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    O caso de amor dos jovens pelos meios de comunicação digital : análise dos usos, valores e competências desenvolvidas em TIC por jovens do 3º ciclo do ensino básico, no contexto escolar e familiar: a influência do contexto e o factor divisão digital na relação dos jovens com a tecnologia

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    Dissertação de mestrado em Educação (área de especialização em Tecnologia Educativa)O presente estudo é fundamentado a nível político e económico, social, tecnológico e, inevitavelmente, educativo. Estas são as linhas que se cruzam para a compreensão da valorização, usos, percepções e atitudes de pais e jovens relativamente às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), em contextos educativos formal e informal, e para a identificação de factores que influenciam a relação dos jovens com a tecnologia. Assim, fazem parte do quadro teórico as consequências da evolução tecnológica na sociedade actual, em termos de orientações e políticas educativas, nomeadamente as orientações europeias, e ao nível nacional as iniciativas mais recentes para a generalização do uso das TIC em Portugal. Abordamos, portanto, a globalização e a decorrente transformação de modelos sociais, culturais e políticos, enquanto causa e consequência da evolução tecnológica, alterando os modelos de organização social e económica, ao nível do trabalho, da comunicação e, inevitavelmente, das políticas e orientações educativas, sobretudo através de mudanças tecnológicas que têm fortes repercussões nos modos de comunicar e, consequentemente, na comunicação educativa. Em termos educativos, relacionamos o facto de a tecnologia ter proporcionado um conjunto de meios passíveis de criar condições para alterar modos de ensinar e aprender, evidenciando as potencialidades da Web e da imersão cibercultural dos jovens. Lançamos alguns desafios para a escola, entre eles a perspectiva da tecnologia educativa enquanto fomentadora de uma aprendizagem construída activa, social e individualmente, contribuindo para a educação dos jovens que serão actores num mundo tecnológico, móbil e líquido, com exigências variáveis e onde o conhecimento se tem vindo a tornar cada vez mais rápido e mutável. Uma sociedade que exige também flexibilidade e adaptação aos modos de vida e recursos existentes, onde o conhecimento é perspectivado enquanto capital, a nível macro e a nível individual, tendo a escola papel de responsabilidade pela compreensão da sociedade actual e preparação dos jovens para a mudança. Uma leitura que tenta compreender onde se situa também o papel da escola, se predominantemente é o da democratização de acesso a meios passíveis de criar conhecimento ou se, por outro lado, pode ignorar o factor divisão digital em contexto informal, ampliando as diferenças entre os jovens, também ao nível escolar. Este estudo tenta, assim, compreender a relação dos jovens com as TIC, o seu grau de imersão na cibercultura e o desenvolvimento de uma literacia digital; as competências e saberes mais desenvolvidos, expressos pelas actividades desenvolvidas pelos jovens em contexto escolar e extra-escolar. Analisamos esta relação em dois olhares e através das percepções de dois dos principais actores educativos, jovens e pais, representativos de dois contextos educativos, o formal e o informal. Trata-se de um estudo descritivo, de carácter exploratório, com jovens do 3º ciclo do ensino básico de um Agrupamento de Escolar, de contexto rural, da região Norte do País, onde, como instrumentos principais de investigação, se utilizaram dois questionários – um para os jovens e outro para os pais − abordando oito dimensões de análise: i) Meios tecnológicos nas habitações ii) Computadores e Internet; iii) Competências de utilização dos meios; iv) Usos formais e informais da tecnologia; v) Meios e aprendizagem; vi) Web social vii) Internet e escola e viii) Valor social dos meios /Internet. As conclusões apontam os factores socioeconómicos e os contextos (formal ou informal) como os que mais interferem nos usos, valorização e aprendizagem. São estes os factores passíveis de potenciarem as divisões digitais, primária e secundária, assim como os que mais condicionam a heterogeneidade e o grau de literacia dos jovens e, consequentemente, as oportunidades de acesso a conhecimento.This is a study supported in political, economical, social, technological and educational levels. These perspectives were used in the understanding of the value, use, perceptions and attitudes, of young people and parents, in relation to technology, namely ICT, either in formal and informal context, in order to identify the factors that interfere in young people’s relation to technology. In theoretical terms, we think about the social, cultural and political consequences of the technological evolution, namely about the most recent European guidelines concerning this matter and the resulting national initiatives for ICT mass use in Portugal. We focus on the globalization topic and its transformative capacity of social, cultural and political change, as cause and consequence of technological development, changing the way societies organize and the consequences in terms of work and communication, also causing changes in education as a result of communication global changes and, of course, educational communication. We look at educational technology as enabler of paradigmatic changes in educational communication, namely because of hypertext, Web 2.0 and cibercultural potential of ICT, and its use as contribution for the development of a digital literacy, allowing an active construction of individual knowledge. We see this as a crucial role for education, preparing young people for a liquid and changing society where knowledge is an essential discriminating capital. In this study we also try to understand the school’s role, either if it is that of democratizing access or if it contributes to enlarge the existing social divisions, external to school, by evaluating products and not taking into account, or at least reflecting about the young people’s ICT access differences. In this study we try to understand the relation of young people and technology, their level of cibercultural immersion, their digital literacy expressed by the use and activities, in formal and informal context and taking into account the digital divide. The study is based on the perception of young people and parents, representing two fundamental educational contexts: formal and informal. This is a descriptive, exploratory study, targeted for intermediate students aged between 12 and 18, of a rural area in northern Portugal. The data were collected by two questionnaires (students’ and family’s), focusing on eight different dimensions: i) technological context of the families; ii) computers and internet; iii) digital skills; iv) formal and informal use of digital technology; v) ICT and learning; vi) social web; vii) Internet and school, and viii) social value of technology. The findings show socioeconomic factors and the context (either formal or informal) as the ones that most interfere in the way technology is used, valued and in learning. These are also the factors that are more likely to explain digital divide, primary or secondary; the heterogeneity of skill development and digital literacy degree, and, consequently, to limit or expand opportunities of access to knowledge

    O papel da escola no combate à divisão digital

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    Nesta comunicação analisa-se a problemática da divisão digital, um tema vital na medida em que, ao vivermos na Sociedade da Informação e Comunicação, ter acesso às tecnologias é fonte de poder para intervir num mundo cada vez mais globalizado. Um recente estudo dá conta da valorização que os cidadãos atribuem ao acesso à Internet: 79% dos inquiridos entendem que “estar ligado” deveria ser considerado “um direito fundamental para todos”, acrescentado à Carta dos Direitos Humanos das Nações Unidas . Apesar dos esforços que têm vindo a ser feitos para dotar as sociedades e os cidadãos de tecnologias digitais, o certo é que há desigualdades profundas a nível internacional, nacional, regional e local. Segundo a UNESCO (2007), a nível mundial apenas 11% da população tinha acesso à Internet e 90% destes viviam nos países industrializados. Portugal estava muito desfasado da maioria dos países europeus (Eurostat, 2008), com percentagens de acesso à Internet (46%) inferiores à média europeia (60%). Esta problemática não deve ser vista apenas pelo prisma do acesso físico aos meios (“divisão primária”), sendo também necessária a abordagem da chamada “divisão secundária”, focando a análise nas competências e na qualidade de utilização das TIC, ou seja, nos aspectos que influenciam o modo e as condições de utilização, os usos e as competências que interferem no grau de literacia digital, passível de condicionar as oportunidades que as tecnologias podem propiciar no desenvolvimento de capacidades e de conhecimento. Sendo a exclusão digital uma forma de exclusão social, o reconhecimento da importância da educação e da formação como factor de inclusão digital tem sido objectivo das políticas e orientações da União Europeia, ao longo dos últimos anos. Por exemplo, na Conferência de Viena sobre Inclusão Digital (2008), a atenção focalizou-se no desenvolvimento de factores de motivação e interesse pelo uso das TIC, de aumentar a confiança e segurança na sua utilização e de estimular a inclusão de grupos específicos alvo de exclusão (as mulheres, os idosos ou os menos escolarizados). Esta comunicação analisa esta problemática, reflectindo sobre o papel das políticas educativas e da escola como factor de democratização digital. Considerando um agrupamento escolar do noroeste de Portugal e uma amostra alargada de alunos (representatividade ao nível de género, ano de escolaridade e idade), bem como o respectivo ambiente familiar, analisam-se o acesso e as vivências diárias em contexto formal (escolar) e informal (familiar) com as TIC, expressa nos usos, competências e valorização dos meios na perspectiva da literacia digital. Os resultados indicam existir profundas desigualdades a nível do contexto da familiar e que, neste cenário assimétrico, a escola tem-se assumido como factor de inclusão digital, possibilitando o acesso à Internet a jovens que, de outra forma, dificilmente teriam essa possibilidade

    A tecnologia vista pelos jovens e famílias e sua integração no currículo

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    Estudos demonstram que no contexto escolar, em Portugal e na maioria dos países europeus, a Internet e os meios de comunicação digital abrangem já quase a totalidade de população que a frequenta. A questão actualmente prende-se a outros momentos da vida dos jovens, ou seja, analisar qual a utilização que os jovens fazem dos meios digitais, em especial da Internet, no contexto escolar e extra-escolar e as alterações que poderão ter nos modos de aprendizagem, eventuais ajustamentos que a escola deverá fazer ao nível das estratégias e gestão dos currículos e as alterações ao nível familiar nesta relação com a tecnologia. Coloca-se ainda a questão se o uso que os jovens fazem da Internet é ou não semelhante em contexto escolar e em outros contextos e como vê a família (os pais) a utilização da Internet. Tentando clarificar a situação actual, nesta comunicação pretendemos apresentar os resultados de um estudo de investigação em curso, e que consiste no levantamento dos meios tecnológicos proporcionados aos jovens e sua utilização em contexto escolar e extra-escolar ou familiar, procurando tirar ilações para a integração das tecnologias na escola e no currículo.Universidade do Minho. Centro de Investigação em Educação (CIEd-UMINHO

    Contributos da escola para a inclusão digital

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    Este texto pretende analisar o contributo da escola para a inclusão digital, um tema fundamental uma vez que vivemos na era da Sociedade da Informação e Comunicação. Tendo em conta as estratégias de inclusão expressas em iniciativas institucionais que aliam tecnologia e educação, analisamos a relação dos jovens com as TIC, em particular com o computador/Internet, nas suas vivências diárias em contexto formal (escolar) e informal (familiar), expressa nos usos, competências e valorização dos meios na perspectiva da literacia digital. Foi considerada uma amostra de jovens de um agrupamento escolar do noroeste de Portugal, bem como do respectivo ambiente familiar em TIC. Os resultados indicam existir profundas desigualdades a nível do contexto da familiar e que, neste cenário assimétrico, a Escola temse assumido como factor de inclusão digital, possibilitando o acesso à Internet a jovens que, de outra forma, dificilmente teriam essa possibilidade.The present text is an analysis of the school contributes for digital inclusion, a fundamental topic on the Information Society. Bearing in mind the inclusion political strategies linking technology to education, we analyzed the teenagers’ relation with ICT, in particular with the computer and the internet, either on a formal educational context as well as in their informal (family) uses, competences and value of the ICT in a perspective of digital literacy. We studied a group of teenagers of a northeast Portuguese school as well as the correspondent family group (parents). Research results show that there are deep differences in informal (family) context and that, in this particular group, school acts as a means of actual digital inclusion of a group of teenagers that otherwise would have great difficulties in internet and ICT access

    A tecnologia sob o olhar de jovens e famílias: usos, valores, competências e o factor divisão digital

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    Enquanto ao nível do contexto escolar a quase totalidade dos jovens acede às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), pelo menos em termos de possibilidade material de acesso, ao nível dos contextos extra-escolares, informais, poderão ocorrer diferenças expressivas. Na presente comunicação abordaremos alguns dos factores que interferem com o acesso aos meios TIC em contextos extra escolares; principais usos pelos jovens e factores com implicações ao nível do desenvolvimento de competências digitais. Uma reflexão sobre o factor de divisão digital, ao nível de divisões primárias (acesso) e divisões secundárias (contextos ou competências), tentando clarificar se os usos e valorizações que os jovens fazem da Internet em contexto escolar e extra-escolar diferem. Nesta comunicação pretendemos apresentar os resultados de uma investigação em curso, que consiste no levantamento dos meios tecnológicos proporcionados aos jovens e sua utilização em contexto escolar e extra-escolar (familiar) e as eventuais diferenças nos usos, valores e desenvolvimento de competências em TIC. Reflectir se a escola poderá contribuir para ampliar as divisões pré existentes, legitimando diferenças, ou, pelo contrário, reduzir as assimetrias democratizando o acesso às TIC.Universidade do Minho. Centro de Investigação em Educação (CIEd

    A relação digital dos jovens com as TIC e o factor divisão digital na aprendizagem.

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    Num momento em que as sociedades assumem a tecnologia como suporte de desenvolvimento, veiculando orientações para a massificação das TIC; em que a União Europeia (UE) encara a educação e formação como essenciais para a competitividade e coesão social, exigindo adaptação a um mundo líquido e mutável e num momento em que o conhecimento é um capital que define a diferença entre os indivíduos, faz todo sentido que a reflexão sobre a escola mereça atenção, sobretudo no que ao acesso às TIC e à capacidade de aceder a conhecimento diz respeito. Neste texto, tivemos em conta a estratégia nacional expressa através de iniciativas institucionais, que aliam tecnologia e educação, designadamente as inscritas no Plano Tecnológico e no Plano Tecnológico da Educação e reflectimos nas consequências da globalização ao nível da comunicação e também da comunicação educativa, assim como na relação individual com a tecnologia e conhecimento: com a forma como, o quê e onde se aprende. Encarando-se as TIC e a literacia digital como fundamentais numa educação para o século XXI, o factor inclusão /divisão digital parece-nos essencial. Analisamos a relação dos jovens com as TIC e tentamos uma leitura crítica sobre o papel da escola: se o de democratização e nivelamento do acesso, ou se, pelo contrário, ao ignorar divisões no acesso a TIC em ambiente informal e desvalorizando as aprendizagens que aí ocorrem, a escola tem um papel amplificador de divisões no acesso ao conhecimento, ao legitimá-las através de um modelo educativo que avalia, na prática, produtos.CIE

    School contributes for digital inclusion

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    Este texto pretende analisar o contributo da escola para a inclusão digital, um tema fundamental uma vez que vivemos na era da Sociedade da Informação e Comunicação. Tendo em conta as estratégias de inclusão expressas em iniciativas institucionais que aliam tecnologia e educação, analisamos a relação dos jovens com as TIC, em particular com o computador/Internet, nas suas vivências diárias em contexto formal (escolar) e informal (familiar), expressa nos usos, competências e valorização dos meios na perspectiva da literacia digital. Foi considerada uma amostra de jovens de um agrupamento escolar do noroeste de Portugal, bem como do respectivo ambiente familiar em TIC. Os resultados indicam existir profundas desigualdades a nível do contexto da familiar e que, neste cenário assimétrico, a Escola temse assumido como factor de inclusão digital, possibilitando o acesso à Internet a jovens que, de outra forma, dificilmente teriam essa possibilidade.The present text is an analysis of the school contributes for digital inclusion, a fundamental topic on the Information Society. Bearing in mind the inclusion political strategies linking technology to education, we analyzed the teenagers’ relation with ICT, in particular with the computer and the internet, either on a formal educational context as well as in their informal (family) uses, competences and value of the ICT in a perspective of digital literacy. We studied a group of teenagers of a northeast Portugueses chool as well as the correspondent family group (parents). Research results show that there are deep differences in informal (family) context and that, in this particular group, school acts as a means of actual digital inclusion of a group of teenagers that otherwise would have great difficulties in internet and ICT access
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