49 research outputs found

    Editorial

    Get PDF
    Trata-se do editorial da revista

    Editorial

    Get PDF
    O dossiê desta edição desenvolve o tema “Semioses e contratos de comunicação” em quatro registros. Marcia Benetti aborda o contrato pela ótica da co-participação de atores do processo de reconhecimento recíproco das restrições da situação e do quadro prévio de referência do discurso. Quem troca com quem? Para que se troca? O que é tratado na ação comunicacional? Em que condições discursivas ela se dá? Muniz Sodré e raquel Paiva, ao examinar as narrativas de “grande consumo”, lançam mão do estudo das semioses híbridas como processos genéricos de comunicação, a saber, dispositivos retóricos de captura de atenção por meio de conteúdos fabulativos, aglutinadores de elementos míticos. a semiótica impregna os corpos dos telespectadores com os sentidos construídos pelos programas colados em pastiche. Kati Caetano examina justamente o aspecto de qualidade “estésica” dos discursos e seu apelo ao sensível do corpo, ancorados no sincretismo textual, constituindo componentes essenciais de modulação da experiência estésica do enunciatário em relação ao mundo. as estratégias enunciativas adquirem, assim, além de um fim informativo, o estatuto de formas de sensibilização passionalizada de leitores e consumidores por meio de modos que extrapolam a representação. No texto de Ciro Marcondes o contrato de comunicação se espatifa, pois além das teorias comunicacionais — que ainda falam do entendimento entre atores, como a habermasiana —, ou das teorias sistêmicas — como a de Luhmann, em que o sujeito se esfumaça dentro de estruturas —, o autor propõe sua nova teoria, que vem sendo esboçada em vários de seus livros. Entre os artigos, o leitor terá encontro com dez autores em seis textos. Mauro Baptista faz um panorama sobre a pesquisa de design e cinema e afirma que a direção de arte se transformou no design de produção a partir do uso das técnicas de finalização de imagem digital. Jeder Janotti e Thiago Soares desdobram a metodologia de análise midiática publicidade dita “contra-intuitiva” numa peça publicitária da Fiat. Carolina Sá-Carvalho e Maurício Lissovsky examinam em fotografias as transformações do sofrimento e da dor. Adriana Stürmer e Ada Machado abordam uma série televisiva para estudar produções de sentido identitário de narrativas sobre imigrantes. Maria Lucia Vissoto encara o acontecimento na reportagem jornalística, considerando a questão da tensividade, a partir da semiótica greimasiana. As resenhas desvendam três livros: Cintia dal Bello apresenta O show do eu: a intimidade como espetáculo, de Paula Sibilia, que deve sair em breve, para explicitar a espetacularização do eu em rede; Fernando Resende explica os rumos da coletânea metodologia da pesquisa em jornalismo, organizada por Claudia Lago e Marcia Benetti, que acaba de sair em segunda edição, nem um ano depois de seu lançamento; Laurindo Lalo Leal Filho destrincha políticas de comunicação: buscas teóricas e práticas, coletânea organizada por Murilo Ramos e Suzy dos Santos sobre as políticas de comunicação no país. José luiz Aidar Prado Edito

    Editorial

    Get PDF
    Editoria

    Das multidões acontecimentais à política pós-acontecimental

    Get PDF
    No presente ensaio trata-se de pensar uma multidão acontecimental que enfrente o surgimento do bolsonarismo a partir de uma retomada das teorias da multidão desenvolvidas durante o século XX. Acontecimento é pensado aqui a partir da filosofia de Badiou; atravessaremos a psicologia das multidões, a ênfase de Freud nas lógicas sociais a partir do laço libidinal, a retomada freudiana de Laclau pensando num continuum das lógicas sociais de organização multitudinal, o foco de Jodi Dean na relação entre a multidão acontecimental e a forma partido e, finalmente, a dialética da emergência em Safatle a partir do trabalho do negativo.This essay focuses on thinking about an eventful crowd that faces the emergence of bolsonarism from a resumption of crowd theories developed during the 20th century. Event is thought here based on Badiou's philosophy; we will go through the psychology of crowds, Freud's emphasis on social logics based on the libidinal bond, Laclau's Freudian resumption thinking about a continuum of social logics of multitudinal organization, Jodi Dean's focus on the relationship between the eventful crowd and the party form and, finally, the dialectic of emergence in Safatle from the work of the negative

    Clean perversion in consumer culture

    Get PDF
    Contemporary culture is a perverse assembly, as it seeks to liberate the selfish subject to the world of the sensitive and the drive. In the 20th century an increasing liberation of the drives occurred, connecting the neurotic consumer and the puritan perverse. The perversion is sought, but remaining clean, demanding strong musical beatings and varied substances varying between the postmodern neurotic consumer and the puritan perverse to this end. The result is a society in which everyone internalizes the law of the market to satisfy the drives, disconnecting the subject function. To understand the transformations of communication culture of the perverse city, a psychoanalytic theory of the drives and passions is necessary.A cultura contemporânea é montagem perversa, na medida em que busca liberar o sujeito egoísta para o mundo do sensível e da pulsão. Durante o século XX, houve crescente liberação das pulsões, estabelecendo-se uma ligação entre o neurótico consumidor e o perverso puritano. Busca-se a perversão, mas permanecendo-se clean, exigindo, para tal, batidas musicais pulsionais e substâncias variadas com graus entre o neurótico consumidor pós-moderno e o perverso puritano. O resultado é a interiorização da lei de mercado a fim de buscar a satisfação das pulsões, desligando quando possível a função sujeito. Para entender as transformações da cultura comunicacional da cidade perversa, é preciso uma teoria psicanalítica das pulsões e das paixões

    Crítica de mídia em perspectiva aberta

    Get PDF
    What does it mean to criticize media nowadays? We will discuss this theme in two directions: first, conceptualizing critique by using Judith Butler; then, we will conceptualize the mediatic part from the critique, from the perspective of psychoanalysis, considering the concepts of symptom and fantasy. Concretely, we will examine the polarization in Brazil after 2013, from the idea of affections. How to deal with this polarization? How can discourse theory, psychoanalysis and tensive semiotics collaborate to situate this polarization from politics and the circuit of affections?O que significa hoje fazer crítica midiática? Abordaremos o tema em duas vetorizações: a primeira, entendendo a crítica a partir de Judith Butler; a segunda, situando o midiático da crítica a partir da psicanálise, considerando os conceitos de sintoma e fantasia. Como objeto concreto, examinaremos o tema da polarização pós-2013 no país a partir da questão dos afetos. Como dar conta dessa polarização? Como a teoria do discurso, a psicanálise e a semiótica tensiva podem colaborar na tarefa de situar essa polarização a partir da política e do circuito dos afetos?

    O leitor infiel diante dos mapas da mídia semanal performativa

    Get PDF
    This article is based upon Austin’s concept of performative speech act, in order to examine the performative role played by weekly media. Firstly the said concept is introduced, discussing it from other viewpoints, such as Deleuze’s and Buttler’s. Secondly, we discuss how weekly media, particularly Veja magazine, creates words of command and success maps in the globalized world for its readers. Which is the position of the enunciator and the receptor within this “educative” economy (rather than informative), beyond informative journalism? The figure of the unfaithful reader is proposed, as a model to educate politically aware readers, less guided by a powerful enunciator. Key words: weekly media, performativity, discourse.Este artigo parte do conceito de ato de fala performativo, de Austin, para examinar o papel performativo da mídia semanal. Em primeiro lugar, é apresentado o conceito, retomando-o de outros pontos de vista, como em Deleuze e em Butler, para posteriormente discutirmos como a mídia semanal, em particular Veja, cria palavras de ordem e mapas do sucesso no mundo globalizado para seus leitores. Qual é a posição do enunciador e do enunciatário nessa economia “educativa” (mais que informativa), para além do jornalismo constatativo (informativo)? É proposta a figura do leitor infiel como modelo de formação de um leitor mais politizado, menos dirigido por um enunciador poderoso. Palavras-chave: mídia semanal, performatividade, discurso

    Capitais de midiatização: da circulação à propagação interativa

    Get PDF
    Esse texto examina teoricamente a midiatização, no capitalismo comunicacional, em sua força de produção de mais-valor a partir da circulação em rede, considerandoaspectos socioculturais, econômicos e tecnológicos. Para tanto, visitaremos ummodelo multidirecional de análise da circulação, para depois debatermos a relaçãoentre midiatização e circuitos pulsionais de consumo; neste aspecto a psicanálise traz uma contribuição para o debate sobre a busca de gozo nas aventuras circulatórias das redes, seja em casos ligados diretamente ao consumo, como nas redes de desejo da gastronomia, como nos casos de polarização em que as controvérsias identitárias conduzem a uma produção de capital de grupo em torno da luta concreta contra o inimigo. Por fim, consideramos a importância dos fatores não econômicos na produção do mais-valor semiótico

    Editorial

    Get PDF
    Editoria
    corecore