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La Emancipación en Educación Ambiental: Formación en una Universidad Brasileña
Based on Critical Theory and Emancipator Environmental Education, the study aimed at analyzing the dialectic of emancipation and its potentials in Environmental Education (EE). The research method was structured following a qualitative, participatory research approach, which includes focus group techniques and documental textual analysis. The category "dialectic of emancipation in the socio-environmental training project" was priorised here, with the sub-categories "emancipation", "emancipator EE", "autonomy" and "freedom". It was observed that the potential emancipator elements include the contradictions in the processes of education and in the bureaucratic and power relations of the institutions that can limitate the autonomy and freedom of individuals, besides the valorization of the experience in collectives in search of the democratization of the EE, as a potential for reflections and critical actions within the HEI
O TRABALHO EM COLETIVOS EDUCADORES: FORMAÇÃO DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES AMBIENTAIS POPULARES
INTRODUÇÃO
Este texto é um recorte analítico dos resultados de um projeto de Extensão universitária da USP relacionado à formação de educadores ambientais populares no território de Ribeirão Preto, articulado pelo Coletivo Educador Ipê Roxo. A COSEAS e a CCEX apóia este trabalho desde 2007 com a cessão de uma bolsa para a primeira autora deste trabalho (graduanda em Pedagogia na FFCLRP / USP).
A formação de Coletivos Educadores está inserida no bojo do Programa de Formação de Educadores Ambientais – ProFEA, deflagrado em 2005 pelo Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), afim de enraizar a EA em todo o país e educar socioambientalmente todos os brasileiros e brasileiras. O trabalho em Coletivo têm como objetivo geral a reflexão crítica acerca das questões sócio-ambientais por meio do aprofundamento de conceitos e da instrumentalização para a ação, promoção e articulação institucional e de educadores, bem como de colaboração para a elaboração de novas políticas públicas (FERRARO JR, 2005).
Foi estimulada a formação de pelo menos um Coletivo Educador num território de até 600.000 habitantes, reunindo pessoas e instituições dispostas a juntar esforços para a elaboração e execução de um Projeto Político Pedagógico de formação de educadores ambientais populares (PPP).
No município paulista de Ribeirão Preto existem vários projetos e movimentos populares de Educação ambiental, entretanto, não há uma efetiva articulação entre eles, com isso o referido PPP objetiva potencializar as diversas intervenções locais.
Neste trabalho buscamos refletir sobre quais contribuições o referido projeto poderá trazer para a universidade, para a formação da bolsista envolvida e para a formação de educadores ambientais em Ribeirão Preto.
Desde sua constituição, em 2005, o Coletivo Educador Ipê Roxo desenvolveu várias ações de formação. Dentre elas: eventos integrados na Semana do Meio Ambiente, seminários sobre os sócio-ambientes de Ribeirão Preto, elaboração e apresentação do projeto de formação e fortalecimento dos Coletivos Educadores para o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), participação com reportagens no Fractais – Coleciona / SP – boletim dos Coletivos Educadores do Estado de São Paulo e outras.
Para nossa análise, destacaremos as ações desenvolvidas no período de trabalho da bolsista (também autora deste artigo) – de setembro de 2007 a dezembro de 2008.
Neste período, o Coletivo se deteve em desenvolver um Plano Político Pedagógico de Formação de Educadores/as Ambientais Populares em Ribeirão Preto. Segundo o ProFEA (documento técnico do MMA, n. 8, 2006), um PPP é constituído por três marcos: conceitual (aprofundamentos teóricos da educação ambiental), situacional (mapeamento e diagnóstico dos problemas e conflitos sócio-ambientais do território) e operacional (construção de uma agenda de ações de formação de educadores ambientais populares).
O PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS ATORES ENVOLVIDOS
A construção do PPP envolveu diversos movimentos do coletivo e da bolsista. Identificamos algumas fases de crescimento e mudanças no processo, especialmente relacionadas às questões do tempo, do fazer coletivo e da participação protagonista.
Num primeiro momento, passamos a estudar vários referenciais da EA emancipatória e do que seria um mapeamento socioambiental.
A atividade de levantamento prévio de informações sobre o território, efetivado pela bolsista, lhe proporcionou uma serie de dúvidas: Dentro do universo extenso de dados, quais deviam ser considerados socioambientais, importantes para a construção de um PPP? O que entendíamos por socioambiente?
Estas questões levaram a bolsista e o grupo a uma re-leitura dos referenciais teóricos e a percepção de diferentes conceituações de mapeamento nas áreas da Geografia e da Educação Ambiental.
O caráter do Mapeamento Sócio-ambiental participativo aqui colocado parte das concepções de cada um sobre os espaços ou paisagens que nos circunda, paisagens que englobam o mundo construído e o mundo dado pela natureza (TASSARA, 2006). Segundo Eda Tassara, é natural que existam acordos e desacordos e uma polifonia de visões, dado com que cada um possui experiências e relações únicas com cada lugar. As paisagens vão sendo mudadas com o passar do tempo, portanto, identificar, compreender e descrever os atributos ausentes e os evidentes responsáveis por estas mudanças é de responsabilidade do pesquisador interessado no destacado mapeamento.
Descrever coletivamente, então, uma paisagem significa escolher, de forma participativa, os atributos que melhor a representam, para o coletivo, em função do conjunto de olhares que o mesmo produziu (...) Esta descrição pode ser definida como mapeamento participativo do território (paisagem) ou mapeamento socioambiental participativo. (TASSARA, 2006, p.34)
Os estudos iniciais sobre a EA crítica e emancipatória, sobre o trabalho coletivo, a participação e a consideração dos diferentes saberes e acúmulos dos educadores foi se “fazendo carne” na prática do processo.
Ao mesmo tempo, a construção do PPP demandava do Coletivo muitos encontros e reflexões sobre como organizar este processo de forma participativa e enraizadora, num ritmo diverso daquele esperado pela bolsista e a que estamos acostumados na vida agitada da modernidade. Embora repleto de aprendizagens, representou um período de difícil visualização dos resultados alcançados. Como medir e objetivar este crescimento do grupo em trabalhar coletivamente no território?
O desenvolvimento de um curso para 50 educadores ambientais populares (lideranças) do município, em encontros quinzenais, com o foco no mapeamento sócio-ambiental de Ribeirão Preto, possibilitou que o 2º marco do PPP (Situacional) pudesse ser concretizado, ocasionando assim um processo mais intenso de formação para todos.
Tal mapeamento foi orientado pelo MAPPEA (Mínima Aproximação Prévia para a elaboração de Programas em Educação Ambiental / Série Documentos Técnicos do DEA / MMA), estabelecendo uma analogia com a obra literária “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, abordando três perspectivas: A Terra, o Homem e a Mulher e a Luta (FERRARO JR, 2006). Tendo por base esses eixos, os participantes do processo formativo levantaram informações, experiências e programas de cunho socioambiental do território de Ribeirão Preto.
Identificamos que alguns aspectos da organização desta ação possibilitaram uma mudança mais protagonista na atuação da estudante universitária, tais como: o “fazer coletivo” de cada etapa das aulas; a avaliação coletiva e processual de cada encontro; o acolhimento; a valorização da história de vida e subjetividade dos participantes no mapeamento socioambiental do território; e por fim a riqueza inspiradora provocada pela analogia literária.
O Diagnóstico dos cenários levantados pelos participantes do curso comporá a segunda etapa do processo e compreenderá um julgamento ético (certo ou errado), político (bom ou ruim) e estético (bonito ou feio) dos espaços usados (TASSARA, 2006). O grupo, ampliado pela participação dos 50 educadores da primeira etapa, tem a intenção de sistematizar as informações e construir um material didático que auxilie os educadores/as populares a pensar criticamente as questões socioambientais locais e a desvelar outras “paisagens” de Ribeirão Preto, além daquelas preponderantes, como “da capital do agronegócio”, “do chope” e dos “shoppings”.
Os educadores ambientais populares são formados ao longo dessa caminhada em um processo reflexivo, em que os sujeitos se apercebem agentes políticos e atores da construção da nossa história.
CONTRIBUIÇÕES
Vivenciar a experiência de participar de um projeto desta amplitude é uma oportunidade singular de poder articular as teorias ou saberes acadêmicos com as reais necessidades da comunidade, ou seja, é um momento em que a construção coletiva do conhecimento acontece em sua prática.
As reuniões quinzenais, pesquisas, leituras, discussões, planejamento e execuções das atividades no Coletivo têm proporcionado aos envolvidos (e em especial para a primeira autora) uma visão crítica, reflexiva, política e mais humana do território. Trabalhar com um grupo de educadores de diversas origens e ideologias possibilita ouvir, partilhar experiências, lidar com divergências consolidando um aparato de saberes essenciais em qualquer área de atuação.
Participar desse processo significa, acima de tudo, aumentar a percepção ambiental, entender e ver-se nas relações sócio-ambientais, constituindo-se em primeiro momento em um educador ambiental e, depois, multiplicando as vivências e os saberes em uma perspectiva crítica, popular e emancipatória.
Uma educação torna-se mais crítica quando se aprende a olhar o mundo, compreender os cenários e refletir sobre qual sociedade almejamos. Uma Educação Ambiental é popular e emancipatória quando considera todos os sujeitos como os responsáveis pelas transformações sociais. As atividades propostas só acontecem quando de fato há participação direta de todos os agentes, sem exclusões, pois tal processo educativo é também um ato político para a formação de um cidadão mais consciente de seu papel social dentro das diversas instâncias sociais.
A construção deste tipo de conhecimento ou processo vivido tem tocado sentimentos e emoções que por sua vez são responsáveis por mudanças de atitudes e comportamentos e, conseqüentemente, por posturas mais cientes e menos mecânicas.
Enfim, conhecer o trabalho do Coletivo Educador é uma possibilidade de compreender como se constituem as relações sócio-ambientais e desenvolver experiências extracurriculares realmente significativas neste campo.
BIBLIOGRAFIA
FERRARO JR, L. A. (Org.). Encontros e caminhos: formação de educadoras(es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005.
______________. Mínima Aproximação Prévia para Elaboração de Programas de Educação Ambiental. Documento Técnico nº 15: Mapeamentos, diagnósticos e intervenções participativos no socioambiente. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2006.
______________. Encontros e caminhos: formação de educadoras(es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2007.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Educação Ambiental. Documento Técnico nº 8: Programa nacional de formação de educadoras(es) ambientais. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2006.
TASSARA, E. T. de O.; ARDANS, O. Mapeamentos, Diagnósticos e Intervenções Participativos no Campo Socioambiental. Documento Técnico nº 15: Mapeamentos, diagnósticos e intervenções participativos no socioambiente. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2006.
Informações sobre as autoras:
Marisa Sartori Vieira - FFCLRP / USP
Graduanda do curso de Pedagogia, da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (SP).
Contato: [email protected]
Daniela Cássia Sudan
Educadora do Programa USP Recicla / Agencia USP d eInovação
Universidade de São Paulo – campus USP de Ribeirão Preto
http://lattes.cnpq.br/3863004014765353
Contato: [email protected]
Andréa Coelho Lastoria – http://lattes.cnpq.br/6592011271248846
Professora Doutora da Universidade de São Paulo - USP, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (SP). Coordena o grupo de pesquisa "Estudo da Localidade de Ribeirão Preto - ELO". Membro diretor do Fórum Iberoamericano de Educação, Geografia e Sociedade - Geoforo.
Contato: [email protected]/
Edna Ferreira Costa do Sim
Membro do Grupo de Estudos - Gira Recicla / Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto (SP).
Contato: [email protected]
Construção de política para gestão de resíduos na Universidade de São Paulo como modelo para implementação da PNRS em IES
The actual scenario of the University of São Paulo (USP) has, in an isolated form, various environmental initiatives in diverse fronts, according to the reality of its campi. In 2010, USP designated an Environmental Management coordinator attached to the university’s rectory. The following year USP approved the its Environmental Policy, that promotes environmental sustainability in all its campi. In 2012 the Environmental Management Superintendence (SGA) was created as an office responsible for environmental management of the university, with the objective of developing norms for environmental issues in agreement to the proposed environmental policy. This superintendence created in 2012 a Working Group for dealing with issues related to solid residues generated in USP. This group, composed of specialists in this area and coordinated by an member of the SGA, developed, using participative processes, strategies and procedures for the elaboration and implementation of the Solid Residue Management Policy (PGRUSP). This policy following a previous model (PUSP-C, 2010), has as objective adequate the National Solid Residue Policy (PNRS) to the university’s environment. An initial version of the PGRUSP was presented to the academic community in a Forum promoted by the SGA. In this occasion, representatives of all the categories coming from the university’s different campi, apart from members of the external community, analyzed the document and made suggestions on its contents that were later included in the final document. PGRUSP determines the elaboration of Residue Management Plans in all the units that belong to USP. At this moment, the Working Group is elaborating directives for the training of the academic community for the execution of an ample residue diagnosis, with the objective of also mobilizing and publicizing the directives of the PGRUSP. The training and residue management plan construction presupposes learning about the practical issues of residue management. Data production and indicator construction will be the basis for the continuous and efficient implementation of this policy. For the ordering of the data a virtual platform is being developed. With such a platform, USP pretends to control generation, stocking, treatment and destination of Solid Residues produced in its academic units. It pretends with this database, to generate information that will permit the SGA to make decisions that will improve residue management in USP’s campi and, consequently, minimize environmental impacts caused in all levels of its activities. O cenário atual da Universidade de São Paulo (USP) tem, isoladamente, diversas ações ambientais em diferentes frentes, de acordo com a realidade de seus campi. Em 2010, a USP designou um coordenador de Gestão Ambiental junto à Reitoria. No ano seguinte, regulamentou a Política Ambiental da USP, que visa promover a sustentabilidade ambiental nos campi. Em 2012, foi criado um órgão institucional responsável pela gestão ambiental, a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA), que tem como premissa ditar normas para questões ambientais em consonância com a política ambiental proposta. Esta superintendência formou, em 2012, um Grupo de Trabalho para cuidar das questões relativas aos resíduos gerados na USP. Tal grupo, composto por especialistas na área, sob a coordenação de um assessor de gabinete da própria SGA, priorizou desenvolver, através de processos participativos, estratégias e procedimentos para elaboração e implantação de uma Política de Gestão de Resíduos (PGRUSP), com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A PGRUSP prevê a elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos em todas as unidades pertencentes à USP e prevê também a capacitação da comunidade acadêmica para a realização de um diagnóstico de resíduos e sistematização dos indicadores numa plataforma virtual unificada de resíduos. Assim, pretende-se controlar tanto os insumos utilizados como a geração, o armazenamento, os tratamentos e os descartes relacionados aos resíduos gerados em nossas Unidades e, consequentemente, minimizar impactos ambientais causados em todos os níveis e atividades
Potencial pedagógico de estratégia de ensino sobre resíduos de serviços de saúde
O estudo tem como objetivo descrever uma estratégia didática implementada nas disciplinas de Saúde Ambiental dos cursos de graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. A estratégia vem sendo implementada desde o ano de 2010 no ensino sobre Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, mediante a utilização da sistemática de Rotação por Estações de Aprendizagem, levando em conta as potencialidades e limitações no campo da educação em saúde. As estações de aprendizagem foram delineadas à luz das Resolução da Diretoria Colegiada n° 222/2018. O laboratório foi organizado em oito estações de aprendizagem para turmas de até 50 alunos. As atividades são iniciadas com pequenos grupos em cada estação que rotacionam até finalizar a transição por todas as estações, com tempo de 20 minutos em cada uma, totalizando 180 minutos. Desde o início da implementação da estratégia, participaram da atividade aproximadamente 770 alunos e 35 monitores (funcionários técnicos de laboratório e estudantes de pós-graduação). A implementação dessa estratégia contribui para o ensino/aprendizagem de uma temática carregada de apontamentos técnicos e legais como é o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. O delineamento cuidadoso das estações desvela potencialidades no desenvolvimento de saberes técnico-científicos (factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais) aplicados na prática de manejo de Resíduos de Serviços de Saúde. Espera-se que a experiência compartilhada da implementação dessa estratégia de ensino sobre Resíduos de Serviços de Saúde possa inspirar outros exercícios ativos de ensino-aprendizagem que promovam a almejada autonomia dos estudantes e docentes.The study aims to describe a didactic strategy implemented by the Environmental Health disciplines of undergraduate courses at the University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing. The strategy has been implemented since 2010 in teaching about Health Services Waste Management, using the Rotation by Learning Stations system, taking into account the potential and limitations in the field of health education. The learning stations were designed in light of Collegiate Board Resolution No. 222/2018. The laboratory was organized into eight learning stations for classes of up to 50 students. The activities get started with small groups in each station that rotate until the transition is completed through all the stations, with a time of 20 minutes in each one, totaling 180 minutes. Since the beginning of the implementation of the strategy, approximately 770 students and 35 monitors (laboratory technicians and graduate students) participated in the activity. The implementation of this strategy contributes to the teaching/learning of a theme loaded with technical and legal notes, such as the Management of Waste from Health Services. The careful design of the stations reveals potentialities in the development of technical-scientific knowledge (factual, conceptual, procedural and attitudinal) applied in the practice of handling Health Services Waste. It is hoped that the shared experience of implementing this teaching strategy on Waste from Health Services can inspire other active teaching-learning exercises that promote the desired autonomy of students and teachers
Potencial pedagógico de estratégia de ensino sobre resíduos de serviços de saúde
O estudo tem como objetivo descrever uma estratégia didática implementada nas disciplinas de Saúde Ambiental dos cursos de graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. A estratégia vem sendo implementada desde o ano de 2010 no ensino sobre Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, mediante a utilização da sistemática de Rotação por Estações de Aprendizagem, levando em conta as potencialidades e limitações no campo da educação em saúde. As estações de aprendizagem foram delineadas à luz das Resolução da Diretoria Colegiada n° 222/2018. O laboratório foi organizado em oito estações de aprendizagem para turmas de até 50 alunos. As atividades são iniciadas com pequenos grupos em cada estação que rotacionam até finalizar a transição por todas as estações, com tempo de 20 minutos em cada uma, totalizando 180 minutos. Desde o início da implementação da estratégia, participaram da atividade aproximadamente 770 alunos e 35 monitores (funcionários técnicos de laboratório e estudantes de pós-graduação). A implementação dessa estratégia contribui para o ensino/aprendizagem de uma temática carregada de apontamentos técnicos e legais como é o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. O delineamento cuidadoso das estações desvela potencialidades no desenvolvimento de saberes técnico-científicos (factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais) aplicados na prática de manejo de Resíduos de Serviços de Saúde. Espera-se que a experiência compartilhada da implementação dessa estratégia de ensino sobre Resíduos de Serviços de Saúde possa inspirar outros exercícios ativos de ensino-aprendizagem que promovam a almejada autonomia dos estudantes e docentes.The study aims to describe a didactic strategy implemented by the Environmental Health disciplines of undergraduate courses at the University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing. The strategy has been implemented since 2010 in teaching about Health Services Waste Management, using the Rotation by Learning Stations system, taking into account the potential and limitations in the field of health education. The learning stations were designed in light of Collegiate Board Resolution No. 222/2018. The laboratory was organized into eight learning stations for classes of up to 50 students. The activities get started with small groups in each station that rotate until the transition is completed through all the stations, with a time of 20 minutes in each one, totaling 180 minutes. Since the beginning of the implementation of the strategy, approximately 770 students and 35 monitors (laboratory technicians and graduate students) participated in the activity. The implementation of this strategy contributes to the teaching/learning of a theme loaded with technical and legal notes, such as the Management of Waste from Health Services. The careful design of the stations reveals potentialities in the development of technical-scientific knowledge (factual, conceptual, procedural and attitudinal) applied in the practice of handling Health Services Waste. It is hoped that the shared experience of implementing this teaching strategy on Waste from Health Services can inspire other active teaching-learning exercises that promote the desired autonomy of students and teachers
CONSTRUÇÃO DE POLÍTICA PARA GESTÃO DE RESÍDUOS NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO COMO MODELO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA PNRS EM IES
http://dx.doi.org/10.5902/2236117012435The actual scenario of the University of São Paulo (USP) has, in an isolated form, various environmental initiatives in diverse fronts, according to the reality of its campi. In 2010, USP designated an Environmental Management coordinator attached to the university’s rectory. The following year USP approved the its Environmental Policy, that promotes environmental sustainability in all its campi. In 2012 the Environmental Management Superintendence (SGA) was created as an office responsible for environmental management of the university, with the objective of developing norms for environmental issues in agreement to the proposed environmental policy. This superintendence created in 2012 a Working Group for dealing with issues related to solid residues generated in USP. This group, composed of specialists in this area and coordinated by an member of the SGA, developed, using participative processes, strategies and procedures for the elaboration and implementation of the Solid Residue Management Policy (PGRUSP). This policy following a previous model (PUSP-C, 2010), has as objective adequate the National Solid Residue Policy (PNRS) to the university’s environment. An initial version of the PGRUSP was presented to the academic community in a Forum promoted by the SGA. In this occasion, representatives of all the categories coming from the university’s different campi, apart from members of the external community, analyzed the document and made suggestions on its contents that were later included in the final document. PGRUSP determines the elaboration of Residue Management Plans in all the units that belong to USP. At this moment, the Working Group is elaborating directives for the training of the academic community for the execution of an ample residue diagnosis, with the objective of also mobilizing and publicizing the directives of the PGRUSP. The training and residue management plan construction presupposes learning about the practical issues of residue management. Data production and indicator construction will be the basis for the continuous and efficient implementation of this policy. For the ordering of the data a virtual platform is being developed. With such a platform, USP pretends to control generation, stocking, treatment and destination of Solid Residues produced in its academic units. It pretends with this database, to generate information that will permit the SGA to make decisions that will improve residue management in USP’s campi and, consequently, minimize environmental impacts caused in all levels of its activities. http://dx.doi.org/10.5902/2236117012435O cenário atual da Universidade de São Paulo (USP) tem, isoladamente, diversas ações ambientais em diferentes frentes, de acordo com a realidade de seus campi. Em 2010, a USP designou um coordenador de Gestão Ambiental junto à Reitoria. No ano seguinte, regulamentou a Política Ambiental da USP, que visa promover a sustentabilidade ambiental nos campi. Em 2012, foi criado um órgão institucional responsável pela gestão ambiental, a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA), que tem como premissa ditar normas para questões ambientais em consonância com a política ambiental proposta. Esta superintendência formou, em 2012, um Grupo de Trabalho para cuidar das questões relativas aos resíduos gerados na USP. Tal grupo, composto por especialistas na área, sob a coordenação de um assessor de gabinete da própria SGA, priorizou desenvolver, através de processos participativos, estratégias e procedimentos para elaboração e implantação de uma Política de Gestão de Resíduos (PGRUSP), com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A PGRUSP prevê a elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos em todas as unidades pertencentes à USP e prevê também a capacitação da comunidade acadêmica para a realização de um diagnóstico de resíduos e sistematização dos indicadores numa plataforma virtual unificada de resíduos. Assim, pretende-se controlar tanto os insumos utilizados como a geração, o armazenamento, os tratamentos e os descartes relacionados aos resíduos gerados em nossas Unidades e, consequentemente, minimizar impactos ambientais causados em todos os níveis e atividades