28 research outputs found
Sobre a Degola do Boi, segundo Aristóteles
Réplica a Angioni, “Relações causais entre eventos na ciência aristotélica: uma discussão crítica de Ciência e Dialética em Aristóteles, de Oswaldo Porchat”
Resposta a Hilan Bensusan e Paulo A.G. de Sousa
Em resposta a críticas dirigidas contra a postura neopirrônica defendida pelo autor em artigo anterior (Porchat 3), mostra-se que elas provêm de uma incompreensão básica da noção de fenômeno no ceticismo grego
Contra o historicismo em teoria da ciência
Ao falar do historicismo em Teoria da Ciência, não tenhoem vista uma doutrina ou um pensador particular mas, empregandoconscientemente o termo num sentido bastante genérico, pretendo analisaralgo como uma postura comum a diferentes concepções e doutrinasque se propõem a dar conta do conhecimento científico
Voltando à dialética de Aristóteles. Réplica a Marco Zingano
Replicando a "Dialética, Indução e Inteligência na Aquisição dos Primeiros Princípios" de Marcos Zingano, este texto reafirma de modo enfático a tese básica de Ciência e Dialética em Aristóteles acerca do papel positivo e fundamental da dialética aristotélica nas investigações que levam ao conhecimento dos princípios das ciências. É também arguido que uma discussão sobre essa questão não deveria centrar-se numa interpretaçao estrutural ou filológica de Tóp. I, 2. AbstractIn reply to Marco Zingano's "Dialética, Indução e Inteligência na Aquisição dos Primeiros Princípios", this paper reaffirms the basic thesis of Ciência e Dialética em Aristóteles concerning the positive and fundamental role of Aristotelean dialectics in researchs conducing to the knowledge of the principles of sciences. It is also argued that a discussion about this issue should not be centered upon a structural or philological interpretation ofTóp. I, 2
A noção de phainómenon em Sexto Empírico
Os filósofos estoicos, na antiguidade grega, assim como Hume e sua posterioridade filosófica moderna, opuseram ao ceticismo pirrônico a famosa objeção da inação e da inconsistência, segundo a qual seria impossível a um cético agir e permanecer vivo se permanecesse coerente com sua própria filosofia. E isso precisamente porque essa sua filosofia proíbe, de fato, ao cético ter crenças de qualquer espécie que seja. Essa objeção, repetida insistentemente durante quase dois milênios, continua sendo brandida contra os céticos nos meios filosóficos de nossos dias, inclusive entre importantes estudiosos do pirronismo antigo. Sexto Empírico conheceu obviamente a objeção e nos explica como os adversários a entendem. O propósito principal deste artigo é mostrar como Sexto responde à objeção, dissolvendo-a inteiramente. Ele afirma que a formulação da objeção se deve à total ignorância do ceticismo pirrônico por parte de seus adversários e, particularmente, à sua incompreensão da linguagem (lógos) cética. E ele nos mostra como e por que os adversários foram levados a uma tal concepção distorcida do lógos cético. Se esses pontos são estabelecidos -- e eu penso que eles podem ser claramente estabelecidos com base nos textos de Sexto Empírico -- eu ouso sustentar que uma nova interpretação do pirronismo de Sexto deles inexoravelmente resulta, em oposição frontal à interpretação tradicional. E a nova interpretação não é desumana como a tradicional. Abstract As much as Stoic philosophers, in Greek Ancient philosophy, also Hume and his modern philosophical posteriority, have opposed to Pyrrhonian Skepticism the famous objection of inaction and inconsistency, according to which it would be impossible for a Skeptic to act and to remain alive, if he were to remain coherent with his own philosophy. And so, precisely because this very philosophy as a matter of fact prohibits the Skeptic from having beliefs of any kind whatsoever. This objection has been insistently repeated during almost two millennia and keeps being used against the Skeptics in the philosophical circles of our days, not less by some of the more important scholars on Sextian pyrrhonism. Sextus Empiricus knew obviously the objection and explains to us how the adversaries understand it. The main purpose of this paper is to show how Sextus answers to the objection and dissolves it entirely. He affirms that the formulation of the objection is due to a total ignorance of the adversaries concerning the Pyrrhonian skepticism and, particularly, to their incomprehension of the skeptic language (lógos). And he indicates to us how and why the adversaries have been led to such a distorted conception of the skeptical lógos. If these points are established -- and I do think that they can be clearly established on the basis of Sextus Empiricus' texts -- I dare to claim that a new interpretation of Sextus' Pyrrhonism results inexorably from them, in frontal opposition to the traditional interpretation. And the new interpretation is not inhumane like the traditional one. Recebido em 07/2014Aprovado em 08/201
Contra o historicismo em teoria da ciência
Ao falar do historicismo em Teoria da Ciência, não tenho
em vista uma doutrina ou um pensador particular mas, empregando
conscientemente o termo num sentido bastante genérico, pretendo analisar
algo como uma postura comum a diferentes concepções e doutrinas
que se propõem a dar conta do conhecimento científico
Ainda é preciso ser cético
In its first part and using contemporary philosophical language, this paper delineates the basic outline of skeptical philosophy according to ancient pyrrhonism, both in its negative, antidogmatic dialectic face, and its positive one, as a philosophy of daily, practical life. The second part is consecrated to stress the close proximity of pyrrhonism to contemporary trends of philosophical thought and to make evident the permanent interest of remembering again Greek skepticism