19 research outputs found
A Trap (for Lamartine): Critique of Ontology from the Literature
This work tries to rehearse a critique towards the fundamental ontology in Brazilian literature, focusing on the novel written by Carlos Sussekind, Trap for Lamartine (1975) and to point out at another novel by same author, What do you think he did (1994), whose publications distanced themselves about 20 years in time. These novels, which can be understood as discontinuous continuation of one another, are offered here as time, space and matter for the crisis and criticism of the metaphysics of presence, the representational tradition and the logic of authenticity, whose concepts make up the ontological cunning constructions, which were absolute for the twentieth and twenty-first centuries.Este trabalho procura ensaiar uma crítica à ontologia fundamental na literatura brasileira através da abordagem do romance de Carlos Sussekind, Armadilha para Lamartine (1975) e apontando para outro romance do autor, Que pensam vocês que ele fez (1994), cujas publicações distanciam-se cerca de 20 anos no tempo. Tais romances, que podem ser entendidos como continuação descontínua um do outro, oferecem-se aqui como tempo, espaço e matéria para a crise e a crítica da metafísica da presença, da tradição representacional e da lógica da autenticidade, cujos conceitos perfazem as ardilosas construções ontológicas que foram cabais para os séculos XX e XXI
Escrita, muros, inflexões: um trabalho – “precipitar um verdadeiro estado de exceção”
Resumo: Partindo da oitava tese sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, este ensaio procurou descrever uma precipitação de novos possíveis jogos de linguagem, nos quais se imiscuem estética e letras às ruas das cidades tardo-modernas. Aborda a utilização técnica e tática do lambe-lambe enquanto arte-urbana, tornando-se forma e ocupando um espaço interessante na geografia e na arquitetura dessas cidades. Este trabalho tornou-se uma experiência atravessada substancialmente pela pluralidade de linguagens que se cruzam na arte de rua, formando imagens que já são ruínas. Desde fragmentos e montagens transitórias, tão caros ao pensamento benjaminiano, este trabalho procurou exceder o potencial meramente comunicativo de utilização da linguagem na contemporaneidade, tratando-se de dedicar-se ao potencial expressivo para o exercício da crítica e da escrita literárias
O horror passado permanece vivo: acerca de Setenta, de Henrique Schneider = The horrible of the past continues alive: it is about Setenta, by Henrique Schneider
Este ensaio procura trazer à tona os elementos contemporâneos do romance Setenta, de Henrique Schneider, publicado em 2019, tratando de apontar algumas das principais imagens que o livro expõe. O romance desconstrói a consciência apaziguada de um estado de coisas conduzido a sua repetição no Brasil em que vivemos, país ao mesmo tempo oligárquico e paupérrimo. Este ensaio trata de abordar a construção narrativa do romance e os problemas filosóficos e históricos subjacentes a ele, dialogando com algumas referências nacionais e internacionais sobre o tema da memória ética e do testemunho desde a perspectiva literária. Foca no caráter fragmentário do romance para lidar com o horror vivido no passado recente no Brasil e na América Latina, desde umaconsciência crítica a respeito do tema, apontando para a necessidade estéticade lidar com os traumas provocados na sociedade brasileira nesse períod
O monumento bárbaro: desconcertando o sistema penal entre violência, crime e logos
O artigo apresenta uma desconstrução do poder punitivo afiliando o seu discurso com o esclarecimento – mito do pensamento ocidental. Aproximando Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Robert Musil, é possível concluir que direito, estado e história, assim como o próprio sistema penal, são monumentos bárbaros na medida mesma da sua civilidade. O texto pretende, assim, questionar o fundamento do poder punitivo a partir da racionalização que encobre toda a sua barbaridade – a violência intrínseca ao próprio logo
Tessituras da impostura : as confiss?es de Felix Krull em constela??o est?tica negativa
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Previous issue date: 2016-01-27This is an essay of aesthetic expression written for doctoral thesis purposes, and it explores the work Confessions of Felix Krull, from Thomas Mann. In order to understand this particular work from Thomas Mann, the author also permeates other works by the german writer. The analysis has its central philosophical basis on the Aesthetic theory of Theodor Adorno. The main concepts worked in this writing are mimesis, subjectivity and the idea of natural history. Another concepts such as essay, constellation, montage and model are also mobilized to understand the object of the thesis. The objective is to comprehend a particular structure of the hegemonic language in the western world, taking into consideration this singular work from Thomas Mann, which he had started writing in 1910 and finally published in 1954. The work was divided into three axes of analysis: one on the expression and language of the Confessions, the other on the narrator subject and on the impostor who confesses, and, finally, the analysis of a scene where the author sought uniqueness as critical and dialectical expression.Trata-se de um ensaio de express?o est?tica, escrito para fins de tese de doutorado, que versa sobre a obra Confiss?es do impostor Felix Krull, de Thomas Mann. Para a compreens?o dessa obra espec?fica o autor perpassa tamb?m por outras obras do escritor alem?o. A an?lise tem como base filos?fica central a Teoria est?tica de Theodor Adorno. Os principais conceitos abordados nesse trabalho s?o a m?mesis, a subjetividade e a ideia de hist?ria natural. Outros conceitos como ensaio, constela??o, montagem e modelo tamb?m s?o mobilizados para a compreens?o do objeto de tese. Objetiva-se compreender uma determinada estrutura de linguagem hegem?nica no mundo ocidental, a partir desta obra singular, cujo in?cio foi escrito em 1910 e publicada finalmente no ano de 1954. O trabalho foi estruturado em tr?s eixos de an?lise: um sobre a express?o e a linguagem das Confiss?es, outro sobre o sujeito narrador e impostor que confessa e, por fim, a an?lise de uma cena, buscando a singularidade como express?o cr?tica e dial?tica
Viagem, desterro e narratividade: considerações sobre Ana em Veneza, de João Silvério Trevisan
This essay discusses the novel Ana in Venice by João Silvério Trevisan from the image of exile, and tries to trace the relationship between travel and literature within the framework offered by Trevisan’s novel. The dialogues of this novel with the work of Thomas Mann also contribute to the philosophical questioning of the artwork when they approach the themes of disillusionment and death. This paper aims to concentrate mainly on the suffering of the character Ana and on her encounter with the character Nepomuceno.Este ensaio tece considerações sobre o romance de João Silvério Trevisan, Ana em Veneza, a partir da imagem do desterro e procura traçar as relações entre viagem e literatura dentro do esquema oferecido pelo romance de Trevisan. Os diálogos desse romance com a obra de Thomas Mann contribuem também para o questionamento filosófico da obra de arte, ao abordarem os temas da desilusão e da morte. Este trabalho procura concentrar-se principalmente nos sofrimentos da personagem Ana e no seu encontro com a personagem de Nepomuceno
A criminologia traumatizada : um ensaio sobre viol?ncia e representa??o desde a cr?tica dos discursos criminol?gicos hegem?nicos no s?culo XX
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Previous issue date: 2010-01-13Trata-se de uma abordagem acerca dos discursos criminol?gicos e das suas objetifica??es. O texto percorre os principais discursos criminol?gicos do s?culo vinte e empreende uma cr?tica ? criminologia e a sua vincula??o ? racionalidade instrumental. Aponta nos discursos criminol?gicos a reprodu??o da viol?ncia na medida em que ? a viol?ncia o objeto ?ltimo ?s criminologias. Utiliza como mote os objetos elevados ? express?o do pensamento criminol?gico. Pretende-se expor que as criminologias mant?m a mesma estrutura de compreens?o desde a sua funda??o e que essa estrutura impede o enfrentamento com uma quest?o crucial, o sofrimento. Este trabalho desenvolve-se nos encontros com a literatura e a filosofia, e com a inten??o de desconstruir a viol?ncia que o pensamento criminol?gico hegem?nico tem projetado. Desconstru??o que ? o tempo da criminologia, como se pretende demonstrar. Trabalha-se em di?logo principal com Theodor Adorno e o que significam primazia do objeto e ensaio como forma para este fil?sofo. Opera-se uma cr?tica de n?vel epistemol?gico em nome do particular, em nome do n?o-id?ntico, do sofrimento mesmo que n?o se resolve ? cogni??o, mas que ainda demanda criminologia que n?o o despreze