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"Construida na linha do horizonte": Brasília, o Plano Piloto e a manipulação do chão

Abstract

Este texto tem como base o artigo exposto no PNUM 2015, realizado em Brasília, e conta com o valioso contributo das apresentações então efectuadas no IPHAN-DF e na FAU-UnB. A pesquisa de suporte decorreu em Brasília (maio a agosto de 2012) na FAU-UnB e no ArPDF, sob orientação de Sylvia Fischer e com o apoio de Wilson Vieira Junior. Entre muitas outras disponibilidades - de instituições, colegas, e amigos -,agradeço em especial as de Jayme Zettel e Jethro Bello Torres. A informação recolhida foi, depois, trabalhada no Centro de Estudos da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (CEEAUM). Desenvolvido no âmbito de uma licença sabática, o projecto de investigação obteve uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia.É recorrente dizer-se que Brasília foi concebida a partir do zero, uma afirmação que advém da reduzida inscrição urbana no vale onde se implantou e da sua descrição como "uma mesa de bilhar". Esta sempre aparente tabula rasa determinou a ainda prevalente imagem mental do seu suporte físico como uma superfície lisa que não terá requerido projecto topográfico. Por essa razão, talvez, a literatura disciplinar representa a área do Plano Piloto sistematicamente, e apenas, em planta. É no entanto muito sensível a quem percorre a cidade que a sua composição assenta num exigente rigor e domínio da modelação topográfica: ruas e edifícios articulam-se com o solo como que sobre uma pele que não só acolhe, como amplifica a sua tridimensionalidade. A partir desta perspectiva, argumenta-se que a manipulação do chão terá fundamentado o desenho de Lucio Costa desde o seu primeiro momento.FCTinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

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