36 research outputs found

    Cidade lânguida: O Liberalismo, O Homem Universal e a América vista pela Europa

    Get PDF
    Este artigo discorre sobre algumas das imagens do Iluminismo e do Liberalismo que tratam da igualdade, do trabalho e da caridade, e da forma como estas idéias transparecem nasdescrições que viajantes britânicos e franceses fizeram sobre as cidades luso-brasileiras na passagem do século XVIII ao XIX. Estas imagens são fundamentais para compreender as formas de apreensão destas cidades, de suas populações mestiças, variadas e buliçosas, das formas de organização do trabalho e das imagens de “preguiça” e “desordem”

    IMAGENS DE PITORESCA CONFUSÃO: A CIDADE COLONIAL NA AMÉRICA PORTUGUESA

    Get PDF

    Sete portas e uma chave: a constituição de saberes técnicos e teóricos sobre a cidade

    Get PDF
    Este artigo trata da formação de saberes técnicos e teóricos sobre a cidade, desde a afirmação do Urbanismo, no século XIX, como um conhecimento científico sobre as intervenções urbanas, bem como teórico sobre o processo de urbanização da sociedade. A segunda parte do artigo trata da História como um saber interdisciplinar sobre a cidade e a sua possível contribuição para o entendimento do urbano

    "Does every traveller see all that he describes?" The blind traveller James Holman and the limits of the traveller eye

    Get PDF
    Olhar etnográfico, olhar pitoresco, olhar ilustrado, olhar evangelizador, olhar imperialista: o olhar é una metáfora frequente nas descrições e análises da literatura de viagem em suas mais diversas manifestações. Ver bem tem como consequência uma melhor compreensão do lugar visitado, o que pode converter o viajante em um especialista do lugar visitado, alguém que pode construir um texto de autoridade sobre determinado espaço, propor projetos políticos de regeneração, colonização, evangelização. O caso do viajante britânico cego, ex-marinheiro, James Holman (1786-1857), impõe limites a essa pretensão epistemológica que define o gênero. Autor de diversos relatos de suas viagens de circum-navegação pela Rússia, Europa Central, Brasil, China, Holman era consciente desses limites e por isso foi, além de viajante cego, um escritor cego. Este artigo trata desta consciência do processo de construção de sua fiabilidade dos seus limites.Ethnographic eye, picturesque eye, enlightened eye, evangelizer eye, imperialist eye: the eye is a frequent metaphor in the descriptions and analysis of travel literature in its various manifestations. See well results in a better understanding of the place visited, which can convert the traveler in a specialist of the visited place, someone who can write an authoritative text on a given space, propose political projects of regeneration, colonization, evangelization. The case of the blind British traveler, a former sailor, James Holman (1786-1857), sets certain limits to this epistemological claim that defines the genre. Author of several accounts of his circumnavigation trips to Russia, Central Europe, Brazil, China, Holman was aware of these limits and so, further than a blind traveler, was a blind writer. This paper deals with the process of this truthfulness construction and the consciousness of its limits.

    Melancholy and alterity in brazilian Tristes Tropiques: Claude Lévi-Strauss reader of Jean de Léry

    Get PDF
    Em 1955 Claude Lévi-Strauss publica seu Tristes Tropiques, um livro de “anti-viagem”, que, entretanto, segue os passos do relato de Jean de Léry, Histoire d’un voyage faict en la terre du Brésil, de 1578, seu breviário do etnógrafo. Considerado por ele o primeiro, senão também o último etnógrafo, o que viu a um Paraíso em seus últimos momentos antes da destruição, Lévi-Strauss herda de Léry a visão melancólica do encontro entre culturas.In 1955, Claude Levi-Strauss published his Tristes Tropiques, a book of “anti travel” which, however, follow the steps in the story of Jean de Lery, Histoire d’un voyage faict in the terre du Brésil, published on1578, its ethnographer’s breviary. Considered by him the first, but also the last, ethnographer, who saw a Paradise in his last moments before the destruction, Lévi-Strauss inherits from Léry his melancholic vision of the encounter between cultures

    Em Utilidade do Bem Comum: Usos e Conflitos do Espaço Público em São Paulo (1765-1775)

    Get PDF
    Este artigo procura identificar a formação de um espaço público na cidade de São Paulo, no período de governo do Morgado de Mateus, D. Luís Antônio de Souza Botelho Mourão (1765-1775), após a restauração da Capitania de São Paulo. Neste momento, conhecido como período pombalino, o Estado português passa por uma reformulação de acordo com os preceitos de uma Ilustração Católica, que procura modernizar a administração, tanto no Reino como no Ultramar. O texto discute, a partir de Habermas, para quem a esfera pública nasce justamente no interior da esfera privada, a idéia de que na América portuguesa teria havido uma sobreposição da vida privada sobre a vida pública, demonstrando como na cidade de São Paulo, neste período, inicia-se um processo de definição dos usos de espaços públicos e a sua distinção em relação à esfera privada. &nbsp

    A mácula lusitana: as raízes portuguesas e a incivilidade do Brasil na literatura de viagem, séculos xviii e xix

    Get PDF
    Between the 18th and 19th centuries, when the port of Rio de Janeiro became one of the most visited points in the Southern Hemisphere, and with the opening of Portuguese-Brazilian ports from 1808, and the transfer of the Portuguese Court to Brazil, many travelers left accounts of their time in Brazil. They weare soldiers, missionaries, artists, immigrants, scientists, and smugglers who, in the ow of Atlantic voyages, became rst-hand observers of an immense territory that was central in the context of the Napoleonic wars, international trade, and issues related to the slave trade. At that moment, they witness the overcoming of colonial ties in Portuguese America and the construction of the national state and the Brazilian nation. A recurring observation is the need to overcome the links with Portuguese culture, seen as an unhealthy origin that prevented the development of civilization through ignorance, superstition and the deleterious in uence of slavery. This image ended up being transferred to Brazilian histography, especially after the publication of Sérgio Buarque de Holanda’s classic, Raízes do Brasil, in 1936. This article intends to review some of these images about Portuguese civilization in Brazil by British and French travelers.  Entre o século xviii e xix, quando o porto do Rio de Janeiro se converte num dos pontos mais visitados do hemisfério sul e com a abertura dos portos luso-brasileiros a partir de 1808, com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, muitos viajantes deixaram relatos de sua passagem pelo Brasil. São soldados, missionários, artistas, imigrantes, cientistas, contrabandistas que no fluxo das navegações atlânticas se constituem como observadores de primeira mão de um imenso território que é central no contexto das guerras napoleônicas, do comércio internacional e nas questões referentes ao tráfico de escravos. Nesse momento eles testemunham a superação dos vínculos coloniais da América portuguesa e a construção do Estado nacional e da monarquia brasileira. Uma observação recorrente é a da necessidade de superar os vínculos com a cultura portuguesa, vista como origem malsã que impede o desenvolvimento da civilização pela ignorância, superstição e pela influência deletéria da escravidão. Essa imagem acaba sendo transferida para a historiografia brasileira, sobretudo após a publicação do clássico de Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil, em 1936. Este artigo pretende rever algumas dessas imagens sobre a civilização portuguesa no Brasil em viajantes britânicos e franceses

    As peregrinações de uma pária de Flora Tristan e a construção de uma feminista

    Get PDF
    Publicado em 1838, Pérégrinations d’une paria é um relato da viagem iniciática de Flora Tristan pelo Peru, em busca da proteção de sua família paterna, e é o primeiro livro que torna conhecida a sua autora. Neste artigo defendo a ideia de que o livro, assim como seu Nécessité de faire un bon accueil aux femmes étrangères (1835), elabora uma teoria da luta social, empreendida por Tristan em seu retorno à Europa, que tem como ponto de partida a liberdade da mulher adquirida pela liberdade de movimentos, pela possibilidade de viajar e de comparar a sua sociedade com as demais sociedades, adquirindo nesse processo consciência social e política

    Cidades estreitamente vigiadas: o detetive e o urbanista

    Get PDF
    Cidades estreitamente vigiadas: o detetive e o urbanistaRobert Moses Pechman,Apresentação de Stella Bresciani. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002

    A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga

    Get PDF
    corecore