25 research outputs found
Diferenças na relação de sintomas cardiorrespiratórios e seu diagnóstico nas dificuldades funcionais de longevos e idosos
Objetivo. Investigar diferenças entre longevos (≥80 anos) e idosos (60-79 anos) quanto à relação entre diagnóstico de doenças cardiorrespiratórias e seus sintomas e a dificuldade para realizar atividades cotidianas. Métodos. Estudo transversal analítico de dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2013. Regressão logística foi utilizada para testar as chances de dificuldade de realizar 12 atividades cotidianas. Variáveis independentes: faixa etária, diagnóstico de cardiopatia, asma e pneumopatia e sintomas cardiorrespiratórios. Resultados. Participaram 11.177 sujeitos, 1.705 com doenças cardiorrespiratórias. As doenças cardiorrespiratórias foram significativamente relacionadas com dificuldades em quase todas as atividades cotidianas. Entre idosos, asma e pneumopatia e em longevos, asma e cardiopatia, não apresentaram relação com dificuldade em atividades cotidianas. Em idosos, cardiopatia se relacionou com dificuldades em sete atividades cotidianas. Em longevos, pneumopatia associou-se apenas à dificuldade no banho. Em idosos e longevos com doenças cardiorrespiratórias, falta de energia se associou a dificuldade de realizar atividades cotidianas. A angina grau 1 foi associada a dificuldade de realizar atividades cotidianas somente em idosos e a angina grau 2, tanto em idosos quanto em longevos. Conclusões. Os sintomas cardiorrespiratórios elevavam mais a chance de relato de dificuldade de realizar atividades cotidianas em idosos e longevos do que o diagnóstico. Longevos demonstraram menores chances para dificuldade de realizar atividades cotidianas na presença do diagnóstico, mas na presença de sintomas mais graves, suas chances apresentavam valores mais altos. Os achados sugerem que na presença de sintomas incapacitantes, principalmente em longevos, o encaminhamento diagnóstico tem considerável chance de levar a descoberta de doenças cardiorrespiratórias
Educação e inclusão digital para idosos
A dificuldade em entender a nova linguagem tecnológica traz consigo um problema social; e o idoso, por vezes, retorna ao caminho da educação na perspectiva de uma atualização cultural e reaproximação social. As tecnologias de informação e comunicação intensificarão esse processo de aprendizagem, ao permitir interagir com diferentes informações, pessoas e grupos, e socializar seus conhecimentos e suas próprias histórias de vida, aumentando sua auto-estima e auto-realização. Este artigo tem como objetivo discutir algumas questões importantes para uma educação gerontológica mais participativa e transformadora, desde as manifestações clínicas do envelhecimento, a possibilidade de inclusão digital e a educação gerontológica mediada pela informática
Ambientes de aprendizagem: significado na vida de idosos frequentadores de oficinas de informática
O objetivo do presente trabalho é o de buscar compreender o significado que os ambientes de aprendizagem proporcionam na vida do idoso. Tratou-se de um estudo de abordagem quanti-qualitativa, com 39 idosos, pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, que frequentam as oficinas de informática de um grupo de terceira idade do município de Passo Fundo-RS. Os dados quantitativos foram descritos por meio da estatística descritiva. Já os de cunho qualitativo foram analisados por meio do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2010). Com relação aos resultados, constatou-se que os ambientes de aprendizagem proporcionam mudanças positivas na vida desses sujeitos, pois promovem novos conhecimentos, aprendizado, além de provocar sentimentos de felicidade, de sentirse mais realizado melhorando a autoestima e o bem-estar
Determinants of the relationship between perception of urinary system function annoys the life and quality of life in oldest-old
Aims: this study aimed to evaluate the relationship between the perception that urinary system function annoys the life in general with the analysis of the Kings Health Questionnaire (KHQ) in old age.Methods: cross-sectional and analytical study. Sociodemographic and clinical characteristics were investigated, as well as the impact of urinary incontinence (UI) on Quality of Life (QOL) by the KHQ instrument. Frequencies, means and standard deviation and chi-square, student t tests and logistic regressions were calculated, accepting as significant p values <0.05.Results: 82 elderly, 68% women, mean age 92.3 ± 2.7 years, 71% incontinent and 43% reporting that the pelvic functionality disrupted life. Incontinent individuals most frequently reported the investigated complaint. The domains, UI impact, emotions, physical and social limitation, KHQ task performance limitation and its total score were related to the complaint. Individuals who reported limitation of tasks away from home, travel, strong desire to urinate and difficult to control, feelings of depression and anxiety or nervousness had a significant increase in the chance of reporting that pelvic functionality was disruptive to life.Conclusion: KHQ was related to the chance of reporting that the urinary system function was disruptive to life. Even so, most incontinents did not report that the condition disrupted life. Therefore, the results show that even in the absence of a positive statement of absence of UI, the urinary system function can compromise QOL. The findings suggest that either participants actually had UI and did not perceive UI as such, or that further questions such as voiding frequency need to be investigated, for example. The use of KHQ allowed us to identify that even in the absence of UI report, the urinary system function can interfere with the QoL of the oldest old.Objetivo: este estudo buscou avaliar a relação entre a percepção do funcionamento do sistema urinário atrapalhar a vida de modo geral com a análise do questionário Kings Health Questionnaire (KHQ) em longevos.Métodos: estudo transversal e analítico. Foram investigadas características sociodemográficas e clínicas, bem como, o impacto da incontinência urinária (IU) na Qualidade de vida (QV) pelo instrumento KHQ. Frequências, médias e desvio-padrão, testes de qui-quadrado, t de student e regressões logísticas foram calculadas, aceitando como significativos valores de p<0,05.Resultados: participaram 82 longevos, 68% mulheres, idade média de 92,3±2,7 anos, 71% incontinentes e 43% referindo que a funcionalidade pélvica atrapalhava a vida. Indivíduos incontinentes relataram mais frequentemente a queixa investigada. Os domínios, impacto da IU, emoções, limitação físico-social, limitação no desempenho de tarefas do KHQ e seu escore total foram relacionados com a queixa. Indivíduos que relataram limitação de tarefas fora de casa, em viagens, vontade forte de urinar e difícil de controlar, sentimento de depressão e ansiedade ou nervosismo tinham aumento significativo na chance de relatar que a funcionalidade pélvica atrapalhava a vida.Conclusão: o KHQ foi relacionado com a chance de relato de que o funcionamento do sistema urinário atrapalhava a vida. Mesmo assim, boa parte dos incontinentes não relatava que a condição atrapalhava a vida. Por isso, os resultados demonstram que mesmo na ausência de afirmação positiva de ausência de IU, o funcionamento do sistema urinário pode comprometer a QV. Os achados sugerem que, ou os participantes realmente tinham IU e não a percebiam como tal, ou que é necessário investigar outras questões como frequência miccional, por exemplo. O uso do KHQ permitiu identificar que mesmo na ausência de relato de IU o funcionamento do sistema urinário pode interferir na QV de longevos
Analysis of the frequency and degree of temporomandibular disorder in patients with head and neck cancer undergoing radiotherapy
Introduction: Head and neck cancer is responsible for an increasing incidence of primary malignant neoplasm cases worldwide. Radiotherapy is one of the treatments of choice for this type of cancer, but it can cause adverse effects, such as temporomandibular disorder. The objective of this study was to characterize the degree and frequency of temporomandibular disorder in patients with head and neck cancer undergoing radiotherapy. Method: This research was quantitative, descriptive and exploratory. The sample consisted of 22 patients that answered assessment questions and the Helkimo anamnestic questionnaire, modified by Fonseca (1992). The data were collected from May to October 2014, and statistically analyzed using the Chi-square test, with a significance level of p e#8804; 0.05. Results: Of the 22 patients, 86.4 % were male, with a mean age of 58.86 ± 9.41 years. Temporomandibular disorder was present in 31.8% of the subjects, based on the assessment prior to radiotherapy, and in 59.1% in the post-treatment assessment. Among v all questions, the most frequent was "Do you use only one side of the mouth to chew?" with 22.7% "yes" answers, both at the first assessment and at the post treatment. Conclusion: According to the results of this study, temporomandibular disorder is a disease that is present with a high prevalence in people diagnosed with head and neck cancer undergoing radiotherapy
Relationship between active aging and the Human Development Index: particularities of aging in Brazil
OBJECTIVE: To examine the correlation between the Brazilian Active Aging Index (AAI-Brazil) and the Human Development Index (HDI) at both national and regional levels.
METHODS: Based on the original AAI developed by the United Nations Economic Commission for Europe in response to the World Health Organization's program to promote more active and healthy aging, we calculated the total and domain-specific (AAI-independence, AAI-employment, AAI-capacity, and AAI-participation) scores of the AAI-Brazil for Brazil and its regions. Data were obtained from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) and analyzed in relation to the overall HDI and its indicators (HDI-education, HDI-income, and HDI-longevity) using linear regression. Statistical significance was set at p < 0.05.
RESULTS: The overall AAI-Brazil score was 34%, with domain-specific scores of 57% for independence, 39% for employment, 14% for capacity 14%, and 9% participation. The Central-West region had the highest score (36%), followed by the South and Southeast (both 35%). The North and Northeast regions had the lowest overall scores (34% and 32%, respectively), as well as the lowest scores across all domains. A positive and significant relationship was found between the AAI-Brazil and total HDI (p = 0.029), HDI-education (p = 0.011), and HDI-income (p = 0.035); as well as between AAI-capacity and total HDI (p = 0.004), HDI-education (p = 0.016), HDI-income (p = 0.008), and HDI-longevity (p = 0.003).
CONCLUSION: Regions with higher AAI-Brazil scores were associated with higher HDI levels. This finding suggests that human development disparities affect the healthy and active aging of the Brazilian population.</p
CARACTERIZAÇÃO DA SAÚDE E ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS USUÁRIOS DE INFORMÁTICA
Esse trabalho teve como objetivo caracterizar a saúde e o
nível de atividade física de idosos que freqüentam oficinas de
informática. O delineamento do estudo foi quantitativo descritivo. O instrumento para a coleta dos dados foi um questionário estruturado. A amostra foi de quarenta indivíduos com idade igual ou superior a sessenta anos participantes de oficinas de informática oferecidas pelo Centro Regional de Estudos e Atividades para a Terceira Idade da Universidade de Passo Fundo – RS. Como resultadosfoi observado que 29 (72,5%) eram do sexo feminino; a faixaetária com maior número de idosos foi entre 60 a 69 anos com 25 (62,5%) sujeitos; 35 (87,5%) praticam alguma atividade física há
mais de um ano, a osteoporose foi encontrada em 10 (25%) idosos; 22 (55%) sujeitos apresentaram hipertensão arterial sistêmica e dois (7,5%) diabetes, do total 30 (75%) fazem uso de medicamentos contínuos. Já a percepção de saúde foi descrita como boa para 25 (62,5%) indivíduos. Concluiu-se que apesar da maioria dos idosos deste estudo ingerir diariamente medicamentos por serem portadores de doenças osteoarticulares e/ou vasculares, observou-se que a prática de atividade física regular foi a influenciadora para a boa percepção de saúde dos mesmos
Processo de aprendizagem e inclusão digital na terceira idade
O presente estudo buscou conhecer as condições que facilitam e dificultam o aprendizado do uso do computador observado por alunos de um grupo de terceira idade que fizeram parte de um projeto de inclusão digital. Tratou-se de um estudo quantitativo, longitudinal e descritivo, com a aplicação de um questionário estruturado com perguntas fechadas aos 19 alunos de faixa etária igual ou superior a 50 anos sobre as dificuldades e facilidades do uso do computador. As principais condições facilitadoras apontadas pelos participantes referiram-se às atitudes do professor no processo de aprendizagem, o bom relacionamento entre os alunos e o professor e as novas amizades que surgiram durante o curso consideradas motivadoras do aprendizado. A dificuldade de memória constituiu-se na condição dificultadora mais apontada pelos alunos. Concluiu-se, que a atividade com o computador pode se tornar prazerosa e estimuladora através das novas amizades, do bom relacionamento entre os alunos e o professor proporcionando o processo de aprendizagem
Impacto da autopercepção de saúde em longevos com incontinência urinária = Impact of self-perceived health on long-lived subjects with urinary incontinence
OBJETIVOS: Verificar o impacto da autopercepção de saúde sobre a chance de desenvolver incontinência urinária em longevos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e analítico com idosos de 90 anos ou mais. Foi realizada análise estatística analítica e descritiva (frequências, média e desvio padrão, análise de regressão logística univariada e ajustada pela autopercepção de saúde) das variáveis sociodemográficas e clínicas (sexo, estado conjugal, continência, idade, sintomas depressivos, cognição, comorbidades e facilidade de realizar atividades básicas e funcionais). RESULTADOS: Participaram 182 longevos, 71% mulheres. O diagnóstico prévio de depressão, o escore de sintomas depressivos e o percentual de facilidade para atividades funcionais e básicas foram relacionados com a autopercepção de saúde (p<0,05). A perda de urina, contudo, não foi relacionada à autopercepção de saúde. A autopercepção de saúde influenciou o efeito das variáveis diagnóstico prévio de depressão, número de sintomas depressivos, pontuação do Mini Exame do Estado Mental e número de comorbidades sobre a chance de incontinência urinária na presença das mesmas. O sexo masculino, a viuvez e a facilidade no desempenho de atividades básicas e funcionais foram variáveis significativamente relacionadas com a incontinência urinária independentemente do ajuste da autopercepção de saúde. CONCLUSÕES: Não houve relação entre incontinência urinária e autopercepção de saúde, contudo, a autopercepção de saúde influenciou no efeito das variáveis sociodemográficas e clínicas sobre a chance de ter incontinência urinári