17 research outputs found

    It’s just a reflector: Orfeu, o fantasma e a era especular em Reflektor da banda Arcade Fire

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    O texto trabalha a apropriação do mito de Orfeu e Eurídice no aparato visual (notadamente os vídeos) de Reflektor, quarto álbum da banda musical canadense Arcade Fire, com objetivo de localizar o momento no qual o mito clássico encontrou a reflexão sobre a era das imagens na cultura global atual. A partir de uma análise iconológica, será investigado o uso de conceitos visuais, especialmente os temas do fantasma, do espelho e da reflexão nas obras audiovisuais produzidas para o álbum da banda, os quais tiveram ampla divulgação na internet

    Paisagens, práticas visuais e revistas de cinema: o debate cinematográfico italiano (1939 - 1944)

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    O texto almeja mostrar a formação das referências de paisagem no cinema italiano, na passagem dos anos 1930 aos 1940, construída entre práticas visuais e demandas pela italianidade na imprensa cinematográfica. A demanda por uma outra paisagem italiana conduziu à construção de noções e esboços de paisagens por meio de usos de imagens nas revistas de cinema e livros fotográficos, destacando-se a revista Cinema, publicada entre 1936 e 1943. Nesse sentido, o texto trabalha os agenciamentos da noção de paisagem e o papel da fotografia entre as práticas visuais na revista Cinema, na qual a paisagem desejada pelos agentes do campo cinematográfico fora elaborada originalmente.

    Cinema e historiografia: trajetória de um objeto historiográfico (1971-2010)

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    This article seeks to highlight how the traditional historiography has included cinema among its objects of research through an ambiguous dialogue with the film studies, and through the direct exclusion of film history. It is followed by the inclusion of cinema among the objects of the French and Brazilian historiography, the domestication of films in the historiographical operation, and the survival of the early milestones for its inclusion in the current moment of the researches, as well as the most important shifts in the past ten years. We will observe some aspects of the history of the constitution of cinema as a historiographical object, proposing at the end a systematic dialogue with the theory of history, and with the film history itself.Este artigo visa a apresentar a forma como a historiografia tradicional incorporou o cinema entre seus objetos de pesquisas por meio de um diálogo ambíguo com os estudos do cinema e pela exclusão direta da história do cinema. Acompanha-se a inclusão do cinema entre os objetos da historiografia francesa e brasileira, a domesticação do filme na operação historiográfica e a sobrevivência dos marcos iniciais dessa inclusão no atual momento das pesquisas, bem como os deslocamentos mais importantes dos últimos dez anos. Observaremos alguns aspectos da história da constituição do cinema como objeto historiográfico, propondo, ao final, um diálogo sistemático com a teoria da história e a própria história do cinema

    A virada e a imagem: história teórica do pictorial/iconic/visual turn e suas implicações para as humanidades

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    Este texto historiciza a composição da virada visual e sua importância para as humanidades na contemporaneidade. No Brasil, o debate foi introduzido por Ulpiano Meneses, em artigo hoje antológico, com perspectivas ampliadas posteriormente por Paulo Knauss. A proposta deste artigo é evidenciar o duplo batismo da “virada à imagem”: nos Estados Unidos, em 1992, como pictorial turn por William John Thomas Mitchell no surgimento dos visual studies(estudos visuais); e na Alemanha, em 1994, como iconic turn por Gottfried Boehm, nas bases da atual Bildwissenschaft (ciência da imagem), questão pouco debatida no Brasil. Apresentam-se os desdobramentos do uso da expressão, a transformação da pictorial turn em visual turn na passagem dos anos 1990 para os 2000, e as aproximações entre a vertente norte-americana e a alemã a partir dos anos 2000, o que causaria um retorno às propostas originais. Ao fim do texto condensamos suas propostas para as humanidades e para os estudos da cultura material. A virada pictórica/icônica/ visual é tomada como uma metáfora absoluta, um campo de problematização cuja compreensão deve ser ativada por sua historicização como debate acadêmico e diagnóstico sobre questões do mundo passado e contemporâneo.This text historicizes the composition of the visual turn and its importance to the humanities in the contemporaneity. In Brazil, the debate was introduced by Ulpiano Meneses in an anthological article, with perspectives later amplified by Paulo Knauss. The proposal of this article is: to highlight the double baptism of the turning to the image: in the USA, in 1992, as pictorial turn by William John Thomas Mitchell in the emergence of visual studies; and in Germany, in 1994, as iconic turn by Gottfried Boehm on the basis of the current Bildwissenschaft (Science of Image), an issue poorly debated in Brazil. Then, unfoldings of the use of the expression are presented, the transformation of the pictorial turn into a visual turn in the passage from the 1990s to the 2000s, and the approximations between the North American and the German aspects from mid 2000s, which would cause a return to the original proposals. At the end of the text we synthesize his proposals for the humanities and the studies of material culture. The pictorial/iconic /visual turn is taken as an absolute metaphor, a field of problematization, whose understanding must be activated by its historicization as academic debate and diagnosis on issues of the past and contemporary world

    It’s just a reflector: Orfeu, o fantasma e a era especular em Reflektor da banda Arcade Fire

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    O texto trabalha a apropriação do mito de Orfeu e Eurídice no aparato visual (notadamente os vídeos) de Reflektor, quarto álbum da banda musical canadense Arcade Fire, com objetivo de localizar o momento no qual o mito clássico encontrou a reflexão sobre a era das imagens na cultura global atual. A partir de uma análise iconológica, será investigado o uso de conceitos visuais, especialmente os temas do fantasma, do espelho e da reflexão nas obras audiovisuais produzidas para o álbum da banda, os quais tiveram ampla divulgação na internet

    Imagens da urbanidade e a cidade-síntese africana na Oréstia, de Pier Paolo Pasolini

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    The text analyzes historically the presentation of African cities in the film Appunti per un'Orestiade Africana (1969), by filmmaker Pier Paolo Pasolini (PPP), which proposes a historical-mythical interpretation of late 1960's Africa through the Aeschylus’s The Oresteia. PPP uses the play to interpret the historical transformations of Africa at that time, portraying urban environments as "neocapitalist", but identifying too in these the signs of archaic culture that showed the resistance of what he called the "Third World" subproletarian culture. We analyze the tropes and icons used as ethnographic keys of interpreting the "other" in the PPP's film and texts. Using iconology and narratology we address the following questions: What is the uniqueness of urbans landscapes presented by PPP? What were and where were the tropes mobilized by the filmmaker? What is the way of seeing/thinking African and Italian otherness of the late 1960s

    Dimensões historiográficas da virada visual ou o que pode fazer o historiador quando faz histórias com imagens?

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    As imagens não são mais novidades na pesquisa historiográfica. Contudo, propostas no início dos anos 1990, a pictorial turn (nos EUA, por W. J. T. Mitchell) e a iconic turn (na Alemanha por Gottfried Boehm) alteraram o cenário das pesquisas interdisciplinares sobre artefatos visuais a partir de princípios da alteridade das imagens em relação à linguagem e da historicidade da cultura visual. Soma-se as essas propostas a anacronia das imagens e da sintomatologia de Georges Didi-Huberman, historiador da arte francesa. Este artigo procura avaliar o impacto historiográfico das viradas às imagens em dois aspectos fundamentais do trabalho do historiador: a produção de uma heurística da imagem e da fonte histórica; as construções do tempo/historicidade e da visibilidade do passado e seus usos públicos. Cruzando recursos da história da historiografia e da teoria da imagem e da história, o artigo apresenta em três seções: as matrizes norte-americana, alemã e francesa das viradas pictóricas/icônicas/visuais; as dimensões históricas e historiográficas das viradas; a concepção de fonte histórica, de temporalidade e o problema da visibilidade do passado na atualidade.Palavras-chave: Cultura Visual. História da Historiografia. Anacronia e Historicidade. Virada Visual

    O mergulho do outro: contra a homofobia e a transfobia, uma entrevista com Émerson Maranhão

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    The interview that follows goes back the trajectory and difficulties with homophobia and transphobia in recent Brazil in audiovisual context. The filmmaker Émerson Maranhão had achieved some notoriety with the exhibition of the short film Aqueles Dois, about two trans men, but in 2019, the project of series Transversal was censored by transphobia by the current President of the Republic. The interview contextualizes the filmmaker's trajectory, as well as the episode, documenting an aspect of our current republican history. The authors are grateful to the collective experience in the Forum of Theory and History of Historiography (FTHHH) in Natal’s edition that made possible the meeting between them. It is also necessary to thank Prof. Antônio Gilberto Ramos Nogueira for introducing the director Émerson Maranhão to Autor abreviado 1A entrevista que segue remonta a trajetória e as dificuldades com a homofobia e a transfobia no Brasil recente no contexto audiovisual. O cineasta Émerson Maranhão conseguira certa notoriedade com a circulação do curta Aqueles Dois, sobre dois homens trans, mas, em 2019, teve o projeto de série Transversais censurado por transfobia pelo atual Presidente da República. A entrevista contextualiza a trajetória do cineasta, bem como o episódio, documentando um aspecto de nossa história republicana atual. Os autores agradecem a convivência coletiva no Fórum de Teoria e História da Historiografia (FTHHH) que possibilitou o encontro entre ambos, na edição de Natal. É necessário também agradecer ao Prof. Antônio Gilberto Ramos Nogueira por ter apresentado, para um dos autores, Renato Freire, o diretor Émerson Maranhão

    Cinema e historiografia: trajetória de um objeto historiográfico (1971-2010)

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    Este artigo visa a apresentar a forma como a historiografia tradicional incorporou o cinema entre seus objetos de pesquisas por meio de um diálogo ambíguo com os estudos do cinema e pela exclusão direta da história do cinema. Acompanha-se a inclusão do cinema entre os objetos da historiografia francesa e brasileira, a domesticação do filme na operação historiográfica e a sobrevivência dos marcos iniciais dessa inclusão no atual momento das pesquisas, bem como os deslocamentos mais importantes dos últimos dez anos. Observaremos alguns aspectos da história da constituição do cinema como objeto historiográfico, propondo, ao final, um diálogo sistemático com a teoria da história e a própria história do cinema
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