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    Figurations of intellectuals : genesis and possible future

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    Este ensaio pretende apresentar a gênese moderna do intelectual e as figurações que assume ao longo de uma história relativamente recente até chegar a alguns impasses que sugerem sua crise, arriscando-se ao final caminhos possíveis para uma reconfiguração que o permita enfrentar os desafios do mundo social contemporâneo. Palavras-chave: Figuras do intelectual. Crise dos intelectuais. Sociologia dos intelectuais. Campo cultural. Campo da produção simbólica.This essay is aimed to present the modern genesis of intellectuals and their figurations throughout a relatively recent history, up to the emergence of some impasses that suggest a crisis. Some paths are then proposed towards a reconfiguration that could enable them to face the challenges of the contemporary social world

    Un largo viaje : la genesis de la sociología de las formas discursivas de Raymond Williams

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    Este artigo pretende demonstrar que Raymond Williams desenvolve uma sociologia das formas discursivas, cujo percurso é marcado por um duplo distanciamento. Primeiro, a proposta de Williams não se confunde com certas análises de discurso, particularmente a Análise Crítica do Discurso (ACD), com a qual guarda algumas semelhanças; segundo, o afastamento em relação aos Estudos Culturais, campo que ajudou a fundar, e dois de seus principais des-dobramentos, tanto aquele ramo inclinado às análises mais formais quanto a linhagem encabeçada principalmente por Stuart Hall. A despeito das possíveis aproximações entre a abordagem de Williams e tais estudos da linguagem, é crucial apontar suas diferenças, não apenas para marcar fronteiras disciplinares, mas para sublinhar a originalidade das contribuições de Williams para o pensamento social e respeitar as próprias intenções do autor, que se aproximou da sociologia e se afastou daquelas perspectivas que enfatizavam os discursos e as representações sociais por eles (re)produzidos, a fim de se manter fiel a uma postura cultural materialista e desenvolvê-la radicalmente.This article aims to demonstrate that Raymond Williams develops a sociology of discursive forms, whose path is marked by a double detachment. First, Williams’s proposal is not to be confused with certain discourse analyzes, particularly Critical Discourse Analysis (ACD), with which bears some similarities; second, the distancing from Cultural Studies, a field he helped to found, and two of its main developments, both the line inclined to more formal analyzes and the line headed mainly by Stuart Hall. Despite the possible similarities between Williams ‘approach and such language studies, it is crucial to point out their differences, not only to mark disciplinary boundaries, but to underline the originality of Williams’ contributions to social thinking and to respect the author’s own intentions, who approached sociology and moved away from those perspectives that emphasized the speeches and social representations (re)produced by them, in order to remain faithful to a materialistic cultural stance and develop it radically.Este artículo tiene como objetivo demostrar que Raymond Williams desarrolla una sociología de las formas discursivas, cuyo camino está marcado por un doble distanciamiento. Primero, la propuesta de Williams no debe confundirse con ciertos análisis del discurso, particularmente el Análisis Crítico del Discurso (ACD), con el cual tiene algunas similitudes; segundo, el distanciamiento de los Estudios Culturales, un campo que ayudó a fundar, y dos de sus principales despliegues, tanto esa rama inclinada a los análisis más formales como la línea encabezado principalmente por Stuart Hall. A pesar de las posibles similitudes entre el enfoque de Williams y tales estudios del lenguaje, es crucial señalar sus diferencias, no solo para marcar límites disciplinarios, sino para subrayar la originalidad de las contribuciones de Williams al pensamiento social y respetar las propias intenciones del autor, que se acercó a la sociología y se alejó de aquellas perspectivas que enfatizaban los discursos y las representaciones sociales (re)producidos por ellos para mantenerse fiel a una postura cultural materialista y desarrollarla radicalmente

    Afinidades seletivas: uma comparação entre as sociobiologias da literatura de Pierre Bourdieu e Raymond Williams

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    The literature sociologies of Bourdieu and Williams are structured in two fundamental concepts: “habitus” and “sentiment structures”, respectively. It’s very clear the resemblance between them: both try to translate a kind of practical conscience, acquired by the social agents from a particular socializing process. To the fi rst, the “habitus” is internalized in the living experience of a specifi c fi eld; while that to the second that conscience is formed in the interior of cultural groups. In this sense, both ideas talk about shared values which approximate and withdraw some agents one from the others, creating solidarity and competition. This text intends to show that, despite of the existing differences, the authors concepts don’t overestimate neither the reproduction, nor the social change, but, otherwise, try to explain these phenomena as a dialectic game.As sociologias da literatura de Bourdieu e Williams estão apoiadas em dois conceitos fundamentais: “habitus” e “estruturas de sentimento”, respectivamente. E é clara a semelhança entre eles: ambos tentam traduzir uma espécie de consciência prática adquirida pelos agentes sociais a partir de um processo particular de socialização. Para o primeiro, o “habitus” é internalizado na experiência vivida num campo específi co; ao passo que, para o segundo, tal consciência é formada no interior dos grupos culturais. Nesse sentido, ambas as noções dizem respeito a um conjunto de valores compartilhados que aproximam e afastam certos agentes uns dos outros, criando solidariedade e rivalidades. Esta comunicação pretende demonstrar que, apesar das diferenças que existem, os conceitos dos autores não supervalorizam nem a reprodução nem a mudança social, mas, ao contrário, tentam explicar esses fenômenos como jogo dialético

    Não existe pecado abaixo do Equador? Algumas considerações sobre o processo de formação da sociedade de corte no Brasil (1808-1889)

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    O processo de enraizamento de uma sociedade de corte no Brasil, que ocorre ao longo dos períodos regencial e imperial, pode ser interpretado à luz de Norbert Elias, se considerarmos que esse tipo de configuração social contou com: 1) códigos e regras de sociabilidade que garantiram seu funcionamento e legitimidade, e cuja divulgação contou com o auxílio dos manuais de boa conduta, como o Código de Bom-tom, do cônego português José Inácio Roquette, publicado em Portugal, em 1845, além da difusão e o consumo de romances morais, leituras obrigatórias nos círculos aristocráticos e entre a elite carioca próxima ao Imperador; 2) e a formação do Estado nacional brasileiro, que exige, também, a discussão do papel da escravidão na constituição e manutenção do Estado imperial e da própria corte, ao mesmo tempo obstáculo para a configuração concreta de um processo civilizador no seio da sociedade brasileira

    Uma longa jornada

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    Este artigo pretende demonstrar que Raymond Williams desenvolve uma sociologia das formas discursivas, cujo percurso é marcado por um duplo distanciamento. Primeiro, a proposta de Williams não se confunde com certas análises de discurso, particularmente a Análise Crítica do Discurso (ACD), com a qual guarda algumas semelhanças; segundo, o afastamento em relação aos Estudos Culturais, campo que ajudou a fundar, e dois de seus principais desdobramentos, tanto aquele ramo inclinado às análises mais formais quanto a linhagem encabeçada principalmente por Stuart Hall. A despeito das possíveis aproximações entre a abordagem de Williams e tais estudos da linguagem, é crucial apontar suas diferenças, não apenas para marcar fronteiras disciplinares, mas para sublinhar a originalidade das contribuições de Williams para o pensamento social e respeitar as próprias intenções do autor, que se aproximou da sociologia e se afastou daquelas perspectivas que enfatizavam os discursos e as representações sociais por eles (re)produzidos, a fim de se manter fiel a uma postura cultural materialista e desenvolvê-la radicalmente

    Figuras do intelectual: gênese e devir

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    Este ensaio pretende apresentar a gênese moderna do intelectual e as figurações que assume ao longo de uma história relativamente recente até chegar a alguns impasses que sugerem sua crise, arriscando-se ao final caminhos possíveis para uma reconfiguração que o permita enfrentar os desafios do mundo social contemporâneo

    Aimless and hopelessness : the Brazilian middle classes in the novel O verão tardio, by Luiz Ruffato

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    O romance O verão tardio, do escritor mineiro Luiz Ruffato, organiza-se a partir de duas linhas de força: as classes médias nacionais e a temporalidade. Esta última emoldura e define a primeira, ambas articuladas pela voz narrativa do personagem central, Oséias, cuja modulação figura, ao mesmo tempo, o distanciamento entre as classes sociais, incapazes de se reconhecer mutuamente, e o processo de desintegração das porções menos favorecidas de tais estratos médios, resultado de um processo de reprodução do capital que prescinde da própria força de trabalho dos trabalhadores.The novel O verão tardio, by Luiz Ruffato, is organized from two lines of force, the national middle classes and temporality, this latter framing and defining the first, both articulated by the narrative voice of the central character, Oseias, whose modulation at the same time figures the distancing between social classes, unable to recognize each other, and the process of disintegration of the less favored portions of such middle strata, the result of a process of capital reproduction that does not require the workers’ own workforce

    Entre caminhos e fronteiras:: a gênese do conceito de “campo literário” em Pierre Bourdieu

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    Este ensaio percorre dois caminhos que a certa altura se cruzam. O primeiro caminho delineia a gênese do conceito de campo literário, de Bourdieu, que é tributária, em boa medida, das teorizações de L. L. Schücking. Pelo menos entre os intelectuais brasileiros, esta herança tem sido, até agora, pouco reconhecida. O segundo caminho discute a recepção dos trabalhos de Bourdieu no mundo acadêmico brasileiro e aponta o deslocamento do conceito de campo do seu ambiente originário. Quando atravessa fronteiras nacionais no processo de circulação mundial das ideias, o conceito de campo exige novas leituras - algumas mais, outras menos pertinentes - em um esforço contínuo de atualização e adaptação do conceito a novas e diferentes circunstâncias sócio-históricas a fim de garantir seu melhor rendimento analítico

    Editorial

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