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    O Irão de Ahmadinejad

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    O Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, reflecte a segunda geração herdeira da Revolução Islâmica de 1979, que é, por natureza, conservadora e anti-ocidental. A sua base de apoio é um movimento que resulta da fusão entre conservadores-extremistas religiosos, grupos militares e para-militares (em particular os Guardas Revolucionários e os basij), que se propõem fazer cumprir os ideais da Revolução. Todos eles abraçaram visões socialmente conservadoras e internacionalmente conflituosas, tendo alguns apoiado actividades violentas no exterior. Na perspectiva externa, o estilo tem sido mais agressivo, o que tem agravado as tensões com Washington. Importa lembrar que o Irão é governado por instituições complexas, com vários centros de poder em competição, favorecendo a continuidade à mudança. Nenhum dos aspectos essenciais do comportamento passado mudou: o regime está longe do colapso, detém trunfos no que diz respeito quer ao Iraque, quer à proliferação nuclear. Além disso, apoia a actividade terrorista no estrangeiro. Consequentemente, qualquer possibilidade de mudança no seu comportamento só poderá resultar de um esforço sério e coordenado de integração do Irã

    Um Regime de Segurança para o Mediterrâneo: as Dificuldades do Processo

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    Passados mais de dez anos sobre o fim da Guerra Fria e contando com alguns anos de experiência das iniciativas de diálogo euro/ /atlântico-mediterrânicas, pode-se com rigor concluir que o ambiente de incerteza e de insegurança na bacia mediterrânica se dissipou? Dificilmente. O novo contexto internacional do pós-11 de Setembro, veio sublinhar a importância da cooperação euro-mediterrânica. Não existe uma identidade de segurança no Mediterrâneo e, assim, as possibilidades de criação e sustentabilidade de um regime de segurança cooperativo e multilateral são fracas. Na vertente da segurança, o Processo de Barcelona, tornou-se apenas numa estrutura de diálogo, informação e transparência, um mecanismo gerador de confiança sistémica. No processo, foi reduzida ao mínimo denominador comum e esvaziada das potencialidades para acções de prevenção de conflitos e de gestão de conflitos

    Storytelling in corporate branding : application to a McDonald's Portugal Digital Platform

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    Mestrado em MarketingEsta tese é uma reflexão teórica e prática sobre a presença do storytelling na comunicação corporativa, numa perspectiva que compreende a semiótica e a narratologia num contexto de comunicação estratégica de marketing. Analisamos a junção entre os conceitos de storytelling corporativo, storytelling da marca, storytelling do consumidor e storytelling digital, uma vez que todos se reúnem num diálogo da marca, entre a empresa e o consumidor. O estudo exploratório assentou na nova plataforma da McDonald's "Histórias com M" e foi conduzido de forma a aferir a presença de uma comunicação estruturada na forma de história e para ressaltar quais os pontos comuns na comunicação da marca, através da representação de arquétipos. Apuramos que o storytelling corporativo da McDonald's, relativamente à sua imagem de empregador comunica essencialmente inspiração e determinação como os elementos-chave comuns e partilhados entre os (antigos) trabalhadores.This dissertation is a theoretical and practical reflection on the presence of Storytelling in Corporate Branding, from a perspective that includes semiotics and narratology in the context of marketing communication strategy. We analyze the merging among the concepts of organizational storytelling, branding storytelling, consumer storytelling and digital media storytelling as they all mingle into a branded dialogue between the company and the consumer. The exploratory research on McDonald's new platform "Histórias com M" was conducted in order to assess the presence of a story form structured communication and to enhance the touching points in the brand's communication, by means of archetypal representation. We found that McDonald's corporate storytelling on branding an employer image essentially communicates inspiration and determination as the key collective and shared elements between (former) workers

    Uma avaliação da missão da NATO no Afeganistão

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    O presente estudo visa avaliar sumariamente os resultados atingidos pelos Aliados no Afeganistão. Entre 2001 e 2007, os EUA e a NATO abandonaram gradualmente a abordagem militar do “light footprint”, inicialmente adoptada para evitar um envolvimento militar semelhante ao da URSS no Afeganistão. Vários factores, endógenos e exógenos, conduziram inadvertidamente a um reforço militar a partir de 2004, o que levou igualmente os militantes afegãos a mobilizaram-se para fazer frente à crescente presença estrangeira. O aumento das forças de combate pôs em relevo as limitações e efeitos contraprodutivos da abordagem militar para combater a guerrilha. Apesar de algumas PRTs terem obtido sucesso na implementação dos respectivos programas de intervenção, outras evidenciam uma nítida escassez de iniciativa e recursos logísticos e financeiros, contribuindo para um panorama geral insatisfatório e revelador de ausência de uma estratégia global clara e sustentável para o desenvolvimento do país. A tendência repercute-se, aliás, no cenário macro da missão da NATO, na medida em que a inexistência de coordenação estratégica entre os diversos contingentes nacionais é agravada por problemas internos do Afeganistão, tais como a economia do ópio, as divergências étnicas e políticas, a difícil relação com os vizinhos e corrupção endémica, entre outros

    Tendências nos conflitos de fraca intensidade

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    Os anos do pós-Guerra Fria têm sido marcados por uma conflitualidade crescente, marcada sobretudo pela eclosão de guerras internas, como conflitos étnicos. Estes conflitos têm lugar em Estados fracos e subdesenvolvidos, principalmente na África a sul do Saara (os “failed states”). Os conflitos internos põem uma série de problemas. Um deles é que as partes envolvidas, desde facções do exército, a milícias, guerrilhas e grupos de criminosos são, por vezes, difíceis de identificar nestes conflitos. Frequentemente, têm mais incentivos (estratégicos, económicos, sociais e de prestígio pessoal) em continuar a guerra do que em sentar-se à mesa das negociações. Além disso, nesta era em que vivemos, certas ameaças transnacionais como o terrorismo, crime organizado e a proliferação armamentista têm grandes probabilidades de se conjugar, constituindo ameaças de uma dimensão inaudita. A “Estratégia Europeia em Matéria de Segurança” (Dezembro de 2003) chama a atenção para o perigo que a congregação destas ameaças representa

    Democracia no Mundo Árabe

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    Enquanto que a democracia varre o globo, da América Latina à África, da Ásia ao antigo bloco de Leste, o Médio Oriente aparece como uma excepção neste movimento geral da História. As fracas manifestações de liberalização que surgiram são respostas fracas a desenvolvimentos oriundos de fora da região, nomeadamente a vitória do Ocidente sobre o comunismo e a derrota militar do Iraque. No debate sobre o papel do Islão na vida política das sociedades árabes, duas correntes se confrontam: a primeira vê o Islão como uma força hostil ao Ocidente e em rota de colisão com este. Os defensores desta corrente argumentam que as tentativas de promoção dos ideais democráticos no mundo árabe são vãs, pois não existe uma convergência de valores entre as duas culturas. O mundo árabe não está preparado para a democracia e, por isso, é preferível manter no poder os actuais regimes autoritários: a abertura prematura dos regimes políticos e a participação dos Islamistas no jogo político, permite-lhes explorar as vantagens do sistema democrático até capturarem o poder. Para a segunda corrente, deve ser dada aos Islamistas a oportunidade de ocuparem o poder. Para uns, a vaga Islamista é irresistível, uma força da História. O exercício do poder teria um efeito moderador sobre os Islamistas, limando a sua retórica excessiva, pondo-os face a face com os seus limites, forçando-os a saber negociar e encontrar plataformas de entendimento com outras forças políticas e sociais

    Portugal: An instrumental approach to peace support operations

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    Until recently, in per capita terms, Portugal was one of the most significant European contributors to international United Nations (UN) peacekeeping operations around the world. In the last few years, European Union and NATO missions and operations have topped deployment to UN operations. One can thus state that participation in peace support operations (PSO) has become a lodestar of Portuguese defence and foreign policies. The range of forces deployed, as well as the geographical diversity of deployment attest to the ambition and effort made by the Portuguese governments in becoming relevant in international affairs through PSO in the last 30 years. Given the limitations of a small power as Portugal, specialisation in the field of PSO is an asset for its positioning on the international scene, endowing it with a more active voice in matters of collective security and access to leadership positions.I am indebted to the EEG for providing me financial support and I am grateful to the reviewers of the manuscript for their thoughtful and detailed comments

    ¿Pueden los MOOC cerrar la brecha de oportunidades?: La contribución del diseño pedagógico social inclusivo

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    Massive Open Online Courses (MOOCs) are open courses made available online at no cost to the user and designed to scale up, allowing for a large number of participants. As such, they are a disruptive new development which has the potential to widen access to higher education since they contribute to social inclusion, the dissemination of knowledge and pedagogical innovation. However, assuring quality learning opportunities to all cannot be simply reduced to allowing free access to higher education. On the contrary, it implies assuring equitable opportunities for every participant to succeed in their learning experience. This goal depends on the quality of the learning design. To be successful, a massive open online learning experience has to empower learners and to facilitate a networked learning environment. In fact, MOOCs are designed to serve a high heterogeneity of profiles, with many differences regarding learning needs and preferences, prior knowledge, contexts of participation and diversity of online platforms. Personalization can play a key role in this process. In this article, the authors describe the iMOOC pedagogical model and its later derivative, the sMOOC model, and explain how they contributed to the introduction of the principles of diversity and learner equity to MOOC design, allowing for a clear differentiation of learning paths and also of virtual environments, while empowering participants to succeed in their learning experiences. Using a design-based research approach, a comparative analysis of two course iterations each representing each model is also presented and discussed.Los cursos en línea abiertos y masivos (MOOC) son cursos abiertos disponibles en línea sin costo para el usuario y diseñados para ampliarse, permitiendo un gran número de participantes. Como tales, son un nuevo desarrollo disruptivo que tiene el potencial de ampliar el acceso a la educación superior, ya que contribuyen a la inclusión social, la difusión del conocimiento y la innovación pedagógica. Sin embargo, garantizar oportunidades de aprendizaje de calidad para todos no puede reducirse simplemente a permitir el acceso gratuito a la educación superior. Por el contrario, implica asegurar oportunidades equitativas para que cada participante tenga éxito en su experiencia de aprendizaje. Este objetivo depende de la calidad del diseño de aprendizaje. Para tener éxito, una experiencia de aprendizaje en línea abierta y masiva debe empoderar a los alumnos y facilitar un entorno de aprendizaje en red. De hecho, los MOOC están diseñados para servir a una gran heterogeneidad de perfiles, con muchas diferencias con respecto a las necesidades y preferencias de aprendizaje, conocimiento previo, contextos de participación y diversidad de plataformas en línea. La personalización puede jugar un papel clave en este proceso. En este artículo, los autores describen el modelo pedagógico iMOOC y su derivada posterior, el modelo sMOOC, y explican cómo contribuyeron a la introducción de los principios de diversidad y equidad en el diseño MOOC, lo que permite una clara diferenciación de las rutas de aprendizaje y también de entornos virtuales, al tiempo que permite a los participantes tener éxito en sus experiencias de aprendizaje. Usando un enfoque de design-based research, también se presenta y discute un análisis comparativo de dos iteraciones del curso, cada una representando cada modelo

    O fundamentalismo islâmico

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    A emergência dos movimentos fundamentalistas constitui uma resposta à modernização proposta pelos Estados-Nações. É o sintoma de uma crise generalizada: crise económica, cultural e de identidade e crise de autoridade. Os fundamentalistas advogam a aplicação da «Charia» - Lei islâmica - como único fundamento de organização da sociedade. A questão do método a utilizar para instaurar a sociedade islâmica opõe fundamentalistas moderados e radicais. Os primeiros advogam a re-islamização pela base, mantendo, contudo, pressão sobre os dirigentes para que estes provoquem a transformação da sociedade. Os radicais consideram que não há lugar para compromissos com a actual sociedade, advogam por isso a ruptura política e introduzem o conceito de revolução

    O Processo de Paz: Análise Histórica da Política Americana Relativamente à Questão Palestiniana

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    Desde a Segunda Guerra que os Estados Unidos têm mantido uma presença activa no Médio Oriente por razões económicas e estratégicas de peso. A partir da guerra de 1967, Washington tem estado envolvido na procura de uma solução pacífica para o contlito israelo-árabe. Nalguns momentos, os Estados Unidos providenciaram tanto uma dinâmica como suporte logístico eficiente a todo este esforço diplomático e tal tem sido o processo de paz no seu melhor. A maior parte do tempo, contudo, o processo de paz tem sido pouco mais do que um mecanismo que mascara a passagem do tempo. Na realidade, este processo tem servido por regra para adiar uma solução satisfatória e global para os Palestinianos e para contentar as pretensões dos vizinhos árabes, nomeadamente Síria e Líbano. A falta de empenhamento dos Estados Unidos em favor daqueles é consequência da «relação especial» que une os EUA a Israel e do funcionamento do aparelho político americano, especialmente do Congresso
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