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    Variações genéticas na via de TP53 em nativos americanos : sinais de adaptações ao clima

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    Considerando o papel fundamental da proteína p53 na homeostase celular, buscamos no presente trabalho correlacionar variações comuns em genes ligados a rede clássica de TP53 com variáveis ambientais e geográficas em distintas regiões habitados por nativos americanos. Um total de 282 indivíduos (12 populações) caracterizados como nativo ou como tendo um nível elevado (>90%) de ascendência indígena americana foram estudados em relação aos cinco polimorfismos de nucleotídeo único de genes da via TP53 (TP53, rs1042522; MDM2, rs2279744 ; MDM4, rs1563828; USP7, rs1529916 e LIF, rs929271). Além disso, os dados da literatura foram obtidos para 100 pessoas de cinco outras populações nativas americanas. As amostras foram classificadas como vivendo em alta altitude (≥2,500 m) ou em terras baixas (<2,500 m). Alelos USP7-G, LIF-T, e MDM2-309-T mostraram indícios significativos de que eles podem ter um papel protetor em relação às variáveis ambientais adversas relacionadas com a alta altitude. Estes dados fornecem informações adicionais sobre um processo fisiológico chave responsável pela colonização humana bem sucedida das terras mais altas de nosso continente: os Andes.Considering the fundamental role of the protein p53 in the cellular homeostasis, we seek in the present study to correlate common variations in genes linked to classical network of TP53 with environmental and geographical variables found in different regions inhabited by Native Americans. A total of 282 individuals (12 populations) characterized as Native or as having a high level (90%) of Native American ancestry were studied in relation to five single nucleotide polymorphisms of genes of the TP53 pathway (TP53, rs1042522; MDM2, rs2279744; MDM4, rs1563828; USP7, rs1529916; and LIF, rs929271). In addition, data from the literature was obtained for 100 persons from five other Native American populations. The samples were classified as living in high altitude (≥2,500 m) or in lowlands (2,500 m). Alleles USP7-G, LIF-T, and MDM2- 309-T showed significant indications that they may have a protective role in relation to harsh environmental variables related to high altitude. These data provide additional information about a key physiological process responsible for the successful human colonization of the Andes

    Desvendando mecanismos genéticos de adaptação à alta altitude em populações nativas americanas dos Andes

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    O estudo da adaptação humana para vida em altas altitudes é um tema bastante abordado na literatura científica mundial, tanto no que se refere às adaptações genéticas, quanto às adaptações fisiológicas. Historicamente, os estudos nesta área iniciaram-se já nos anos 1900, quando ainda se acreditava que os nativos dessas terras eram seres fisicamente inferiores, sendo que funções fisiológicas "normais" eram consideradas impossíveis em altitudes onde o oxigênio é encontrado em concentrações tão baixas. Essa perspectiva começou a ser alterada quase na década de 50, quando cientistas descreveram a existência de mecanismos fisiológicos que, ao longo dos séculos, aclimataram essas populações ao ambiente extremo ao qual vivem. No final da década de 70 (início dos anos 80) iniciaram-se os primeiros estudos com adaptação genética para a vida em altas altitudes. Após quase 4 décadas de investigação e mais de duas centenas de publicações relativas à adaptação genética às altas altitudes, ainda não existe um consenso sobre qual gene, ou genes, estão principalmente envolvidos nesse fenômeno. Deste modo, as abordagens apresentadas nesta tese buscam preencher as lacunas encontradas nesta temática, principalmente no que tange às populações do Altiplano Andino, ainda insuficientemente estudadas e compreendidas. Os resultados desta tese foram apresentados sob a forma de 3 artigos científicos, e os resultados são resumidos como seguem: (Continuação ) Além disso, acrescentamos ao nosso banco de dados originais, dados já publicados referentes a 100 indivíduos de outras cinco populações Nativas Americanas (Suruí, Karitiana, Maya, Pima e Piapoco). As populações foram classificadas como vivendo em altas altitudes [≥ 2.500 metros (m)] ou em terras baixas (2.500m) e habitantes de terras baixas ( 90%) of Native American ancestry. In addition, published data of 100 individuals from five Native American populations (Surui, Karitiana, Maya, Pima, and Piapoco) were analyzed. The populations were classified high altitude [≥ 2,500 meters (m)] or lowlands ( 2,500 m) and inhabitants of low lands (<2,500 m). In total, 11 HLA-G 3’UTR haplotypes were observed, three of them exclusive to high altitudes (UTR-8, -18 and -30) and three others exclusive to lowlands (UTR-9, -13 and -21). A population structure was observed in these two population groups and, interestingly, the observed variance within the groups (Fst) was markedly high (11%) for the UTR-5, indicating a significant difference between the haplotype distributions. Also, subsequent analyzes showed statistical correlations between UTR-5 and UTR-2 with several environmental variables, including ultraviolet radiation and altitude. Therefore, our data corroborate the idea that there is not only a single adaptive response to stress due to high altitudes. Here, we suggest that adequate regulation of p53 (and associated proteins) as well as HLA-G is related to the high and long-time adaptation in the Andeas, ensuring not only the survival of the highlanders, but also their reproductive success in hostile environments. This combination of alleles, however, may result in cancer susceptibility at present days. The mechanisms involved in the regulation of these pathways, which have in common the "trigger" of hypoxia, as well as their functional consequences, deserve to be the subject of future investigations

    Avaliação da satisfação dos pacientes com o telediagnóstico em oftalmologia

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    Introdução. A partir do uso de telemedicina é necessário obter os indicadores da satisfação dos serviços prestados a fim de descobrir se a qualidade do cuidado está sendo levada em consideração, bem como a equidade no acesso e promoção à saúde e tempo de espera para os atendimentos. O objetivo deste estudo foi avaliar a satisfação dos usuários de um programa de teleoftalmologia no Rio Grande do Sul, utilizando um questionário validado para avaliação da satisfação por telemedicina previamente traduzido e adaptado culturalmente. Métodos. Foi realizado um estudo transversal, com pacientes atendidos nos pontos de telediagnóstico oftalmológico realizado via telemedicina síncrona. As respostas do questionário variam de 1 a 5, o resultado é avaliado pela média ou mediana de todos os itens, quanto maior a média, maior a satisfação. Resultados. A amostra foi composta de 355 pacientes, sendo 238 (67%) do sexo feminino e a idade média foi de 43,92 anos (DP±13,39). Com relação a satisfação, a mediana total do escore de avaliação foi de 4,71 (IIQ: 4,65-4,72) o que indica um índice de satisfação elevado com o serviço de oftalmologia por telemedicina. Conclusões. A satisfação elevada dos pacientes demonstra que esse modelo pode ser implementado em outros locais do Brasil, pois atende as expectativas dos pacientes

    Genetic Variations in the TP53 Pathway in Native Americans Strongly Suggest Adaptation to the High Altitudes of the Andes

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    The diversity of the five single nucleotide polymorphisms located in genes of the TP53 pathway (TP53, rs1042522; MDM2, rs2279744; MDM4, rs1563828; USP7, rs1529916; and LIF, rs929271) were studied in a total of 282 individuals belonging to Quechua, Aymara, Chivay, Cabanaconde, Yanke, Taquile, Amantani, Anapia, Uros, Guarani Ñandeva, and Guarani Kaiowá populations, characterized as Native American or as having a high level (> 90%) of Native American ancestry. In addition, published data pertaining to 100 persons from five other Native American populations (Surui, Karitiana, Maya, Pima, and Piapoco) were analyzed. The populations were classified as living in high altitude ( 2,500 m) or in lowlands (< 2,500 m). Our analyses revealed that alleles USP7-G, LIF-T, and MDM2-T showed significant evidence that they were selected for in relation to harsh environmental variables related to high altitudes. Our results show for the first time that alleles of classical TP53 network genes have been evolutionary co-opted for the successful human colonization of the Andes.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior y Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Brasil
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