A relação digital dos jovens com as TIC e o factor divisão digital na aprendizagem.

Abstract

Num momento em que as sociedades assumem a tecnologia como suporte de desenvolvimento, veiculando orientações para a massificação das TIC; em que a União Europeia (UE) encara a educação e formação como essenciais para a competitividade e coesão social, exigindo adaptação a um mundo líquido e mutável e num momento em que o conhecimento é um capital que define a diferença entre os indivíduos, faz todo sentido que a reflexão sobre a escola mereça atenção, sobretudo no que ao acesso às TIC e à capacidade de aceder a conhecimento diz respeito. Neste texto, tivemos em conta a estratégia nacional expressa através de iniciativas institucionais, que aliam tecnologia e educação, designadamente as inscritas no Plano Tecnológico e no Plano Tecnológico da Educação e reflectimos nas consequências da globalização ao nível da comunicação e também da comunicação educativa, assim como na relação individual com a tecnologia e conhecimento: com a forma como, o quê e onde se aprende. Encarando-se as TIC e a literacia digital como fundamentais numa educação para o século XXI, o factor inclusão /divisão digital parece-nos essencial. Analisamos a relação dos jovens com as TIC e tentamos uma leitura crítica sobre o papel da escola: se o de democratização e nivelamento do acesso, ou se, pelo contrário, ao ignorar divisões no acesso a TIC em ambiente informal e desvalorizando as aprendizagens que aí ocorrem, a escola tem um papel amplificador de divisões no acesso ao conhecimento, ao legitimá-las através de um modelo educativo que avalia, na prática, produtos.CIE

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