117 research outputs found

    A biomedicina e a crise da atenção a saude : um ensaio sobre a desmedicalização

    Get PDF
    Orientadores: Gastão Wagner de Souza Campos, Madel T. LuzDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: A crise da atenção à saúde nos serviços públicos e a medicalização social hoje crescentes radicam-se em fatores complexos de múltiplas dimensões, sendo alguns deles inerentes à própria biomedicina. Este trabalho busca analisar, sob o enfoque da interação cotidiana entre médico e doente, a influência intrínseca dessa medicina, enquanto saber e prática, na geração e alimentação da citada crise e da medicalização social, ressaltando aspectos importantes de serem elucidados e enfrentados. Nesse sentido, o estudo parte de um grupo de propostas institucionais de reorganização dos serviços conhecida como ¿em defesa da vida¿ e das contribuições de Ivan Illich (1975) para diagnóstico e enfrentamento da medicalização social. Analisa o saber biomédico através de um paralelo entre o paradigma dominante da biomedicina e aspectos relevantes da crise da atenção à saúde institucional. Analisa a prática biomédica discutindo a contribuição da atenção à saúde para a construção da cultura (e da medicalização social) e os interesses dos médicos no cotidiano dos serviços que conformam em muito as práticas em saúde institucionais. Conclui pela relevante participação da biomedicina na produção da atual crise na atenção à saúde. Propõe e discute, ao final, três estratégias de enfrentamento para as questões levantadas: a) ¿descolar¿ a atenção à saúde institucional do monopólio biomédico (científico); b) reformar a própria biomedicina pelo seu exercício prático nos serviços públicos e c) reorganizar os serviços para torná-los compatíveis com e incentivadores de transformações visando a melhoria da atenção à saúdeAbstract: The crisis in public health care and the presently growing social medicalization are rooted in complex factors with multiple dimensions, some of them inherent in biomedicine itself. This work seeks to analyze, with a focus on the daily interaction betweeen doctor and sick person, the intrinsic influence of this type of medicine on knowledge and practice and in generating and maintaining the cited crisis and social medicalization, emphasizing important apsects to be elucidated and confronted. In this sense, the study is based on a group of institutional proposals for the reorganization of services known as "in defense of life" and the contributions of Ivan Illich (1975) to the diagnosis and confrontation of social medicalization. It analyzes biomedical knowledge through a parallel between the dominant paradigm of biomedicine and relevant aspects of the institutional health care crisis. It also analyzes biomedical practice, discussing the contribution of health care to the construction of culture (and to social medicalization) and the interests of doctors in the daily provision of services that make up the majority of institutional health practices. It concludes with the relevant participation of biomedicine in the production of the present crisis in health care. It proposes and discusses three strategies for confronting the questions it has raised: a) "delink" institutional health care from the biomedical monopoly (scientific); b) reform biomedicine itself so that it becomes a practical exercise in public services and c) reorganize services to make them more compatible with the incentives to transformation with the aim of improving health careMestradoSaude ColetivaMestre em Saude Coletiv

    Social medicalization and alternative and complementary medicine: the pluralization of health services in the Brazilian Unified Health System

    Get PDF
    La medicalización social transforma la cultura, disminuye el manejo autónomo de parte de los problemas de salud y genera excesiva demanda en el Sistema Único de Salud. Una alternativa a la medicalización social en el ámbito de la atención a la salud es la pluralización terapéutica de las instituciones de salud, es decir, la valorización y el ofrecimiento de prácticas y medicinas alternativas y complementarias. El objetivo del trabajo fue analizar potencialidades y dificultades de las prácticas y medicinas alternativas y complementarias a partir de experiencias clínico-institucionales y de la literatura especializada. Se concluye que tal estrategia tiene un potencial limitado "desmedicalizante" y debe ser asumida por el Sistema Único de Salud. Se resalta además que deben ser observadas la hegemonía político-epistemológica de la Biociencia y la disputa mercadológica actual en el campo de la salud, cuya tendencia es transformar cualquier saber/práctica estructurada del proceso salud-enfermedad en mercadurías o procedimientos para consumo, reforzando la heteronomía y la medicalización.A medicalização social transforma a cultura, diminui o manejo autônomo de parte dos problemas de saúde e gera excessiva demanda ao Sistema Único de Saúde. Uma alternativa à medicalização social no âmbito da atenção à saúde é a pluralização terapêutica das instituições de saúde, ou seja, a valorização e o oferecimento de práticas e medicinas alternativas e complementares. O objetivo do artigo foi analisar potencialidades e dificuldades de práticas e medicinas alternativas e complementares a partir de experiências clínico-institucionais e da literatura especializada. Conclui-se que tal estratégia tem um limitado potencial "desmedicalizante" e deve ser assumida pelo Sistema Único de Saúde. Ressalta-se ainda que devem ser observadas a hegemonia político-epistemológica da Biociência e a disputa mercadológica atual no campo da saúde, cuja tendência é transformar qualquer saber/prática estruturado do processo saúde-doença em mercadorias ou procedimentos a serem consumidos, reforçando a heteronomia e a medicalização.Social medicalization transforms people's habits, discourages them from finding their own solutions to certain health problems and places an excess demand on the Unified Health System. With regard to healthcare provision, an alternative to social medicalization is the pluralization of treatment provided by health institutions namely through the recognition and provision of alternative and complementary practices and medicines. The objective of the article was to analyze the potentials and difficulties of alternative and complementary practices and medicines based on clinical and institutional experiences and on the specialist literature. The research concludes that the potential of such a strategy to "demedicalize" is limited and should be included in the remit of the Unified Health System. The article highlights that the Biosciences retain a political and epistemiological hegemony over medicine and that the area of healthcare is dominated by market principles, whereby there is a trend towards the transformation of any kind of knowledge or structured practice related to health-illness processes into goods or procedures to be consumed, and this only reinforces heteronomy and medicalization

    Osteopatia e Atenção Primária à Saúde: Uma relação pouco conhecida no Brasil

    Get PDF
    A principal contribuição da osteopatia ao bem estar coletivo apresenta-se historicamente ligada à Atenção Primária à Saúde (APS). Todavia, nas últimas décadas, esse perfil tem se modificado. Nos Estados Unidos, na medida em que as formações em osteopatia estreitam laços com escolas médicas convencionais, diminui a utilização de técnicas manuais osteopáticas e a preferência pela atuação na APS entre os osteopatas. No Brasil, a osteopatia foi reconhecida como Prática Integrativa e Complementar em Saúde (PICS) recentemente no Sistema Único de Saúde (SUS); e, como tal, foi incentivada sua inserção na APS. As experiências iniciais estão ocorrendo por iniciativa de fisioterapeutas em serviços ambulatoriais especializados, envolvendo geralmente a atenção secundária e terciária. Nesse contexto, apresentamos e discutimos estratégias viáveis, porém, ainda não exploradas, de inserção desta abordagem na APS, atentando para as particularidades da osteopatia e as realidades do SUS. Tais estratégias desafiam os profissionais osteopatas a considerarem metodologias de matriciamento e educação permanente, no sentido da construção de um campo comum que, além de incluir saberes e técnicas osteopáticas básicas, seguras e adequados no contexto multiprofissional da APS, favoreçam a reformulação de conceitos, crenças e práticas excessivamente medicalizantes comumente partilhados pelos profissionais da biomedicina

    Repensando o acesso ao cuidado na Estratégia Saúde da Família

    Get PDF
    This article presents interpretative hypothesis about the absence of institutional rules for healthcare access to Primary Health Care (PHC) in Brazil, specifically in Family Health Strategy (FHS). Access now is characterized by deviation and/or undervaluation in its operational aspect of providing rapid access to longitudinal clinical care. The hypothesis for this problem has been contextualised along two main axes: SUS institutional norms and the internal debate within the Collective Health field. In the first axis we discuss the North-American influence on Brazilian public health and the understanding of PHC as a “basic package” of healthcare services; the priority given to health promotion in the institutional health policies, as well as the Embracement (the only policy to stimulate the easy access in PHC/FHS) and the sizing of users/FHS team ratio. All that gives support for expanding and resizing the users/FHS ratio. The second axis, discuss Brazil’s relative isolation from the experience of developed countries with strong PHC; the critique of the relationship between biomedicine and capitalism; the emphasis on health promotion and disease prevention as the priority working objectives in PHC/FHS; the distance kept by the academic environment of the reality of FHS services; Brazilian social stratification, which fosters the use of subsidized private health systems by elites and middle classes. Finally, we argue that easy access to longitudinal healthcare should be regarded as fundamental for achieving the four dimensions which must converge into the PHC/FHS action: the ethical-political, anthropological and epidemiological dimensions and the social determinants on health and disease.Este artigo apresenta hipóteses interpretativas sobre a ausência de regulamentação institucional do acesso – caracterizado por certo desvio e/ou subvalorização do mesmo – na atenção primária à saúde (APS) brasileira, especialmente na Estratégia Saúde da Família (ESF), no seu aspecto de prover acesso rápido ao cuidado clínico longitudinal aos adoecidos e ou demandantes. As hipóteses para esse problema foram contextualizadas em dois eixos: nas normativas do SUS e nas discussões presentes na área da saúde coletiva. No primeiro eixo apresenta-se uma discussão envolvendo a influência histórico-cultural norte-americana na saúde pública brasileira, a visão focalizada de APS como “cesta básica” de serviços, a priorização da promoção/prevenção nas diretrizes institucionais, o acolhimento (única diretriz estimuladora do acesso fácil na ESF/APS) e o dimensionamento da proporção usuários/equipes da ESF, o que fundamenta a defesa da expansão dessas equipes e o seu redimensionamento. No segundo eixo faz-se uma discussão crítica envolvendo o relativo isolamento brasileiro da experiência dos países desenvolvidos com APS forte, a influência da crítica das relações entre a biomedicina e o capitalismo, a ênfase na promoção e prevenção como objetivos prioritários de trabalho nas equipes da ESF/APS, o distanciamento do meio acadêmico das realidades dos serviços da ESF e a estratificação social que fomenta o uso subsidiado do sistema privado pelas camadas médias e elites brasileiras. Por fim, se propõe a revalorização do acesso fácil ao cuidado com longitudinalidade como fundamental para concretizar as quatro lógicas que devem convergir nas práticas da APS/ESF: ético-política, antropológica, epidemiológica e de determinação social da saúde-doença

    Uma síntese da concepção de saúde-adoecimento com base no funcionalismo orgonômico de Wilhelm Reich

    Get PDF
    Introduction: The subject of this paper is the conception of health-illness based on orgonomic functionalism, the scientific-natural research methodology developed by Wilhelm Reich (1897-1957), which is based on energetic assumptions and properties investigated by this researcher in the manifestations of orgone energy. Objective: The main objective of this essay is to describe the concept of health-illness present in the reichian work. Method: This is a theoretical-descriptive and hermeneutic study. The primary bibliographic sources are books and articles written by Reich and his followers, which stand for the clinical and therapeutic axis of his work. Results: The orgonomic conception about health-illness is articulated around key concepts present in the author’s work, to name a few: the orgastic potency, the armoring, the notion of emotion as primary and secondary impulses, the orgone energy, its pulsation function and its disturbances and its blockages. Final considerations: Wilhelm Reich left a legacy that, in our view, deserves to be more scientifically explored, especially because his theories, methods, techniques and experiments generated, to some extent, the construction of internally coherent conceptions and concepts, which were explored by his followers, about health and illness, and, consequently, the development of knowledge, techniques and perspectives that can help in the prevention and treatment of various health problems.Introdução: O tema do presente artigo é a concepção de saúde-adoecimento com base no funcionalismo orgonômico, a metodologia de investigação científico-natural desenvolvida por Wilhelm Reich (1897-1957), a qual se baseia em pressupostos energéticos e em propriedades investigadas por esse pesquisador nas manifestações da energia orgone. Objetivo: O objetivo principal desse ensaio é realizar uma descrição acerca da concepção de saúde-adoecimento presente na obra reichiana. Método: Trata-se de um estudo teórico-descritivo e hermenêutico. As fontes de pesquisa foram documentais e bibliográficas: livros e artigos produzidos por Reich e seus seguidores, que compõem o eixo clínico-terapêutico de sua obra. Resultados: A concepção orgonômica sobre saúde-adoecimento articula-se em torno de conceitos-chave presentes na obra do referido autor, podendo-se citar: a potência orgástica, o encouraçamento, a noção de emoção como impulsos primários e secundários, a energia orgone, a sua função de pulsação e as suas perturbações e os seus bloqueios. Considerações finais: Wilhelm Reich deixou um legado que, ao nosso ver, merece ser mais explorado cientificamente, sobretudo, porque suas teorias, métodos, técnicas e experimentos geraram, em certa medida, a construção de concepções e conceitos coerentes internamente e explorados por seus seguidores, sobre a saúde e o adoecimento, e, via de consequência, o desenvolvimento de saberes, técnicas e perspectivas que podem auxiliar na prevenção e no tratamento de vários problemas de saúde

    Acesso ao cuidado na Estratégia Saúde da Família: equilíbrio entre demanda espontânea e prevenção/promoção da saúde

    Get PDF
    Este artigo propõe algumas diretrizes para a organização do trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS) e na Estratégia Saúde da Família (ESF), relacionadas aos desafios de prover acesso e equilibrar no cotidiano dos serviços ações de prevenção de agravos e promoção da saúde com o cuidado ao adoecimento. Primeiramente, apresenta algumas ideias específicas sobre a importância do acesso para a qualidade dos serviços de saúde, seguidas de uma crítica sintética - fundamentada nos conceitos de Geoffrey Rose - à estratégia preventiva de alto risco, que tem tido alto impacto na organização das rotinas assistenciais. A seguir, contextualiza a promoção da saúde relacionada ao cuidado individual na APS/ESF, discutindo o potencial sinérgico do cuidado e da promoção da saúde, em suas dimensões individuais e coletivas, para transcender o modelo biomédico/mecanicista. Finalmente, apoiado nos tópicos anteriores, no que tange aos seus desdobramentos operacionais e utilizando um exemplo concreto, propõe algumas diretrizes para a organização do trabalho e das agendas de médicos e enfermeiros da ESF, de modo a viabilizar equilíbrio e sinergia entre acesso ao cuidado e prevenção/promoção, com vistas ao fortalecimento da ESF como coordenadora local do cuidado e principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde.This article presents some guidelines for organizing the working process in Primary Health Care (PHC) and Family Health Strategy (FHS) concerning the challenges of providing access and balancing the everyday healthcare services activities which includes health promotion and prevention of diseases, as well as access for those suffering ill-health. Firstly, it addresses some specific ideas about the importance of access to the quality of the health care services, followed by a brief critique - based on Geoffrey Rose's concepts - to the high-risk preventive strategy that has had high impact on health care organizational routines. Secondly, it contextualizes health promotion and its relations to individual health care in PHC/FHS, discussing the synergic potential of care and health promotion in their individual and collective dimensions to transcend the biomedical-mechanistic model. Finally, based on the above topics and concerning their operational consequences, as well as using a concrete example, it outlines general guidelines for organizing the working process and the agenda of doctors and nurses in the FHS, in order to facilitate both balance and synergy between access to health care and prevention/promotion, aiming to strengthen the FHS as local coordinator of care and main entrance of the Brazilian National Health System

    Contribuições da osteopatia para o cuidado na atenção primária à saúde

    Get PDF
    A osteopatia foi oficialmente reconhecida como PIC recentemente no SUS; e, como tal, sua inserção foi incentivada na atenção primária à saúde (APS). Este ensaio apresenta e discute algumas relações da osteopatia com a APS, enfocando conhecimentos e técnicas osteopáticas que podem contribuir para o fortalecimento de aspectos comuns a ambas. Tais contribuições incluem: a ênfase em tecnologias leves, compreendendo a qualidade da relação clínica, no sentido da construção de narrativas e estratégias capazes de esclarecer sobre questões fisiológicas, incluindo mecanismos endógenos de auto-regulação; introdução na APS  de estimulação desse mecanismos por meio de algumas técnicas manuais osteopáticas; maior valorização da autonomia dos usuários frente a seus problemas de saúde; um melhor equilibrio frente a proeminência de tecnologias duras e leves/duras, protocolos e uso excessivo de exames diagnósticos na APS, facilitando uma diversificação interpretativa e terapêutica, com utilização crítica de evidências e sinais fisiológicos sem perder de vista o indivíduo como um todo; evitação do excesso de medicalização do cuidado, acentuado pelo comum compartilhamento de crenças e prognósticos catastróficos, que inibem o tempo, o interesse e o estímulo à auto-regulação necessários à dissolução de prognósticos excessivamente sombrios. O compartilhamento de saberes/técnicos osteopáticos pode ser útil para melhorar a intensidade das relações de cuidado e favorecer mudanças no processo de trabalho nas redes de atenção a saúde. Pesquisas e experimentações institucionais são necessárias para explorar essas potencialidades, compartilhando conhecimentos que enriqueçam equipes, gestores e usuários no sentido da construção de formas singulares, seguras e eficazes de cuidado

    Fitoterapia na atenção primária à saúde

    Get PDF
    OBJETIVO Caracterizar a inserção da fitoterapia em ações e programas na atenção primária à saúde no Brasil. MÉTODOS Realizou-se levantamento bibliográfico de artigos de periódicos e teses e dissertações nacionais. Foram utilizadas as bases de dados: SciELO, Lilacs, PubMed, Scopus, Web of Science e Portal de Teses Capes no período entre janeiro de 1988 e março de 2013. Foram analisados 53 estudos originais sobre ações, programas e aceitação de uso de fitoterápicos e plantas medicinais na atenção primária à saúde do Sistema Único de Saúde. Foram analisados dados bibliométricos, características das ações e programas, local e sujeitos envolvidos na pesquisa, tipo e objetivo dos estudos selecionados. RESULTADOS Entre 2003 e 2013 houve aumento das publicações em diferentes áreas de conhecimento, comparado ao período de 1990-2002. As ações e programas de fitoterapia inseridos nos serviços de atenção primária à saúde variaram em objetivos e ações: inserir outras opções terapêuticas, reduzir custos, resgatar saberes tradicionais, preservar a biodiversidade, promover o desenvolvimento social, estimular ações intersetoriais, interdisciplinares, de educação em saúde e a participação comunitária. CONCLUSÕES Nos últimos 25 anos houve aumento pequeno da produção científica sobre ações/programas de fitoterapia desenvolvidos na atenção primária à saúde. A inserção da fitoterapia nos serviços de atenção primária estimulou a interação entre usuários e profissionais de saúde. Também contribui para socialização da pesquisa científica e desenvolvimento da visão crítica tanto dos profissionais quanto da população sobre o uso adequado de plantas medicinais e fitoterápicos.OBJECTIVE To characterize the integration of phytotherapy in primary health care in Brazil. METHODS Journal articles and theses and dissertations were searched for in the following databases: SciELO, Lilacs, PubMed, Scopus, Web of Science and Theses Portal Capes, between January 1988 and March 2013. We analyzed 53 original studies on actions, programs, acceptance and use of phytotherapy and medicinal plants in the Brazilian Unified Health System. Bibliometric data, characteristics of the actions/programs, places and subjects involved and type and focus of the selected studies were analyzed. RESULTS Between 2003 and 2013, there was an increase in publications in different areas of knowledge, compared with the 1990-2002 period. The objectives and actions of programs involving the integration of phytotherapy into primary health care varied: including other treatment options, reduce costs, reviving traditional knowledge, preserving biodiversity, promoting social development and stimulating inter-sectorial actions. CONCLUSIONS Over the past 25 years, there was a small increase in scientific production on actions/programs developed in primary care. Including phytotherapy in primary care services encourages interaction between health care users and professionals. It also contributes to the socialization of scientific research and the development of a critical vision about the use of phytotherapy and plant medicine, not only on the part of professionals but also of the population

    Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares

    Get PDF
    OBJETIVO: Analizar la percepción de profesionales de la Estrategia Salud de la Familia sobre prácticas integrales y complementarias. MÉTODOS: Se realizó estudio con 177 médicos y enfermeros a partir de un cuestionario auto-aplicado en 2008. Las variables consideradas fueron "interés por las prácticas integrales y complementarias" y "concordancia con la Política Nacional de prácticas integrales y complementarias". Sexo, edad, estudio universitario, postgrado, tiempo de formación y de trabajo, poseer hijos, oferta de prácticas integrales y complementarias en el lugar de trabajo y uso de homeopatía o acupuntura conformaron las variables independientes. Los datos fueron analizados por la prueba de chi-cuadrado y la prueba exacta de Fisher. RESULTADOS: Diecisiete centros de salud ofrecían prácticas integrales y complementarias; 12,4% de los profesionales poseían especialización en homeopatía o acupuntura; 43,5% de los médicos eran especialistas en medicina de familia y comunidad/salud de la familia. De los participantes, 88,7% desconocían las directrices nacionales para el área, a pesar de que el 81,4% concordasen con su inclusión en el Sistema Único de Salud. La mayoría (59,9%) mostró interés en capacitaciones y todos concordaran que esas prácticas deberían ser abordadas en el estudio universitario. La concordancia con la inclusión de tales prácticas se mostró asociada significativamente con el hecho de ser enfermero (p=0,027) y con el uso de homeopatía para sí mismo (p=0,019). Interés por las prácticas complementarias estuvo asociado con el uso de homeopatía para sí mismo (p=0,02) y acupuntura para familiares (p=0,013). CONCLUSIONES: Existe aceptación de las prácticas integrales y complementarias por los profesionales estudiados, asociada al contacto previo con las mismas y posiblemente relacionada a la residencia/especialización en medicina de familia y comunidad/salud de la familia.OBJETIVO: Analisar a percepção de profissionais da Estratégia de Saúde da Família sobre práticas integrativas e complementares. MÉTODOS: Estudo com 177 médicos e enfermeiros a partir de um questionário auto-aplicado em 2008. As variáveis desfecho foram "interesse pelas práticas integrativas e complementares" e "concordância com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares". Sexo, idade, graduação, pós-graduação, tempo de formado e de trabalho, possuir filhos, oferta de práticas integrativas e complementares no local de trabalho e uso de homeopatia ou acupuntura compuseram as variáveis independentes. Os dados foram analisados pelo teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher. RESULTADOS: Dezessete centros de saúde ofereciam práticas integrativas e complementares; 12,4% dos profissionais possuíam especialização em homeopatia ou acupuntura; 43,5% dos médicos eram especialistas em medicina de família e comunidade/saúde da família. Dos participantes, 88,7% desconheciam as diretrizes nacionais para a área, embora 81,4% concordassem com sua inclusão no Sistema Único de Saúde. A maioria (59,9%) mostrou interesse em capacitações e todos concordaram que essas práticas deveriam ser abordadas na graduação. A concordância com a inclusão dessas práticas mostrou-se associada significativamente com o fato de ser enfermeiro (p = 0,027) e com o uso de homeopatia para si (p = 0,019). Interesse pelas práticas complementares esteve associado a usar homeopatia para si (p = 0,02) e acupuntura para familiares (p = 0,013). CONCLUSÕES: Existe aceitação das práticas integrativas e complementares pelos profissionais estudados, associada ao contato prévio com elas e possivelmente relacionada à residência/especialização em medicina de família e comunidade/saúde da família.OBJECTIVE: To analyze Estratégia de Saúde da Família (Family Health Strategy) professionals' perception of complementary and integrative therapies. METHODS: A study with 177 doctors and nurses was conducted in 2008, based on a self-administered questionnaire. The outcome variables were "interest in complementary and integrative therapies" and "agreement with the National Policy on Complementary and Integrative Therapies. Sex, age, graduate level of education, postgraduate level of education, length of time since graduation, length of time of work, having children, providing complementary and integrative therapies in the workplace, and using homeopathy or acupuncture comprised the independent variables. Data were analyzed using Chi-square test and Fisher's exact test. RESULTS: A total of 17 health centers provided complementary and integrative therapies; 12.4% of professionals had a specialization in homeopathy or acupuncture; 43.5% of doctors were specialists in family and community medicine/family health. Of all participants, 88.7% did not know the national directives for this area, although 81.4% agreed with their inclusion in the Sistema Único de Saúde (Unified Health System). The majority (59.9%) showed an interest in qualifications and all agreed that these therapies should be approached during the graduate course. Agreement with the inclusion of such therapies was significantly associated with the fact of being a nurse (p = 0.027) and using homeopathy for oneself (p = 0.019). Interest in complementary therapies was associated with the use of homeopathy for oneself (p = 0.02) and acupuncture by family members (p = 0.013). CONCLUSIONS: Complementary and integrative therapies are accepted by the professionals studied. This acceptance is associated with previous contact with such therapies and, probably, with residency/specialization in family and community medicine/family health
    corecore