the population of Brazilian adolescents. Research was conducted in three stages: conceptual equivalence, items equivalence and semantic equivalence. The study included 20 non-expert judges and 6 expert judges, responsible for assessing the items of MBEA and their constructs. In the analysis of content, there were high rates of agreement among the judges, except for the constructs of scale and intervals. Considering focus groups, it was observed that adolescents associated the items with classical music, but this did not affect their understanding of the test. Concerning cultural equivalence, 70% of the items had high rates of agreement among judges. Regarding semantic equivalence, there were no significant differences between the back translation and the original version. We conclude to be appropriate to maintain the original items of the test because, in addition to being comprehensible to the target population, they are made within the Western tonal system, which is used in both cultures.Este estudo objetivou realizar a adaptação cultural da Montreal Battery of Evaluation of Amusia - MBEA, que se constitui em uma bateria de testes que avalia funções musicais, visando sua adaptação para a população de adolescentes brasileiros. Foram realizadas três etapas: equivalência conceitual, equivalência de itens e equivalência semântica. Participaram deste estudo 20 juízes não-especialistas e 6 juízes especialistas, responsáveis por avaliar os itens da MBEA e seus construtos. Na análise de conteúdo, obtiveram-se altos índices de concordância entre os juízes, exceto para os construtos escala e intervalo. Pelos grupos focais, observou-se que os adolescentes associaram os itens à música erudita, mas isto não afetou sua compreensão do teste. Quanto à equivalência cultural, 70% dos itens apresentaram altos índices de concordância entre juízes. Na equivalência semântica não se apresentaram diferenças significativas entre as retraduções e a versão original. Concluiu-se ser adequado manter os itens originais do teste, pois, além de compreensíveis para a população-alvo, são compostos dentro do sistema tonal ocidental, o qual é utilizado em ambas as culturas

    Music therapy approach in chemical dependence based on the Transtheoretical Model of Change

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    The Transtheoretical Model of Change (TMC) was created by Prochaska and DiClemente in (1982), and has supported clinical work on Chemical Dependence since its origins from Stages of Change. This text presents a rationale for music therapy treatment in chemical dependency supported by the Rational Scientific Model of Mediation in interfaces with the TMC. Thus, we discuss the neurophysiological bases of music processing as well as drugs abuse, we point out as already proven effective music therapy techniques for music therapy treatment with such a population, we present the TMC and, finally, we point out which techniques are more efficient for the different phases of treatment. This research will support the creation of an assessment instrument that informs whether the music therapy process helps in the evolution of chemically dependent patients

    Equivalência de itens, semântica e operacional da versão brasileira da Escala Nordoff Robbins de Comunicabilidade Musical

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    Os pesquisadores americanos Nordoff, Robbins e Marcus (2007) desenvolveram em 1964 a Escala de Comunicabilidade Musical. Utilizaram, nessa escala, instrumentos musicais, a voz e movimentos corporais para estudar em crianças os diferentes aspectos da capacidade de comunicação através da música. Objetivamos, nesta pesquisa, avaliar a tradução realizada da Escala de Comunicabilidade Musical e de seu manual explicativo para o português brasileiro. Como metodologia, realizamos 3 etapas do Modelo Universalista de Validação desenvolvido por Herdman, Fox-Hushby e Badia (1998) denominadas equivalência de itens, equivalência semântica e equivalência operacional. Participaram desse estudo 4 tradutores na etapa inicial e 10 avaliadores no processo de avaliação da tradução. Foram utilizados como instrumentos, a Escala de Comunicabilidade Musical de Nordoff Robbins e seu respectivo manual explicativo. Foi elaborada especialmente para este estudo uma Ficha para análise das Traduções e um Questionário de Análise da Equivalência de Itens, Semântica e Operacional. De acordo com a análise das respostas coletadas dos avaliadores, a tradução dessa escala apresenta linguagem compreensível, seus itens são pertinentes para o contexto brasileiro e podem contribuir para futuras pesquisas em musicoterapia e em música

    Estudo de revisão da utilização das Escalas Nordoff Robbins: “Relação Criança-Terapeuta na Experiência Musical Coativa” e “Musicabilidade: Formas de Atividade, Estágios e Qualidades de Engajamento”

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    As Escalas Nordoff Robbins de “Relação Criança-Terapeuta na Experiência Musical Coativa” e de “Musicabilidade: Formas de Atividade, Estágios e Qualidades de Engajamento” são utilizadas como avaliação musicoterapêutica desde a década de 1960 nos EUA. No Brasil, pesquisas estão sendo realizadas para tradução, verificação da validade e utilização destas escalas. Neste estudo de revisão integrativa, verificou-se a utilização das mesmas através de revisão em bases de dados do Portal Periódicos da Capes, Google Acadêmico, Lilacs, Nordoff Robbins, ProQuest, Medline e Cochrane. Encontramos 22 estudos relacionados com a “Escala de Relação Criança-Terapeuta na Experiência Musical Coativa” e 10 estudos relacionados com a “Escala de Musicabilidade: Formas de Atividade, Estágios e Qualidades de Engajamento”. Observou-se que o número de publicação com as mesmas aumentou no decorrer dos anos, inclusive no contexto brasileiro e a utilização mais frequente compreendeu a avaliação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtornos do Neurodesenvolvimento.The “Child Therapist Relationship in Coactive Musical Experience Scales” and “Musicing: Forms of Ativity, Stages and Qualities of Engagemen Scale” developed by Nordoff-Robbins have been used as means for assessing music therapy since the1960s in the USA. In Brazil, researches have translating those scales, as well have studying their psychometric properties, validity and applicability for Brazilian samples. This integrative review study verified the use of those scales through a review in Capes Portal Periodicals, Google Scholar, Lilacs, Nordoff, Robbins, ProQuest, Medline and Cochrane databases. Twenty two studies related to the “Child-Therapist Relationship in Coactive Musical Experience” and ten studies related to “Musicing: Forms of Activity, Stages and Qualities of Engagement” have been found. We observed that the number of publications with this theme increased over the years and the highest application of those scales involvedthe evaluation of people with Autism Spectrum Disorder (ASD) and Neurodevelopmental Disorders
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