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    "Construida na linha do horizonte": Brasília, o Plano Piloto e a manipulação do chão

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    Este texto tem como base o artigo exposto no PNUM 2015, realizado em Brasília, e conta com o valioso contributo das apresentações então efectuadas no IPHAN-DF e na FAU-UnB. A pesquisa de suporte decorreu em Brasília (maio a agosto de 2012) na FAU-UnB e no ArPDF, sob orientação de Sylvia Fischer e com o apoio de Wilson Vieira Junior. Entre muitas outras disponibilidades - de instituições, colegas, e amigos -,agradeço em especial as de Jayme Zettel e Jethro Bello Torres. A informação recolhida foi, depois, trabalhada no Centro de Estudos da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (CEEAUM). Desenvolvido no âmbito de uma licença sabática, o projecto de investigação obteve uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia.É recorrente dizer-se que Brasília foi concebida a partir do zero, uma afirmação que advém da reduzida inscrição urbana no vale onde se implantou e da sua descrição como "uma mesa de bilhar". Esta sempre aparente tabula rasa determinou a ainda prevalente imagem mental do seu suporte físico como uma superfície lisa que não terá requerido projecto topográfico. Por essa razão, talvez, a literatura disciplinar representa a área do Plano Piloto sistematicamente, e apenas, em planta. É no entanto muito sensível a quem percorre a cidade que a sua composição assenta num exigente rigor e domínio da modelação topográfica: ruas e edifícios articulam-se com o solo como que sobre uma pele que não só acolhe, como amplifica a sua tridimensionalidade. A partir desta perspectiva, argumenta-se que a manipulação do chão terá fundamentado o desenho de Lucio Costa desde o seu primeiro momento.FCTinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Extramuros de Guimarães

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    Projeto de Requalificação Urbana da Praça do Toural, Alameda de S. Dâmaso e Rua de Santo António em Guimarães desenvolvido no Centro de Estudos da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho com o convite dirigido pela Câmara Municipal de Guimarães, efetuado no âmbito da Capital Europeia da Cultura 2012.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Beira railway station: modern architecture as an urban catalyst

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    Situated on the Indian Ocean coast, the city of Beira was, throughout the last century, a vital outlet for the inland African British-controlled territories. Inaugurated in 1966, the Beira Central Station was intended as a mark of Portuguese Colonial Africa modernity. After independence in 1975, the building’s significance and importance for the city has persisted until today. In recent decades, however, due to economic decline and natural disasters, both the station and the city have suffered severe deterioration. But the cultural and symbol ic significance of the building is also undeniably on the urban scale, and the railway station may become a critical factor in Beira’s urban centre regeneration, furthermore performing an important social role. This paper aims to argue the importance of exploring the functional program as well as a participatory process in the rehabilitation methodology, thus reinforcing the potential of an iconic building of the Modern Movement as a catalyst for urban renewal and social cohesion of the city of Beira

    Understanding Engagement within the Context of a Safety Critical Game

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    One of the most frequent arguments for deploying serious games is that they provide an engaging format for student learning. However, engagement is often equated with enjoyment, which may not be the most relevant conceptualization in safety-critical settings, such as law enforcement and healthcare. In these contexts, the term ‘serious’ does not only relate to the non-entertainment purpose of the game but also the environment simulated by the game. In addition, a lack of engagement in a safety critical training setting can have serious ethical implications, leading to significant real-world impacts. However, evaluations of safety-critical games (SCGs) rarely provide an in-depth consideration of player experience. Thus, in relation to simulation game-based training, we are left without a clear understanding of what sort of experience players are having, what factors influence their engagement and how their engagement relates to learning. In order to address these issues, this paper reports on the mixed-method evaluation of a SCG that was developed to support police training. The findings indicate that engagement is supported by the experience situational relevance, due to the player’s experience of real-world authenticity, targeted feedback mechanisms and learning challenges

    The worker as a whistleblower : the legal regimes in the United Kingdom, France and Portugal

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    It is a fact that the European Union legal framework does not expressly protect workers who formalize a report regarding a misconduct that occurred at their workplace. Even though some advances in the past years have already been verified, there is still a legislative gap that needs to be fulfilled, in order to guarantee a more effective and consistent scope of protection, and the Proposal for a Directive of the European Parliament and of the Council on the protection of persons reporting on breaches of Union law, of 23.04.2018, as well as the European Parliament legislative resolution of 16.04.2019 on the Proposal for a Directive already mentioned, in a long term, will combat precisely that. In the light of some aspects regulated in both legal documents, this paper aims to analyse the discrepancies between Member States, by comparing the systems in the United Kingdom, France and Portugal

    O conjunto Monteiro&Giro: a cidade e a fábrica

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    Apoio: Universidade Eduardo Mondlane; DocomomoInstituição Proponente: ICIST, Técnico, LisboaInstituições Participantes: Escola de Arquitectura da Universidade do Minho; Camões - Instituto da Cooperação e da Língua; Instituto de Investigação Científica Tropical; Instituto da Habitação e da Reabilitação UrbanaLivro publicado no âmbito do projeto de investigação: EWV_Visões Cruzadas dos Mundos: Arquitectura moderna na África Lusófona (1943-1974) vista através da experiência brasileira iniciada a partir dos anos 30 (Referência FCT: PTDC/AURAQI/103229/2008) Ana Tostões – Investigadora Responsável (ICIST/Técnico, Lisboa)info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Moderno transcontinental: o Complexo Monteiro&Giro em Quelimane, Moçambique

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    Tendo em vista um melhor conhecimento e compreensão da diáspora do Movimento Moderno, mostra-se essencial revisitar, analisar e documentar o importante património Moderno edificado na África Subsaariana, onde, com intensidades diversas, o debate se verificou e os modelos arquitectónicos foram reproduzidos, (re)colocados, resignificados e sujeitos às metamorfoses suscitadas pelas geografias alémmar. Com o objectivo de contribuir para a documentação, conhecimento e consequente preservação do património arquitectónico Moderno, o artigo debruça-se sobre o Complexo Monteiro&Giro, edificado na cidade de Quelimane, em Moçambique, projectado e construído a partir da segunda metade dos anos 50 do século passado. Neste caso de estudo destaca-se a modernidade dos seus programas arquitectónico, urbano e social e, também, a pesquisa formal e tecnológica que o fundamentou.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    As letras capitulares na ilustração dos livros infantis em Portugal, nos séculos XIX e XX

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    O presente trabalho tem por objecto o desenho de letras capitulares (ou capitais) nos textos destinados às crianças desde finais do século XIX até meados da década de 1970 e insere-se no âmbito da investigação em curso sobre a ilustração infanto-juvenil em Portugal. Longe de ser um estudo conclusivo sobre a matéria, o que propomos é um olhar descomprometido sobre certas particularidades (visuais e gráficas) assumidas por estes caracteres no contexto das obras infantis, algumas das quais são peças fundamentais da literatura infanto-juvenil em língua portuguesa. Os exemplos seleccionados (cerca de cinquenta) resultaram da escolha feita com base num leque muito alargado de publicações, entre jornais, revistas e livros, tendo em conta diversos géneros e formatos - do conto tradicional ao romance de aventuras, da revista em fascículo ao álbum ilustrado. Em termos metodológicos, optámos por uma exposição não cronológica dos exemplos, mas sim focalizada em aspectos formais e estéticos dos elementos em estudo. Optámos pela apresentação integral da página onde aqueles elementos foram impressos. Num primeiro momento, verificamos que a utilização das letras capitulares (pelo menos, no caso das obras destinadas à infância) não decorre de uma intencionalidade artística precisa, ou de uma atitude concertada relativamente à sua integração no todo composicional da obra, mas que, muitas vezes, essa opção podia ser fruto do livre arbítrio ou do preconceito de gosto do compositor que, na ocasião, tinha a obra ao seu encargo. Na realidade, as letras capitais, eram vistas como caracteres tipográficos e não como imagens, transmutados em desenhos, é certo, mas nunca deixando de fazer parte do alfabeto escrito; talvez por isso, a manipulação desses caracteres em contexto de paginação e composição não fizesse parte das competências do desenhador, mas sim do compositor ou do impressor. Nada que não se compreenda se pensarmos que, durante séculos, a acção do ilustrador esgota-se quase sempre à entrada das oficinas, após terem sido entregues os originais. Mesmo durante o século XVIII, considerado por Ernesto Soares “incontestavelmente o que maior brilho apresenta na ilustração do livro” (Soares, 1961: 20), era habitual os desenhos passarem para as mãos dos incisores, gravadores e tipógrafos, que dentro dos ateliers oficinais os transformavam em gravuras ou litografias para depois serem incluídas nas obras. Certas unidades tipográficas importantes, como por exemplo a Casa Literária do Arco do Cego, um projecto editorial iniciado em 1799, chegavam a ter um corpo de gravadores e iluminadores considerável. O estatuto artístico destes profissionais era de tal modo incontestado, que as gravuras impressas a partir dos desenhos originais (ou mesmo pinturas) incluíam, geralmente, não só o nome do artista, como também o do gravador. Tal como o manuscrito do escritor ficava a cargo dos tipógrafos mais experientes, assim os desenhos terminavam nas mãos daqueles profissionais, cujo engenho (mas nem sempre a arte) procurava não desvirtuar o original
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