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    Levantamento epidemiológico retrospectivo de sepse na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário Lauro Wanderley / Retrospective epidemiological survey of sepsis in the intensive care unit of Lauro Wanderley University Hospital

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    A sepse é considerada a principal causa de morte em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva e este quadro pouco tem evoluído, apesar dos desenvolvimentos obtidos na área. Este estudo objetivou determinar o perfil epidemiológico e as características dos pacientes com sepse, internados na UTI adulto do Hospital Universitário Lauro Wanderley, na Paraíba. Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, que avaliou o perfil epidemiológico e características dos pacientes com sepse que foram internados na UTI adulto do Hospital Universitário Lauro Wanderley, no período entre janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Os dados estudados foram provenientes dos registros de infecção hospitalar, os quais foram preenchidos e analisados pela equipe multiprofissional da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HULW. A análise estatística descritiva dos resultados foi realizada por meio das frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas; e da média e desvio padrão ou mediana, para as variáveis contínuas. De um total de 2211 prontuários, foram incluídos 297, os quais foram classificados com sepse (68,4 %) ou choque séptico (31,6 %). Houve predominância de pacientes do sexo masculino (52,5%) e faixa etária maior de 70 anos (39,7%). A média de tempo de internação foi de 16,8 dias. As principais fontes de infecção foram pulmão (17%) e trato urinário (9%). Entre as comorbidades dos pacientes admitidos, complicações renais (20%) e complicações respiratórias (15%) foram as mais frequentes. Quanto às hemoculturas realizadas e computadas, os principais agentes etiológicos foram bacilos Gram negativos (62%). A mortalidade na sepse e no choque séptico foi de 47,1% e 66,2%, respectivamente. O estudo evidenciou que a sepse acometeu, em sua maioria, idosos do sexo masculino, sendo o principal foco infecioso de origem pulmonar. Constataram-se ainda elevadas taxas de mortalidade, principalmente em casos de choque séptico

    Os impactos da mastectomia na autoestima das mulheres com câncer de mama / The impacts of mastectomy on the self-esteem of women with breast câncer

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    1 INTRODUÇÃOO câncer de mama constitui-se como uma das causas mais comuns de mortalidade em mulheres, sendo perceptível a incidência cada vez maior na população mundial. No entanto, constata-se considerável taxa de sobrevivência, notadamente devido ao rastreio e ao diagnóstico precoces e aos avanços médicos (SUN et al., 2017).Apesar disso, a maioria das mulheres com câncer de mama realiza mastectomia, passando por procedimentos de retirada parcial ou total da mama, o que pode ocasionar cicatrizes e mudanças no formato e na sensibilidade da mama, causando impactos negativos na autoimagem e na autoestima. (RECCHIA et al., 2017; COSTA et al., 2018).Outros efeitos, inseridos na dimensão psicossocial, também foram evidenciados por mulheres com câncer de mama. Os impactos relatados estão relacionados à ansiedade, depressão, alterações na autopercepção e na feminilidade. (GILBERT et al., 2010; GANZ et al., 1998; BURWELL et al., 2006; BERTERO et al., 2007). Dessa forma, através do presente estudo objetiva-se revisar os impactos da mastectomia na autoestima das mulheres com câncer de mama em seus aspectos físico, emocional e social, buscando, além disso, apresentar medidas que atenuem os possíveis efeitos negativos relacionados a essa intervenção cirúrgica. 2 METODOLOGIAPara a realização desta revisão integrativa de literatura, foi feito um levantamento de dados em trabalhos encontrados na SciELO e na BVS. A seleção dos estudos foi efetuada através dos descritores "Breast Neoplasms", "Mastectomy" e "Body Image", unindo-os por meio do operador booleano AND. Foram incluídos artigos dos últimos 5 anos e com texto disponível completo. Além disso, na plataforma BVS, outro filtro adicional utilizado limitou a busca a estudos presentes nas bases de dados MEDLINE e LILACS.Dessa forma, os resultados da pesquisa mostraram 153 estudos, sendo 6 na  SciELO e 147 na BVS. Desse total, 2 artigos estavam duplicados e 91 deles não correspondiam à temática proposta. Realizou-se esta revisão com base em 62 artigos que atenderam aos critérios de inclusão anteriormente citados. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕESDentre as intervenções disponíveis para tratamento do câncer de mama, o procedimento cirúrgico se apresenta como a operação padrão, chamado de mastectomia. Cirurgia essa que consiste na retirada da glândula mamária, total ou parcialmente, tendo como subtipos a mastectomia preventiva – realizada em pacientes com fortes históricos e predisposições familiares, de forma a evitar que o câncer se desenvolva – a mastectomia parcial (na qual se retira um nódulo presente, não englobando o câncer em si), a mastectomia simples ou total, havendo a amputação da mama junto a outras estruturas circunjacentes, tais como a pele, mamilo e a auréola de forma a impedir a metástase, além da mastectomia radical, na qual se retira as mesmas estruturas da simples somadas a parte do músculo e gânglios axilares, com as variantes de Patey e Madden.Esse método de extirpar ou até mesmo prevenir o câncer de mama promove bruscas alterações físicas na mulher: dores, diminuição da movimentação do membro homolateral e desenvolvimento de linfedemas, sendo a gravidade destes sintomas dependente do quão radical foi a cirurgia. Entretanto, outra manifestação também se destaca, as alterações psicológicas pela amputação da mama, um órgão dotado de importantes significados como a maternidade, feminilidade e sexualidade.Quando ocorre a total retirada das estruturas mamárias, a paciente, por não apresentar mais as glândulas e ductos mamários, fica impossibilitada de produzir leite e amamentar consequentemente. Além disso, a imagem corporal é deturpada em decorrência desta mutilação, fazendo com que a autoestima decaia e crie uma cascata de efeitos negativos na vida da mulher. Insatisfação, medo, revolta são sentimentos comuns e que podem levar ao isolamento da mulher, a qual possivelmente vê sua feminilidade diminuída perante outras mulheres da sociedade, e a um progressivo estado depressivo, alterando a forma com que realiza suas atividades cotidianas e seus relacionamentos. Este último cabe ressaltar quanto às alterações na sexualidade pela baixa autoestima, uma vez que mulheres que não realizaram reconstrução mamária se afastaram de seus parceiros e apresentaram problemas conjugais com possível cenário de separação, como mostrou o estudo de Boing et al. Desta maneira é evidente a importância de cirurgias e procedimentos reparadores para mitigar a deterioração da imagem corporal e, assim, estabelecer uma boa autoestima na vida da paciente.Tendo em vista estes aspectos ocasionados pela perda da mama na autoestima e percepção corporal das mulheres que passaram pela mastectomia, foi sancionada a Lei nº 9.797, de 5/5/1999, a qual garante o direito de realização da cirurgia plástica de reconstrução a todas as pacientes que sofreram mutilação decorrente do tratamento de câncer por meio da rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, a longa espera para a realização da reconstrução - devido a lotação e demasiada burocracia do sistema de saúde - somada a não totalidade de abrangência e eficácia da reparação (por questões de rejeição do corpo ou das infecções que acometem de 3,5% a 11,1% das mulheres pós cirurgia), foram criadas as próteses mamárias as quais se mostraram eficientes em proporcionar maior segurança e aceitação quando utilizadas com roupas. Outra maneira encontrada para mitigar os efeitos depreciativos da mastectomia foi a realização de tatuagens no local, variando desde a restauração do complexo areolopapilar (CAP) até mesmo figuras e imagens diversas, no intuito de cobrir a cicatriz indesejada. Da mesma forma, a criação de grupos de apoio para mulheres acometidas por câncer de mama, os quais proporcionam o encontro de pacientes que vivem nas mesmas condições, tem se mostrado eficaz no âmbito de proporcionar maior sentimento de pertencimento, aceitação e melhora na autoestima dessas pessoas. 4 CONSIDERAÇÕES FINAISPortanto, é fato que, apesar de ser uma cirurgia muitas vezes imprescindível à sobrevivência da mulher, a mastectomia reflete em sua vida como um todo. Nessa perspectiva, a dimensão psicossocial é uma vertente fundamental nesse processo, visto os impactos profundos à autoestima e autoaceitação da mulher, os quais podem resultar em quadros graves de depressão, por exemplo. Em função disso, o resumo explicita a importância e as dificuldades de acesso à reconstrução mamária, uma vez que o SUS apresenta falhas na total assistência necessária. Assim, são recomendadas e estimuladas, também, as mais diversas técnicas que buscam devolver à mulher seu sentimento de pertencimento e feminilidade. Em exemplo estão as tatuagens, próteses e grupos de apoio psicológico voltados a essa questão, que vêm ganhando espaço social de grande importância na autoaceitação e no apoio feminino. Nesse cenário, vale ressaltar como a luta contra o câncer de mama vai além dos procedimentos oncológicos, afetando as mulheres de forma profunda, com cicatrizes que vão além da pele e, assim, ressaltando a relevância dessa vicissitude social precisar de mais destaque e mais políticas públicas que assegurem seus direitos.   

    Extensão universitária como ferramenta de promoção de saúde e ressignificação do cuidado à criança hospitalizada

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    Este trabalho descreve a experiência das ações desenvolvidas pelo Projeto de Extensão Universitária “Acolher”, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), durante o ano de 2016. As intervenções realizadas foram pautadas no desenvolvimento de atividades lúdico-educativas na área de saúde pediátrica nas Enfermarias de cuidados infantis do Hospital Geral do Estado, em Maceió-AL, através do emprego da ludoterapia e da educação em saúde. A partir da introdução de tais estratégias, pode-se propor alternativas às privações e restrições impostas pelo ambiente hospitalar, diminuindo a tensão do processo de internação e colocando em prática a promoção de saúde através de momentos de descontração, integração e de compartilhamento de conhecimentos

    CMB-S4 Science Book, First Edition

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    This book lays out the scientific goals to be addressed by the next-generation ground-based cosmic microwave background experiment, CMB-S4, envisioned to consist of dedicated telescopes at the South Pole, the high Chilean Atacama plateau and possibly a northern hemisphere site, all equipped with new superconducting cameras. CMB-S4 will dramatically advance cosmological studies by crossing critical thresholds in the search for the B-mode polarization signature of primordial gravitational waves, in the determination of the number and masses of the neutrinos, in the search for evidence of new light relics, in constraining the nature of dark energy, and in testing general relativity on large scales

    Altered ureteric branching morphogenesis and nephron endowment in offspring of diabetic and insulin-treated pregnancy

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    <div><p>There is strong evidence from human and animal models that exposure to maternal hyperglycemia during <i>in utero</i> development can detrimentally affect fetal kidney development. Notwithstanding this knowledge, the precise effects of diabetic pregnancy on the key processes of kidney development are unclear due to a paucity of studies and limitations in previously used methodologies. The purpose of the present study was to elucidate the effects of hyperglycemia on ureteric branching morphogenesis and nephrogenesis using unbiased techniques. Diabetes was induced in pregnant C57Bl/6J mice using multiple doses of streptozotocin (STZ) on embryonic days (E) 6.5-8.5. Branching morphogenesis was quantified <i>ex vivo</i> using Optical Projection Tomography, and nephrons were counted using unbiased stereology. Maternal hyperglycemia was recognised from E12.5. At E14.5, offspring of diabetic mice demonstrated fetal growth restriction and a marked deficit in ureteric tip number (control 283.7±23.3 vs. STZ 153.2±24.6, mean±SEM, <i>p</i>&lt;0.01) and ureteric tree length (control 33.1±2.6 mm vs. STZ 17.6±2.7 mm, <i>p</i> = 0.001) vs. controls. At E18.5, fetal growth restriction was still present in offspring of STZ dams and a deficit in nephron endowment was observed (control 1246.2±64.9 vs. STZ 822.4±74.0, <i>p&lt;</i>0.001). Kidney malformations in the form of duplex ureter and hydroureter were a common observation (26%) in embryos of diabetic pregnancy compared with controls (0%). Maternal insulin treatment from E13.5 normalised maternal glycaemia but did not normalise fetal weight nor prevent the nephron deficit. The detrimental effect of hyperglycemia on ureteric branching morphogenesis and, in turn, nephron endowment in the growth-restricted fetus highlights the importance of glycemic control in early gestation and during the initial stages of renal development.</p> </div

    Global Tipping Points Report 2023: Ch1.5: Climate tipping point interactions and cascades.

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    This chapter reviews interactions between climate tipping systems and assesses the potential risk of cascading effects. After a definition of tipping system interactions, we map out the current state of the literature on specific interactions between climate tipping systems that may be important for the overall stability of the climate system. For this, we gather evidence from model simulations, observations and conceptual understanding, as well as archetypal examples of palaeoclimate reconstructions where propagating transitions were potentially at play. This chapter concludes by identifying crucial knowledge gaps in tipping system interactions that should be resolved in order to improve risk assessments of cascading transitions under future climate change scenarios
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