20 research outputs found
Pyridoxine analysis by high performance liquid chromatography and validation in fortified milk powder
Vitamin B6 analysis by reverse-phase high performance liquid chromatography and its validation in milk powder prompted this study. The calibration curves for pyridoxal, pyridoxamine and pyridoxine were evaluated and method precision and accuracy assessed. It was found that the working range was adequate for all the analytes. The analytical procedure was verified by testing the enzymatic efficiency, precision and accuracy. In milk powder samples pyridoxine was the only vitamer found in quantities above the considered limit of quantification and the accuracy showed Z-scores lower than 2. Uncertainty estimation based on method validation results was 0.066 mg/100g, for a vitamin B6 content of 0.61 mg/100 g. It was concluded that the method is adequate for vitamin B6 quantification in powder milk
Preparação de blends tendo por base azeites virgem extra monovarietais das Cvs Cobrançosa e Arbequina
O azeite é a principal fonte de gordura vegetal na dieta Mediterrânea. Os seus atributos sensoriais e
composição química fazem com que seja muito apreciado. Após extração do azeite, a constituição de
lotes/blends com características sensoriais, que sejam apreciadas pelos consumidores, e que
simultaneamente apresentem boas características químicas e que sejam estáveis no tempo é um dos
grandes desafios com que se deparam as indústrias. Este trabalho teve como objetivo, estudar a
preparação de lotes/blends para entrada imediata no mercado, a partir de azeites monovarietais das
Cvs. Cobrançosa e Arbequina. Foram preparados lotes, com percentagens crescentes de 10%, dos 0%
aos 100%, de mistura de azeite de ambas as cultivares. Ao fim de 45 dias de armazenamento,
procedeu-se à determinação dos parâmetros de qualidade, teor em fenóis totais, inibição do radical
DPPH, estabilidade oxidativa e avaliação sensorial.
Nos diferentes lotes preparados, verificou-se que os que tinham maiores proporções de Arbequina,
eram mais doces, menos amargos e picantes, o que permitia uma entrada mais rápida no mercado,
enquanto os que tinham maiores quantidades de Cobrançosa apresentavam-se mais verdes, amargos e
picantes persistentes o que indica não serem aceites tão facilmente pelos consumidores. O loteamento
dos azeites apresenta alterações ao nível do K232 e K270 com valores inferiores para os lotes constituídos
maioritariamente pela Cv. Arbequina, não havendo alterações no ΔK. Também ao nível da acidez e
índice de peróxidos se registaram algumas alterações, devidas sobretudo aos lotes usados como base.
Foi observado um aumento gradual da extensão da degradação oxidativa com o aumento da Cv.
Arbequina, verificado através do aumento do índice de peróxido na mesma.
No que respeita à resistência à oxidação verificou-se diferenças estatísticas significativas (P < 0,001),
com efeito protetor superior nos azeites com maior presença da Cv. Cobraçosa. Para a atividade
antioxidante, com o aumento da presença da Cv. Arbequina na mistura, uma redução gradual de até
22% na capacidade em sequestrar o radical DPPH foi observada.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Valor nutricional e sensorial de um pão à base de farinha de batata-doce
O pão é um alimento que está presente na dieta da população portuguesa visto ser
um bem acessível, quer em termos de preço quer de disponibilidade no mercado.
No entanto, a sua composição nutricional caracteriza-se por elevados valores de
hidratos de carbono e deficiências em proteína e minerais. A grande oferta de
produtos alimentares hipercalóricos associada a uma vida sedentária da população
conduziu à obesidade verificada na população em geral, de que Portugal não é
exceção, que está associada a complicações metabólicas nomeadamente a diabetes.
Uma das estratégias de combate a esta epidemia passa pela redução da
disponibilidade destes alimentos e promoção de escolha de alimentos mais
saudáveis. Atendendo à necessidade de inverter esta tendência, neste projeto foram
desenvolvidas várias formulações com um ingrediente pouco comum na
panificação nacional: a batata doce. Escolheu-se este ingrediente por ser fonte de
fibra e de hidratos de carbono complexos que prolongam a saciedade, regulam a
gordura em circulação, normalizam os picos de glicemia e é considerado uma boa
fonte de minerais. Em termos organoléticos pode também adicionar um sabor doce
natural, cor e aroma ao pão.
No total de 9 formulações produzidas foram selecionados os pães com um maior
nível de aceitação e com uma composição nutricional mais apelativa comparando
com a formulação controlo produzida apenas com farinha de trigo. Destas,
destacaram-se o pão com farinha de batata-doce tradicional, o pão com farinha de
batata doce com farelo de aveia, o pão com farinha de batata-doce da variedade
laranja com farelo de aveia e, por último, o pão com batata-doce tradicional cozida.
Outros ingredientes utilizados nestas formulações que contribuíram para o seu
valor nutricional, foram as sementes de girassol e de sésamo. Estas formulações
apresentam quantidades de energia, hidratos de carbono e de sal mais reduzidas e
também quantidades de fibra comparativamente superiores ao controlo.
Relativamente aos minerais, possuem quantidades significativas de cálcio, potássio
e fósforo, destacando a formulação de batata doce com farelo de aveia que
apresenta valores de aproximadamente o dobro das quantidades presentes no pão
controlo, o que revela ser uma boa fonte alimentar destes minerais. Com estas
caraterísticas, estes pães enriquecidos com batata-doce podem ser um potencial de
utilização em indivíduos obesos e/ou diabéticos em alternativa ao pão branco
tradicional.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Comunidade microbiana epifítica associada à azeitona in natura
Nos últimos anos, o posicionamento no mercado de produtos do olival com elevada
qualidade tem sofrido alterações consideráveis, sobretudo pela procura de produtos
diferenciados. O desenvolvimento de estratégias de diferenciação, assentes na
qualidade, sabor e aroma são desafios crescentes sobretudo para satisfazer
consumidores cada vez mais exigentes. A diversidade microbiana presente na
azeitona, demonstrada em estudos anteriores, associada ao seu potencial em
sintetizar compostos, sugere que os microrganismos possam ter um papel
importante na determinação da qualidade e nas características dos produtos daí
resultantes. Assim, a identificação da flora microbiana da azeitona abrirá
perspetivas à sua possível utilização controlada, e assim produzir produtos
diferenciados e de qualidade superior, aspetos não explorados até ao momento.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo geral criar uma coleção de
microrganismos autóctones que possam ser promissores para uma utilização futura
em desenvolvimento de novos produtos do olival. Para tal, isolou-se a população
microbiana epifítica de azeitonas acabadas de colher de três variedades:
Cobrançosa, Madural Verdeal Transmontana, com recurso à técnica da diluição em
Placa de Petri, em meio de cultura Potato Dextrose Agar (PDA) e meio sólido
Luria-Bertani (LB).
Os resultados obtidos foram analisados tendo por base a variedade e o meio de
cultura utilizado. Com base nas características morfológicas das colónias de
bactérias, leveduras e fungos filamentosos foram obtidos 133 isolados que estão
em fase de identificação até à espécie. Para fungos e leveduras, verificou-se que o
meio PDA foi mais efetivo, contrariamente às bactérias que se desenvolveram
melhor e em maior número no meio LB. Quando agrupadas por semelhança
morfológica, totalizam 48 isolados diferentes. O efeito da variedade não foi muito
evidente, uma vez que a população encontrada foi muito semelhante nas três
variedades em estudo. O trabalho desenvolvido até ao momento permite afirmar a
grande variedade e riqueza microbiana, e a sua utilização poderá abrir perspetivas
à produção de produtos diferenciados.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Desenvolvimento de tecnologia para extensão do shelf-life de produtos de panificação da empresa Panimafra
Este estudo tem por objetivo desenvolver tecnologia que permita alargar o tempo
de vida útil (shelf-life time) do Pão de Mafra, fabricado a partir de farinha de trigo
e centeio, levedura, sal e elevada % de água, na sua versão “pão de forma” fatiado.
A empresa garante apenas 1 dia de validade para o produto (o pão é produzido,
distribuído e recolhido diariamente) mas pretende alargar para 5 dias. Para tal
recorreu-se à utilização de aditivos alimentares com ação conservante.
A estratégia adotada consistiu na pulverização com aditivos sobre o pão fatiado,
sendo embalados de seguida e guardados num local seco e fresco. Diariamente
efetuou-se uma vistoria a todas as amostras para análise de eventuais
desenvolvimentos de bolores. Num primeiro ensaio utilizaram-se 6 aditivos,
selecionados de acordo com a legislação portuguesa e da EU (que se identificam
nesta fase por aditivos A, B, C, D, E e F), tendo-se desenvolvido 3 soluções para
cada aditivo com concentrações variadas dentro dos teores legais possíveis. Estas
soluções aplicaram-se sobre os pães com o auxílio de pulverizadores (10 mL de
cada solução em cada amostra – 3 fatias de pão x 3 réplicas). Deste primeiro ensaio
resultou a exclusão dos aditivos B e D dado que o aparecimento de bolores ocorreu
ao 3º dia após a aplicação e dos aditivos E e F devido ao aparecimento de bolores
entre o 4º e o 6º dia.
Num segundo ensaio utilizaram-se apenas os aditivos A e C (aditivos que
demonstraram eficácia até 13 dias no 1º ensaio) e aplicaram-se sobre as amostras
em 6 concentrações distintas (10 mL de cada solução em cada amostra – 3 fatias
de pão x 4 réplicas), tendo sido armazenados sob as mesmas condições do ensaio
inicial. Este ensaio serviu para corroborar a escolha dos aditivos e selecionar quais
as concentrações mais adequadas (aditivo A, concentração A6 e aditivo C,
concentrações C3 e C6). No terceiro ensaio aplicaram-se as soluções anteriores a
metades de pão para verificar a continuidade dos resultados, testando-se a aplicação
direta no pão e a aplicação na embalagem. Mais tarde far-se-á o scale up para a
máquina de embalamento da empresa que pulverizará a solução do aditivo
escolhida para a superfície do pão, sendo seguidamente colocado no interior do
saco microperfurado. Paralelamente caracterizou-se a farinha (HR = 13,99%,
Proteínas = 11,01%, Glúten = 26,01%, Índice de Glúten = 87,13%, Força W = 215,65), teor de cinzas (0,662%), teor de matéria orgânica (51,073%),
humidade relativa (48,265%), elementos minerais (com recurso ao XRF Analyzer)
(Cl, K, S, P, Ca, Si, Zn, Mo, Zr, Nb, U, Sr, Rb), colorimetria (com recurso a
colorímetro que atua no espaço de cor CIELab) (hº miolo = 87,26; 68,16 ≤ hº
côdeas ≤ 72,90) e análise sensorial descritiva e hedónica, para verificar se a
pulverização de aditivos afeta ou não as caraterísticas organoléticas do pão em
causa. Os três últimos parâmetros serão sujeitos ao teste ANOVA com um grau de
significância de 5%, recorrendo ao software de tratamento estatístico R.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Desenvolvimento de um pão à base de farinha de castanha, com adição de alfarroba ou chícharo: Viabilidade nutricional
O Consumidor é cada vez mais exigente e procura novas formulações alimentares
em busca de sabores diferentes aos habituais, para “fugir” à rotina do dia-a-dia.
O pão é um produto alimentar muito bem aceite pelo consumidor, mas nem sempre
satisfaz em termos nutricionais as necessidades de uma dieta saudável.
Neste projeto, desenvolveram-se várias formulações de pão em que os ingredientes
base foram a farinha de trigo e a de castanha. No sentido de enriquecer os produtos
finais, adicionou-se ainda alfarroba ou chícharo, para conferir novas propriedades
nutricionais e também novos sabores. Para a quantificação dos minerais recorreuse
a técnica de Energy Dispersive X-Ray Fluorescence (ED-XRF) (em atmosfera
de hélio).
Os resultados são discutidos em função dos perfis mineralógicos das diferentes
formulações bem como dos valores resultantes de uma análise sensorial hedónica
de aceitação.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Aspetos nutricionais do arroz biofortificado em selénio
O Selénio (Se) é um elemento considerado essencial na saúde humana. No entanto
regista-se um nível baixo de ingestão do mesmo, devido à sua escassez nos
alimentos. O arroz é um dos cereais mais consumidos em todo o mundo. O aumento
do teor de Se no arroz através de estratégias de melhoramento de plantas e de
biofortificação agronómica poderá contribuir para um maior consumo deste
elemento pelas populações. Este estudo pretende caracterizar alguns aspetos
nutricionais do arroz biofortificado naturalmente em Se, obtido em ensaios de campo
no Ribatejo, a partir de variedades comerciais (Ariete e Albatros) e linhas avançadas
portuguesas (OP1105 e OP1109, Programa de Melhoramento do Arroz -
INIAV/Cotarroz). Procedeu-se à aplicação foliar de Se sob a forma de selenato e
selenito de sódio, em várias concentrações, com e sem adubação de fundo com
selenato. A aplicação foliar (sem adubação de fundo) foi suficiente para obtenção de
resultados satisfatórios. O Se distribuiu-se uniformemente pelo grão em todos os
tratamentos. Alguns parâmetros nutricionais e de qualidade (lípidos, açúcares
solúveis, proteína) foram avaliados na farinha obtida a partir dos grãos
biofortificados.
A concentração de Se nos grãos aumentou com os teores foliares de selenito e
selenato aplicados, obtendo-se no entanto melhores resultados para o selenito.
Observou-se variabilidade genética entre os genótipos, destacando-se Albatros e
OP1105 pelos maiores teores de Se acumulados no grão, o que possibilita uma
manipulação tecnológica relevante. As aplicações de Se provocaram alterações nos
teores de ácidos gordos totais em alguns genótipos, resultantes de variações nos
teores dos ácidos palmítico (C16:0), oleico (C18:1) e linoleico (C18:2). Os teores de
açúcares solúveis e de proteína tenderam a aumentar com as concentrações mais
elevadas de Se. De uma forma geral o peso de mil grãos (PMG) não foi
significativamente afetado pelos tratamentos. Em síntese, os tratamentos aplicados
parecem ser adequados tendo em vista a acumulação de Se no grão, não
comprometendo a produção nem os parâmetros nutricionais. As concentrações de Se
a serem aplicadas dependerão da finalidade industrial do arroz. Concentrações mais
baixas de Se (30 a 60 g Se ha-1) serão mais adequadas para a biofortificação de arroz
em áreas de cultivo extensas, enquanto que as mais elevadas (até 180 g Se ha-1)
permitirão a obtenção de grãos com maior concentração de Se, que poderão ser
submetidos ao processamento industrial (i.e., produção de farinha) e incorporar
misturas com farinhas não biofortificadas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Influência do aumento da concentração do CO2 atmosférico e da temperatura do ar no desenvolvimento da cultura do café
O clima condiciona fortemente a produtividade agrícola e mesmo alterações
moderadas a severas das condições ambientais poderão afetar a produção, levando a
perdas económicas e impactos sociais. O previsível aumento da concentração de CO2
atmosférico, associado a alterações nos padrões de pluviosidade, ao aumento na
duração e intensidade da seca, bem como a um aumento generalizado das
temperaturas, são realidades cada vez mais presentes em todos os cenários agrícolas.
As interações complexas entre estes diferentes fatores alterarão as respostas das
plantas com potencial impacto acrescido na produtividade e qualidade dos produtos
finais.
O aumento da concentração atmosférica de diferentes gases com efeito de estufa, com
destaque para o CO2, tem ocorrido em simultâneo com o aumento da temperatura do
ar. Desde o início da revolução industrial no séc. XVIII, a concentração de CO2
aumentou de ca. 280 μL CO2 L-1, tendo ultrapassado 400 μL CO2 L-1 em 2013, sendo
previsível que possa atingir valores entre 421 e 936 μL CO2 L-1 no final do século.
Adicionalmente, previsões recentes para este século apontam para aumentos da
temperatura ao nível da superfície do planeta que poderão ir de 0,3-1,7 ºC, até um
extremo de 2,6-4,8 ºC. Este eventual aumento de temperatura levará a alterações
drásticas nos teores de humidade do ar e consequentemente nos regimes de
pluviosidade. Estas circunstâncias poderão promover condições de seca mais
frequentes e extremas. Contrastando com o impacto negativo da redução da
disponibilidade hídrica ou do aumento da temperatura, o aumento do valor de CO2 per
se pode ter um papel positivo, pois estimula a produção.
A cultura do café é uma das mais importantes culturas de rendimento do mundo,
estando presente em mais de 80 países da região tropical e sendo suportada por 2
espécies, Coffea arabica L. (café tipo Arábica) e Coffea canephora Pierre ex A.
Froehner, (café tipo Robusta). Neste contexto torna-se premente o estudo dos mecanismos (com destaque para os ecofisiológicos) envolvidos na aclimatação das
plantas, a um ambiente em permanente mudança. Recentes projeções indicam perdas
significativas da área de cultivo de Coffea sp (particularmente de C. arabica), mas
estudos recentes mostraram que o aumento dos valores de CO2 na atmosfera têm um
efeito claramente mitigador do impacto de temperaturas supra-óptimas, moderando os
impactos antes estimados com base em modelos que não têm em linha de conta este
efeito benéfico do CO2.
O conhecimento proveniente de estudos multidisciplinares e a obtenção de indicadores
ecofisiológicos auxiliará na seleção de indivíduos mais tolerantes e servirá de
ferramentas para o melhoramento de novas plantas com uma maior capacidade de
adaptação.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Alterações na ultra-estrutura de genótipos de soja em resposta ao fornecimento de manganês em solução nutritiva
The deleterious effects of Mn stress on many species have been studied, mainly concerning biochemical, physiological and growth parameters of plants. However, there are few studies relating the anatomical and ultrastructural changes in response to manganese (Mn) nutritional disorders, This study examined the leaf ultrastructure of Mn-inefficient (IAC-15, Santa Rosa) and Mn-efficient (IAC-Foscarin 31) soybean (Glycine max L.) genotypes in response to three rates of Mn (0.5, 2 and 200 µmol L-1) in the nutrient solution. Symptoms of Mn deficiency developed 12 days after transplanting in IAC-15 and Santa Rosa, followed by IAC-Foscarin 31 on the 15th day. Only IAC-15 and Santa Rosa leaves showed symptoms of Mn toxicity. The Mn concentration in leaves ranged from 8.6 (deficiency) to 886.3 mg kg-1 d.w. (toxicity). There were no changes either in stomata length or stomata number per unit of leaf surface. Cytoplasm disorganization was observed in IAC-15 under Mn-excess. In this case, the cytoplasm was amorphous, densely stained and extensively disorganized, with increased vacuolation. Mn effects were not found in mitochondria and nucleus in any of the genotypes tested. Under all Mn concentrations, many lipid globules were observed in the IAC15 chloroplasts. There was an increase in the number of plastids as well as in the size of starch grains within IAC-Foscarin 31 chloroplasts as Mn concentration in the nutrient solution increased. Genotypes had marked differences in the ultrastructure organization, mainly in leaf chloroplasts grown under conditions of both Mn deficiency and toxicity (the most sensitive genotype was IAC-15).Os efeitos negativos provocados tanto pela deficiência quanto pela toxidez de manganês (Mn) no desenvolvimento das plantas têm sido avaliados, considerando-se os aspectos bioquímicos e produtivos da parte aérea, particularmente, onde os sintomas visuais são manifestados. Entretanto, há poucas informações na literatura abordando as alterações anatômicas e de ultra-estrutura, em relação ao suprimento de Mn. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os efeitos do fornecimento de três doses de Mn (0,5; 2 e 200 µmol L-1), em solução nutritiva, nas ultra-estruturas de folhas de cultivares de soja Glycine max (L.): Santa Rosa, IAC-15 e IAC-Foscarin 31, contrastantes quanto à aquisição e ao uso do Mn. Os sintomas visuais de deficiência foram observados primeiramente em Santa Rosa e IAC-15 (ineficientes), os únicos a exibirem sintomas de toxidez. As concentrações de Mn nas folhas com sintomas variaram de 8,6 (deficiência) a 886,3 mg kg-1 (toxidez). Não houve alterações no comprimento e no número de estômatos nos limbos foliares. Em condição de toxidez, constatou-se no IAC-15, citoplasma desorganizado, vacuolado em excesso e denso evidenciando alterações nas membranas dos tilacóides. Não ocorreram alterações ultra-estruturais nas mitocôndrias e no núcleo das células dos três genótipos. Constatou-se presença de glóbulos de lipídios nos cloroplastos do cultivar IAC-15, em todas as condições de fornecimento de Mn. Houve aumento no número de plastídeos e grãos de amido, bem como no tamanho destes no IAC-Foscarin 31 com o suprimento de Mn. Os genótipos, tanto na condição de deficiência quanto de excesso, exibiram distintos graus de organização das ultraestruturas, notadamente, os cloroplastos. O IAC-15 exibiu maiores alterações das ultra-estruturas em função das desordens nutricionais em manganês