7 research outputs found

    “Cabulosa inversão, jornal distorção": uma pesquisa participante sobre as produções de sentidos de jovens frente ao discurso midiático criminal

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    Media representations cross our lives and contribute to the production of our subjectivities. In Brazil, despite its particularities, the hegemonic media represents a political and economic power that ideologically uses the media discourse as a strategy for maintaining social order. The criminalization of certain social segments has been an important tool used in the production of consensus and in the perpetuation of subjective adherence to barbarism. In particular, when we refer to the reality of young people inserted in territories marked by poverty and criminalization, we must ask ourselves about the consequences of what we call criminal media discourse in their lives. Therefore, we propose to analyze the meanings produced by young people inserted in a context of violence and criminality in relation to this media discourse. This study is a participatory research, as suggested by the Colombian sociologist Orlando Fals-Borda, also based on Mikhail Bakhtin's concepts of language, dialogism and polyphony. The research was made in a period of 18 months, considering the insertion processes in the field, the approach, the negotiation of meetings with the research participants and the realization of seven discussion groups with six young people aged between 14 and 16 years. The approach with the young participants was made by contact with a local Non-Governmental Organization (NGO) in dialogue with the Reference Center for Social Assistance (CRAS). For the realization of the discussion groups, parts from journalistic programs from different media were selected, in which young people were associated with episodes involving acts considered as criminals. Subsequently, the material was discussed with the research subjects in the groups. From the dialogues made by the young people with the content presented, we observed that, according to them, the media discourse ignores the life stories of the subjects represented in the reports, producing violence and reifying the stereotype about the so-called “bandits” and “good citizens”. We also found that a power of indignation is produced, however, it may not find space for expression and action in the face of this cycle of criminalization and violence that is experienced in daily life by young people and expressed through the experiences of racism, police violence and humiliation. However, despite media violence, young people build forms of resistance based on a movement of creativity and restlessness, signaling the existence of alternative media that can contribute to emancipatory processes.As representações midiáticas atravessam as nossas vidas e contribuem na produção de nossas subjetividades. No Brasil, guardadas suas particularidades, a mídia hegemônica representa um poder político e econômico que se vale ideologicamente do discurso midiático como uma estratégia de manutenção da ordem social. A criminalização de determinados segmentos sociais tem sido uma importante ferramenta utilizada na produção de consensos e na perpetuação de uma adesão subjetiva à barbárie. Em especial, quando nos referimos à realidade dos jovens inseridos em territórios marcados pela pobreza e pela criminalização, cabe nos questionarmos sobre os desdobramentos do que tratamos como discurso midiático criminal em suas vidas. Nos propomos então a analisar os sentidos produzidos por jovens inseridos em um contexto de violência e criminalidade em relação a este discurso midiático. Trata-se de uma pesquisa participante, conforme preconiza o sociólogo colombiano Orlando Fals-Borda, tendo ainda como fundamentação os conceitos de linguagem, dialogismo e polifonia de Mikhail Bakhtin. A pesquisa foi realizada durante um período de 18 meses, considerando os processos de inserção no campo, a aproximação, a negociação do trabalho com os participantes da pesquisa e a realização de sete grupos de discussão com seis jovens com idades entre 14 e 16 anos. A aproximação com os jovens participantes se deu a partir do contato com uma Organização Não Governamental (ONG) local em diálogo com o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). Para a realização dos grupos de discussão, foram selecionados trechos de programas jornalísticos, de diferentes veículos midiáticos, em que jovens eram associados a episódios envolvendo atos tidos como criminosos. Posteriormente, o material foi discutido com os sujeitos da pesquisa nos grupos realizados. A partir dos diálogos tecidos pelos jovens com o conteúdo apresentado, observamos que segundo eles, o discurso midiático ignora as histórias de vida dos sujeitos representados nas reportagens, produzindo violências e reificando o estereótipo sobre os denominados “bandido” e “cidadão de bem”. Verificamos também que uma potência de indignação é produzida, porém, esta pode não encontrar espaço de expressão e ação frente a esse ciclo de criminalização e violências que é vivenciado no cotidiano pelos jovens e expresso através das experiências de racismo, violências policiais e humilhações. Entretanto, a despeito da violência midiática, os jovens constroem, a partir de um movimento de criatividade e inquietude, formas de resistência e sinalizam a existência de mídias alternativas que podem contribuir para processos emancipatórios

    Mídia, criminalização da juventude e adesão subjetiva à barbárie

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    A partir das representações midiáticas, é possível notar a apresentação de uma suposta crise de segurança pública. Protagonizando as reportagens, a juventude oriunda de classes subalternas é compreendida como responsável por essa realidade. Enquanto isso, a população clama por medidas punitivas. A presente revisão narrativa propõe uma discussão sobre a possível relação entre mídia hegemônica, as representações sobre a violência urbana e a criminalização desta faceta da juventude, sustentando práticas sociais que compõem a adesão subjetiva à barbárie. Primeiramente é apresentado o debate a respeito das mídias e o cenário brasileiro. Em seguida, é discutida a imagem do “jovem bandido” através do olhar da criminologia crítica. Por fim, apresenta-se a discussão sobre a construção de consensos a partir da mídia brasileira. Através de estratégias de desumanização dos sujeitos, as práticas midiáticas hegemônicas contribuem para que estejamos aderidos à barbárie que violenta principalmente os jovens inseridos no âmbito das periferias brasileiras.  

    Juventude e drogas: uma intervenção sob a perspectiva da Psicologia Social

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    O presente artigo apresenta uma interveno que teve como objetivo contribuir para a discusso sobre a preveno do uso de lcool e outras drogas entre jovens, pautada na promoo integral da sade e na criao de modos singulares de cuidado. Buscou-se problematizar a preveno a partir da abordagem crtica da Psicologia Social. As atividades foram realizadas com 33 estudantes, entre 13 e 15 anos, de uma turma do 9 ano do ensino fundamental de uma escola pblica da cidade de Muria-MG e seguiram o delineamento da Pesquisa-Interveno, sendo desenvolvidas com a realizao de oficinas temticas. Adotou-se como estratgia a reduo de danos, que busca diminuir os prejuzos advindos do uso de lcool e outras drogas, sem que a abstinncia seja considerada a nica sada. Pde-se perceber que os jovens, quando valorizados por meio de atividades que considerem suas experincias, assumem posicionamento ativo, consciente e poltico durante as discusses

    Juventude e drogas: uma intervenção sob a perspectiva da Psicologia Social

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    O presente artigo apresenta uma intervenção que teve como objetivo contribuir para a discussão sobre a prevenção do uso de álcool e outras drogas entre jovens, pautada na promoção integral da saúde e na criação de modos singulares de cuidado. Buscou-se problematizar a prevenção a partir da abordagem crítica da Psicologia Social. As atividades foram realizadas com 33 estudantes, entre 13 e 15 anos, de uma turma do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Muriaé-MG e seguiram o delineamento da Pesquisa-Intervenção, sendo desenvolvidas com a realização de oficinas temáticas. Adotou-se como estratégia a redução de danos, que busca diminuir os prejuízos advindos do uso de álcool e outras drogas, sem que a abstinência seja considerada a única saída. Pôde-se perceber que os jovens, quando valorizados por meio de atividades que considerem suas experiências, assumem posicionamento ativo, consciente e político durante as discussões.&nbsp

    Mortality from gastrointestinal congenital anomalies at 264 hospitals in 74 low-income, middle-income, and high-income countries: a multicentre, international, prospective cohort study

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    Summary Background Congenital anomalies are the fifth leading cause of mortality in children younger than 5 years globally. Many gastrointestinal congenital anomalies are fatal without timely access to neonatal surgical care, but few studies have been done on these conditions in low-income and middle-income countries (LMICs). We compared outcomes of the seven most common gastrointestinal congenital anomalies in low-income, middle-income, and high-income countries globally, and identified factors associated with mortality. Methods We did a multicentre, international prospective cohort study of patients younger than 16 years, presenting to hospital for the first time with oesophageal atresia, congenital diaphragmatic hernia, intestinal atresia, gastroschisis, exomphalos, anorectal malformation, and Hirschsprung’s disease. Recruitment was of consecutive patients for a minimum of 1 month between October, 2018, and April, 2019. We collected data on patient demographics, clinical status, interventions, and outcomes using the REDCap platform. Patients were followed up for 30 days after primary intervention, or 30 days after admission if they did not receive an intervention. The primary outcome was all-cause, in-hospital mortality for all conditions combined and each condition individually, stratified by country income status. We did a complete case analysis. Findings We included 3849 patients with 3975 study conditions (560 with oesophageal atresia, 448 with congenital diaphragmatic hernia, 681 with intestinal atresia, 453 with gastroschisis, 325 with exomphalos, 991 with anorectal malformation, and 517 with Hirschsprung’s disease) from 264 hospitals (89 in high-income countries, 166 in middleincome countries, and nine in low-income countries) in 74 countries. Of the 3849 patients, 2231 (58·0%) were male. Median gestational age at birth was 38 weeks (IQR 36–39) and median bodyweight at presentation was 2·8 kg (2·3–3·3). Mortality among all patients was 37 (39·8%) of 93 in low-income countries, 583 (20·4%) of 2860 in middle-income countries, and 50 (5·6%) of 896 in high-income countries (p<0·0001 between all country income groups). Gastroschisis had the greatest difference in mortality between country income strata (nine [90·0%] of ten in lowincome countries, 97 [31·9%] of 304 in middle-income countries, and two [1·4%] of 139 in high-income countries; p≤0·0001 between all country income groups). Factors significantly associated with higher mortality for all patients combined included country income status (low-income vs high-income countries, risk ratio 2·78 [95% CI 1·88–4·11], p<0·0001; middle-income vs high-income countries, 2·11 [1·59–2·79], p<0·0001), sepsis at presentation (1·20 [1·04–1·40], p=0·016), higher American Society of Anesthesiologists (ASA) score at primary intervention (ASA 4–5 vs ASA 1–2, 1·82 [1·40–2·35], p<0·0001; ASA 3 vs ASA 1–2, 1·58, [1·30–1·92], p<0·0001]), surgical safety checklist not used (1·39 [1·02–1·90], p=0·035), and ventilation or parenteral nutrition unavailable when needed (ventilation 1·96, [1·41–2·71], p=0·0001; parenteral nutrition 1·35, [1·05–1·74], p=0·018). Administration of parenteral nutrition (0·61, [0·47–0·79], p=0·0002) and use of a peripherally inserted central catheter (0·65 [0·50–0·86], p=0·0024) or percutaneous central line (0·69 [0·48–1·00], p=0·049) were associated with lower mortality. Interpretation Unacceptable differences in mortality exist for gastrointestinal congenital anomalies between lowincome, middle-income, and high-income countries. Improving access to quality neonatal surgical care in LMICs will be vital to achieve Sustainable Development Goal 3.2 of ending preventable deaths in neonates and children younger than 5 years by 2030

    Mídia, criminalização da juventude e adesão subjetiva à barbárie

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    A partir das representações midiáticas, é possível notar a apresentação de uma suposta crise de segurança pública. Protagonizando as reportagens, a juventude oriunda de classes subalternas é compreendida como responsável por essa realidade. Enquanto isso, a população clama por medidas punitivas. A presente revisão narrativa propõe uma discussão sobre a possível relação entre mídia hegemônica, as representações sobre a violência urbana e a criminalização desta faceta da juventude, sustentando práticas sociais que compõem a adesão subjetiva à barbárie. Primeiramente é apresentado o debate a respeito das mídias e o cenário brasileiro. Em seguida, é discutida a imagem do “jovem bandido” através do olhar da criminologia crítica. Por fim, apresenta-se a discussão sobre a construção de consensos a partir da mídia brasileira. Através de estratégias de desumanização dos sujeitos, as práticas midiáticas hegemônicas contribuem para que estejamos aderidos à barbárie que violenta principalmente os jovens inseridos no âmbito das periferias brasileiras.  

    “You look like a thug!”: how do young people view the media’s construction of the criminal?

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    A partir do cenário brasileiro, marcado por diferentes expressões da violência, são construídas práticas midiáticas que representam a juventude pauperizada de forma a criminalizar tal grupo. Este artigo apresenta uma discussão a respeito dos sentidos produzidos por jovens de 14 a 16 anos sobre as representações midiáticas expressas por setores da mídia hegemônica. Trata-se de uma pesquisa participante, delineada a partir da perspectiva do sociólogo Orlando Fals-Borda e da ideia de coautoria de Mikhail Bakhtin. A pesquisa foi realizada em uma cidade do estado de Minas Gerais, e foram construídos sete grupos de discussão, em que reportagens nas quais jovens são associados a episódios tidos como criminosos foram discutidas. Por meio dos diálogos construídos, foi possível identificar que o conteúdo midiático pode resultar em uma série de violências nas vidas desses jovens, que resistem através da busca por estratégias criativas, envolvendo a arte e mídias alternativas.From a scenario marked by different expressions of violence emerge media practices set on criminalizing impoverished youth. This article examines the meanings produced by youth aged 14 to 16 years about the media representations broadcasted by hegemonic sectors. A participative research designed based on sociologist Orlando Fals-Borda’s work and Mikhail Bakhtin’s co-authorship was conducted with youth from the state of Minas Gerais. Seven discussion groups were created to debate the association between youth and criminal activity on the news. Analysis of the dialogues showed that media content can impart a series of violence in their lives. However, they resist through creative strategies involving art and alternative media.A partir del escenario brasileño, marcado por diferentes expresiones de violencia, se construyen prácticas mediáticas, para criminalizar a la juventude más pobre. Este artículo discute los sentidos producidos por jóvenes de 14 a 16 años respecto a las representaciones mediáticas, expressadas por sectores de los medios hegemónicos. Se trata de una investigação participante, diseñada a partir de la perspectiva del sociólogo Orlando Fals-Borda y la idea de coautoría de Mikhail Bakhtin. La investigación fue realizada en una ciudad del estado de Minas Gerais, mediante siete grupos de discusión, donde se analizaron las asociaciones que hacen de los jóvenes con episodios delictivos. A partir de los diálogos establecidos, se encontró que lo proyectado por los medios de comuncación puede resultar de considerables violencias en la vida de aquellos jóvenes, quienes se resisten a través de la búsqueda de estrategias creativas como el arte y medios alternativos.A partir d’un scénario marqué par différentes expressions de la violence ressortent des pratiques médiatiques visant à criminaliser la jeunesse appauvrie. Cet article discute les significations produits par des jeunes de 14 à 16 ans à propos des représentations médiatiques formulées par les secteurs hégémoniques. Une recherche intervenante, esquissée d’après la perspective du sociologue Orlando Fals-Borda et du concept de cocréation de Mikhail Bakhtin, a été réalisée dans une ville de l’État du Minas Gerais. Sept groupes de discussion ont été créé pour débattre des reportages où des jeunes sont associés à des épisodes criminels. L’analyse des dialogues a montré que le contenu des médias peut mener à une série de violences dans leur vie. Pourtant, ils résistent grâce à des stratégies créatives faisant appel à l’art et aux médias alternatifs
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