21 research outputs found

    REABILITAÇÃO DE UM CÃO COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL TORACOLOMBAR GRAU V – RELATO DE CASO

    Get PDF
    A doença do disco intervertebral (DDIV) é uma das afecções mais frequentes na clínica neurológica de cães, sendo que no grau mais severo, caracterizado pelo grau V, verifica-se um quadro de tetraplegia/paraplegia com ausência de dor profunda caudal a lesão (DEWEY, 2014). Assim sendo, o presente relato de caso objetivou discorrer a respeito da utilização da fisioterapia como modalidade única de tratamento em um quadro classificado como grau V. Foi atendido no setor de fisioterapia do hospital veterinário da UDESC, um cão, macho, dachshund, castrado e com dez anos de idade. O quadro clínico havia iniciado há, aproximadamente, 10 dias, manifestando paralisia dos membros pélvicos e dificuldade na sustentação do peso corporal em estação. No exame neurológico, o paciente apresentou sensibilidade à palpação da região toracolombar, propriocepção e dor profunda ausentes em membros pélvicos e reflexos aumentados em membros pélvicos. No exame radiográfico, observou-se esclerose das epífises articulares entre T12-T13 e T13-L1, proliferação óssea dorsal aos corpos vertebrais entre L1-L2 e L2-L3, e diminuição do espaço intervertebral entre T12-T13. Com base nos achados físicos e radiográficos, o diagnóstico presuntivo caracterizou-se como DDIV grau V. Exames complementares avançados e a intervenção cirúrgica não foram realizados por opção dos tutores. Desta forma, instituiu-se apenas o protocolo fisioterapêutico, caracterizado pela sinergia de múltiplas modalidades, incluindo a laserterapia com dosimetria de 3 J/cm² em múltiplos pontos ao longo das regiões toracolombar e lombossacral da coluna vertebral; fototerapia com frequência de 3000 Hz, intensidade 9 e duração de 14 min nas regiões cervical, toracolombar e lombossacral; magnetoterapia com frequência de 75 Hz, intensidade 9 e duração de 30 min; eletroterapia com frequência de 80 Hz, pulso de 200 μs, período de 30 min e intensidade inicial de 18 em ambos os canais, sendo aumentada a cada 10 min; moxaterapia; e cinesioterapia com diferentes exercícios ativos. Foram realizadas 16 sessões, sendo inicialmente instituídas três vezes por semana. Em relação à evolução, na 2ª sessão, pode-se observar o retorno da dor profunda nos membros pélvicos, porém a propriocepção permanecia ausente. Na 3ª sessão, o paciente apresentava um quadro de paraparesia não ambulatória, caracterizando a enfermidade em grau III. Na 4ª sessão, o paciente conseguia sustentar-se em estação e ao passo, realizando um caminhar incoordenado e levemente cifótico. No exame físico, observou-se a propriocepção presente em membro pélvico esquerdo, possibilitando a redução das sessões para duas vezes por semana. Na 7ª sessão, o paciente apresentava-se com uma postura menos cifótica e com propriocepção presente em ambos os membros pélvicos, possibilitando a redução das sessões para uma vez por semana. Na 10ª sessão, o paciente demonstrou-se extremamente ativo, sem desvios de postura e sem dor à palpação no exame neurológico, caracterizando a DDIV em grau I. Com base na evolução apresentada, as sessões foram espaçadas para a manutenção mensal e o paciente manteve-se estável. Dessa forma, conclui-se que as sessões de reabilitação foram extremamente úteis no tratamento do quadro de DDIV deste paciente, cursando com uma melhora significativa do seu estado geral e da sua qualidade de vida

    REABILITAÇÃO FUNCIONAL DE UM CANINO COM LESÃO TRAUMÁTICA BILATERAL NAS ARTICULAÇÕES CÁRPICAS – RELATO DE CASO

    Get PDF
    O presente relato visou a utilização da fisioterapia com o propósito de reduzir a contratura articular e dos tendões flexores cárpicos, reeducar a contratura muscular e favorecer o realinhamento postural em um quadro de lesão traumática. Foi atendido no setor de fisioterapia do hospital veterinário da UDESC, um canino, macho, SRD, com dois meses de idade. O animal não possuía histórico pregresso, pois havia sido resgatado recentemente. No exame físico, observou-se deformidade flexural em ambos os membros torácicos, com locomoção apoiada sobre o carpo dorsalmente, os quais apresentavam calos de apoio. No exame radiográfico, verificou-se subluxação radiocárpica e carpometacárpica esquerda e aumento de volume com radiopacidade em tecidos moles bilateralmente. Com base nos achados, o diagnóstico resultou em lesão traumática bilateral. O protocolo consistiu nas modalidades de laserterapia, ultrassom terapêutico e cinesioterapia, realizando-se 36 sessões com intervalo de 48 horas. A laserterapia (AsGa 904 nm) foi utilizada na dosimetria de 5 J/cm² com aplicação pontual e equidistante em 8 pontos circundantes à região cárpica bilateralmente. O ultrassom terapêutico foi empregado em modo contínuo, frequência de 3 MHz, intensidade de 0,3 W/cm², em movimentos oscilatórios sobre os tendões flexores do carpo durante 3 min. A cinesioterapia constituiu-se de exercícios proprioceptivos de extensão da articulação radiocárpica, sendo executados 10 ciclos em cada membro. Ao final das sessões, uma bandagem ortopédica do tipo Robert-Jones modificada era adaptada da região distal do rádio até a região distal do carpo. Em relação à evolução do paciente, ao final da 3ª sessão, observou-se o início do apoio dos membros torácicos ao solo com os carpos estendidos, embora o posicionamento ainda não fosse adequado e houvesse uma menor extensão do carpo esquerdo quando comparado ao direito. O posicionamento incorreto do apoio reduziu progressivamente, ao passo que houve diminuição significativa da contratura muscular e articular ao término da 9ª sessão. A bandagem ortopédica foi utilizada até a 11ª sessão, quando a amplitude dos movimentos de extensão e flexão cárpicas e a sustentação do peso passaram a ser executados em postura correta. Entre a 12ª e 18ª sessão, houve progresso no realinhamento postural dos membros e na sustentação adequada do peso. Entre a 19ª e 36ª sessão, o animal apresentava postura apropriada tanto em estação quanto em marcha, havendo o acompanhamento em razão do período de crescimento do animal. Considera-se que a laserterapia tenha auxiliado no restabelecimento da postura correta das articulações dos membros torácicos e na resolução dos calos de apoio. Ao ultrassom terapêutico atribuiu-se a resolução da contratura muscular e articular, especialmente por suas propriedades térmicas. À cinesioterapia atribuiu-se o auxilio no ganho de amplitude dos movimentos e na prevenção aos danos articulares gerados pelo desuso, enquanto que a bandagem auxiliou na manutenção do posicionamento ortostático da articulação, evitando lesões secundárias (VICENTE; HUMMEL, 2019). Pode-se concluir que as modalidades fisioterapêuticas empregadas demostraram-se eficazes e seguras para o paciente deste relato, uma vez que os objetivos estipulados foram alcançados com êxito e pode-se verificar uma melhora satisfatória no restabelecimento do uso funcional dos membros torácicos do paciente

    Cardiorespiratory and analgesic effects of ketamine via epidural route, intravenous continuous infusion or association of both, in dogs submitted to femoral osteosynthesis

    Get PDF
    A cetamina tem demonstrado efeito analgésico em doses subanestésicas, além da manutenção da estabilidade dos parâmetros fisiológicos. O estudo objetivou avaliar os efeitos cardiorrespiratórios e a analgesia pós-operatória da cetamina administrada por via epidural, por infusão intravenosa contínua ou pela associação de ambas, em cães submetidos à osteossíntese de fêmur. Foram utilizadas 25 cadelas, hígidas, distribuídas aleatoriamente em quatro grupos: CEP (2mg kg-1 de cetamina associada à lidocaína 2% via epidural), CIV (lidocaína 2% via epidural e 1mg kg-1 de cetamina IV seguido de infusão contínua IV com 100µg kg min-1 da mesma), CIVEP (2mg kg-1 de cetamina associada à lidocaína 2% via epidural e 1mg kg-1 de cetamina IV, seguido de infusão contínua IV com 100µg kg min-1) e CON (anestesia epidural com lidocaína 2%). Avaliaram-se FC, f, PAS, PAM, PAD, T°C, tempo de bloqueio motor e analgesia pós-operatória por meio de escala analógica visual. Houve elevação da FC no CIV e diminuição desse parâmetro no CEP. As pressões arteriais mantiveram-se dentro dos valores fisiológicos e não foram observadas diferenças na f e T°C. O tempo de duração do bloqueio anestésico foi potencializado nos grupos que receberam cetamina epidural, diferindo significativamente em relação ao controle. O tempo para a analgesia resgate não diferiu entre os grupos. Conclui-se que a administração de cetamina pela via epidural, por infusão contínua intravenosa ou pela associação de ambas promoveu estabilidade cardiorrespiratória no período transcirúrgico, porém não foi capaz de prolongar a duração da analgesia pós-operatória em cães submetidos à osteossíntese de fêmur.Ketamine has demonstrated analgesic effects in subanesthetic doses, besides the maintenance of stability of physiological parameters. The study aimed to evaluate the cardiorespiratory effects and the post operative analgesia of ketamine via epidural route, intravenous continuous infusion or association of both, in dogs submitted to femoral osteosynthesis. Twenty-five healthy bitches were randomly assigned to four groups: CEP (2mg kg-1 of ketamine associated with lidocaine 2% via epidural route), CIV (lidocaine 2% via epidural route and 1mg kg-1 of ketamine IV, followed by IV continuous infusion of 100µg kg min-1 of ketamine), CIVEP (epidural anesthesia identical to CEP and ketamine infusion as in CIV) and CON (epidural anesthesia with lidocaine 2%). HR, RR, SAP, MAP, DAP and T°C, sensitive blockade time and post operative analgesia measured with visual analog scale were evaluated. There was an increase in HR in CIV and decrease of this parameter in CEP. Arterial pressures kept within physiological values and differences in RR and T°C were not observed. The anesthetic blockade time was augmented in the groups which received epidural ketamine, differing significantly in relation to the control. The time for rescue analgesia did not differ between the groups. It can be concluded the administration of ketamine via epidural route, intravenous continuous infusion or the association of both promoted cardiorespiratory stability during the operative period; however, it was not able to extend the duration of post operative analgesia in dogs submitted to femoral osteosynthesis

    USO DA FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE EXCISÃO ARTROPLÁSTICA DA CABEÇA E COLO FEMORAL EM UM CANINO – RELATO DE CASO

    Get PDF
    O presente relato objetivou a promoção do relaxamento da contratura muscular, associado ao fortalecimento e ganho de massa muscular, e o alívio da dor decorrente do pós-operatório de excisão artroplástica da cabeça e colo femoral. Foi encaminhado ao setor de fisioterapia do hospital veterinário da UDESC, um canino, macho, Bull Terrier e com dois anos de idade, apresentando histórico de trauma e claudicação em membro pélvico direito. Ao exame ortopédico, observou-se elevação do trocanter maior e rotação externa do membro pélvico direito, indicando um quadro de luxação coxofemoral, o qual foi confirmado ao exame radiográfico, estando associado a uma fratura no colo femoral. O animal foi encaminhado para o procedimento cirúrgico, sendo optado pela excisão artroplástica da cabeça e colo do fêmur direito. Após três semanas de pós-operatório, observou-se claudicação, com ausência de apoio do membro pélvico direito ao solo e presença de atrofia muscular significativa com grau moderado de contratura do quadríceps femoral. O tratamento fisioterapêutico constituiu-se de massagem na modalidade effleurage sobre a região médio-proximal da musculatura do quadríceps femoral direito, por fricção direta com pressão moderada, durante 5 min ininterruptos. O ultrassom terapêutico foi empregado no modo pulsado, dosimetria de 0,5 W/cm2, por um período de 5 min, sendo aplicado em movimentos circulares sobre a região do músculo glúteo superficial. A eletroterapia foi realizada com quatro eletrodos aplicados em orientação bipolar sobre os músculos quadríceps e bíceps femoral, utilizando-se corrente FES, frequência de 50 Hz, pulso de 200 μs e ciclos de 12 s, seguidos por 36 s de descanso (relação on:off 1:3), durante 10 min. A hidroterapia por turbilhonamento foi realizada com imersão parcial do membro até o nível do trocanter maior do fêmur a 40 oC por 15 min. O protocolo era finalizado com caminhada controlada na guia durante 20 min, com alternância da superfície de apoio e do ângulo de inclinação da pista. O protocolo instituiu-se por dez sessões, com intervalos de 48 horas entre cada sessão. Em relação à evolução, o apoio do membro acometido ao solo começou a ser observado a partir da 3ª sessão, sendo que ao término da 10ª sessão, o animal apresentava apoio contínuo do membro, com descarga adequada do peso corporal. Com a resposta positiva do paciente ao tratamento, as caminhadas controladas na guia passaram a ser realizadas pelos proprietários. Considera-se que a massagem terapêutica tenha estimulado receptores periféricos, provendo relaxamento e mobilização muscular, melhorando o retorno venoso e linfático. Atribuiu-se ao ultrassom, a melhora da analgesia, a diminuição da rigidez articular, o aumento do fluxo sanguíneo e a redução dos espasmos musculares, enquanto que a eletroterapia e a hidroterapia auxiliaram no fortalecimento muscular e na melhora da circulação sanguínea. À cinesioterapia atribuíram-se o fortalecimento muscular e a reeducação do movimento (VICENTE; HUMMEL, 2019).  Sendo assim, pode-se concluir que o protocolo fisioterapêutico empregado demonstrou-se eficaz e seguro para o restabelecimento do uso funcional do membro acometido, resultando em ganho de massa muscular, maior amplitude de movimento articular e melhora no apoio do membro ao solo

    Eosinophilic Bronchopneumopathy in Dogs

    Get PDF
    Background: The eosinophilic bronchopneumopathy (EBP) is characterized by pulmonary infiltration with eosinophils. The etiology of canine EBP remains unclear, although hypersensitivity to aeroallergens is suspected. Dogs affected are usually young. The persistent cough is the most common clinical sign, often associated with respiratory difficulty and exercise intolerance. The diagnosis is based on signalment, radiographic and bronchoscopic findings, and the tissue eosiphilic infiltration demonstrated by cytology of bronchoalveolar lavage (BAL). No reports were found in Brazil. The aim of this paper is report four cases of canine BPE, with emphasis on clinical aspects, diagnosis and therapy.Cases: Case 1. A 18-month-old female dog with 12 kg of body weight was presented for consultation with a 60-day history of cough, inappetence and weariness. It presented cough and tachypnea. The complementary exams demonstrated peripheral eosinophilia, bronchointersticial pulmonary pattern on radiography, moderate amount of mucus on bronchoscopy andtissue eosinophilis infiltration on the BAL. The treatment was based on steroids, with improvement of clinical signs. Case 2. A 24-month-old female dog with 16 kg of body weight was presented for consultation with one-year history of cough, inappetence and lethargy. It presented only cough, and in complementary exams showed transitory peripheral eosinophilia, bronchointersticial pattern on radiography and predominantly eosinophilic inflammation on citology of BAL. The therapy was based on steroids, with improvement followed by worsening of signs, with need of readjustment of doses. Case 3. A 8-year-old male dog with 6.2 kg of body weight was presented for consultation with 3-weeks history of productive cough,vomiting and weight loss. The complementary exams showed peripheral eosinophilia, bronchointersticial pulmonary patternon radiography and eosinophils infiltration on cytology of BAL. It was used steroids as therapy, with improvement of signs. Case 4. A 2-month-old female dog with 2.8 kg of body weight was presented for consultation with 3-days history of cough, nasal discharge and inappetence. It presented severe expiratory dyspnoea, tachypnea, harsh cough, lung crackles on auscultation and lethargy. The complementary exams demonstrated leukocytosis by peripheral eosinophilia and neutrophilia, bronchointersticial and alveolar pulmonar radiographic pattern. The therapy was started with steroids, febendazole and antibiotics. Tracheal swab was obtained and it showed eosinophilic inflammation on cytology. After 20-days treatment, the signs improved. Maintenance therapy was performed with steroids.Discussion: The EBP is usually reported in young patients, as described in three cases. The cough showed predominant clinically, associated with lethargy and inappetence in half of cases, as well as with dyspnea and weariness. The peripheral eosinophilia was observed in all patients, although transient in one of them, not being mandatory for the diagnosis.Despite there are not a specific radiographic pattern to the diagnosis, the bronchointersticial pattern was common to the four animals, with worsening of the radiographic findings possibly related to worsening clinical findings. The definitive diagnosis made through identification of eosinophilic inflammatory infiltration by bronchoalveolar lavage (BAL). Steroidtherapy proved to be effective in the four cases.Keywords: eosinophils, bronchus, lung parenchyma, dog

    Bone marrow mononuclear cells autotransplant in experimental corneal ulcer in dogs

    Get PDF
    As células mononucleares (CM) da medula óssea (MO) despertam grande interesse nas pesquisas sobre regeneração tecidual. O limbo é a fonte de células-tronco (CT) para repor ceratócitos lesados e uma disfunção destas é denominada deficiência límbica. Essa condição é desenvolvida por diversas afecções, sendo que a queimadura por base é a mais comum. A fim de confirmar a presença das CM da MO transplantadas, a ocorrência de quimiotaxia destas e comparar histopatologicamente os grupos tratado e controle, utilizou-se um modelo experimental de úlcera de córnea associado ao autotransplante de CM. Para tanto, 16 cães machos ou fêmeas, sem raça definida, foram submetidos à úlcera experimental de córnea com papel filtro embebido em hidróxido de sódio (NaOH). Após as lesões, os animais foram submetidos a transplante subconjuntival de CM da MO, previamente marcadas com nanocristais. A avaliação pós-operatória foi realizada por imunofluorescência no sexto dia após o transplante e por histopatologia passados 15 dias do procedimento, quando foi possível notar que as CM fixaram-se na região lesionada, não sofreram quimiotaxia e, apesar de diminuírem a inflamação, não auxiliaram o processo de cicatrização corneana a curto prazo. Assim, sugerem-se estudos adicionais no transplante de CM da MO na cicatrização da córnea. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTBone marrow (BM) mononuclear cells (MC) are a great subject in tissual regeneration. The main stem cell source to the eye is the limbus. Theses cells replace injured corneal cells, however, if the limbal stem cells are not functional, a limbal deficiency with concomitant conjunctivalization takes place. This pathological condition can be caused for several reasons, in which alkali burns are the most common. To conduct a research about transplanted BM MC presence, the cells homing and to histopathologically compare the treated and sham group, an experimental corneal ulcer model associated with MC autotransplant was used. Sixteen, male or female, stray dogs suffered experimental corneal ulceration with sodium hydroxide soaked filter discs. After the lesions, animals were submitted to subconjunctival autotransplant of previously marked BM MC. The evaluation was made by immunofluorescence on the sixth day after lesions creation and histopathology was conducted 15 days after the same procedure, when it was possible to observe that the MC grafted in the injured area, the cells did not execute the homing process and, despite the inflammatory decrease, they did not help the corneal epithelial healing process in a short term evaluation. Thus, future studies about MC transplantations in corneal ulcers are indicated
    corecore