Auditoria em saúde aplicada pela enfermagem: uma ferramenta de gestão

Atualmente a auditoria de enfermagem está cada vez mais presente nos processos de saúde, seja nos hospitais ou nas operadoras de saúde suplementar. Conhecida por fiscalizar e/ou controlar custos, realiza uma análise no prontuário do pacientes, esteja ele internado ou não. Assim o objetivo do artigo foi analisar sobre os tipos de auditoria de enfermagem existentes e a aplicabilidade na área da saúde, demonstrou através de uma produção bibliográfica que a auditoria de enfermagem inseriu-­se no cotidiano das instituições de saúde visando os aspectos qualitativos da assistência necessária ao paciente, os processos internos e as faturas hospitalares. Para a realização deste estudo sobre auditoria em saúde aplicada pela enfermagem, primeiramente se realizou um levantamento bibliográfico sobre os conceitos sobre auditoria, classificação, auditoria de enfermagem, objetivos do enfermeiro auditor e auditoria na saúde suplementar. Ficou evidenciado que a auditoria de enfermagem tem o objetivo principal de controle de custos, a qualidade do atendimento ao cliente, pagamento justo da conta hospitalar e a transparência da negociação, embasada na conduta ética

Qualidade na assistência em unidade de terapia intensiva com foco na segurança do paciente

O presente artigo tem por objetivo analisar de que forma a qualidade na assistência em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pode contribuir com a segurança do paciente. Neste tipo de ambiente, qualquer incidente ocasionado pelo profissional de saúde durante a assistência prestada, compromete a qualidade e a segurança do paciente, vindo em alguns casos ocasionar o óbito. A administração medicamental é mais complexa na UTI, devido ao uso de medicamentos potencialmente perigosos, além da gravidade e instabilidade clínica dos pacientes submetidos a este tipo de terapia. A realidade das UTIs brasileiras retrata a falta de planejamento e atenção quanto à saúde do paciente, que vai desde a estrutura física destes locais até a assistência prestada pelos profissionais de saúde. O Ministério da Saúde (MS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem implantado políticas e protocolos para minimizar os incidentes ocorridos tanto na UTI quanto no ambiente hospitalar em si, tratando e fiscalizando os eventos adversos notificados aos Núcleos de Segurança do Paciente espalhados pelo Brasil. Em contrapartida, nota-se o avanço tecnológico nos equipamentos hospitalares destinados a terapia intensiva, aumentando a qualidade e a segurança na assistência prestada neste tipo de unidade

Aspectos epidemiológicos da malária na Amazônia Legal, Brasil, 2000 a 2013 / Epidemiological aspects of malaria in the Legal Amazon, Brazil, 2000 to 2013

OBJETIVO: Abordar os aspectos epidemiológicos da malária na Amazônia Legal no período de 13 anos, 2000 a 2013. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo retrospectivo a partir de literaturas já publicadas referente à Malária com dados obtidos através da revisão de boletins epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde (2000 a 2013), Departamento de Vigilância Epidemiológica, Guia Prático de Malária, Manual de Ações de Controle de Malária e Manual de Diagnóstico Laboratorial de Malária. RESULTADOS: No período de 2000 a 2011 foram notificados uma média de 422.858 casos de malária por ano. Mais de 90% foram registrados na Região Amazônica. Os estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Acre, Amapá e Roraima foram os que apresentaram maior registro de casos notificados. CONCLUSÃO: Nesse período de análise observou-se a malária como doença endêmica da Região Amazônica e bastante heterogênea devido às diferentes formas de ocupação e fluxo populacional

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE) e a pandemia de Covid-19: ações possíveis para o apoio a pessoas em situação de rua e para o fortalecimento do controle social

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) se instaurou desde 2008 enquanto política nacional indutora de transformações na formação em saúde. Em sua proposta organizacional, o PET-Saúde prevê o pacto colaborativo e interprofissional entre instituições de ensino e da saúde para a construção de ações integradas, desenvolvidas por grupos tutoriais. Desta maneira, estudantes, docentes e profissionais dos serviços de saúde se unem em projetos e ações colaborativas realizadas em campo, de maneira a transformar processos de trabalho e qualificar tanto o ensino como a prática em saúde. O presente artigo descreve o relato das experiências do PET-Saúde, desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná em parceria com os municípios de Curitiba e Piraquara, tendo como base a descrição das ações, situações e reflexões vivenciadas pelo grupo tutorial “Educação popular, mobilização e controle social na Saúde”, no período pandêmico de março de 2020 a março de 2021. O artigo relata inicialmente a estruturação do PET-Saúde UFPR, apresentando ações desenvolvidas pelo coletivo voltadas a minimizar o impacto da COVID-19 em pessoas em situação de rua. Destaca-se, ainda, a elaboração de materiais de educação popular sobre a COVID-19 e ações de mobilização popular para garantir condições básicas de subsistência e cuidado contra a doença. Para além, ao relato se integram as ações desenvolvidas para o fortalecimento do controle social e da defesa dos direitos humanos. Ressalta-se a importância de políticas públicas que promovam o estabelecimento de projetos interinstitucionais, impactando de maneira positiva a formação e a especialização das práticas em saúde

Manejo terapêutico da infertilidade em mulheres portadoras de Síndrome do Ovário Policístico / Therapeutic management of infertility in women with Polycystic Ovary Syndrome

INTRODUÇÃO: A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma desordem ovulatória comum entre as mulheres, que consiste em um distúrbio endócrino e genital heterogêneo com um amplo espectro clínico. Para o diagnóstico de SOP, a mulher deve apresentar, segundo os critérios de Rotterdam, pelo menos duas das seguintes três características bioquímicas: hiperandrogenismo, ciclos anovulatórios e morfologia ovariana micro policística verificada por ultrassom. Ademais, a SOP é frequentemente associada a infertilidade. METODOLOGIA: Busca nas plataformasPubmed e Cochrane Library na língua portuguesa e inglesa. RESULTADOS: 27 artigos produzidos entre 2016 e 2021. DISCUSSÃO: Foram abordadas como formas de tratamento a mudança no estilo de vida, metformina, metformina e citrato de clomifeno, metformina e FIV, metformina e letrozol, letrozol, análogos de GLP-1 e inibidores de DPP-4, citrato de clomifeno, inositol, gonadotrofinas, 25-hidroxi-vitamina D, acupuntura, ervas medicinais e drilling ovariano. CONCLUSÃO: Estudos apontaram a importância da mudança no estilo de vida como primeiro tratamento não farmacológico. Citrato de clomifeno pode ser utilizado como primeira linha farmacológica. Metformina, letrozol, inositol e antidiabéticos são eficazes. Cirurgia ovariana e gonadotrofinas são opções para pacientes com insucesso. Acupuntura e ervas medicinais podem ser usadas para regular o ciclo menstrual

PET-SALUD interprofisionalidad: control y participación social en la formación en salud

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) Interprofissionalidade foi uma iniciativa inaugurada pela parceria entre os Ministérios da Educação e Saúde para formar recursos humanos voltados ao SUS. O objetivo deste artigo é apresentar o relato da experiência do grupo tutorial “Educação Popular, Mobilização e Controle Social”, vinculado ao Projeto PET-Saúde desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná durante o período de abril a dezembro de 2019 cuja meta é fortalecer a participação popular no controle social das políticas públicas. Enquanto resultados, são apresentadas diferentes estratégias promovidas pelo coletivo para construir, junto com variados atores comunitários, conhecimento aplicado para o exercício do Controle Social. As atividades realizadas aconteceram no âmbito da Atenção Básica e também nos serviços de apoio à Saúde Mental, contemplando ações de educação em saúde e mobilização popular, além da participação ativa nos Conselhos e Conferências de Saúde. Portanto, a experiência ressalta a importância da elaboração e execução de estratégias formativas criativas, que aproximem a formação universitária da realidade regional, para o enfrentamento de diferentes problemáticas próprias ao Controle Social. Finalmente, o trabalho afirma a relevância do PET-Saúde e da interprofissionalidade para a ampliação e qualificação da participação popular, possibilitando o fortalecimento de práticas democráticas no SUS.  The Inter-Professional Education through Work for Health Program (PET-Health) was created as an initiative by the Ministries of Education and Health to provide human resources for SUS (the Brazilian Public Health System). The present article reports the experience of the tutorial group “Popular Education, Mobilization, and Social Control”, part of the PET-Health project developed by the Federal University of Paraná, focused on strengthening popular participation. As results, different strategies promoted by the collective are presented for building, together with various community actors, knowledge applied to the exercise of social control. The activities performed within the scope of Primary Care, as well as in services for mental health support, included health education actions and social mobilization, together with active participation in Health Councils and conferences. The work highlighted the importance of elaborating and implementing creative strategies to bring university education closer to the regional reality, in order to address problems related to social control. The results demonstrated the relevance of the PET-Health project and inter-professional activities for the expansion and qualification of popular participation, contributing to the strengthening of democratic practices in SUS. El Programa Educación por el Trabajo para la Interprofesionalidad (PET-Saúde) fue una iniciativa inaugurada por la alianza entre los Ministerios de Educación y Salud para la formación de recursos humanos dirigidos a SUS (Sistema Único de Salud Brasileño). El propósito de este artículo es presentar el informe de la experiencia del grupo tutorial "Educación Popular, Movilización y Control Social", vinculado al Proyecto PET-Saúde desarrollado por la Universidad Federal de Paraná durante el período de abril a diciembre de 2019, cuyo objetivo es fortalecer la participación popular en el control social de las políticas públicas. Como resultados se presentan diferentes estrategias impulsadas por el colectivo para construir, junto a diversos actores comunitarios, conocimientos aplicados al ejercicio del Control Social. Las actividades realizadas se desarrollaron en el contexto de la Atención Primaria y también en los servicios de apoyo a la salud mental, incluyendo acciones de educación en salud y movilización popular, además de la participación activa en Consejos y Conferencias de Salud. Por lo tanto, la experiencia enfatiza la importancia de la elaboración y ejecución de estrategias de formación creativas, que acerquen la formación universitaria a la realidad regional, para enfrentar diferentes problemáticas propias del Control Social. Finalmente, el trabajo afirma la relevancia del PET-Saúde y la interprofesionalidad para la ampliación y calificación de la participación popular, posibilitando el fortalecimiento de las prácticas democráticas en el SUS.

Anti-RBD IgG antibodies from endemic coronaviruses do not protect against the acquisition of SARS-CoV-2 infection among exposed uninfected individuals

BackgroundThe Coronaviridae family comprises seven viruses known to infect humans, classified into alphacoronaviruses (HCoV-229E and HCoV-NL63) and betacoronaviruses (HCoV-OC43 and HCoV-HKU1), which are considered endemic. Additionally, it includes SARS-CoV (severe acute respiratory syndrome), MERS-CoV (Middle East respiratory syndrome), and the novel coronavirus SARS-CoV-2, responsible for COVID-19. SARS-CoV-2 induces severe respiratory complications, particularly in the elderly, immunocompromised individuals and those with underlying diseases. An essential question since the onset of the COVID-19 pandemic has been to determine whether prior exposure to seasonal coronaviruses influences immunity or protection against SARS-CoV-2.MethodsIn this study, we investigated a cohort of 47 couples (N=94), where one partner tested positive for SARS-CoV-2 infection via real-time PCR while the other remained negative. Plasma samples, collected at least 30 days post-PCR reaction, were assessed using indirect ELISA and competition assays to measure specific antibodies against the receptor-binding domain (RBD) portion of the Spike (S) protein from SARS-CoV-2, HCoV-229E, HCoV-NL63, HCoV-OC43, and HCoV-HKU1.ResultsIgG antibody levels against the four endemic coronavirus RBD proteins were similar between the PCR-positive and PCR-negative individuals, suggesting that IgG against endemic coronavirus RBD regions was not associated with protection from infection. Moreover, we found no significant IgG antibody cross-reactivity between endemic coronaviruses and SARS-CoV-2 RBDs.ConclusionsTaken together, results suggest that anti-RBD antibodies induced by a previous infection with endemic HCoVs do not protect against acquisition of COVID-19 among exposed uninfected individuals