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    A estranha história da cobra narrada na “relaçam prodigioza da navegaçam da nao chamada S. Pedro, e S. Joam da Companhia de Macao” (Fascunh, 1743) – uma obra portuguesa sobre herpetologia

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    The Portuguese ship “São Pedro e São Paulo” left Macau, China, bound for Portugal, in January 1743. She arrived at the port of Lisbon on 12 September 1743. While unloading the ship, it was discovered that a snake had embarked in her, which was immediately killed and taken to the church of Nossa Senhora da Penha, together with a miniature of the ship, as a token of gratitude to the Virgin, for saving the crew from several dangers and because the snake had not killed any member of it. A wooden model of the snake was made afterwards, to accompany that of the “lagarto da Penha” already existing in that church. Out of curiosity, the Augustinian Father Francisco da Cunha, tried to identify the snake, publishing in that same year of 1743, under the pseudonym of “Ricardo Fineça Fascunh”, the booklet Relaçam da prodigiosa navegaçam da nao chamada S. Pedro, e S. Joam da Companhia de Macao. In this work, in a certain way a treatise of herpetology, Cunha discussed the creation of reptiles by God in the fifth day of the Creation, the etymologies of several snake names, the generation of these reptiles (both sexual and by spontaneous generation), their sympathies and antipathies in relation to other animals and plants, finally listing some 50 species of snakes, in a frustrated attempt to identify the snake which had come from Macau. His commentaries are abridged paraphrases, with some alterations and translation errors, of the works of Jonstonus (1653), precipuously, and Nieremberg (1635), secondarily; he also seems to have consulted the books of Gesner (1587) and Ray (1693), besides some other works. Through his short and insufficient description of the snake transported by the ship “São Pedro e São Paulo”, we can only conjecture that it was a specimen of Pelamis platura (Linnaeus, 1766) (Elapidae, Hydrophiidae)

    José Barbosa de Sá's idea of nature, with special reference to plants

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    Este artigo visa discutir elementos filosóficos presentes na obra de José Barbosa de Sá (?-1776). Buscamos analisar o sistema de classificação botânica do autor, observando a relação com a construção de analogias e similitudes, avaliando em que medida tais ideias se coadunavam com concepções religiosas. Procuramos ainda discutir o conhecido debate sobre a reprodução vegetal no século XVIII, analisando concepções não acadêmicas.This article aims to discuss philosophical elements of the work of José Barbosa de Sá (?-1776). We seek to analyze the author's system of botanical classification, observing the relation with the construction of analogies and likenesses, evaluating to what extent these ideas were consistent with religious conceptions. We also attempt to examine the well known eighteenth-century known debate about the vegetable reproduction and to analyse non-academic conceptions of it

    Filosofia Natural Lusa: A Viagem Philosophica e a Política Iluminista na América Portuguesa Setecentista

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    This article examines the action of the Lusitanian crown, to promote, in 1783, the travel of Alexandre Rodrigues Ferreira into America, to collect and describe animals, plants and minerals, besides delimiting frontiers in litigation with Spain. The article also allows us to rediscuss that classic perspective of the Lusitanian’s Enlightenment as a tardy and shy movement.Este artigo tem por objetivo analisar as viagens filosóficas implementadas pelo Império português no século XVIII, com especial referência à Viagem Philosophica, dirigida por Alexandre Rodrigues Ferreira. Apesar da relevância para a época, a Viagem de Ferreira ainda é pouco discutida na esfera internacional. As consequências de sua expedição, tanto para o Império português, quanto à própria vida de Ferreira, ainda não foram analisadas a contento. Neste sentido, este artigo busca examinar a ação da coroa lusa, ao promover em 1783, a Viagem de Alexandre Rodrigues Ferreira à América, para coletar, descrever, herborizar e taxidermizar animais, plantas, minerais, cultura material de várias etnias, além de delimitar as fronteiras em litígio com Espanha. O artigo permite-nos ainda, rediscutir aquela perspectiva clássica do Iluminismo português enquanto um movimento tardio e tímido.  Este artigo tem por objetivo analisar as viagens filosóficas implementadas pelo Império português no século XVIII, com especial referência à Viagem Philosophica, dirigida por Alexandre Rodrigues Ferreira. Apesar da relevância para a época, a Viagem de Ferreira ainda é pouco discutida na esfera internacional. As consequências de sua expedição, tanto para o Império português, quanto à própria vida de Ferreira, ainda não foram analisadas a contento. Neste sentido, este artigo busca examinar a ação da coroa lusa, ao promover em 1783, a Viagem de Alexandre Rodrigues Ferreira à América, para coletar, descrever, herborizar e taxidermizar animais, plantas, minerais, cultura material de várias etnias, além de delimitar as fronteiras em litígio com Espanha. O artigo permite-nos ainda, rediscutir aquela perspectiva clássica do Iluminismo português enquanto um movimento tardio e tímido.Este artigo tem por objetivo analisar as viagens filosóficas implementadas pelo Império português no século XVIII, com especial referência à Viagem Philosophica, dirigida por Alexandre Rodrigues Ferreira. Apesar da relevância para a época, a Viagem de Ferreira ainda é pouco discutida na esfera internacional. As consequências de sua expedição, tanto para o Império português, quanto à própria vida de Ferreira, ainda não foram analisadas a contento. Neste sentido, este artigo busca examinar a ação da coroa lusa, ao promover em 1783, a Viagem de Alexandre Rodrigues Ferreira à América, para coletar, descrever, herborizar e taxidermizar animais, plantas, minerais, cultura material de várias etnias, além de delimitar as fronteiras em litígio com Espanha. O artigo permite-nos ainda, rediscutir aquela perspectiva clássica do Iluminismo português enquanto um movimento tardio e tímido.

    A Calcografia do Arco do Cego e a disseminação de saberes no Império português no final do século XVIII e início do século XIX

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    This paper analyzes the editorial project Arco do Cego Press within the context of the Enlightenment reform, implemented in the 1750s , in Portugal. Between 1799 and 1801, the Arco do Cego Press published dozens of works whose objective was to disseminate technical and practical knowledge that would broaden the called “useful exploration of colonial products” and also improve the effectiveness of the agricultural production. We investigate specifically the theme of the works published there, trying to understand the extent of the project Arco do Cego Press. Then, we analyze their relevance and limitations.Este artigo analisa o projeto da Calcografia do Arco do Cego dentro do contexto das reformas ilustradas, postas em prática desde a década de 1750, em Portugal. Entre 1799 e 1801, a Calcografia do Arco do Cego publicou dezenas de obras que tinham, por objetivo, difundir conhecimentos práticos que ampliassem a chamada exploração útil dos produtos coloniais e tornassem a produção agrícola mais eficaz. Nós investigamos a temática das obras ali publicadas, tentando compreender a extensão do projeto do Arco do Cego. Em seguida, analisamos a sua relevância e limitações.Este artigo analisa o projeto da Calcografia do Arco do Cego dentro do contexto das reformas ilustradas, postas em prática desde a década de 1750, em Portugal. Entre 1799 e 1801, a Calcografia do Arco do Cego publicou dezenas de obras que tinham, por objetivo, difundir conhecimentos práticos que ampliassem a chamada exploração útil dos produtos coloniais e tornassem a produção agrícola mais eficaz. Nós investigamos a temática das obras ali publicadas, tentando compreender a extensão do projeto do Arco do Cego. Em seguida, analisamos a sua relevância e limitações.Este artigo analisa o projeto da Calcografia do Arco do Cego dentro do contexto das reformas ilustradas, postas em prática desde a década de 1750, em Portugal. Entre 1799 e 1801, a Calcografia do Arco do Cego publicou dezenas de obras que tinham, por objetivo, difundir conhecimentos práticos que ampliassem a chamada exploração útil dos produtos coloniais e tornassem a produção agrícola mais eficaz. Nós investigamos a temática das obras ali publicadas, tentando compreender a extensão do projeto do Arco do Cego. Em seguida, analisamos a sua relevância e limitações

    Fauna e Flora do Brasil\ud (especialmente do Mato Grosso)\ud segundo Joseph Barbosa de Sáa (1769): (Dialogos geograficos, coronologicos, polliticos, e naturais, escripos [sic] por Joseph Barbosa\ud de Sáa nesta Villa Reyal do Senhor Bom Jesus do Cuyaba –\ud Manuscrito 235 da Biblioteca Pública do Porto)

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    Joseph Barbosa de Sáa (? – 1775), mais conhecido por seus escritos sobre a história do estado do Mato\ud Grosso, Brasil, completou em 1769 um volumoso (408 fólios) e erudito manuscrito, intitulado “Dialogos\ud geograficos, coronologicos, polliticos e naturais”, que nunca foi publicado na íntegra. Esse manuscrito está\ud depositado na Biblioteca Pública do Porto (manuscrito no. 235), em Portugal. Dez capítulos desse manuscrito\ud tratam dos produtos naturais do Brasil (acima de mil, quase a metade sendo animais), observados por Sáa ao\ud longo da costa do Rio de Janeiro, em São Paulo, sul de Goiás e especialmente no Mato Grosso, sendo a\ud primeira monografia sobre a história natural deste último estado. Esses capítulos são aqui transcritos e\ud comentados.Joseph Barbosa de Sáa (? – 1775), more known for his writings about the history of the state of Mato Grosso,\ud Brazil, completed in 1769 a voluminous (408 folios) and erudite manuscript entitled “Dialogos geograficos,\ud coronologicos, polliticos e naturais”, which has never been published in its entirety. This manuscript is deposited\ud in the Biblioteca Pública do Porto (Manuscript no. 235), in Portugal. Ten chapters of the manuscript deal with\ud the natural products of Brazil (over a thousand, nearly half being animals), observed by Sáa along the coast\ud of Rio de Janeiro, in São Paulo, southern Goiás and especially Mato Grosso, being the first monograph about\ud the natural history of this last state. Those chapers are here transcribed and commented.Série: Arquivos do Núcleo de apoio à pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa (NEHiLP

    Uma cosmologia do novo mundo: os dialogos geograficos de Joseph Barbosa de Sáa no anno de 1769

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    Made available in DSpace on 2018-01-23T18:48:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) santoscfm.pdf: 1821490 bytes, checksum: 270137acc095b512de73d3e353c6f34d (MD5) Previous issue date: 2005Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fonte documental do Brasil setecentista ainda inédita, os “Dialogos Geograficos Chronologicos, Politicos, e naturais, escriptos por Joseph Barbosa de Sáa Nesta Vila Reyal do Senhor Bom Jesus do Cuyaba - Anno de 1769.”, até então depositado no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Rio de Janeiro), constituem um manuscrito com 926 páginas. É dividido por seu autor em duas partes, a primeira constante de 10 capítulos e a segunda de 11. Nesta primeira parte dos Diálogos Geográficos, José Barbosa de Sá aborda os temas concernentes não somente à geografia física, mas também ao continente americano, às raças que povoam e povoaram as Américas, além de explicar como os animais foram trazidos a este continente; a segunda parte é composta de 11 capítulos que tratam principalmente da descrição de animais, plantas e minerais. Neste sentido, elegemos enquanto objeto de análise e estudo nos Diálogos Geográficos, as teorias de seu autor para explicar a ocupação do Novo Mundo pelos seres humanos e animais. Para além da investigação acerca das teorias cosmológicas contidas nos Diálogos Geográficos, procedemos a um levantamento sobre a vida e as obras de José Barbosa de Sá e elaboramos um índice explicativo com os autores por ele citados. Pretende-se assim fornecer subsídios não somente para uma maior compreensão do manuscrito Diálogos Geográficos, mas, principalmente, do Brasil setecentista, palco histórico onde José Barbosa de Sá concebeu sua maior obra.Yet unpublished documental source from the 1700’s of Brazil, the “Chronological, Political and Natural Geographical Dialogues, written by Joseph Barbosa de Sá in this Royal Village of Senhor Bom Jesus do Cuyaba – in the year 1769.”, so far kept in the Brazilian Historical and Geographical Institute (Rio de Janeiro), it is a manuscript of about 926 pages. It is divided by the author into two parts, being the first formed by 10 chapters and the second by 11. In the first part of the Geographical Dialogues, José Barbosa de Sá talks not only about physical geography, but also about the American continent, which races settle and settled this continent, besides he also explains how the animals were brought to this continent, whereas in the second part, the eleven chapters talk mainly about the description of animals, plants and minerals. For this, as object of analysis and studies in the Geographical Dialogues, the theories of the author that explains the occupancy of the New World by human beings and animals were chosen. Beyond the investigation about the cosmological theories brought in the Geographical Dialogues, a survey about the life and works of José Barbosa de Sá was done, also an explanatory index with the authors mentioned in the manuscript was elaborated. That way, it is intended to provide with means not only for a better comprehension of the manuscript Geographical Dialogues, but especially of the Brazil of the 1700’s, historical site where José Barbosa de Sá conceived his masterpiece

    Diálogos com a natureza na América Portuguesa

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    Evolucionismo darwinista? Contribuições de Alfred Russel Wallace à teoria da evolução

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    Teria sido mesmo Charles Darwin o autor da teoria do processo evolutivo? Em suas pesquisas, Darwin discute mais a origem da seleção natural do que propriamente a origem das espécies. Três anos antes da publicação do artigo de Darwin, outro naturalista, Alfred Russel Wallace, publicou um trabalho propondo que todas as espécies vivas descendiam de um único ancestral comum. Foi Wallace o primeiro a notar que cada margem dos rios amazônicos podia ser habitada por espécies diferentes de macacos. Em 1858, Wallace sintetiza a teoria da seleção natural, mas ao invés de publicar a descoberta, remete-a para Darwin que, pouco tempo depois, publica A Origem das Espécies. Este artigo visa discutir quais seriam as contribuições de Wallace para as teorias evolutivas
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