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    LITERATURA E FILOSOFIA: : A narrativa de formação presente nas tragédias de Sófocles

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    A presente pesquisa é fruto do Projeto de Pesquisa em Literatura e Filosofia desenvolvido noInstituto Federal Catarinense, campus Brusque, que investigou e analisou a presença danarrativa de formação nas sete tragédias de Sófocles: Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona,Ájax, Filoctetes, Electra e As Traquínias . O objetivo foi definir a noção de narrativa deformação e detectar e explicitar em que sentido ela existe nas tragédias sofocleanas. Para isso,a metodologia de pesquisa utilizada foi a bibliográfica e, para as análises textuais, foi utilizadauma adaptação combinada de métodos filosóficos: o perspectivismo nietzschiano (leitura eanálise conjunta), a fenomenologia husserliana (adaptada para extrair o sentido originário dostextos) e a ontologia do presente de inspiração arendtiana (atualização do sentido dos textos).Os resultados obtidos mais significativos apontam para a presença da narrativa de formaçãoem todas as tragédias de Sófocles, mas com variedades na potencialidade formativa de cadapeça. Conclui-se que a literatura sofocleana, em maior ou menor intensidade, contémelementos de narrativa de formação, sendo uma matriz de possibilidades formativas para o serhumano

    Do espanto com a educação brasileira à importância da solidão na formação humana: um olhar simbólico para o papel da solidão em assim falava Zaratustra

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2020.A presente tese, que investigou a importância da solidão na formação humana, partiu de um espanto com a educação brasileira que, estatisticamente, encontra-se entre as piores do mundo, indicando uma decadência cultural e intelectual, e encontrou na obra Assim falava Zaratustra, através de uma análise simbólica do aspecto positivo da solidão, um redirecionamento para a elevação educativa do homem. A pesquisa foi realizada por meio de uma constelação metodológica que uniu principalmente uma via simbólica, a partir da orientação do filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos, com outras metodologias adaptadas e simplificadas: ontologia da vida (inspirada no pensamento de Ortega y Gasset); fenomenologia (uma simplificação a partir da filosofia husserliana); e ?como se? (uma adaptação do método stanislavskiano). Para responder a questão ? qual a importância da solidão na formação humana? ? foi necessário percorrer um grande caminho que tentou compreender o que é educação, exemplificando-a através de uma análise simbólica da primeira conferência de Sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de ensino de Nietzsche, passando pela tentativa de compreensão do que está acontecendo com o mundo, pois é dele que surgem as diretrizes político-pedagógicas dos estabelecimentos de ensino, para então constatar que a educação brasileira parece não estar educando plenamente. Com o intuito de encontrar uma saída para este problema e intensificar a formação humana, o olhar foi direcionado para a solidão através do seguinte questionamento: o que a solidão pode fazer pela formação humana que os estabelecimentos de ensino parecem não fazer? Com isso, o itinerário investigativo realizou um breve mapeamento da solidão na história humana; permitiu entender que a solidão é diferente do isolamento; exemplificou o que ela é capaz de fazer pelo homem, através da experiência de vida de Nietzsche, Petrarca, Sócrates, Santo Agostinho, Viktor Frankl e Edith Stein; mostrou como a solidão é capaz de ajudar o homem a organizar a sua vida intelectual e atentar-se para a sua vocação; alertou para a tensão que há na solidão: de um lado ela é positiva e guia o homem para a liberdade, do outro lado ela é negativa e pode fazer do homem um prisioneiro dos seus instintos mais baixos; conectou a solidão com o sentido de trágico, direcionando o homem para um momento de decisão: afirmar ou negar a vida. Com o intuito de aprofundar ainda mais na compreensão do que a solidão pode fazer pela formação humana, a questão investigativa desdobrou-se em outra: o que a solidão de Zaratustra, analisada sob uma perspectiva simbólica, pode ensinar para a realização da formação humana? A obra nietzschiana foi entendida como uma narrativa de formação capaz de estimular o encorajamento e a elevação humana, e a solidão analisada na obra revelou-se como a pátria do protagonista, lugar de amadurecimento por excelência, sustentando para ele a liberdade. A solidão mostrou para Zaratustra o poder do sacrifício e a importância do abençoar, sustentando o protagonista em todo o seu trajeto formativo. Ancorado em sua solidão, Zaratustra tornou-se quem ele é: aquele que ensina o caminho para o Além-Homem. A conclusão da pesquisa foi de que a solidão, em seu aspecto positivo, é indispensável à formação humana, sua potência é purificadora e libertadora, ela faz o homem recordar que seu destino é, por excelência, ser uma ponte entre o menos elevado e o mais elevado, o animal e o Além-Homem, buscando, continuamente, ir Além.Abstract: The present thesis, which investigated the importance of solitude in human formation, came from an amazement with the brazilian education that, statistically, is among the worst in the world, indicating a cultural and intellectual decadence, and found in the book Thus spoke Zarathustra, through a symbolic analysis of the positive aspect of solitude, a redirection towards the educational elevation of man. The research was carried out through a methodological constellation that united mainly a symbolic path, based on the guidance of the Brazilian philosopher Mário Ferreira dos Santos, with other adapted and simplified methodologies: ontology of life (inspired by Ortega y Gasset's thinking); phenomenology (a simplification based on Husserlian philosophy); and ?as if? (an adaptation of the Stanislavskian method). To answer the question - what is the importance of solitude in human formation? - it was necessary to go a long way that tried to understand what education is, exemplifying it through a symbolic analysis of the first conference on On the future of educational establishments by Nietzsche, going through the attempt to understand what is happening with the world, because it is from him that the political-pedagogical guidelines of educational establishments emerge, and then we see that brazilian education does not seem to be educating fully. In order to find a way out of this problem and intensify human formation, the look was directed to solitude through the following question: what can solitude do for human formation that educational establishments do not seem to do? With this, the investigative itinerary made a brief mapping of solitude in human history; it allowed us to understand that solitude is different from isolation; exemplified what she is capable of doing for man, through the life experience of Nietzsche, Petrarch, Socrates, Saint Augustine, Viktor Frankl and Edith Stein; it showed how solitude is able to help man to organize his intellectual life and to pay attention to his vocation; warned of the tension in solitude: on the one hand it is positive and guides man towards freedom, on the other hand it is negative and can make man a prisoner of his lowest instincts; connected the solitude with the sense of tragic, directing man to a moment of decision: to affirm or deny life. In order to further deepen the understanding of what solitude can do for human formation, the investigative question unfolded in another: what can Zarathustra's solitude, analyzed from a symbolic perspective, teach for the realization of human formation? The nietzschean work was understood as a narrative of formation capable of stimulating human encouragement and elevation, and the solitude analyzed in the work revealed itself as the protagonist's homeland, a place of maturity par excellence, sustaining freedom for him. The solitude showed to Zarathustra the power of sacrifice and the importance of blessing, supporting the protagonist throughout his formative journey. Anchored in his solitude, Zarathustra became who he is: one who teaches the way to the Beyond-Man. The conclusion of the research was that solitude, in its positive aspect, is indispensable to human formation, its potency is purifying and liberating, it reminds man that his destiny is, par excellence, to be a bridge between the lowest and the highest, the animal and the Beyond-Man, continually seeking to go beyond

    A escrita de si como exercício filosófico para o ensino médio: elaborando um diário de pensamentos

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    Este breve ensaio tem o intuito de expor uma possibilidade de se exercitar a filosofia no ensino médio. Com base na confecção e escrita de um diário de pensamentos, os alunos serão iniciados em um hábito que remonta aos antigos gregos e romanos na prática da escrita e diálogo consigo mesmo como preparo para um diálogo com outros colegas. Serão utilizados, para esclarecer melhor a ideia, autores como Michel Foucault, para tratar da escrita de si, e Heidegger, a fim de clarear melhor a noção de pensamento

    A ECONOMIA DO MAL E A ECONOMIA DA AUSÊNCIA DE PENSAMENTO OU A URGÊNCIA DE SE PENSAR O MAL EM KANT E A BANALIDADE DO MAL EM ARENDT NA ATUALIDADE

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    A noção de mal arraigado na natureza humana já está presente com clareza nas lições de 1775/76 sobre antropologia de Kant, principalmente no texto Do carácter da humanidade em geral. A partir deste texto, o intuito é tecer algumas considerações sobre a ideia do mal presente na obra A Religião nos Limites da Simples Razão de Immanuel Kant relacionando-o com o conceito de banalidade do mal da politóloga alemã Hannah Arendt. Para isso na primeira parte do ensaio discorre-se sobre o mal e o bem presente na lição de 1775/76 de Kant; a segunda parte destaca as três concepções kantianas de mal; na terceira parte o mal radical é pensado, de maneira breve, junto ao conceito de banalidade do mal de Arendt, a fim de destacar sua diferença e complementaridade. Por fim, algumas considerações finais sobre o tema e a sua urgência na atualidade

    A solidão em ‘Zaratustra’ como elemento indicativo para a formação humana

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    This article aims to draft the solitude as a necessary element for human formation and gathers at Thus spoke Zarathustra and The Antichrist the formative aspects of solitude, both in its literal sense and in its figurative sense. In methodological terms, we concentrate on an idea of interpretation to investigate the meaning and possible variation of the term solitude in its use by Nietzsche. Keeping the German thinker as a theoretical reference, we distinguish “isolation” and “abandonment” of the solitude; since the first ones weaken human life and the latter can tone it. We conclude, then, that the solitude in Zarathustra contains elements that can lead the human being to a search for the best or the highest of himself; in other words, to the beyond-human. Finally, the courage for life in solitude emerges as a necessary aspect of human formation.El presente artículo tiene como objetivo destacar la soledad como un elemento necesario para la formación humana y cosecha en las obras Así hablaba Zaratustra y El Anticristo los aspectos formativos de la soledad tanto en su sentido literal como en su sentido figurado. En términos metodológicos nos concentramos en una idea de interpretación para investigar el sentido y la posible variación en el uso del término soledad por Nietzsche. Tomando el pensador alemán como referencial teórico, diferenciamos el aislamiento y el abandono de la soledad, siendo que aquellos debilitan la vida humana y ésta puede tonificarla. Concluimos, pues, que la soledad en Zaratustra contiene elementos que pueden conducir al ser humano a una búsqueda de lo mejor o del más elevado de sí, en otros términos, al superhombre. Por fin, el coraje para la vida en la soledad emerge como un aspecto necesario de la formación humana.O presente artigo tem como objetivo destacar a solidão como um elemento necessário para a formação humana e colhe nas obras Assim falava Zaratustra e O Anticristo os aspectos formativos da solidão tanto em seu sentido literal como em seu sentido figurado. Em termos metodológicos concentramo-nos numa ideia de interpretação para investigar o sentido e a possível variação no uso do termo solidão por Nietzsche. Tomando o pensador alemão como referencial teórico, diferenciamos o isolamento e o abandono da solidão, sendo que aqueles enfraquecem a vida humana e esta pode tonificá-la. Concluímos, portanto, que a solidão em Zaratustra contém elementos que podem conduzir o ser humano a uma busca do melhor ou do mais elevado de si, em outros termos, ao além-homem. Por fim, a coragem para a vida na solidão emerge como um aspecto necessário da formação humana. &nbsp
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