11 research outputs found
ENTRE A UTOPIA E A DISTOPIA: AMBIENTE E CONTROLE DO PROCESSO REPRODUTIVO
In this article, I present a reflection on the dystopian possibilities of controlling the reproductive process and the oppression of women based on their bodies and their capacity to procreate, as depicted in the book The Handmaid 's Tale by canadian writer Margaret Atwood. Employing discourse analysis as a theoretical-methodological tool, I draw a comparative analyses with the utopia vision of social transformation through childbirth advocated by the French physician Michel Odent. Through the text, I delve into the intertwined themes of both works, focusing on the pursuit of natural childbirth and the repercussions of environmental degradation. Furthermore, I examineAtwood's portrayal of a eugenic, oppressive and totalitarian white society, the exclusion of black people from Atwood’s work and the use of real events of violence against enslaved black women in the United States, which regretably lack proper referencesNeste artigo proponho uma reflexão acerca das possibilidades distópicas do controle do processo reprodutivo e da opressão das mulheres a partir de seus corpos e de sua capacidade de gerar, a partir da obra O Conto de Aia, da escritora canadense Margaret Atwood. Utilizo como ferramenta teórico-metodológica a análise do discurso e uso para efeito comparativo a utopia de transformação social a partir do nascimento defendida pelo médico francês Michel Odent. No desenvolvimento do texto, abordo as temáticas que se cruzam nas duas obras relacionadas à realização do parto da forma mais natural possível e os efeitos da degradação do meio ambiente. Abordo também a projeção de Atwood de uma sociedade eugênica, opressora e totalitária branca, a exclusão de pessoas negras da obra e a utilização de acontecimentos reais da violência contra as mulheres negras escravizadas nos Estados Unidos, não devidamente referenciadas
“#Síndrome de menasmain#” : a mãe má e a boa mãe da blogosfera materna brasileira
Este artigo versa sobre o modelo ideal de mãe e seu avesso nos blogs maternos brasileiros na última década. Apresentamos no texto como se apresenta na blogosfera a designação da “menos mãe” ou “menas mãe” versus da “mais mãe” e quais comportamentos são considerados determinantes para tal. Discutimos ainda como a definição da boa mãe a partir de seu avesso, estratégia que não é nova no processo de normalização feminina, está atrelada às noções de sacrifício e culpa materna, ainda que paradoxalmente seja defendida a possibilidade de escolha feminina. Por fim, apontamos para a patologização da mulher que não corresponde à imagem materna idealizada e o protesto de mulheres que discordam desta estratificação e clamam pelo fim dos julgamentos.
Composição corporal e exigências líquidas de macroelementos minerais de bovinos F1 Simental x Nelore
Maternidade ativa and world care
Esta pesquisa teve como objetivo identificar as condições de emergência do discurso autodenominado maternidade ativa e suas regularidades enunciativas. Utilizando a perspectiva teórico-metodológica da análise do discurso inspirada em Michel Foucault, analisa-se centralmente um conjunto de publicações feitas por mulheres-mães em blogs maternos brasileiros na última década e o referencial teórico do obstetra francês Michel Odent. Nesse discurso, é defendida uma maternagem realizada por escolha feminina, consciente, guiada pela natureza e pelos instintos, respeitosa ao meio ambiente e baseada no protagonismo feminino e na dedicação intensiva materna. A maternidade ativa configura-se como um ativismo feminino por mudanças nas formas de parir e maternar que tem como finalidade o empoderamento materno, a melhoria do cuidado infantil e a transformação do mundo. A análise dos blogs e dos comentários às postagens permitiu perceber que esta formação discursiva professa formas legítimas e ilegítimas de como maternar, o que contradiz a liberdade de escolha defendida, gera disputas entres as mulheres sobre como maternar, intensifica a culpa materna e contribui na construção de um ideal de mãe e de cuidado que não considera os privilégios de classe, raça e gênero. Depreende-se que esse ativismo, embora se pretenda revolucionário e feminista e busque contrapor-se ao sistema social vigente, está em acordo com a maternagem intensiva requerida às mães na sociedade contemporânea e opera na racionalidade neoliberal, aprofundando a responsabilidade feminina pelo cuidado infantil.This research aimed to identify the emergency conditions of the maternalist discourse in Brazil, self-called maternidade ativa [active motherhood] and its enunciative regularities. Using the theoretical-methodological perspective of discourse analysis inspired by Michel Foucault, a set of publications made by women-mothers on Brazilian maternal blogs in the last decade and the theoretical framework of the French obstetrician Michel Odent are centrally analyzed. In this discourse, a motherhood carried out by female choice, conscious, guided by nature and instincts, respectful of the environment and based on female protagonism and intensive maternal dedication is defended. Maternidade ativa is configured as a female activism due to changes in the ways of giving birth and motherhood that aims at maternal empowerment, the improvement of child care and the transformation of the world. The analysis of the blogs and the comments to the posts allowed us to realize that this discursive formation professes legitimate and illegitimate forms of motherhood, which contradicts the freedom of choice defended, generates disputes among women about how to mothering, intensifies maternal guilt and contributes to the construction of an ideal of mother and care that does not consider the privileges of class, race and gender. It appears that this activism, although intended to be revolutionary and feminist and seeks to oppose the current social system, is in accordance with the intensive mothering required of mothers in contemporary society and operates in neoliberal rationality, deepening female responsibility for child care
NEOTROPICAL ALIEN MAMMALS: a data set of occurrence and abundance of alien mammals in the Neotropics
Biological invasion is one of the main threats to native biodiversity. For a species to become invasive, it must be voluntarily or involuntarily introduced by humans into a nonnative habitat. Mammals were among first taxa to be introduced worldwide for game, meat, and labor, yet the number of species introduced in the Neotropics remains unknown. In this data set, we make available occurrence and abundance data on mammal species that (1) transposed a geographical barrier and (2) were voluntarily or involuntarily introduced by humans into the Neotropics. Our data set is composed of 73,738 historical and current georeferenced records on alien mammal species of which around 96% correspond to occurrence data on 77 species belonging to eight orders and 26 families. Data cover 26 continental countries in the Neotropics, ranging from Mexico and its frontier regions (southern Florida and coastal-central Florida in the southeast United States) to Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay, and the 13 countries of Caribbean islands. Our data set also includes neotropical species (e.g., Callithrix sp., Myocastor coypus, Nasua nasua) considered alien in particular areas of Neotropics. The most numerous species in terms of records are from Bos sp. (n = 37,782), Sus scrofa (n = 6,730), and Canis familiaris (n = 10,084); 17 species were represented by only one record (e.g., Syncerus caffer, Cervus timorensis, Cervus unicolor, Canis latrans). Primates have the highest number of species in the data set (n = 20 species), partly because of uncertainties regarding taxonomic identification of the genera Callithrix, which includes the species Callithrix aurita, Callithrix flaviceps, Callithrix geoffroyi, Callithrix jacchus, Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata, and their hybrids. This unique data set will be a valuable source of information on invasion risk assessments, biodiversity redistribution and conservation-related research. There are no copyright restrictions. Please cite this data paper when using the data in publications. We also request that researchers and teachers inform us on how they are using the data