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    A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA-DESTINATÁRIO EM PESQUISAS DO ENSINO DE BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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    Este é o recorte de uma investigação de mestrado e objetiva compreender a relação conteúdo-forma-destinatário em pesquisas de pós-graduação com proposições de intervenção didática do Ensino de Biologia na Educação de Jovens e Adultos que apresentam a Teoria Histórico-Cultural (THC) e a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) como referenciais ou parte do quadro teórico. Metodologicamente o estudo é do tipo Estado do Conhecimento e utilizou o Catálogo de Teses e Dissertações CAPES como banco de dados. Foram analisadas 15 dissertações defendidas entre 2006 e 2019. Os dados evidenciam que os trabalhos não mobilizam apenas a THC e PHC e apresentam outras teorias de bases epistemológicas distintas, como a Epistemologia Genética, Aprendizagem Significativa e Pedagogia Freireana. Há nas produções, a desarticulação entre conteúdos, formas e destinatários e o cotidiano é o principal critério de seleção para os conteúdos e formas a qual recorrem as pesquisas. Os destinatários são tratados empiricamente, a partir de caracterizações que não os consideram como sujeitos concretos a partir de sua condição de precarização do acesso e permanência na escola. Defende-se que os estudos vinculados à THC e PHC assumam o Materialismo Histórico-Dialético e constituam modos de organização do ensino do conhecimento biológico realmente atinados à proposições para a classe trabalhadora

    CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR:: A IMPORTÂNCIA DE QUALIFICAR O DIREITO À EDUCAÇÃO

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    A educação de jovens e adultos é marcada por tradições, concepções e paradigmas educacionais que têm orientado as práticas pedagógicas nas salas de aula da EJA. Tais concepções se assemelham por fazerem a defesa do direito à educação. Entretanto, a finalidade pré-determinada para esse direito pode se orientar com objetivos escusos e alienantes. Nesse sentido, o presente texto tem por objetivo apresentar ao leitor o construto teórico da concepção assistencialista-compensatória de educação e a concepção da educação como direito, nas suas relações com as intencionalidades formativas por trás do direito à educação, defendido por ambas. Lançamos mão de autores como Duarte (2013), Paranhos (2017), Saviani (2017), Pereira (2006), Costa e Machado (2017), Kramer (1982), entre outros, para construir as ideias centrais do texto, apresentando pontos de dissonâncias e concordâncias das duas concepções. Ambas as concepções defendem o direito à educação e aos conhecimentos sistematizados, produzidos e acumulados ao longo da atividade humana, entretanto, a concepção assistencialista-compensatória se orienta por conservadorismos e manutenção das relações sociais verticalizadas da sociedade, com vias a um projeto formativo contextual. A concepção da educação como direito se orienta com o objetivo de permitir que o educando, por meio da apropriação dos conhecimentos sistematizados, desenvolva uma leitura de mundo para além do aparente. Desse modo, defendemos que tão importante quanto defender o direito à educação é qualificar a educação defendida, de modo que ela cumpra o papel de humanização do homem e não de sua alienação. Palavras-chave: Educação assistencialista-compensatória. Educação como direito. Educação escolar. DOI: https://doi.org/10.35700/2317-1839.2022.v11n19.329

    ENSINO DE BIOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – DESAFIOS PARA UMA FORMAÇÃO QUE PROPORCIONE O DESENVOLVIMENTO HUMANO

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    Este ensaio objetiva estabelecer um paralelo entre as características da educação escolar na sociedade capitalista com as características do público da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e projeto formativo em seu atual formato, localizando o ensino de biologia nas contradições levantadas. O formato da educação de adultos na história da educação brasileira não representa uma constante, pois sua organização e modos de oferecimento estiveram ligados a diferentes contextos político-econômicos do Brasil. Quando tomada a educação de adultos na relação com a instituição escola, há de se considerar ainda que a educação escolar na sociedade capitalista se constituiu num campo de disputa, pois ela materializa os interesses de classe, reproduzindo assim, as relações sociais de produção. Contudo, por meio de suas contradições, a escola representa para o público da EJA a possibilidade de desenvolvimento humano via a aprendizagem dos conhecimentos (artísticos, científicos, estéticos e filosóficos) historicamente produzidos. Com essas premissas, defende-se que ensinar biologia na EJA pressupõe compreender que essa atividade se dá numa escola que está alinhada aos interesses do modo de produção. O ensino de biologia que se processa na escola de jovens e adultos trabalhadores demanda, ter no horizonte, o desenvolvimento de um trabalho pedagógico que considere essas mediações, pois do contrário, esse ensino continuará corroborando com os processos de marginalização reiterada e institucionalizada pelos quais os educandos da EJA têm sido submetidos.

    PROJETOS FORMATIVOS EM EDUCAÇÃO ESCOLAR DE JOVENS E ADULTOS: AS PESQUISAS SOBRE ENSINO DE BIOLOGIA DA ÁREA DE AVALIAÇÃO EDUCAÇÃO DA CAPES (1997-2019)

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     Este estudo é do tipo “estado do conhecimento”, e analisa a produção científica dos programas de pós-graduação brasileiros da área de avaliação Educação da CAPES que versam sobre o Ensino de Biologia na EJA, publicados entre 1997 e 2019. O Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES foi utilizado como banco de dados. Foram utilizadas, ainda, pesquisas do tipo estado da arte sobre Ensino de Biologia na EJA como catálogos de apoio. Foram levantadas 24 produções distribuídas entre os anos de 2004 e 2017, dentre as quais, 12 foram analisadas, por serem pesquisas realizadas no contexto da Educação Escolar na modalidade. Com base na categorização de projetos formativos de Educação Escolar proposta por Paranhos (2017), buscou-se identificá-los nas produções levantadas. Foi identificada a sobreposição de projetos formativos em oito dos 12 trabalhos analisados. Levando em conta a especificidade de cada projeto, os resultados revelam uma contradição expressa pelos autores(as) do campo quanto à compreensão da função da escola e à falta de demarcação do seu real papel na formação dos educandos(as) da EJA. A pesquisa sinaliza a urgência do fortalecimento dos debates político-pedagógicos nos cursos de formação inicial e continuada de professores, para que esses sujeitos possam analisar criticamente sua atividade pedagógica e compreender os projetos formativos nela imbricados. Palavras-chave: Estado do Conhecimento. Educação de Jovens e Adultos. Ensino de Biologia. Educação Escolar

    A formação de professores de Biologia no contexto das pesquisas acadêmicas brasileiras

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    O texto visa compreender as tendências e as lacunas presentes nas dissertações e teses (D&T) sobre a formação de professores de Biologia no Brasil. Pautada numa perspectiva crítica e de caráter exploratório, fez-se análise dos resumos de D&T disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com as seguintes palavras-chave: formação de professores e ensino de Biologia. A análise se efetuou sobre 99 trabalhos, que compuseram o corpus pesquisado, quanto: à distribuição geográfica e institucional da produção científica e a aspectos metodológicos das pesquisas; às recorrências e aos silenciamentos das pesquisas sobre a formação de professores de Biologia no Brasil

    O conceito de conceito na formação de professores de Biologia: apontamentos a partir da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica

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    O ensaio objetiva discutir o conceito de conceito à luz da Psicologia Histórico-Cultural e Pedagogia Histórico-Crítica e as implicações do pensamento conceitual para a formação de professores de Biologia. A discussão indica que os conceitos devem ser compreendidos como modos explicativos em movimento, formulados e compartilhados pela humanidade no seio de sua atividade sócio-histórica. Os conceitos científicos devem ser apropriados através das máximas possibilidades criadas pela Educação Escolar. Os docentes precisam dominar os conceitos da ciência que ensinam, e intencionalmente convertê-los em saber escolarizado com vista ao desenvolvimento humano integral dos(as) educandos(as)
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