18 research outputs found

    Nhe'ẽ vy’aa : reflexões etnográficas sobre bem viver e práticas cosmopolíticas entre os Mbya Guarani no Sul do Brasil

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    Esta monografia procura, principalmente, oferecer algumas reflexões etnográficas acerca da noção de bem viver / viver bem entre os Mbya Guarani no Sul do Brasil. Para tal, toma-se como cenário de fundo a execução de “trabalhos” / projetos conjuntos e localizados que, enquanto produtores e produto de relações, buscavam e eram levados a se alinhar com essa perspectiva no âmbito de uma cosmopolítica. Assim, transitando-se por entre alguns meandros do paradigma contra hegemônico do Buen Vivir / Bem Viver, num primeiro momento, constata-se que, aí, há pouca ressonância entre os Guarani em nível conceitual. A noção nativa de teko porã, elencada pela literatura e por espaços não acadêmicos a fim de aproximá-los, apresenta-se enquanto um horizonte distante que, sobre essa discussão, desvia a atenção para referenciais etnológicos que estejam próximos ao teko axy, seu polo oposto que exprime a ideia de sofrimento e doença. Viver (bem) sob as condições desse último implica, para os Mbya, em manter e buscar constantemente “o que traz a alegria pros espíritos”, ou, nhe'ẽ vy’aa.This monography seeks mainly to offer some ethnographic reflections about the notion of well living / living well among the Mbya Guarani in southern Brazil. In order to do this, we take as background scenario the realisation of joint and localized works / projects that, while producers and product of relations, sought and were brought to align with this perspective in the scope of cosmopolitics. Thus, and in the meantime, the transiting through some of the intricacies of the counter-hegemonic paradigm of Buen Vivir / Well Living shows at first sight that there is little resonance of it among the Guarani at the conceptual level. The native notion of teko porã, which is listed by literature and non-academic spaces in order to bring them closer together, presents itself as a distant horizon that, on this discussion, diverts attention to ethnological references that are close to the teko axy, its opposite pole which expresses the idea of suffering and illness. To live (well) under the conditions of the latter implies, for the Mbya, to constantly keep and seek "what brings joy to the spirits", or, nhe'ẽ vy'aa

    Segurança alimentar e nutricional e os mbyá guarani da terra indígena cantagalo: construindo ações afirmativas para assegurar os seus direitos

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    O presente trabalho originou-se de ações de extensão promovidas pelos grupos DESMA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mata Atlântica) e NESAN(Núcleo de Estudos e Pesquisa em Segurança Alimentar e Nutricional), ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e propõe-se problematizar a questão da segurança Alimentar e Nutricional (SAN) entre os Mbyá Guarani da Terra Indígena Cantagalo , do município de Viamão – RS,. Para isso, levou-se em conta as políticas públicas nacionais que visam a SAN e a relação dos guarani com o território em que vivem. Atentou-se para a fauna e a flora disponíveis e as roças tradicionais, além de outras características do “modo de ser guarani”. Foram realizadas oficinas de uso de GPS, construção de mapas temáticos da aldeia pelos próprios indígenas (por meio de técnicas de etnomapeamento) e caminhadas guiadas. A partir dos dados gerados nas ações descritas acima, o grupo retornou aos Mbyá dois etnomapas finalizados e pretende, ainda, implantar junto a estes um viveiro de mudas de espécies nativas. Espera-se, assim, poder contribuir no enriquecimento da biodiversidade local, fortalecer a gestão territorial e ambiental do espaço em questão e promover maior autonomia entre os coletivos Mbyá Guarani.Eje: B3 Economía y agroecología (Relatos de experiencias)Facultad de Ciencias Agrarias y Forestale

    Segurança alimentar e nutricional e os mbyá guarani da terra indígena cantagalo: construindo ações afirmativas para assegurar os seus direitos

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    O presente trabalho originou-se de ações de extensão promovidas pelos grupos DESMA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mata Atlântica) e NESAN(Núcleo de Estudos e Pesquisa em Segurança Alimentar e Nutricional), ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e propõe-se problematizar a questão da segurança Alimentar e Nutricional (SAN) entre os Mbyá Guarani da Terra Indígena Cantagalo , do município de Viamão – RS,. Para isso, levou-se em conta as políticas públicas nacionais que visam a SAN e a relação dos guarani com o território em que vivem. Atentou-se para a fauna e a flora disponíveis e as roças tradicionais, além de outras características do “modo de ser guarani”. Foram realizadas oficinas de uso de GPS, construção de mapas temáticos da aldeia pelos próprios indígenas (por meio de técnicas de etnomapeamento) e caminhadas guiadas. A partir dos dados gerados nas ações descritas acima, o grupo retornou aos Mbyá dois etnomapas finalizados e pretende, ainda, implantar junto a estes um viveiro de mudas de espécies nativas. Espera-se, assim, poder contribuir no enriquecimento da biodiversidade local, fortalecer a gestão territorial e ambiental do espaço em questão e promover maior autonomia entre os coletivos Mbyá Guarani.Eje: B3 Economía y agroecología (Relatos de experiencias)Facultad de Ciencias Agrarias y Forestale

    Segurança alimentar e nutricional e os mbyá guarani da terra indígena cantagalo: construindo ações afirmativas para assegurar os seus direitos

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    O presente trabalho originou-se de ações de extensão promovidas pelos grupos DESMA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mata Atlântica) e NESAN(Núcleo de Estudos e Pesquisa em Segurança Alimentar e Nutricional), ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e propõe-se problematizar a questão da segurança Alimentar e Nutricional (SAN) entre os Mbyá Guarani da Terra Indígena Cantagalo , do município de Viamão – RS,. Para isso, levou-se em conta as políticas públicas nacionais que visam a SAN e a relação dos guarani com o território em que vivem. Atentou-se para a fauna e a flora disponíveis e as roças tradicionais, além de outras características do “modo de ser guarani”. Foram realizadas oficinas de uso de GPS, construção de mapas temáticos da aldeia pelos próprios indígenas (por meio de técnicas de etnomapeamento) e caminhadas guiadas. A partir dos dados gerados nas ações descritas acima, o grupo retornou aos Mbyá dois etnomapas finalizados e pretende, ainda, implantar junto a estes um viveiro de mudas de espécies nativas. Espera-se, assim, poder contribuir no enriquecimento da biodiversidade local, fortalecer a gestão territorial e ambiental do espaço em questão e promover maior autonomia entre os coletivos Mbyá Guarani.Eje: B3 Economía y agroecología (Relatos de experiencias)Facultad de Ciencias Agrarias y Forestale

    Semeando o diálogo intercultural a partir de ações multidisciplinares na aldeia Mbyá Jatai’ty, Viamão, RS

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    Núcleos de estudos de caráter transdisciplinar vêm trabalhando junto aos indígenas Mbyá Guarani, consolidando uma interlocução da Universidade com alguns coletivos do RS, acompanhando as dinâmicas socioculturais e políticas destes, visando colaborar no reconhecimento dos seus direitos

    Nhe'ẽ vy’aa : reflexões etnográficas sobre bem viver e práticas cosmopolíticas entre os Mbya Guarani no Sul do Brasil

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    Esta monografia procura, principalmente, oferecer algumas reflexões etnográficas acerca da noção de bem viver / viver bem entre os Mbya Guarani no Sul do Brasil. Para tal, toma-se como cenário de fundo a execução de “trabalhos” / projetos conjuntos e localizados que, enquanto produtores e produto de relações, buscavam e eram levados a se alinhar com essa perspectiva no âmbito de uma cosmopolítica. Assim, transitando-se por entre alguns meandros do paradigma contra hegemônico do Buen Vivir / Bem Viver, num primeiro momento, constata-se que, aí, há pouca ressonância entre os Guarani em nível conceitual. A noção nativa de teko porã, elencada pela literatura e por espaços não acadêmicos a fim de aproximá-los, apresenta-se enquanto um horizonte distante que, sobre essa discussão, desvia a atenção para referenciais etnológicos que estejam próximos ao teko axy, seu polo oposto que exprime a ideia de sofrimento e doença. Viver (bem) sob as condições desse último implica, para os Mbya, em manter e buscar constantemente “o que traz a alegria pros espíritos”, ou, nhe'ẽ vy’aa.This monography seeks mainly to offer some ethnographic reflections about the notion of well living / living well among the Mbya Guarani in southern Brazil. In order to do this, we take as background scenario the realisation of joint and localized works / projects that, while producers and product of relations, sought and were brought to align with this perspective in the scope of cosmopolitics. Thus, and in the meantime, the transiting through some of the intricacies of the counter-hegemonic paradigm of Buen Vivir / Well Living shows at first sight that there is little resonance of it among the Guarani at the conceptual level. The native notion of teko porã, which is listed by literature and non-academic spaces in order to bring them closer together, presents itself as a distant horizon that, on this discussion, diverts attention to ethnological references that are close to the teko axy, its opposite pole which expresses the idea of suffering and illness. To live (well) under the conditions of the latter implies, for the Mbya, to constantly keep and seek "what brings joy to the spirits", or, nhe'ẽ vy'aa
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