72 research outputs found

    Consumption of alcoholic beverages in Brazil: estimation of prevalence ratios – 2013 and 2019

    Get PDF
    OBJECTIVES: To estimate the prevalence of weekly, monthly and abusive alcohol consumption in Brazil in 2013 and 2019, compare the period estimates, and verify the magnitude of the differences. METHODS: Analysis of data on alcohol consumption in the adult population (18 years or older) from the National Health Survey (PNS), 2013 and 2019. The number of interviewees in 2013 was 60,202 and 88,531 in 2019. The samples were characterized according to demographic, socioeconomic, health, and alcohol consumption variables and differences in proportions in the period were compared using Pearson’s c2 test, with Rao-Scott approximation and a 5% significance level. Multivariate Poisson regression models were estimated for the outcome variables of monthly, weekly and abusive consumption of alcoholic beverages, in order to estimate the magnitude of the differences between the 2013 and 2019 PNS estimates, using the prevalence ratio (PR). Models were adjusted per sex and age group and stratified per sex and demographic region. RESULTS: There was a difference in the distribution of the population according to race, occupation, income, age group, marital status, and education. There was an increase in alcohol consumption for all outcome variables, with the exception of weekly consumption in males. The PR of weekly consumption was 1.02 (95%CI 1.014–1.026), and in females the PR was 1.05 (95%CI 1.04–1.06). The highest PRs in the general population and per sex occur for abusive consumption. The increase in weekly consumption per region occurred in the South, Southeast, and Central-West regions. CONCLUSIONS: Males are the main alcohol consumers in Brazil; the PRs for both males and females show that there was an increase in monthly, weekly and abusive consumption in the research period; it is noteworthy that females have increased their consumption pattern with greater intensity than males.OBJETIVOS: Estimar as prevalências de consumo de bebidas alcoólicas semanal, mensal e abusivo no Brasil em 2013 e 2019, comparar as estimativas do período e estimar a magnitude das diferenças. MÉTODOS: Análise dos dados do consumo de bebidas alcoólicas na população adulta (18 anos ou mais) da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 e 2019. O número de entrevistados em 2013 foi de 60.202 e, em 2019, de 88.531. As amostras foram caracterizadas segundo variáveis demográficas, socioeconômicas, de saúde e de consumo de bebidas alcoólicas; e foram comparadas as diferenças de proporções no período, por meio do teste do c2 de Pearson, com aproximação de Rao-Scott e nível de significância de 5%. Foram estimados modelos multivariados de regressão de Poisson para as variáveis de desfecho de consumo mensal, semanal e abusivo de bebidas alcoólicas, com o intuito de estimar a magnitude das diferenças entre as estimativas da PNS 2013 e 2019, por meio da razão de prevalência (RP). Os modelos foram ajustados por sexo e faixa etária e estratificados por sexo e região demográfica. RESULTADOS: Houve diferença da distribuição da população segundo raça, ocupação, renda, faixa etária, estado civil e escolaridade. Houve aumento do consumo de álcool para todas as variáveis desfecho, com exceção do consumo semanal em homens. A razão de prevalência do consumo semanal foi de 1,02 (IC95% 1,014–1,026), nas mulheres a RP foi de 1,05 (IC95% 1,04–1,06). As maiores razões de prevalência na população geral e por sexo ocorrem para o consumo abusivo. O aumento do consumo semanal por região ocorreu no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. CONCLUSÕES: O homem é o principal consumidor de álcool no Brasil, as razões de prevalência tanto em homens quanto em mulheres demonstram que houve aumento do consumo mensal, semanal e abusivo no período pesquisado, destaca-se que as mulheres têm aumentado o padrão de consumo com maior intensidade do que os homens

    Alcohol abuse and dependence in adults in the State of São Paulo, Brazil

    Get PDF
    OBJETIVO: Descrever as prevalências de consumo abusivo e dependência de álcool em população adulta de 20 a 59 anos no Estado de São Paulo, e suas associações com variáveis demográficas e socioeconômicas. MÉTODOS: Inquérito domiciliar do tipo transversal (ISA-SP), em quatro áreas do Estado de São Paulo: a) Região Sudoeste da Grande São Paulo, constituída pelos Municípios de Taboão da Serra, Itapecerica da Serra e Embu; b) Distrito do Butantã, no Município de São Paulo; c) Município de Campinas e; d) Município de Botucatu. Foi considerado consumo abusivo de álcool a ingestão em dia típico de 30 gramas ou mais de etanol para os homens, e 24 gramas ou mais para as mulheres. A dependência de álcool foi caracterizada pelo questionário CAGE. Análises bivariadas e multivariadas dos dados foram realizadas a partir de Modelos de Regressão de Poisson. Todas as análises foram estratificadas por sexo. RESULTADOS: Em 1.646 adultos entrevistados, a prevalência de consumo abusivo de álcool foi de 52,9% no sexo masculino e 26,8% no sexo feminino. Quanto à dependência de álcool, foram observadas duas ou mais respostas positivas no teste CAGE em 14,8% dos homens e em 5,4% das mulheres que relataram consumir álcool. Isto corresponde a uma prevalência populacional de dependência de 10,4% nos homens e 2,6% nas mulheres. O consumo abusivo de álcool no sexo masculino apresentou associação inversa à faixa etária e associação direta à escolaridade e ao tabagismo. No sexo feminino, observou-se associação direta do consumo abusivo de álcool com a escolaridade e o tabagismo, e com as situações conjugais sem companheiro. A dependência de álcool no sexo masculino associou-se a não exercer atividade de trabalho e à baixa escolaridade. No sexo feminino não houve associação do CAGE com nenhuma das variáveis estudadas. CONCLUSÕES: Pela alta prevalência de consumidores e dependentes, é essencial a identificação dos segmentos sociodemográficos mais vulneráveis ao consumo abusivo e dependência de álcool. As associações entre a dependência/abuso e não estar exercendo atividade de trabalho, no sexo masculino, e a maior prevalência em mulheres de escolaridade universitária, sugerem componentes para programas de intervenção e controle.OBJETIVE: To investigate alcohol abuse and dependence in adults aged 20-59 years, in the State of São Paulo, Brazil, according to demographic and socio-economic characteristics. METHODS: Cross-sectional household survey carried out in four areas of the State of São Paulo, Brazil. The CAGE questionnaire was used to investigate alcohol dependence. Alcohol abuse was defined as daily consumption of at least 30 grams of alcohol for men and 24 grams for women. Bivariate and multivariate Poisson regression analyses were performed to detect associations and high-risk groups. All analyses were stratified by gender. RESULTS: 1,646 adults were interviewed. The prevalence of alcohol abuse was 52.9% among men and 26.8% in women. With a CAGE cutoff point > 2, alcohol dependence was found in 14.8% of male drinkers and 5.4% of female drinkers. These proportions correspond to a population prevalence of alcohol addiction of 10.4% in men and 2.6% in women. With regard to alcohol abuse, in men, it was negatively associated with age and directly associated with schooling and smoking. In women, alcohol abuse was also associated with schooling and smoking, and with living without a partner. In men, a significant association was found between alcohol dependence and lower schooling levels. Unemployment was also significantly associated with alcohol dependence in men. No overall association was found in alcohol dependence in women. CONCLUSIONS: Our data revealed high prevalences of alcohol abuse and dependence. The association of alcohol abuse with higher schooling and the finding of alcohol dependence among unemployed men suggest elements for intervention and control policies.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP 98/14099-7 e Secretaria da Saúde do Estado de São Paul

    Use of and access to health services in Brazil, 2013 National Health Survey

    Get PDF
    OBJETIVO Descrever o uso de serviços de saúde na população brasileira segundo fatores sociodemográficos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. MÉTODOS Foram analisados dados referentes a 205 mil brasileiros, de todas as faixas etárias, que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde, estudo transversal conduzido em 2013. Calcularam-se as prevalências e seus intervalos de confiança para indicadores referentes ao acesso e a utilização dos serviços de saúde, segundo grupos de idade, nível de instrução do chefe da família e macrorregiões do país. RESULTADOS Dentre os indivíduos que procuraram o serviço de saúde nas duas semanas prévias à pesquisa, 95,3% (IC95% 94,9–95,8) conseguiu usá-lo na primeira vez que procurou. As proporções foram maiores: no grupo de 60 anos ou mais; cujo chefe da família tinha nível superior completo; e nas regiões Sul e Sudeste. Ainda, dos indivíduos atendidos e que tiveram medicamentos receitados, 82,5% (IC95% 81,2–83,7) conseguiram obter todos os medicamentos, sendo 1/3 pelo SUS. Menos da metade da população brasileira (44,4%; IC95% 43,8–45,1) consultou um dentista nos 12 meses anteriores à pesquisa, com proporções menores entre: indivíduos com 60 anos ou mais; cujo chefe da família não possuía nível de instrução ou tinha até o fundamental incompleto; e indivíduos que residiam na região Norte do país. CONCLUSÕES Pessoas que residem nas regiões Sul e Sudeste ainda possuem maior acesso aos serviços de saúde, bem como aquelas cujo chefe da família tem maior nível de instrução. A (re)formulação de políticas de saúde no intuito de reduzir disparidades deve considerar as diferenças regionais e entre níveis sociais encontradas.OBJECTIVE To analyze the use of health services in the Brazilian population by sociodemographic factors, according to data from the 2013 Brazilian National Health Survey. METHODS The study analyzed data from 205,000 Brazilian citizens in all age groups who participated in the Brazilian National Health Survey, a cross-sectional study carried out in 2013. Prevalence and confidence intervals were estimated for indicators related to access to and use of health services according to age group, level of education of head of household, and Brazilian macroregions. RESULTS Among individuals who sought health services in the two weeks prior to the survey, 95.3% (95%CI 94.9–95.8) received care in their first visit. Percentages were higher in the following groups: 60 years of age and over; head of household with complete tertiary education; living in the South and Southeast regions. In addition, 82.5% (95%CI 81.2–83.7) of individuals who received health care and prescriptions were able to obtain all the necessary medicines, 1/3 of them from SUS. Less than half the Brazilian population (44.4%; 95%CI 43.8–45.1) visited a dentist in the 12 months prior to the survey, with smaller percentages among the following groups: 60 years of age or older; head of household with no education or up to incomplete elementary; living in the North region of Brazil. CONCLUSIONS People living in the South and Southeast regions still have greater access to health services, as do those whose head of household has a higher level of education. The (re)formulation of health policies to reduce disparities should consider differences encountered between regions and social levels

    Diabetes autorreferido em idosos: comparação das prevalências e medidas de controle

    Get PDF
    OBJECTIVE The objective of this study was to analyze the prevalence of diabetes in older people and the adopted control measures. METHODS Data regarding older diabetic individuals who participated in the Health Surveys conducted in the Municipality of Sao Paulo, SP, ISA-Capital, in 2003 and 2008, which were cross-sectional studies, were analyzed. Prevalences and confidence intervals were compared between 2003 and 2008, according to sociodemographic variables. The combination of the databases was performed when the confidence intervals overlapped. The Chi-square (level of significance of 5%) and the Pearson’s Chi-square (Rao-Scott) tests were performed. The variables without overlap between the confidence intervals were not tested. RESULTS The age of the older adults was 60-69 years. The majority were women, Caucasian, with an income of between >; 0.5 and 2.5 times the minimum salary and low levels of schooling. The prevalence of diabetes was 17.6% (95%CI 14.9;20.6) in 2003 and 20.1% (95%CI 17.3;23.1) in 2008, which indicates a growth over this period (p at the limit of significance). The most prevalent measure adopted by the older adults to control diabetes was hypoglycemic agents, followed by diet. Physical activity was not frequent, despite the significant differences observed between 2003 and 2008 results. The use of public health services to control diabetes was significantly higher in older individuals with lower income and lower levels of education. CONCLUSIONS Diabetes is a complex and challenging disease for patients and the health systems. Measures that encourage health promotion practices are necessary because they presented a smaller proportion than the use of hypoglycemic agents. Public health policies should be implemented, and aimed mainly at older individuals with low income and schooling levels. These changes are essential to improve the health condition of older diabetic patients.OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de diabetes em idosos e as medidas de controle adotadas. MÉTODOS Foram analisados dados de idosos diabéticos participantes dos Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo, SP, ISA-Capital, 2003 e 2008, estudos de base transversal. Compararam-se as prevalências e seus intervalos de confiança entre os dois anos de estudo, segundo variáveis sociodemográficas. Realizou-se a junção dos bancos de dados quando ocorreu sobreposição dos intervalos de confiança. Realizou-se teste Qui-quadrado com nível de significância de 5% e o Qui-quadrado de Pearson (Rao-Scott). Variáveis sem sobreposições entre os intervalos de confiança não foram testadas. RESULTADOS Os idosos tinham predominantemente de 60 a 69 anos, eram do sexo feminino, de cor branca, com renda >; 0,5 até 2,5 salários mínimos e baixa escolaridade. A prevalência de diabetes foi de 17,6% (IC95% 14,9;20,6) em 2003 e 20,1% (IC95% 17,3;23,1) em 2008, sugerindo crescimento no período (p no limite da significância). O uso de hipoglicemiantes apresentou maiores prevalências, seguido por dieta alimentar, entre os meios adotados para controlar o diabetes. Houve baixa frequência das práticas de atividade física, apesar da diferença significativa encontrada no período. Ocorreram diferenças significativas relacionadas ao acesso e ao uso de serviço público de saúde para controle do diabetes, maior em idosos com menor renda e menor escolaridade nos dois anos analisados. CONCLUSÕES O diabetes é uma doença complexa e desafiadora para o portador e para os sistemas de saúde. São necessárias iniciativas que encorajem práticas de promoção de saúde, uma vez que estas apresentaram percentuais inferiores ao uso de hipoglicemiantes. Deve-se investir em políticas públicas de saúde, principalmente direcionadas aos idosos de baixa renda e escolaridade. Tais mudanças são essenciais para a melhoria das condições de saúde dos idosos portadores de diabetes

    Self-reported Diabetes In Older People: Comparison Of Prevalences And Control Measures.

    Get PDF
    The objective of this study was to analyze the prevalence of diabetes in older people and the adopted control measures. Data regarding older diabetic individuals who participated in the Health Surveys conducted in the Municipality of Sao Paulo, SP, ISA-Capital, in 2003 and 2008, which were cross-sectional studies, were analyzed. Prevalences and confidence intervals were compared between 2003 and 2008, according to sociodemographic variables. The combination of the databases was performed when the confidence intervals overlapped. The Chi-square (level of significance of 5%) and the Pearson's Chi-square (Rao-Scott) tests were performed. The variables without overlap between the confidence intervals were not tested. The age of the older adults was 60-69 years. The majority were women, Caucasian, with an income of between > 0.5 and 2.5 times the minimum salary and low levels of schooling. The prevalence of diabetes was 17.6% (95%CI 14.9;20.6) in 2003 and 20.1% (95%CI 17.3;23.1) in 2008, which indicates a growth over this period (p at the limit of significance). The most prevalent measure adopted by the older adults to control diabetes was hypoglycemic agents, followed by diet. Physical activity was not frequent, despite the significant differences observed between 2003 and 2008 results. The use of public health services to control diabetes was significantly higher in older individuals with lower income and lower levels of education. Diabetes is a complex and challenging disease for patients and the health systems. Measures that encourage health promotion practices are necessary because they presented a smaller proportion than the use of hypoglycemic agents. Public health policies should be implemented, and aimed mainly at older individuals with low income and schooling levels. These changes are essential to improve the health condition of older diabetic patients.48554-66

    Prevalência e fatores associados da angina do peito na população adulta do Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

    Get PDF
    Objective: To estimate the population prevalence of angina pectoris in the Brazilian adult population according to sociodemographic characteristics and by Federated Units. Methods: Cross-sectional descriptive study that analyzed the data from the National Health Survey (PNS-2019) and assessed angina in the Brazilian population. Angina was defined as chest pain or discomfort when climbing hills or a flight of stairs or when walking fast on plane (angina I) or when walking at normal speed on plane (angina II). Prevalence, crude, and adjusted prevalence ratio were calculated, with a 95% confidence interval (95% CI), according to sociodemographic characteristics (gender, age group, self-reported race/skin color and region of residence) and federative units. Results: The prevalence of mild angina (grade I) was 8.1% and of moderate / severe angina (grade II) was 4.5%, both more prevalent in women (9.8% and 5.5%, respectively). The prevalence increased progressively with age and were inverse to the years of formal study. Grade I angina was higher in individuals of self-reported black race/skin color and residents of Sergipe (10,4%). Angina II was more prevalent in people of self-reported brown race/skin color and in Amazonas (6.3%). Conclusion: Angina affects more than 10% of the Brazilian population over 18 years old, with higher prevalence in states in the North and Northeast. It is a problem that affects the most vulnerable populations unequally, revealing the importance of coronary heart disease as a public health problem and the need to think about Public Policies aimed at these strata of the population.Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados à angina do peito na população adulta brasileira e por Unidades Federadas. Métodos: Estudo transversal descritivo que analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2019) e avaliou a angina na população brasileira. A angina foi definida como dor ou desconforto no peito ao subir ladeiras ou um lance de escadas ou ao caminhar rápido no plano (angina I) ou ao caminhar em velocidade normal no plano (angina II). Foram calculadas as prevalências, razão de prevalência bruta e ajustada, com intervalo de confiança de 95% (IC95%), segundo características sociodemográficas (sexo, faixa etária, raça/cor da pele autodeclarada e região de moradia) e unidades federativas. Resultados: A prevalência de angina leve (grau I) foi de 8,1% e da angina moderada/grave (grau II) foi 4,5%, ambas mais prevalentes em mulheres (9,8% e 5,5%, respectivamente). As prevalências aumentaram progressivamente com a idade e foram inversas aos anos de estudo formal. Angina grau I foi mais elevada em indivíduos da raça/cor da pele autodeclarada preta e residentes em Sergipe (10,4%). A angina II foi mais prevalente em pessoas de raça/cor da pele autodeclarada parda e no Amazonas (6,3%). Conclusão: A angina afeta mais de 10% da população brasileira acima de 18 anos com maior prevalência em estados do Norte e Nordeste. É um agravo que atinge de forma desigual as populações mais vulneráveis, revelando a importância da doença coronariana como problema de saúde pública e a necessidade de se pensar em Políticas Públicas voltadas para esses estratos da população

    Alcohol abuse and dependence in adults in the state of São Paulo, Brazil

    Get PDF
    Descrever as prevalências de consumo abusivo e dependência de álcool em população adulta de 20 a 59 anos no Estado de São Paulo, e suas associações com variáveis demográficas e socioeconômicas. Inquérito domiciliar do tipo transversal (ISA-SP), em quatro áreas do Estado de São Paulo: a) Região Sudoeste da Grande São Paulo, constituída pelos Municípios de Taboão da Serra, Itapecerica da Serra e Embu; b) Distrito do Butantã, no Município de São Paulo; c) Município de Campinas e; d) Município de Botucatu. Foi considerado consumo abusivo de álcool a ingestão em dia típico de 30 gramas ou mais de etanol para os homens, e 24 gramas ou mais para as mulheres. A dependência de álcool foi caracterizada pelo questionário CAGE. Análises bivariadas e multivariadas dos dados foram realizadas a partir de Modelos de Regressão de Poisson. Todas as análises foram estratificadas por sexo. Em 1.646 adultos entrevistados, a prevalência de consumo abusivo de álcool foi de 52,9% no sexo masculino e 26,8% no sexo feminino. Quanto à dependência de álcool, foram observadas duas ou mais respostas positivas no teste CAGE em 14,8% dos homens e em 5,4% das mulheres que relataram consumir álcool. Isto corresponde a uma prevalência populacional de dependência de 10,4% nos homens e 2,6% nas mulheres. O consumo abusivo de álcool no sexo masculino apresentou associação inversa à faixa etária e associação direta à escolaridade e ao tabagismo. No sexo feminino, observou-se associação direta do consumo abusivo de álcool com a escolaridade e o tabagismo, e com as situações conjugais sem companheiro. A dependência de álcool no sexo masculino associou-se a não exercer atividade de trabalho e à baixa escolaridade. No sexo feminino não houve associação do CAGE com nenhuma das variáveis estudadas. Pela alta prevalência de consumidores e dependentes, é essencial a identificação dos segmentos sociodemográficos mais vulneráveis ao consumo abusivo e dependência de álcool. As associações entre a dependência/abuso e não estar exercendo atividade de trabalho, no sexo masculino, e a maior prevalência em mulheres de escolaridade universitária, sugerem componentes para programas de intervenção e controle1323314325FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO - FAPESP98/14099-7To investigate alcohol abuse and dependence in adults aged 20-59 years, in the State of São Paulo, Brazil, according to demographic and socio-economic characteristics. Cross-sectional household survey carried out in four areas of the State of São Paulo, Brazil. The CAGE questionnaire was used to investigate alcohol dependence. Alcohol abuse was defined as daily consumption of at least 30 grams of alcohol for men and 24 grams for women. Bivariate and multivariate Poisson regression analyses were performed to detect associations and high-risk groups. All analyses were stratified by gender. 1,646 adults were interviewed. The prevalence of alcohol abuse was 52.9% among men and 26.8% in women. With a CAGE cutoff point > 2, alcohol dependence was found in 14.8% of male drinkers and 5.4% of female drinkers. These proportions correspond to a population prevalence of alcohol addiction of 10.4% in men and 2.6% in women. With regard to alcohol abuse, in men, it was negatively associated with age and directly associated with schooling and smoking. In women, alcohol abuse was also associated with schooling and smoking, and with living without a partner. In men, a significant association was found between alcohol dependence and lower schooling levels. Unemployment was also significantly associated with alcohol dependence in men. No overall association was found in alcohol dependence in women. Our data revealed high prevalences of alcohol abuse and dependence. The association of alcohol abuse with higher schooling and the finding of alcohol dependence among unemployed men suggest elements for intervention and control policie

    Adoção dos comportamentos saudáveis e recomendações recebidas nos atendimentos de saúde entre hipertensos e diabéticos no Brasil, 2019

    Get PDF
    Objective: To estimate prevalence of healthy behaviors among individuals aged 30 years or over diagnosed with arterial hypertension (AH) and diabetes mellitus (DM) using information from the National Health Survey, 2019. Methods: Cross-sectional study with cluster sampling and simple random sampling in three stages. Individuals were aggregated according to have AH; AH only; DM; DM only; AH and DM only; without chronic non-communicable disease (NCD). Poisson regression models and crude and adjusted prevalence ratios (PR) for sex, age group, and educational level were used. The proportions of recommendations received among AH and DM patients were estimated by type of care (public/private). Results: A total of 69285 individuals aged 30 years or older was analyzed. Compared to individuals without NCD, prevalence of consumption of fruits and vegetables ≥5 days a week was significantly higher among AH individuals (39.9%; 95%CI 38.8-41.0%) and DM individuals (42.8%; 95%CI 40.7-44.9%). However, estimates of not having consumed ultra-processed food were low, 19.7% (95%CI 18.9-20.6%) and 21.9% (95%CI:20, 3-23.5%), respectively. Prevalence of not smoking reached values ​​close to 90% and significant PRs, while the practice of physical activity had levels below 30% and non-significant PRs. The proportions of healthy eating recommendations reached 90% but were close to 70% for not smoking. Conclusions: It is necessary to encourage the practice of healthy lifestyles and provide information about the benefits of physical activity and the harmful effects of unhealthy eating for well-being and aging with qualityObjetivo: Estimar as prevalências dos comportamentos saudáveis entre os indivíduos de 30 anos ou mais com diagnóstico de hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM) utilizando as informações da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Métodos: Estudo corte-transversal com amostragem por conglomerados e amostra aleatória simples nos três estágios. Os indivíduos foram agregados segundo ter HA; apenas HA; DM; apenas DM; apenas HA e DM; sem doença crônica não transmissível (DCNT). Foram utilizados modelos de regressão de Poisson e razões de prevalências (RP) brutas e ajustadas por sexo, grupo de idade, e grau de escolaridade. As proporções de recomendações recebidas entre os hipertensos e diabéticos foram estimadas por tipo de atendimento (público/privado). Resultados: Foram analisados 69285 indivíduos com 30 anos ou mais. Comparados aos indivíduos sem DCNT, as prevalências de consumo de frutas e hortaliças ≥5 dias na semana foram significativamente maiores entre os hipertensos (39,9%; IC95% 38,8-41,0%) e diabéticos (42,8%; IC95% 40,7-44,9%). Contudo, as de não ter consumido alimento ultraprocessado foram baixas, 19,7% (IC95% 18,9-20,6%) e 21,9% (IC95%:20,3-23,5%), respectivamente. As prevalências de não fumar alcançaram valores próximos a 90% e RP significativas enquanto a prática de atividade física teve níveis inferiores a 30% e RP não significativas. As proporções de recomendações recebidas de alimentação saudável alcançaram 90%, mas foram próximas a 70% para não fumar. Conclusões:    É preciso estimular a prática dos estilos de vida saudáveis e prover informações sobre os benefícios da atividade física e os efeitos nocivos da alimentação não saudável para o bem-estar e envelhecimento com qualidade
    corecore