8 research outputs found

    Brincadeira ou Violência? Uma análise da comunicação verbal dos alunos na escola

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    A escola é um espaço de aprendizado e construção social que, ao longo do tempo, apresenta um crescente número de ocorrências violentas. Neste ambiente, uma das principais ferramentas de interação é a comunicação verbal, e esta tem sido moldada de acordo com o contexto que a cerca. Este artigo tem como objetivo descrever como a violência se expressa a partir da comunicação verbal entre alunos. Para isto, entrevistamos oito estudantes do Ensino Médio Regular e de Educação para Jovens e Adultos de uma escola pública federal da região metropolitana de Porto Alegre/Rio Grande do Sul/Brasil. Foi realizada Análise de Conteúdo na Modalidade Temática. A partir deste estudo qualitativo, identificou-se percepções dissonantes quanto à existência da violência verbal no espaço escolar. Foram registrados relatos de bullying, racismo e preconceito quanto à orientação sexual, entre outras formas de violência. Notou-se um reconhecimento do potencial violento de algumas falas entre colegas, porém este é minimizado com justificativas baseadas em parâmetros de intimidade e consentimento. Tais constatações evidenciam um processo de banalização e naturalização das falas desrespeitosas e violentas que ocorrem, mas não deveriam ocorrer, no ambiente escolar. Para o enfrentamento dessas situações de comunicação violenta, a escola deve possibilitar a toda a comunidade escolar espaços de discussão e reflexão sobre estratégias para que a comunicação possa contribuir para a construção de relações respeitosas e afetivas, de forma a impactar positivamente na vida de todos. &nbsp

    A construção de identidade analisada mediante narrativas de vida: dois casos de indivíduos pertencentes a grupos vulneráveis

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    Neste estudo de casos múltiplos, foram investigadas as diferenças no discurso de uma dupla de jovens adultos, um do sexo feminino, outro do masculino, ambos adotados tardiamente, na fase da pré-adolescência. A partir da transcrição das entrevistas feitas na pesquisa de Vieira (2012), analisaram-se suas narrativas de vida, tendo em vista uma possível relação entre uma narrativa coerente e a capacidade do narrador para normalizar os fatos narrados, segundo Sacks (1984). A jovem havia produzido uma narrativa coerente, segundo Vieira (2012), que expressa unidade entre os acontecimentos que ela conta em sua história de vida. Ele, no entanto, não havia atingido coerência suficiente em sua narrativa. A presente investigação encontrou, na narrativa do jovem pesquisado, sinais de impossibilidade para normalizar as experiências, uma vez que associava afetos demasiadamente intensos a certos eventos narrados. Já na narrativa da jovem observou-se conhecimento consciente a respeito da falta de normalidade de certos eventos narrados, sobre os quais ela já elaborou seu posicionamento e fala a respeito. Conclui-se que, enquanto uma narrativa coerente demonstra que o narrador procura apresentar-se ao mundo como uma pessoa normal, sabendo seguir as restri-ções em relação ao que é aceitável ou não como o objeto de uma história, isso é muito difícil para quem não consegue construir uma narrativa coerente

    RACISMO ESTRUTURAL: VAMOS FALAR MAIS SOBRE ISSO

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    Na atualidade, torna-se relevante ampliar as discussões sobre o tema raça, racismo, preconceito e segregação racial. Estas questões fazem parte do cotidiano social e ganham destaque em diversas formas de expressão da sociedade. Vamos fundamentar nossa pesquisa a partir do conceito de racismo estrutural de Silvio Almeida. O objetivo deste artigo é refletir sobre o conceito de racismo estrutural e a sua relevância para pensar a realidade social brasileira. Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura. O estudo partiu da seguinte questão norteadora: Qual a pertinência do conceito de racismo estrutural para pensarmos a sociedade brasileira? Os resultados mostram o caráter inovador que este conceito traz às reflexões étnico-raciais, sendo uma temática relevante e atual a ser abordada em pesquisas acadêmicas. A relação racismo e ideologia ganha destaque nas pesquisas acadêmicas. As demais relações que Silvio Almeida propõe em sua teoria também foram contempladas nos estudos encontrados

    DO PALCO DAS (IN)DIFERENÇAS AOS BASTIDORES DA PÓS-MODERNIDADE: TEORIA HISTÓRICA E PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS

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    RESUMO: Na conturbada esteira epistemológica contemporânea, o presente ensaio crítico tem por objetivo problematizar o discurso de pesquisadores acadêmicos que se sustentam no pensamento relativista pós-moderno em seu estado mais dissimulado e radical. Na sua estrutura, o trabalho contextualiza historicamente o campo "pós" à luz das ideias de Perry Anderson. Num segundo momento, apresenta relatos vivenciados em distintas universidades brasileiras, sendo os quais iluminados e discutidos, essencialmente, pelas teorias de Terry Eagleton e David Harvey. Em síntese, argumenta-se na conclusão que as teorizações radicais "pós-modernas" tendem a se afastar da ideia de "respeito às diferenças", ao fomentar as desconstruções epistemológicas que encaminham teorias, práticas e valores, na direção de uma homogeneização "carismática", mas niilista e superficial

    Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2009

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