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Estudo de conservação sob atmosfera controlada na qualidade da cereja cv. Satin
A cereja é muito apreciada e apresenta um tempo de comercialização muito curto devido a ser um fruto altamente perecível. Técnicas de conservação pós-colheita são essenciais para manter a qualidade da cereja até serem consumidas. Baixas temperaturas são utilizadas para retardar o processo de deterioração da fruta e como complemento a aplicação de atmosferas controladas permite retardar o processo de amadurecimento e envelhecimento. A diminuição de oxigénio e o aumento de dióxido de carbono e azoto inibe o amadurecimento, mantendo o sabor e a qualidade da fruta.
Neste trabalho experimental, cerejas da cultivar Satin foram conservadas em câmaras de refrigeração no produtor e nas instalações do CATAA com equipamento de atmosferas controladas. Quatro atmosferas controladas com diferentes combinações de oxigénio e dióxido de carbono foram testadas e o seu efeito na qualidade das cerejas foi avaliado. Ao longo do tempo de conservação as cerejas foram analisadas a diferentes níveis: qualidade (peso, dureza, cor e sólidos solúveis totais), microbiológico e organolético.
Os resultados de temperatura e humidade no produtor e no CATAA, foram comparados e indicam que ambas as situações apresentam ótimas condições de conservação. No entanto, complementar a conservação com atmosferas controladas sugere que a qualidade da cereja é mantida por mais tempo, através da minimização do envelhecimento e processo de amadurecimento.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Estudo de conservação sob atmosfera controlada na qualidade da cereja cv. Satin.
A cerejeira (Prunus avium L.) é uma espécie pertencente à subfamília das Prunóideas e a produção de cereja apresenta elevada importância económica na região
da Beira Interior, que, embora não seja a região com maior área de produção é a principal região de produção de Portugal. A cereja apresenta um elevado teor de
compostos bioativos como vitamina C, fibra, antocianinas, quercetina e carotenóides relacionados com a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes e cancro
(McCune et al., 2011; Wang et al., 2016). No entanto, este fruto não climatérico deteriora-se rapidamente após a colheita apresentando alterações na cor da pele,
acastanhamento do pedúnculo, desidratação, amolecimento da polpa, diminuição da acidez e apodrecimento (Dugan & Roberts, 1997; Wang et al., 2016). A
refrigeração, combinada com a utilização de atmosferas controladas, visa o atraso da deterioração e o consequente prolongamento da vida útil alargando o período
de oferta. Esta técnica consiste no armazenamento a baixa temperatura num ambiente com uma concentração elevada de CO2, uma concentração baixa de O2 e
uma humidade relativa elevada (Andrade et al., 2019). Os valores indicados na bibliografia relativos à concentração de CO2 variam entre 5% e 20% (Gross et al.,
2016) e, para a concentração de O2, encontram-se entre 1% (Gross et al., 2016) e 10% (Ben-Yehoshua et al., 2005)info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Modelos de programação linear inteira mista para o planeamento da produção de uma empresa de tintas
Dissertação apresentada ao Departamento de Estatística e Investigação Operacional da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para obtenção do Grau de Mestre em Investigação Operacional.Os Problemas de Sequenciamento ocorrem num grande leque de indústrias, incluindo as de engenharia química. A produção em lotes (batch production) é, desde há muito, o procedimento adoptado na manufactura de diversos tipos de produtos químicos, em particular naqueles em que a produção é feita em pequenas quantidades e para a qual os padrões de procura estão sempre a variar.
Nesta tese é estudado o Problema de Planeamento e Sequenciamento de tarefas numa planta multi-uso/multi-produto, com o objectivo de conseguir encontrar soluções para um problema real de produção de tintas numa determinada empresa. É usado o procedimento de produção em lotes, uma vez que a tinta, dadas as suas características, não pode ser produzida através de um processo contínuo.
Numa primeira fase, é construído um modelo de planeamento da produção que consiste em fazer a afectação de produtos a máquinas, de modo a satisfazer os pedidos diários dos clientes, sempre com o objectivo principal de minimizar ao máximo as encomendas entregues com atraso, sendo o objectivo secundário a minimização das quantidades enviadas para stock. O modelo de planeamento é modelado em programação linear inteira mista, onde as variáveis inteiras servem para indicar os lotes de produtos que são produzidos, assim como em que máquina.
De seguida, perante a solução obtida através do planeamento, o modelo de sequenciamento das tarefas pretende encontrar uma ordem de produção para um horizonte temporal de um dia. Foi também utilizado um modelo de programação linear inteira com variáveis binárias apenas, onde estas servem para indicar o início das tarefas.
Numa fase posterior, depois de efectuados alguns testes aos modelos com instâncias reais do problema de diferentes dimensões, houve necessidade de proceder a algumas modificações nas instâncias e/ou nos modelos de forma a conseguir encontrar uma solução considerada “boa” para a empresa. Resultados numéricos extensivos dos problemas descritos anteriormente são apresentados para todas as variantes desenvolvidas durante o trabalho, para ilustrar as performances das modificações introduzidas nos modelos propostos.
Conseguem obter-se soluções razoáveis quando se diminui a carga de produção no modelo de planeamento, tendo-se como consequência um ganho em termos de tempo para fazer o sequenciamento.
Minimizar o tempo total de ocupação das máquinas no modelo de sequenciamento revelou-se eficiente, em conjugação com o critério anterior, mas existe uma grande limitação na passagem do modelo de planeamento para o de sequenciamento, que consiste na afectação prévia dos produtos às máquinas de um modelo para o outro.
Introduzir alterações no modelo de planeamento, na recolha de dados e eventualmente no esquema de trabalho da referida empresa, podem ser caminhos a seguir na tentativa de encontrar o óptimo.Fundo Social Europeu - Programa PRODEP II
An overview of maritime pine private non-industrial forest in the centre of Portugal: A 19-year case study
Portuguese national policies for forests were developed considering related themes such as climate change, forest health, fire and the protective functions of forests. In Portugal, maritime pine forest is mainly private non-industrial and its area is in decline. Therefore, the aim of this study was two-fold: first, to assess maritime pine forest characteristics over a 19-year period; second, to analyse forest cover change over that period. In the end, the implementation of state policies was explored. A study area highly forested by continuous areas of naturally regenerated maritime pine in the centre of Portugal was used. To assess maritime pine forest characteristics, two sets of inventory data collected in previous studies (1991-1996 and 2007-2010) were used. To analyse forest cover change, the official land cover maps for 1990 and 2007 were used. This study findings highlighted that study area’s trends over the past years were the following: first, the decrease of maritime pine forest areas and its management decline (stands less stable, under-stocked, with large amounts of small-diameter poles and enlarged tree size variability); second, the increase of scrubland areas; third, the increase of eucalyptus afforestation with no regard for protection areas; and fourth, the absence of native oaks or introduction of other broadleaves as recommended by the state policies. Therefore, it is argued that there is a need for effective field monitoring actions with regard to the implementation of state policies. Additionally, selective incentives are key to mobilise private non-industrial forest to achieve the goals of state forest policies