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    El profesor indígena Parkatêjê: Protagonismo al servivcio de su lengua-cultura

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    Este artigo apresenta considerações referentes aos professores indígenas Parkatêjê que atuam na Escola Estadual Indígena de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Pẽptykre Parkatêjê, situada na Reserva Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, sudeste do Pará. Nosso objetivo consiste em evidenciar que esse profissional da educação escolar indígena tem se apresentado como agente colaborador de seu povo, protagonizando ações não somente no que se refere à valorização de sua língua-cultura tradicional ensinada na instituição escolar, mas também no que compete ao fortalecimento da identidade indígena do povo. A Língua Parkatêjê encontra-se atualmente ameaçada de extinção e sua cultura ancestral concorre fortemente com os valores da sociedade circundante. Nesse sentido, os professores indígenas da referida escola, grupo formado não somente por docentes com formação em Ensino Superior, mas também por indígenas da primeira geração que contribuem com seus saberes ancestrais, por meio de suas práticas pedagógicas, trabalham em favor da retomada do idioma, mesmo que suas ações ainda sejam incipientes, colocando a escola como um lugar de transmissão dos saberes tradicionais do povo. As considerações aqui apresentadas baseiam-se em informações contidas na literatura Linguística e Educacional e resultam de observações e dados coletados via entrevistas e formulários, em trabalho de campo realizado junto à comunidade escolar Parkatêjê no mês de fevereiro de 2020. Os resultados, de cunho qualitativo, apontam para o protagonismo dos professores Parkatêjê na constituição da escola que se tem em sua aldeia.  Palavras-chave: Língua-cultura Parkatêjê; Professor indígena; Educação escolar; Saberes tradicionais;  Protagonismo.This article presents considerations regarding indigenous Parkatêjê teachers who work at the Pēptykre Parkatêjê Indigenous State public school for early childhood, elementary and secondary education, located in Mãe Maria indigenous reserve, in the municipality of Bom Jesus do Tocantins, southeast of Pará. Our aim is to show that this professional of indigenous school education has been presenting itself as a collaborative agent of his people, leading actions not only with regard to the valorization of his traditional language-culture taught in the school institution, but also in terms of strengthening of the indigenous identity of the people. The Parkatêjê language is currently endangered and its ancestral culture competes strongly with the values ​​of the surrounding society. In this sense, the indigenous teachers of that school, a group formed not only by teachers with a degree in higher education, but also by indigenous people from the first generation who contribute with their ancestral knowledge. They through their pedagogical practices work in favor of retaking the language, even though their actions are still incipient, placing the school as a place of transmission of the traditional knowledge of the people.The considerations presented here are based on information contained in the linguistic and educational literature and result from observations and data collected through interviews and forms in fieldwork carried out with the Parkatêjê school community in February 2020. The qualitative results point to the protagonism of the Parkatêjê teachers in the constitution of the school in their village. Keywords: Parkatêjê language-culture; Indigenous teacher; School education; Traditional knowledge;  Protagonism.Este artículo presenta consideraciones referentes a los maestros indígenas Parkatêjê que trabajan en la Escuela Estadual Indígena Infantil, Primaria y Secundaria Pẽptykre Parkatêjê, ubicada en la Reserva Indígena Mãe Maria, en el Municipio de Bom Jesus do Tocantins, suroeste del estado de Pará. Nuestro objetivo es mostrar que este profesional de la educación escolar indígena se ha presentado como un agente colaborador de su pueblo, protagonizando acciones no solo en cuanto a la valorización de su lengua-cultura tradicional enseñada en la institución escolar, sino también en términos de fortalecimiento de la identidad indígena del pueblo. La lengua Parkatêjê se encuentra actualmente en peligro de extinción y su cultura ancestral compite fuertemente con los valores de la sociedad circundante. En este sentido, los docentes indígenas de esa escuela, grupo formado no solo por docentes con títulos en Educación Superior, sino también por indígenas de la primera generación que aportan sus conocimientos ancestrales, a través de sus prácticas pedagógicas, trabajan a favor de retomar la lengua, aunque sus acciones aún son incipientes, poniendo la escuela como un lugar de transmisión de los conocimientos tradicionales del pueblo. Las consideraciones aquí presentadas se basan en formación contenida en la literatura Lingüística y Educativa y son el resultado de observaciones y datos recopilados a través de entrevistas y formularios, en un trabajo de campo realizado con la comunidad escolar Parkatêjê en febrero de 2020. Los resultados, de carácter cualitativo, señalan el papel de los profesores de Parkatêjê en la escuela en su aldea. Palabras-clave: Lengua-cultura Parkatêjê; Profesor indígena; Educación escolar;  Saberes tradicionales; Protagonismo

    BASES INTERACIONISTAS PARA ANÁLISE DE LIVRO DIDÁTICO INDÍGENA

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    Neste texto, com base nas ideias de Bakhtin (1988; 2003), Bronckart (1996), Goffman (1961), Gumperz (1982), Vion (1992) e demais teóricos que tratam sobre o interacionismo, bem como com base nos estudos sociolinguísticos defendidos por Labov, procuramos refletir sobre o interacionismo presente no trabalho do pesquisador ao realizar a análise de seu objeto de estudo, o Livro Didático (doravante LD) voltado para a educação escolar indígena. Percebemos que o pesquisador, ao realizar estudos sobre esse suporte didático-pedagógico, assim como o autor do livro, o professor e os alunos indígenas que o utilizam, também se apresenta como um sujeito de interação neste quadro interativo vivenciado por produtores e receptores de conhecimento científico. Nossa análise evidencia os postulados de Robert Vion, para quem a interação não se dá apenas na co-presença física dos participantes.

    Análise de livros didáticos do povo indígena Mebêngôkre

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    SEDUC/PA - Secretaria de Estado de EducaçãoNesta dissertação descrevemos e analisamos livros didáticos do povo indígena Mebengokre, a fim de verificar o que se esta produzindo como manual didático para as comunidades indígenas falantes dessa língua. Esta pesquisa, de natureza bibliográfica, apoiou-se nos referenciais teóricos da Sociolinguística, da Linguística Aplicada, da Linguística Descritiva, da Linguística Textual e da Educação para analisar os dados. A dissertação esta dividida em três capítulos. O primeiro capítulo trata de questões voltadas para os povos indígenas, tais como a formação sociocultural dos Mebengokre, a sua referida língua, a educação escolar indígena e a formação do professor indígena. O segundo capitulo aborda as questões do letramento, distinguindo sociedades de culturas orais e de culturas escritas, discutindo a alfabetização e caracterizando os livros didáticos, em especial os manuais didáticos indígenas. O terceiro capítulo apresenta a descrição e analise dos livros didáticos Me Banho Pi'ok e Livro de Língua Portuguesa. A análise dos dados revela que, apesar das varias mudanças ocorridas no cenário educacional indígena com a elaboração de documentos legais que subsidiam a educação escolar indígena e a produção de materiais didáticos, o tratamento dado a escrita nos livros didáticos indígenas produzidos na atualidade por professores indígenas, durante as oficinas de produção realizadas nos Cursos de Formação de Professores Indígenas, pouco se difere do tratamento dado a escrita nas cartilhas produzidas pelo SIL, na década de 1960.Dans ce mémoire nous décrivons et analysons les manuels didactiques du peuple indigène Mèbêngôkre, afim de vérifier ce qui se produit comme manuel didactique pour les communautés indigènes qui parlent cette langue. Cette recherche, de nature bibliographique, s'est appuyée sur les références théoriques de la Sociolinguistique, de la Linguistique Appliquée, de la Linguistique Descriptive, de la Linguistique Textuelle et de l'Éducation pour analyser les données. Le mémoire est structuré en trois chapitres. Le premier chapitre s'occupe des questions liées aux peulples indigènes, tels que la formation socioculturel des Mèbêngôkre, leur langue, l'éducation scolaire indigène et la formation de l'enseignant indigène. Le deuxième chapitre aborde les questions de littératie, en distinguant les sociétés des cultures orales et des cultures écrites, en discutant l'alphabétisation et en caractérisant les manuels scolaires, en particulier des manuels didactiques indigènes. Le troisième chapitre présente la description et l'analyse des manuels didactiques Me Banhõ Pi'ôk et Livro de Língua Portuguesa. L'analyse des données révèle que, en dépit de plusieurs changements dans le scénario pédagogique indigène avec la préparation des documents juridiques qui soutiennent l'éducation scolaire indigène et la production de matériel didactique, le traitement accordé à l'écriture dans les manuels indigènes produits de nos jours par les enseignants indigènes, pendant les ateliers de production effectués dans les Cours de Formation des Enseignantes Indigènes, diffère légèrement du traitement donné à l'écriture dans les manuels produits par la SIL, dans les années 1960

    Políticas nacionais para o ensino das línguas indígenas: inclusao e identidade

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    Dans le but de répondre à la question "Pourquoi élaborer des manuels scolaires dans les langues indigènes?", nous cherchons réfléchir et présenter les politiques nationales pour l'enseignement des langues indigènes à partir de documents légaux tels que la Constitution Nationale, la Loi de Directrices et Bases (LDB) et la Référence des Programmes d'Études National pour les Écoles Indigènes (RCNEI). Nous indiquons l'élaboration de matériel didactique dans les langues indigènes, en particulier, le manuel scolaire, et le bilinguisme comme une alternative à préserver et à revitaliser les langues natives brésiliennes et à promouvoir l'inclusion et l''dentité indigène dans la société environnante.No intuito de responder ao questionamento "por que elaborar livros didáticos em línguas indígenas?", buscamos refletir e apresentar as políticas nacionais para o ensino das línguas indígenas a partir de documentos legais como a Constituição Nacional, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI). Apontamos a elaboração de materiais didáticos em línguas indígenas, sobretudo, o livro didático, e o bilinguismo como uma alternativa para preservar e revitalizar línguas nativas brasileiras e para promover a inclusão e a identidade indígena na sociedade envolvente

    Intercompreensão na escrita de línguas-culturas indígenas: o caso da família Jê

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    Bordering on the extinction, Indigenous languages, survivors of the nineteenth century, search for alternatives for their preservation, not only in the description of languages, but also in indigenous school education, through effective teaching-learning methodologies that assist indigenous teacher practice in the classroom. The intercomprehension between related languages is a methodology of language teaching, applied in Europe expounding satisfactory results when developing students’ strategies of linguistic transferences and autonomy of learning from the reading of written texts in languages belonging to the same linguistic family, allowing the speaker of one language to establish interaction, in their mother tongue, with speakers of other languages. Among the indigenous people of Parkatêjê, Mẽbẽngôkre and Tapajuna ethnic groups, intercomprehension appears as a possibility for the development of the linguistic repertoire of indigenous speakers. To do so, it is necessary to instrumentalize the indigenous teacher in this methodology, so that he can adopt it in his native language classes. This, therefore, is the purpose of this study. The theoretical basis for this work is based on the Description of Indigenous Languages and Applied Linguistics, especially in the studies of European researchers. Thus, we discuss this issue from the perspective of Rodrigues (1993, 1999, 2003), Seki (2000), Cuq (2003), Escudé and Janin (2010), QECR (2001; 2007) and Hugues (2016). The methodology applied for the accomplishment this study has its ground based upon bibliographical research.As comunidades falantes de línguas indígenas, sobreviventes no século XIX, buscam alternativas para a preservação dessas línguas não somente por meio da descrição delas, mas também na educação escolar indígena, com o uso de metodologias de ensino-aprendizagem eficientes que auxiliem a prática do professor indígena na sala de aula. A intercompreensão entre línguas aparentadas é uma metodologia de ensino de língua, aplicada na Europa, cujos resultados satisfatórios levam o aluno estratégias de transferências linguísticas e de autonomia de aprendizado a partir da leitura de textos escritos em línguas pertencentes a uma mesma família, possibilitando ao falante interagir em sua língua materna com falantes de outras línguas. Em meio aos povos indígenas das etnias Parkatêjê, Mẽbẽngôkre e Tapajuna, a intercompreensão pode surgir como uma possibilidade de desenvolvimento do repertório linguageiro de falantes indígenas. Para tanto, faz-se necessário instrumentalizar o professor indígena nessa metodologia, a fim de que ele possa adotá-la em suas aulas de língua indígena. Esse, portanto, é o propósito deste estudo. A teórica que fundamenta este trabalho é pautada na Descrição de Línguas Indígenas e na Linguística Aplicada, sobretudo nos estudos de pesquisadores europeus. Assim, discutimos o assunto a partir de Rodrigues (1993; 1999; 2003), Seki (2000), Cuq (2003), Escudé e Janin (2010), QECR (2001; 2007) e Hugues (2016). A metodologia aplicada para a realização do mesmo foi a pesquisa de cunho bibliográfica.GAYA, K. F.; FERREIRA, M. N. O. Universidade Federal do Par

    Bases interacionistas para análise de livro didático indígena

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    Neste texto, com base nas ideias de Bakhtin (1988; 2003), Bronckart (1996), Goffman (1961), Gumperz (1982), Vion (1992) e demais teóricos que tratam sobre o interacionismo, bem como com base nos estudos sociolinguísticos defendidos por Labov, procuramos refletir sobre o interacionismo presente no trabalho do pesquisador ao realizar a análise de seu objeto de estudo, o Livro Didático (doravante LD) voltado para a educação escolar indígena. Percebemos que o pesquisador, ao realizar estudos sobre esse suporte didático-pedagógico, assim como o autor do livro, o professor e os alunos indígenas que o utilizam, também se apresenta como um sujeito de interação neste quadro interativo vivenciado por produtores e receptores de conhecimento científico. Nossa análise evidencia os postulados de Robert Vion, para quem a interação não se dá apenas na co-presença física dos participantes.

    BASES INTERACIONISTAS PARA ANÁLISE DE LIVRO DIDÁTICO INDÍGENA

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    Neste texto, com base nas ideias de Bakhtin (1988; 2003), Bronckart (1996),Goffman (1961), Gumperz (1982), Vion (1992) e demais teóricos que tratam sobre ointeracionismo, bem como com base nos estudos sociolinguísticos defendidos por Labov,procuramos refletir sobre o interacionismo presente no trabalho do pesquisador ao realizar aanálise de seu objeto de estudo, o Livro Didático (doravante LD) voltado para a educação escolarindígena. Percebemos que o pesquisador, ao realizar estudos sobre esse suporte didáticopedagógico,assim como o autor do livro, o professor e os alunos indígenas que o utilizam,também se apresenta como um sujeito de interação neste quadro interativo vivenciado porprodutores e receptores de conhecimento científico. Nossa análise evidencia os postulados deRobert Vion, para quem a interação não se dá apenas na co-presença física dos participantes
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