8 research outputs found

    Terra, território e autonomia nas comunidades Faxinalenses do Espigão das Antas, Meleiro e Pedra Preta (Mandirituba-Pr)

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    Resumo: A pesquisa trata dos conflitos e as resistências existentes nas comunidades faxinalenses do Espigão das Antas, Meleiro e Pedra Preta, localizadas no município de Mandirituba, Paraná, na porção sul da Região Metropolitana de Curitiba. O agronegócio, nas figuras do monocultivo de pinus e eucalipto, e nas granjas de frangos contratualizadas, além do conflito com os chacreiros, são os conflitos analisados profundamente na pesquisa. A partir de entrevistas, coletas de narrativas, visitas constantes ao campo, se centrou a discussão a partir dos sujeitos faxinalenses, os quais foram essenciais na delimitação de seus principais conflitos. Assim sendo, se entende a pesquisa a partir de um olhar crítico e a partir de uma metodologia de pesquisa participante. O entendimento e analise das práticas faxinalenses auxiliou constantemente na construção conjunta dos objetivos da pesquisa, discutida em conjunto com os membros da comunidade. Assim sendo, delimitados os conflitos, foi focado na questão da autonomia destes sujeitos, fato que é analisado a partir dos conflitos identificados. O espaço rural brasileiro é marcado profundamente por embates entre os sujeitos do campo e seu modo de vida diferenciado, tradicional e relativamente autônomo, perante a expansão do capital, que se dá geograficamente, e que impõe de diversas maneiras o modelo hegemônico a tais sujeitos, dilacerando territórios e vidas. Indo além, a pesquisa busca mostrar a importância não só da luta pela terra, mas também da luta por território, fato que ganha importância e relevância na realidade agrária brasileira e latino-americana, a qual ganha, igualmente, força dentro das pesquisas acadêmicas. Percebe-se então que a luta por território é ligada intrinsecamente a questão da autonomia dos sujeitos que constroem esses territórios não totalmente inseridos no modelo do capital, o modelo hegemônico. Por fim, a espacialização dos conflitos em mapas se torna útil tanto para a pesquisa quanto para os sujeitos faxinalenses, os quais podem ver e ter em suas mãos um grande instrumento de luta e reivindicação

    Do “Quem Somos” para o “Onde Estamos”: a experiência da cartografia social dos faxinalenses da Região Metropolitana de Curitiba

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    A trama das disputas territoriais associadas aos povos e comunidades tradicionais têm levantado intenso debate nas esferas acadêmica e política, face às novas estratégias adotadas por estes grupos como suporte de sua luta histórica por terra e território. A autodefinição identitária consolida-se como um importante componente da estratégia de luta a partir de dispositivos jurídicos conquistados na última década, que visam garantir a estes povos a reprodução de seu modo de vida tradicional e a permanência no território tradicionalmente ocupado. Neste contexto, a cartografia social se destaca como um instrumento de reivindicação política associado à construção de identidades, ao enfrentamento de conflitos ambientais e territoriais e ao fortalecimento organizativo destes grupos. No estado do Paraná, esta ferramenta vem sendo utilizada pelos povos faxinalenses em sua luta cotidiana contra a invisibilidade social e política, pela manutenção de seus territórios e seus modos de vida. A partir da inserção no processo de realização da cartografia social dos faxinalenses dos municípios de Quitandinha/PR e Mandirituba/PR, situados na Região Metropolitana de Curitiba, este trabalho pretende discutir a experiência construída por este grupo e seus desdobramentos, buscando desvendar as possibilidades de luta e resistência que se configuram a partir desta prática. Neste contexto, a luta pelo território empreendida pelos povos faxinalenses e a apropriação da cartografia social como ferramenta, compreendida desde a perspectiva crítica ao modelo de desenvolvimento imposto pelo modo de produção capitalista, abre novos campos de possibilidades para a organização política destes grupos e para o fortalecimento do arraigo territorial que sustenta suas práticas e seu modo de vida

    Memory, Identity and Peasantry: weaving Today’s and Yesterday’s Geographies on Land

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    This paper aims to explain the value of the memory and identity studies to Geography, focusing on the making peasantry as a class with an own identity, built along fights. Employing historians and anthropologists’ works, we search to conceptualize memory and identity to discuss peasantry and their relations, especially in the struggle for land and territory

    Em defesa dos territórios faxinalenses: A emergência de “novos” sujeitos em luta no espaço rural

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    O presente artigo tem o objetivo de trazer à tona uma discussão acerca da emergência de “novos sujeitos”do espaço agrário brasileiro, especialmente do espaço agrário do Estado do Paraná: os faxinalenses. Paratanto, se faz necessário o conhecimento desses “novos sujeitos” e o entendimento do que realmente lhesocorreu: a invisibilidade desses homens e mulheres faxinalenses e sua luta, que não surgiu recentemente. Aquestão faxinalense se enquadra na questão agrária, destacando-se a autonomia que esses povos possuemcomo elemento-chave para se compreender o motivo de seu aparente surgimento para as massas somente emidos dos anos 2000, uma vez que nesse momento da história sua luta avança para além da luta pelo meio deprodução, a terra, indo até a esfera de práticas e modos de vida, o território. Assim, é vital a discussão acerca doconceito de território, pois o mesmo é ponto-chave para todo o desenrolar da luta e do próprio entendimento daluta desses faxinalenses e de outros povos e comunidades tradicionais. O que se objetiva aqui é mostrar comoessa luta é antiga, assim como os problemas do Brasil no que tange à questão da propriedade rural e das lutascamponesas. Para melhor compreensão, é importante o conhecimento dos conflitos nos quais se inserem osfaxinalenses, conflitos que se dão desde a esfera ambiental até à questão de políticas públicas para o campo. Osfaxinalenses são pressionados tanto por ambientalistas quanto por elementos do agronegócio

    Terra, território e autonomia nas comunidades Faxinalenses do Espigão das Antas, Meleiro e Pedra Preta (Mandirituba-Pr)

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    Resumo: A pesquisa trata dos conflitos e as resistências existentes nas comunidades faxinalenses do Espigão das Antas, Meleiro e Pedra Preta, localizadas no município de Mandirituba, Paraná, na porção sul da Região Metropolitana de Curitiba. O agronegócio, nas figuras do monocultivo de pinus e eucalipto, e nas granjas de frangos contratualizadas, além do conflito com os chacreiros, são os conflitos analisados profundamente na pesquisa. A partir de entrevistas, coletas de narrativas, visitas constantes ao campo, se centrou a discussão a partir dos sujeitos faxinalenses, os quais foram essenciais na delimitação de seus principais conflitos. Assim sendo, se entende a pesquisa a partir de um olhar crítico e a partir de uma metodologia de pesquisa participante. O entendimento e analise das práticas faxinalenses auxiliou constantemente na construção conjunta dos objetivos da pesquisa, discutida em conjunto com os membros da comunidade. Assim sendo, delimitados os conflitos, foi focado na questão da autonomia destes sujeitos, fato que é analisado a partir dos conflitos identificados. O espaço rural brasileiro é marcado profundamente por embates entre os sujeitos do campo e seu modo de vida diferenciado, tradicional e relativamente autônomo, perante a expansão do capital, que se dá geograficamente, e que impõe de diversas maneiras o modelo hegemônico a tais sujeitos, dilacerando territórios e vidas. Indo além, a pesquisa busca mostrar a importância não só da luta pela terra, mas também da luta por território, fato que ganha importância e relevância na realidade agrária brasileira e latino-americana, a qual ganha, igualmente, força dentro das pesquisas acadêmicas. Percebe-se então que a luta por território é ligada intrinsecamente a questão da autonomia dos sujeitos que constroem esses territórios não totalmente inseridos no modelo do capital, o modelo hegemônico. Por fim, a espacialização dos conflitos em mapas se torna útil tanto para a pesquisa quanto para os sujeitos faxinalenses, os quais podem ver e ter em suas mãos um grande instrumento de luta e reivindicação

    Land, class struggle and original accumulation in peasant communities: the geography of land in common use in Brazil and Argentina

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    Esta tese busca analisar a partir do arcabouço teórico da luta de classes e da acumulação original de capital como um processo contínuo o avanço do capital sobre a fração do campesinato brasileiro e argentino que tem terras de uso comum. Para tanto a pesquisa traz as análises a partir das comunidades camponesas faxinalenses, situadas no estado do Paraná e em comunidades camponesas que tem terras em uso comum no norte da província de Córdoba, na Argentina. Para obter os dados necessários para a pesquisa foram realizados trabalhos de campo para conhecer a realidade, entrevistar camponeses e apreender sobre os conflitos e resistências destes mesmos camponeses frente a seus antagonistas. Entendendo que a luta de classes é uma das maneiras como o modo de produção funciona, então fazemos um resgate de teóricos marxistas que pesquisaram sobre o campesinato, muitos dos quais tem uma parte considerável de seu trabalho apenas na língua inglesa. Compreendendo que uma das motivações do avanço do modo de produção capitalista sobre as terras de uso comum é a crise de sobreacumulação de capital, uma análise tanto dos escritos de Marx acerca da acumulação original como de outros intelectuais que defendem que a mesma é contínua foi realizada. Isto tudo funciona contraditoriamente dentro do próprio capitalismo, com a acumulação origal de capital e a recriação do campesinato caminhando em conflito. A resistência camponesa frente a este avanço é apresentada e analisada ao longo de toda a tese, mostrando o quadro que se encontra o campesinato sulamericano.This thesis seeks to analyze from the theoretical framework of the class struggle and the original accumulation of capital as a continuous process the advance of capital over the fraction of the Brazilian and Argentine peasantry that has lands of common use. In order to do so, the analysis brings the analyzes from the faxinalense peasant communities located in the state of Paraná and in peasant communities that have lands in common use in the north of the province of Cordoba, Argentina. In order to obtain the necessary data for the research, fieldwork was carried out to know the reality, to interview peasants and to learn about the conflicts and resistances of these same peasants in front of their antagonists. Understanding that class struggle is one of the ways the mode of production works, then we rescue Marxist theorists who have researched the peasantry, many of whom have a considerable share of their work in the english language alone. Understanding that one of the motivations for advancing the capitalist mode of production over land in common use is the crisis of overaccumulation of capital, an analysis of both Marx\'s writings on original accumulation and other intellectuals who claim that it is continuous has been carried out . This all works contradictorily within capitalism itself, with the original accumulation of capital and the re-creation of the peasantry in conflict. The peasant resistance to this advance is presented and analyzed throughout the entire thesis, showing the picture of the South American peasantry

    Land, class struggle and original accumulation in peasant communities: the geography of land in common use in Brazil and Argentina

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    Esta tese busca analisar a partir do arcabouço teórico da luta de classes e da acumulação original de capital como um processo contínuo o avanço do capital sobre a fração do campesinato brasileiro e argentino que tem terras de uso comum. Para tanto a pesquisa traz as análises a partir das comunidades camponesas faxinalenses, situadas no estado do Paraná e em comunidades camponesas que tem terras em uso comum no norte da província de Córdoba, na Argentina. Para obter os dados necessários para a pesquisa foram realizados trabalhos de campo para conhecer a realidade, entrevistar camponeses e apreender sobre os conflitos e resistências destes mesmos camponeses frente a seus antagonistas. Entendendo que a luta de classes é uma das maneiras como o modo de produção funciona, então fazemos um resgate de teóricos marxistas que pesquisaram sobre o campesinato, muitos dos quais tem uma parte considerável de seu trabalho apenas na língua inglesa. Compreendendo que uma das motivações do avanço do modo de produção capitalista sobre as terras de uso comum é a crise de sobreacumulação de capital, uma análise tanto dos escritos de Marx acerca da acumulação original como de outros intelectuais que defendem que a mesma é contínua foi realizada. Isto tudo funciona contraditoriamente dentro do próprio capitalismo, com a acumulação origal de capital e a recriação do campesinato caminhando em conflito. A resistência camponesa frente a este avanço é apresentada e analisada ao longo de toda a tese, mostrando o quadro que se encontra o campesinato sulamericano.This thesis seeks to analyze from the theoretical framework of the class struggle and the original accumulation of capital as a continuous process the advance of capital over the fraction of the Brazilian and Argentine peasantry that has lands of common use. In order to do so, the analysis brings the analyzes from the faxinalense peasant communities located in the state of Paraná and in peasant communities that have lands in common use in the north of the province of Cordoba, Argentina. In order to obtain the necessary data for the research, fieldwork was carried out to know the reality, to interview peasants and to learn about the conflicts and resistances of these same peasants in front of their antagonists. Understanding that class struggle is one of the ways the mode of production works, then we rescue Marxist theorists who have researched the peasantry, many of whom have a considerable share of their work in the english language alone. Understanding that one of the motivations for advancing the capitalist mode of production over land in common use is the crisis of overaccumulation of capital, an analysis of both Marx\'s writings on original accumulation and other intellectuals who claim that it is continuous has been carried out . This all works contradictorily within capitalism itself, with the original accumulation of capital and the re-creation of the peasantry in conflict. The peasant resistance to this advance is presented and analyzed throughout the entire thesis, showing the picture of the South American peasantry

    Do “Quem Somos” para o “Onde Estamos”: a experiência da cartografia social dos faxinalenses da Região Metropolitana de Curitiba

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    A trama das disputas territoriais associadas aos povos e comunidades tradicionais têm levantado intenso debate nas esferas acadêmica e política, face às novas estratégias adotadas por estes grupos como suporte de sua luta histórica por terra e território. A autodefinição identitária consolida-se como um importante componente da estratégia de luta a partir de dispositivos jurídicos conquistados na última década, que visam garantir a estes povos a reprodução de seu modo de vida tradicional e a permanência no território tradicionalmente ocupado. Neste contexto, a cartografia social se destaca como um instrumento de reivindicação política associado à construção de identidades, ao enfrentamento de conflitos ambientais e territoriais e ao fortalecimento organizativo destes grupos. No estado do Paraná, esta ferramenta vem sendo utilizada pelos povos faxinalenses em sua luta cotidiana contra a invisibilidade social e política, pela manutenção de seus territórios e seus modos de vida. A partir da inserção no processo de realização da cartografia social dos faxinalenses dos municípios de Quitandinha/PR e Mandirituba/PR, situados na Região Metropolitana de Curitiba, este trabalho pretende discutir a experiência construída por este grupo e seus desdobramentos, buscando desvendar as possibilidades de luta e resistência que se configuram a partir desta prática. Neste contexto, a luta pelo território empreendida pelos povos faxinalenses e a apropriação da cartografia social como ferramenta, compreendida desde a perspectiva crítica ao modelo de desenvolvimento imposto pelo modo de produção capitalista, abre novos campos de possibilidades para a organização política destes grupos e para o fortalecimento do arraigo territorial que sustenta suas práticas e seu modo de vida
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