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Four seasons, please! A pintura e o apagamento do mundo (#2)
Antes deste texto, já o mesmo tÃtulo designa uma espécie de arrufo tenso com a realidade, em tempo de inassimiláveis mudanças climáticas e na reentrada adentro das quatro paredes cegas do meu estúdio atual – ao qual, por ironia, chamo mesmo Four Seasons.Assim, quando ali crescem sombras de uma árvore invertida em reflexos de água e tinta, vou indagando sobre artistas contemporâneos e exposições à escala mundial com obras portadoras de inquietação parecida com a minha sobre o assunto, para melhor entender o meu próprio trabalho em curso.Mais tarde, com metade das pinturas realizadas e expostas na China, clarifica-se a trama tecida por passagens entre meios e referências diversas, o modo como se vai adensando a estrutura conceptual do pensamento e processo pictórico: Quatro estações, quatro fotos e quatro filmes para doze pinturas, os ditames de um almanaque popular português centenário e, finalmente, o acaso de um programa de televisão sobre ópera. Parece tanto (talvez demais). Ou será ainda pouco para pensar a realidade que fibrilha, o mundo que se apaga enquanto se acendem as cores e a sedução da pintura
Havia um pessegueiro na ilha
O texto que se segue acabou por assumir qualidade autónoma a partir de uma colectânea de anotações que acompanham e registam parte da pesquisa de um projeto expositivo a apresentar em 2021, sob a égide de algo azul, ainda em processo. Em pano de fundo, começa por ouvir-se Porto Côvo, de Rui Veloso, deixando a voz embalar a escrita, soltar a memória e abrir espaço para um clima onÃrico em que o real, entretanto, pode desvanecer-se. As palavras tomam lugar no espaço branco de postais ilustrados que fazem parte de álbuns, postais em cujo avesso se escondem, ou revelam, paisagens que cruzam o natural com sinais polÃticos, culturais e artÃsticos. A maior parte dessas paisagens não é aqui visÃvel
Grupo Acre fez, 1974-77 : arte e dinâmicas coletivas em Portugal
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She sells sea shells
Sob a égide de uma frase adaptada de um filme, o epicentro temático do presente texto reside na produção artÃstica que motiva a inquirição teórica, revelando a génese de um processo de autor de investigação em arte. Assim, em primeiro lugar procede-se à identificação das linhas de força que emergem da panorâmica geral desse percurso artÃstico com mais de três décadas, desde um perÃodo inicial em que a utopia parece palpável e a que, gradualmente, se sucedem diversas realidades. Em seguida, um conjunto mais recente de obras permite maior focagem na questão da reavaliação da pintura como possibilidade artÃstica contemporânea, cruzando a especificidade tradicional com a abertura dos limites, a liberdade e o hibridismo. Finalmente, são reveladas algumas inquietações teóricas, poéticas e polÃticas de um projeto recente, ainda em curso, relacionado com o filme referido
A pintura que falta
Contém: 1. Pintura sem pintura. 2. Alguém que vê pintura. 3. Artista que faz pintur
Julie Brook, naquele quarto a céu aberto
Between the profile of the cliff in the Scottish coastline and the colour of distant rocks, in watercolours in notebooks, films that seem from another time and drawings with sea foam, or in the building of a path for the light and its reflection in the pigments on the body, Julie Brook affirms a singular way. The possible variations of the search for a language of her own glimpse in the necessary distance and in the physical experience in open spaces, as if the ancestral form of a room (for her own) took the scale of the world and a voice was heard in the matter of earthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
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