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    PRESENÇA DE FUNGOS COM POTENCIAL PATOGÊNICO EM INSTRUMENTOS DE TOSA

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    As dermatopatias correspondem a maioria dos atendimentos realizados em clínicas veterinárias de pequenos animais. Dentre essas, as micoses cutâneas comumente diagnosticadas são dermatofitose, malasseziose e candidose. Além disso, os cuidados com animais de estimação cresceram auxiliados pelo surgimento de pet shops. O objetivo foi isolar e identificar leveduras e dermatófitos em instrumentos de tosa de ambientes veterinários em Pelotas, RS, Brasil. Em pet shops, consultórios e clínicas veterinárias foram coletadas amostras de rascadeiras e lâminas da máquina através de swabs estéreis e impressão em placas com ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol, azeite de oliva e ciclohexemida, incubadas a 25º e 37ºC, por até 15 dias. As colônias filamentosas foram identificadas conforme as características do grupo dermatófitos e as leveduras, através de método automatizado. A análise de frequência de isolamento foi realizada pelo método qui-quadrado. Foram coletados 1 hospital veterinário, 4 clínicas, 4 consultórios veterinários e 6 pet shops resultando em 150 amostras, sendo 80 da lâmina da máquina de tosa e 70 da rascadeira. O isolamento fúngico foi obtido em 58 amostras, das quais 58,6% eram da lâmina da máquina de tosa e 41,4% da rascadeira, resultando em 78 isolados leveduriformes; uma vez que não foram isolados fungos filamentosos do grupo dermatófitos. Malassezia pachydermatis foi a mais frequentemente isolada, tanto nas amostras da lâmina da máquina de tosa quanto nas da rascadeira, enquanto que, Trichosporon sp. foi isolado somente nas da rascadeira. Assim, a lâmina da máquina de tosa foi a mais contaminada, com predominância de M. pachydermatis, entretanto, nenhum dermatófito foi isolado

    MONITORIA EM ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA

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    Na disciplina de Anestesiologia Veterinária, a monitoria serve para proporcionar diferentes formas de atenuar as dificuldades em sala de aula e extra-classe, além de otimizar a aula prática no bloco cirúrgico e promover maior segurança no decorrer da anestesia. Objetivou-se com a monitoria, promover interação entre discentes e docentes, elaborar material didático, realizar levantamento de dados referentes aos procedimentos e protocolos anestésicos mais utilizados/realizados no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do IFC-Concórdia, de setembro de 2021 a abril de 2022 em pequenos animais. As monitoras elaboraram e aplicaram um quiz interativo em aula prática/teórica contendo conceitos em anestesiologia e cálculos de doses. Auxiliaram na organização, preparo e reposição de materiais e fármacos, verificação de equipamentos no bloco cirúrgico e, auxílio aos discentes antes, durante e até alta do paciente. O registro e tabulação dos dados foi por meio da ficha anestésica de cada paciente no período de setembro de 2021 a abril de 2022. Durante as aulas práticas, a monitoria foi de grande importância e aprendizado tanto para discentes, bem como para as monitoras e docentes. A realização do quiz foi caracterizada pelos alunos como satisfatória e melhorou conceitos, prática e agilidade nos cálculos anestésicos. Neste período, foram realizados 60 procedimentos anestésicos para as mais diversas intervenções cirúrgicas. Destes, 40(66,6%) foram em cães, 18(30%) em gatos, um (1,6%) em coelho e um (1,6%) em porquinho da índia. Em 17(28,3%) pacientes foi realizado mais de um procedimento cirúrgico. Dentre a espécie canina, 26(65%) eram fêmeas e 14(35%) eram machos. Na espécie felina, 13(72,2%) eram fêmeas, e cinco (27,7%) machos. Ambos coelho e porquinho da índia eram machos. Com relação às fases da anestesia, na medicação pré-anestésica a associação de dexmedetomidina + metadona foi a mais utilizada (31/51,6%). Quanto aos protocolos de indução a associação de fentanil + cetamina + propofol (32/53,3%) foi destaque, seguido de cetamina + propofol (12/20%), propofol (6/10%), cetamina (4/6,6%) e outros (6/10%). Na manutenção anestésica destaca-se a infusão contínua de FLK (fentanil + lidocaína + cetamina) + isoflurano (28/46,6%), isoflurano (20/33,3%), infusão contínua e/ou bolus de propofol (7/11,6%) e outros (5/8,3%). Conclui-se que, atividades como o quiz, auxiliam no desenvolvimento e raciocínio crítico dos discentes. O maior número de procedimentos anestésicos é realizado em fêmeas caninas, bem como as associações de fármacos são mais utilizadas na rotina, tendo em vista que,na medicação pré-anestésica, indução e manutenção os protocolos anestésicos mais utilizados foram as associações de dexmedetomidina + metadona, fentanil + cetamina + propofol e FLK (fentanil + lidocaína + cetamina) + isoflurano, respectivamente. Suporte financeiro IFC Campus Concórdia – edital nº 100/2021

    EFICÁCIA DE SOLUÇÕES DESINFETANTES NA ELIMINAÇÃO DE FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA E VETERINÁRIA

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    Programas de higiene e desinfecção são essenciais no controle ambiental de agentes fúngicos potencialmente patogênicos aos homens e animais, dessa forma objetivou-se avaliar a ação antifúngica do hipoclorito de sódio 4% e digluconato de clorexidina 6,6% em doze isolados fúngicos. Foram testados fungos isolados do ambiente e de casos clínicos como Aspergillus spp, Candida spp, Microsporum spp, Malassezia pachydermatis, Cryptococcus neoformans e Sporothrix schenckii. Foram utilizadas as técnicas de microdiluição em caldo e difusão em ágar conforme protocolos descritos pelo Clinical Laboratory Standard Institute (CLSI) com adaptações para agentes químicos. Todos os isolados foram sensíveis a concentrações inferiores a recomendada pelo fabricante do digluconato de clorexidina (6,6%) com CIM e CFM entre ≤0,42 a 1,68%. Para o hipoclorito de sódio, 58,3% dos isolados foram resistentes a concentração recomendada pelo fabricante (4%) apresentando CIM e CFM entre 2 e >8%. O digluconato de clorexidina apresentou maiores zonas de inibição do que o hipoclorito de sódio, com halos de até 31mm de diâmetro. A clorexidina demonstrou ação fungicida em baixas concentrações sendo eficaz na eliminação de fungos filamentosos e leveduriformes de importância médica e veterinária, enquanto o hipoclorito de sódio somente obteve esta ação em altas concentrações

    Efeito antifúngico de agentes químicos sobre leveduras com potencial patogênico isoladas de ambiente hospitalar veterinário

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    Hospital environments can have pathogens and opportunistic pathogens, important for immunocompromising individuals. The process of cleaning and disinfection constitutes an important measure for the control of these diseases. This study evaluated the sensitivity of yeasts isolated from surfaces of nosocomial veterinary environment to four disinfectants/antiseptics used in the routine of disinfection. The test of broth microdilution was carried in 24 isolates of yeasts against 4% sodium hypochlorite, 2% benzalkonium chloride, 6.6% chlorexidine-cetrimide and 3% chloro-phenol derivate. Chlorexidine-cetrimide, benzalkonium chloride and chloro-phenol derivate were efficient in all isolates with minimal inhibitory concentration and minimal fungicide concentration lower than the concentration recommended by manufacturer. By other hand, fungicide action of the sodium hypochlorite in the concentration recommended by the manufacturer was verified in 79.1% of the isolated tested, with the lower performance of than the others evaluated disinfectants.Os ambientes hospitalares podem albergar micro-organismos patogênicos e oportunistas, capazes de infectar, particularmente, os indivíduos imunossuprimidos. O processo de limpeza e desinfecção assume importância capital para o controle de tais doenças. O presente trabalho avaliou a suscetibilidade de leveduras isoladas de superfícies de ambiente hospitalar veterinário frente a quatro desinfetantes/antissépticos comumente utilizados na rotina de desinfecção. O teste de microdiluição em caldo foi realizado com 24 isolados leveduriformes frente ao hipoclorito de sódio 4%, cloreto de benzalcônico 2%, clorexidina-cetrimida 6,6% e derivado de cloro-fenol 3%. A clorexidina-cetrimida, cloreto de benzalcônio e derivado de cloro-fenol foram eficazes em todos os isolados com concentração inibitória mínima e concentração fungicida inferiores à concentração recomendada pelo fabricante. Por outro lado, a ação fungicida do hipoclorito de sódio em 79,1% dos isolados testados foi obtida na concentração recomendada pelo fabricante, com desempenho inferior aos demais desinfetantes avaliados

    ESTUDO DA FREQUÊNCIA DE Malassezia pachydermatis EM CÃES COM OTITE EXTERNA NO RIO GRANDE DO SUL

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    A otite externa é uma enfermidade comumente observada em cães e gatos encaminhados à clínica veterinária. A etiologia varia em função de combinações entre os fatores predisponentes, primários e perpetuantes responsáveis pela enfermidade. A Malassezia pachydermatis é considerada um habitante normal da microbiota cutânea e ocasionalmente pode se tornar patógena oportunista do meato acústico externo de cães e gatos. Este trabalho teve como objetivo pesquisar a presença de M. pachydermatis em otite externa canina. Para isso foi pesquisada a presença dessa levedura em otite externa de 168 cães encaminhados aos Hospitais Veterinários das Universidades Federais do Rio Grande do Sul e de Pelotas, assim como em clínicas e canis particulares. A colheita das amostras foi realizada com swab estéril umedecido em solução salina, friccionando-o na porção externa do meato acústico. Logo após realizou-se exame direto a partir de esfregaço do material colhido, corado pelo método de Gram e observado em microscopia óptica (1.000X). Também se realizou a semeadura em meio ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol e incubados a 32°C por até dez dias, quando se procedeu à identificação das leveduras. Dos 168 casos de otite externa, a M. pachydermatis foi isolada em 139 (82,7%). Neste estudo, verificou-se também que não houve diferença em relação ao sexo e idade dos animais. A frequência de isolamento nas amostras que apresentaram escore positivo no exame direto foi significativamente maior (p<0,05) que nas amostras que apresentaram escore negativo, verificando-se uma probabilidade sete vezes maior de isolar M. pachydermatis a partir de amostras com exame direto positivo. Conclui-se que a M. pachydermatis é frequentemente isolada em casos de otite externa canina, não se observando diferença de isolamento em relação ao sexo e idade dos animais. Os animais com orelha pendular (por ex. Cocker Spaniel Inglês) são mais acometidos por otite externa, entretanto, proporcionalmente não existe diferença no número de isolamento da M. pachydermatis entre as raças. PALAVRAS-CHAVES: Cães e gatos, dermatite, otite externa, malasseziose, prurido, M. pachydermatis

    ROTINA DERMATOLÓGICA DE CÃES ATENDIDOS NAS DISCIPLINAS DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS I E II

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    Os casos dermatológicos representam uma parcela significativa da rotina clínica de pequenos animais, visto que, a maioria das manifestações clínicas geram incômodo nos tutores, o que leva a uma maior procura por serviços Médicos Veterinários. Apesar de haver uma vasta literatura acerca da dermatologia veterinária, são necessários estudos nacionais quanto à sua casuística em diferentes regiões geográficas do Brasil. Desta forma, objetivou-se avaliar a rotina dermatológica das disciplinas Clínica Médica de Pequenos Animais I e II no período de agosto a dezembro de 2022 em cães. Foi realizado um estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes atendidos no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do IFC- Campus Concórdia. Os atendimentos foram concentrados em três turnos semanais, totalizando 39 manhãs de atendimentos. Foram obtidos dados referentes aos pacientes, incluindo sexo, raça, idade, município de origem, principais sinais clínicos e, queixa principal e/ou diagnóstico. Pacientes que realizaram retorno foram contabilizados uma única vez, sendo assim, os dados foram planilhados e os resultados expressos em distribuição de frequência. No respectivo período foram atendidos um total de 76 pacientes, 35 (46%) com queixas dermatológicas. Destes 35 (100%), 19 (54,3%) dos pacientes eram fêmeas e 16 (45,3%) machos; 17 (48,6%) sem raça definida e 18 (51,4%) de raças diversas (Lhasa apso n=5, Shih-tzu n=4, Poodle n=3, Husky Siberiano n=1, Border Collie n=1, Pinscher n=1, Fila n=1, São Bernardo n=1, Rottweiler n=1). Quanto à idade, 7 animais (20%) possuíam até 3 anos, 13 (37,1%) possuíam entre 4-7 anos, 11 (31,4%) de 8-11 anos e 4 (11,4%) entre 12-15 anos. Quanto ao município de origem, Concórdia foi a cidade predominante com 86,2% e outros municípios (Chapecó/SC, Capinzal/SC, Jaraguá do Sul/SC e Seara/SC) representaram 13,8% dos atendimentos. A principal queixa relatada pelos tutores durante a anamnese foi prurido, presente em 24 animais (55,8%), e quanto à intensidade, 50% dos tutores classificaram este com nota 7 (0-10). Os demais sinais clínicos presentes foram alopecia (n=5), rarefação pilosa (n=5), pápulas (n=4), eritema (n=4), pústulas (n=4), crostas (n=3) e nódulos cutâneos (n=3). Dermatite alérgica a picada/saliva de pulgas foi mais frequentemente diagnosticada totalizando 7 animais (18,4%), embora também tenham sido observados casos de dermatite por ectoparasitas (n=3) dermatofitose (n=3), otite externa (n=3) síndrome seborreica (n=1), pododermatite (n=1), demodicose (n=1), dermatite atópica (n=1) hiperadrenocorticismo (n=1), hipotireoidismo (n=1), queimadura (n=1), lipoma (n=1) e melanoma (n=1). Dez cães ficaram sem diagnóstico no período. Conclui-se que a rotina dermatológica de cães nas disciplinas de Clínica Médica de Pequenos Animais I e II é principalmente de fêmeas, animais sem raça definida, na faixa etária de 4-7 anos, de Concórdia/SC, com queixa de prurido, apresentando sinais clínicos diversos e com dermatite alérgica a picada/saliva de pulgas

    Malassezia pachydermatis no tegumento cutâneo e meato acústico externo de felinos hígidos, otopatas e dermopatas, no município de Pelotas, RS, Brasil

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    Malassezia pachydermatis  é uma levedura integrante da microbiota cutânea de diversas espécies animais, podendo ser o agente causador de otite externa e dermatite. Recentes trabalhos descreveram o isolamento de espécies lipodependentes em cães e gatos, porém estudos sobre a importância das demais espécies do gênero em pequenos animais, especialmente nos felinos, são escassos. Com o objetivo de analisar a freqüência do gênero no tegumento cutâneo (TC) e meato acústico externo (MAE) de felinos, foram colhidas 228 amostras de material, sendo 152 provenientes do meato acústico externo (hígido ou otopata) e 76 de tegumento cutâneo (hígido ou dermatopata). Todas as amostras colhidas do MAE foram submetidas a exame direto e assim como as amostras de TC foram semeadas em placas de Petri contendo os meios de cultura ágar Dixon modificado e ágar Sabouraud dextrose com cicloheximida e cloranfenicol. Malassezia pachydermatis foi a única espécie fúngica encontrada no meato acústico externo, sendo mais comum em felinos machos que em fêmeas (machos 56,25%, fêmeas 28,41%;
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