170 research outputs found

    Atrial Fibrillation Diagnosis using ECG Records and Self-Report in the Community:Cross-Sectional Analysis from ELSA-Brasil

    Get PDF
    FUNDAMENTO: A fibrilação ou flutter atrial (FFA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum. Existem poucos dados sobre a epidemiologia da FFA na América do Sul. OBJETIVO: O presente estudo procurou descrever a epidemiologia clínica da FFA e o uso de anticoagulantes na avaliação da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). MÉTODOS: Foram analisados dados de 13.260 participantes do ELSA-Brasil. A FFA foi definida pelo eletrocardiograma ou por autorrelato. Modelos de regressão logística foram construídos para analisar fatores associados à FFA. Este estudo também analisou se idade e sexo estavam associados ao uso de anticoagulantes para evitar acidente vascular cerebral. O nível de significância foi de 5%. RESULTADOS: A idade mediana foi de 51 anos, e 7.213 (54,4%) participantes eram mulheres. A FFA foi detectada em 333 (2,5%) participantes. O aumento da idade (razão de chances [RC]:1,05; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,04-1,07), hipertensão (RC:1,44; IC95%:1,14-1,81) coronariopatia (RC: 5,11; IC95%:3,85–6,79), insuficiência cardíaca (RC:7,37; IC95%:5,00–10,87) e febre reumática (RC:3,38; IC95%:2,28–5,02) foram associadas à FFA. Dos 185 participantes com FFA e pontuação no CHA(2)DS(2)-VASc≥2, apenas 20 (10,8%) usavam anticoagulantes (50,0% entre aqueles com FFA no eletrocardiograma de linha de base). O uso de anticoagulantes nesse grupo foi associado a maior idade (1,8% vs 17,7% naqueles com idade ≤ 54 e ≥ 65 anos, respectivamente; p=0,013). Observou-se uma tendência ao menor uso de anticoagulantes em mulheres (7,1% vs. 16,4% em mulheres e homens, respectivamente; p=0,055). CONCLUSÕES: No recrutamento do ELSA-Brasil, 2,5% dos participantes tinham FFA. O baixo uso de anticoagulantes era comum, o que representa um desafio para os cuidados de saúde nesse cenário

    Major electrocardiographic abnormalities according to the Minnesota coding system among Brazilian adults (from the ELSA-Brasil cohort study)

    Get PDF
    The electrocardiogram is a simple and useful clinical tool; nevertheless, few studies have evaluated the prevalence of electrocardiographic abnormalities in the Latin American population. This study aims to evaluate the major electrocardiographic abnormalities according to the Minnesota coding system in Brazilian adults, stratified by gender, age, race, and cardiovascular risk factors. Data from 14,424 adults (45.8% men, age 35 to 74 years) were obtained at baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), according to standardized protocol. The electrocardiogram were obtained with the Burdick Atria 6100 machine, stored on Pyramis System, automatically coded according to the Minnesota coding system by the Glasgow University software and then manually revised. Major abnormalities were more prevalent in men than women (11.3% and 7.9%, p <0.001). These differences were consistent through the different age groups, race, and number of cardiovascular risk factors. Electrocardiographic major abnormalities were more prevalent in black participants for both men (black: 15.1%, mixed: 10.4%, white: 11.1%, p = 0.001) and women (black: 10%, mixed: 7.6%, white: 7.2%, p = 0.004). In conclusion, in this large sample of Brazilian adults, the prevalence of major electrocardiographic abnormalities was higher among men, the elderly, black, and among people with more cardiovascular risk factors

    Electrocardiographic findings and prognostic values in patients hospitalised with COVID-19 in the World Heart Federation Global Study

    Full text link
    BACKGROUND COVID-19 affects the cardiovascular system and ECG abnormalities may be associated with worse prognosis. We evaluated the prognostic value of ECG abnormalities in individuals with COVID-19. METHODS Multicentre cohort study with adults hospitalised with COVID-19 from 40 hospitals across 23 countries. Patients were followed-up from admission until 30 days. ECG were obtained at each participating site and coded according to the Minnesota coding criteria. The primary outcome was defined as death from any cause. Secondary outcomes were admission to the intensive care unit (ICU) and major adverse cardiovascular events (MACE). Multiple logistic regression was used to evaluate the association of ECG abnormalities with the outcomes. RESULTS Among 5313 participants, 2451 had at least one ECG and were included in this analysis. The mean age (SD) was 58.0 (16.1) years, 60.7% were male and 61.1% from lower-income to middle-income countries. The prevalence of major ECG abnormalities was 21.3% (n=521), 447 (18.2%) patients died, 196 (8.0%) had MACE and 1115 (45.5%) were admitted to an ICU. After adjustment, the presence of any major ECG abnormality was associated with a higher risk of death (OR 1.39; 95% CI 1.09 to 1.78) and cardiovascular events (OR 1.81; 95% CI 1.30 to 2.51). Sinus tachycardia (>120 bpm) with an increased risk of death (OR 3.86; 95% CI 1.97 to 7.48), MACE (OR 2.68; 95% CI 1.10 to 5.85) and ICU admission OR 1.99; 95% CI 1.03 to 4.00). Atrial fibrillation, bundle branch block, ischaemic abnormalities and prolonged QT interval did not relate to the outcomes. CONCLUSION Major ECG abnormalities and a heart rate >120 bpm were prognostic markers in adults hospitalised with COVID-19

    Deep neural network-estimated electrocardiographic age as a mortality predictor

    Get PDF
    The electrocardiogram (ECG) is the most commonly used exam for the evaluation of cardiovascular diseases. Here we propose that the age predicted by artificial intelligence (AI) from the raw ECG (ECG-age) can be a measure of cardiovascular health. A deep neural network is trained to predict a patient’s age from the 12-lead ECG in the CODE study cohort (n = 1,558,415 patients). On a 15% hold-out split, patients with ECG-age more than 8 years greater than the chronological age have a higher mortality rate (hazard ratio (HR) 1.79, p < 0.001), whereas those with ECG-age more than 8 years smaller, have a lower mortality rate (HR 0.78, p < 0.001). Similar results are obtained in the external cohorts ELSA-Brasil (n = 14,236) and SaMi-Trop (n = 1,631). Moreover, even for apparent normal ECGs, the predicted ECG-age gap from the chronological age remains a statistically significant risk predictor. These results show that the AI-enabled analysis of the ECG can add prognostic information

    Tratamento em massa para controle das helmintíases intestinais em área endêmica na Amazônia Brasileira

    Get PDF
    The objective of the present study was to estimate the prevalence of soil-transmitted helminthiasis and evaluate the sanitary conditions and the role of a mass treatment campaign for control of these infections in Santa Isabel do Rio Negro. A cross-sectional survey was carried out in 2002, to obtain data related to the sanitary conditions of the population and fecal samples for parasitological examination in 308 individuals, followed by a mass treatment with albendazole or mebendazole with coverage of 83% of the city population in 2003. A new survey was carried out in 2004, involving 214 individuals, for comparison of the prevalences of intestinal parasitosis before and after the mass treatment. The prevalences of ascariasis, trichuriasis and hookworm infection were 48%; 27% and 21% respectively in 2002. There was a significant decrease for the frequency of infections by Ascaris lumbricoides (p < 0.05; OR / 95% CI = 0.44 / 0.30 - 0.65), Trichuris trichiura (p < 0.05; OR / 95% CI = 0.37 / 0.22 - 0.62), hookworm (p < 0.05; OR / 95% CI = 0.03 / 0.01 - 0.15) and helminth poliparasitism (p < 0.05; OR / 95% CI = 0.16 / 0.08 - 0.32). It was also noticed a decrease of prevalence of infection by Entamoeba histolytica / dispar (p < 0.05; OR / 95% CI = 0.30 / 0.19 - 0.49) and non-pathogenic amoebas. It was inferred that a mass treatment can contribute to the control of soil-transmitted helminthiasis as a practicable short-dated measure. However, governmental plans for public health, education and urban infrastructure are essential for the sustained reduction of prevalences of those infections.O presente trabalho objetivou avaliar a prevalência e o papel de um tratamento em massa das helmintíases intestinais em Santa Isabel do Rio Negro, Estado do Amazonas, Brasil. Foi realizado em 2002 um estudo seccional, incluindo inquérito copro-parasitológico, objetivando a obtenção das prevalências das parasitoses intestinais e dados sobre as condições sanitárias do local, estudando-se uma amostra de 308 indivíduos. Em 2003 foi realizada intervenção para tratamento em massa das helmintíases intestinais com administração de albendazol (ou mebendazol para crianças entre 12 e 24 meses) na sede do município, alcançando-se 83% de cobertura. Novo inquérito copro-parasitológico foi realizado em 2004, para comparação das prevalências antes a após o tratamento. As prevalências das infecções por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e ancilostomídeos foram 48%, 27% e 21%, respectivamente em 2002. Em 2004 observou-se redução significativa das infecções por Ascaris lumbricoides (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,44 / 0,30 - 0,65), Trichuris trichiura (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,37 / 0,22 - 0,62), ancilostomídeos (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,03 / 0,01 - 0,15) e poliparasitismo por helmintos intestinais (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,16 / 0,08 - 0,32). Foi também observada redução da prevalência de infecção por Entamoeba histolytica/dispar (p < 0,05; OR / 95% CI = 0,30 / 0,19 - 0,49). Concluiu-se que o tratamento em massa pode auxiliar o controle das helmintíases intestinais, porém ações governamentais em infraestrutura urbana e educação são essenciais para uma redução sustentada das prevalências destas infecções

    Epidemiology and outcomes of non-cardiac surgical patients in Brazilian intensive care units

    Get PDF
    OBJECTIVES: Due to the dramatic medical breakthroughs and an increasingly ageing population, the proportion of patients who are at risk of dying following surgery is increasing over time. The aim of this study was to evaluate the outcomes and the epidemiology of non-cardiac surgical patients admitted to the intensive care unit. METHODS: A multicenter, prospective, observational, cohort study was carried out in 21 intensive care units. A total of 885 adult surgical patients admitted to a participating intensive care unit from April to June 2006 were evaluated and 587 patients were enrolled. Exclusion criteria were trauma, cardiac, neurological, gynecologic, obstetric and palliative surgeries. The main outcome measures were postoperative complications and intensive care unit and 90-day mortality rates. RESULTS: Major and urgent surgeries were performed in 66.4% and 31.7% of the patients, respectively. The intensive care unit mortality rate was 15%, and 38% of the patients had postoperative complications. The most common complication was infection or sepsis (24.7%). Myocardial ischemia was diagnosed in only 1.9% of the patients. A total of 94 % of the patients who died after surgery had co-morbidities at the time of surgery (3.4 ± 2.2). Multiple organ failure was the main cause of death (53%). CONCLUSION: Sepsis is the predominant cause of morbidity in patients undergoing non-cardiac surgery. In this patient population, multiple organ failure prevailed as the most frequent cause of death in the hospital.OBJETIVO: Devido aos avanços da medicina e ao envelhecimento da população, a proporção de pacientes em risco de morte após cirurgias está aumentando. Nosso objetivo foi avaliar o desfecho e a epidemiologia de cirurgias não cardíacas em pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: Estudo prospectivo, observacional, de coorte, realizado em 21 unidades de terapia intensiva. Um total de 885 pacientes adultos, cirúrgicos, consecutivamente admitidos em unidades de terapia intensiva no período de abril a junho de 2006 foi avaliado e destes, 587 foram incluídos. Os critérios de exclusão foram; trauma, cirurgias cardíacas, neurológicas, ginecológicas, obstétricas e paliativas. Os principais desfechos foram complicações pós-cirúrgicas e mortalidade na unidade de terapia intensiva e 90 dias após a cirurgia. RESULTADOS: Cirurgias de grande porte e de urgência foram realizadas em 66,4% e 31,7%, dos pacientes, respectivamente. A taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva foi de 15%, e 38% dos pacientes tiveram complicações no pós-operatório. A complicação mais comum foi infecção ou sepse (24,7%). Isquemia miocárdica foi diagnosticada em apenas 1,9%. Um total de 94 % dos pacientes que morreram após a cirurgia tinha co-morbidades associadas (3,4 ± 2,2). A principal causa de óbito foi disfunção de múltiplos órgãos (53%). CONCLUSÃO: Sepse é a causa predominante de morbidade em pacientes submetidos a cirurgias não cardíacas. A grande maioria dos óbitos no pós-operatório ocorreu por disfunção de múltiplos órgãos.Faculdade de Medicina de São José do Rio PretoServidor Público Estadual Serviço de Terapia IntensivaHospital São Lucas Unidade Coronariana IntensivaHospital Moinhos de Vento Centro de Terapia IntensivaClínica Sorocaba Centro de Terapia IntensivaClínica São Vicente Centro de Terapia IntensivaUniversidade Federal da Paraíba Hospital Universitário Unidade de Terapia Intensiva de AdultosUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Hospital Pró-Cardíaco Centro de Terapia IntensivaUniversidade Federal do Mato Grosso do Sul Hospital Universitário Centro de Terapia Intensiva AdultoUniversidade Estadual de LondrinaHospital de Terapia IntensivaUniversidade Estadual do PiauíHospital Santa Luzia Centro de Terapia IntensivaUniversidade Estadual do Oeste do ParanáFaculdade de Medicina de São José do Rio Preto Hospital de BaseHospital do Servidor Público EstadualHospital Cardiotrauma IpanemaSanta Casa de Misericórdia Centro de Terapia IntensivaUNIFESPSciEL

    A inserção do Brasil no mercado mundial de alumínio: incorporando contribuições da Ecologia Política para a Saúde Coletiva

    Get PDF
    O presente artigo discute a inserção do Brasil no mercado mundial de alumínio a partir dos referenciais teóricos da ecologia política, da economia política do território e da saúde coletiva. A conjuntura contemporânea da economia mundial tem sido pautada pela desregulamentação e liberalização, característicos do ideário neoliberal propalado pelas nações centrais. A maior participação do Brasil nesse mercado tem sido realizada a partir do aumento da produção e exportação de commodities agrárias e metálicas, como o alumínio. Nesse sentido, a partir dos paradigmas da ecologia política, o texto propõe uma análise das consequências socioambientais, assim como sobre novas territorialidades que se produzem e reproduzem dentro de uma lógica econômica que privilegia as nações centrais. Do mesmo modo, procura-se compreender os dilemas da saúde coletiva sob uma perspectiva holística e integradora na qual se articula aos modelos de desenvolvimento econômico. Percebe-se que a produção e exportação de alumínio primário, apesar de apresentar um valor agregado maior, esconde um conjunto difuso de impactos que afetam o ambiente e a saúde coletiva
    corecore