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O futuro da segurança e defesa europeia
O futuro da segurança e defesa europeia implica uma reflexão sobre os condicionalismos de ordem internacional e interna sobre as aspirações da União Europeia, enquanto ator securitário, mas também uma ponderação sobre a natureza da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD) como política sectorial, sobre o seu objeto, nível de ambição e processo de adaptação da segurança e defesa europeia à presente conjuntura estratégica. Este artigo examina as condicionantes internacionais e internas da PCSD, analisa os interesses securitários da Europa e o seu impacto sobre o desenvolvimento da defesa europeia na perspetiva das perceções e interesses dos Estados-membros e do papel de atores europeus como a Agência Europeia de Defesa. Por último, elabora sobre novas modalidades de desenvolvimento e emprego de capacidades europeias, bem como sobre a relevância que iniciativas de coordenação intraeuropeia e de cooperação entre Estados membros poderão ter sobre o futuro da segurança e defesa europeia
The empowerment of the EU's second pillar
O artigo analisa condicionalidades que indicam um fortalecimento
do segundo pilar da UE conforme observado
entre 1990 e 2001. A primeira secção considera como
é que as características institucionais do segundo pilar
influenciaram a percepção dos estados membros sobre a
consolidação e eficácia política do mesmo. A segunda
examina o seu processo de institucionalização e como é
que este contribuiu para melhorar a qualidade de actor
da União Europeia. A terceira secção identifica características
do segundo pilar que indiciam a presença de
uma política externa e de segurança de orientação
normativa. Esta predisposição normativa molda o conteúdo
e as acções da política externa e de segurança
Europeia. Isto explica de que forma a agenda do segundo
pilar revela uma apetência maior para equacionar
problemas, do que para resolver problemas colectivos,
através de soluções técnicas tal como acontece no caso
do primeiro pilar. A quarta secção considera a PESC
como um processo em construção, que evoluiu de disposições
que apenas obrigavam os estados membros a
informar, passando pela concertação de perspectivas e
finalmente pela implementação de acções conjuntas. A
última secção reflecte sobre o impacto da europeização
da política externa e de segurança, através de mecanismos
formais e informais de incorporação de orientações
políticas
Os conflitos regionais e a segurança internacional
A desestruturação de todo um sistema baseado na lógica bipolar da confrontação
ideológica, no equilíbrio de terror e na dissuasão, deu lugar a um sistema
de relações de cooperação e de conflito assente na desagregação daqueles
que outrora foram os mitos mobilizadores de dois sistemas antagónicos. A
libertação de forças geradoras de instabilidade e conflitualidade, que vieram
ocupar os vazios estratégicos então criados, deu origem a uma «nova»
temática da confrontação, baseada na problemática do humanitarismo, dos
nacionalismos e dos integrismos, através da qual poderemos compreender as
relações de conflitualidade regional do sistema actual
Estratégias de participação externa dos pequenos e médios estados europeus
A ausência de uma definição generalizada
sobre os pequenos e médios estados europeus
(PMEE), considerada na primeira parte do
artigo e as limitações encontradas no que respeita
à identificação de estratégias de participação
externa, impõem o estabelecimento de
um enquadramento analítico específico, desenvolvido
na segunda parte. O presente artigo
identifica na literatura académica quatro
lógicas de relacionamento, que condicionam a
caracterização do comportamento dos PMEE,
procurando no âmbito de cada uma delas
generalizações sobre estratégias de adaptação
às alterações internacionais, no quadro da
política externa e de segurança. Na primeira
secção da segunda parte é analisada uma lógica
das consequências baseada na coerção e na
dependência com efeito restritivo sobre o comportamento
dos PMEE. Entre a segunda e a
quarta secção, o artigo estuda três enquadramentos
analíticos facilitadores da acção externa
dos PMEE com base na: lógica da cooperação
onde se observam situações de cooperação
induzidas por meio de incentivos não coercivos;
lógica da coordenação e adaptação em que
a motivação de adesão a um objectivo externo
releva da harmonização de posições e de acções
externas e na lógica da adequabilidade, na
qual a participação externa é moldada por
princípios normativos e argumentativos.
Este estudo encontra quatro lógicas relacionais
a partir das quais é possível identificar estratégias
de adaptação do comportamento externo
dos PMEE da mais restritiva às mais facilitadoras
Security culture, strategic approach and the implementation and operationalization of european security
A inclusão do termo “estratégia” no documento sobre Estratégia
de Segurança Europeia (ESE), gerou um intenso debate sobre se
a União Europeia (UE) é detentora, partilha ou se deve ter uma
abordagem estratégica comum em matéria de política externa. O
artigo revê o debate tradicional e actual sobre cultura estratégica,
examinando a utilidade do conceito no contexto das dimensões
de implementação e operacionalização da Política Comum de
Segurança e Defesa (PCSD). O conceito de cultura estratégica
é frequentemente empregue no âmbito das políticas de defesa
dos Estados e das alianças formais encontrando‑se centrado em
torno das percepções de ameaça e das condições de supremacia
militar. Estas premissas não se adequam aos objectivos de segu‑
rança da UE, às suas práticas políticas e escolha de instrumentos
de segurança. O artigo propõe uma distinção entre cultura de
segurança e abordagem estratégica, relacionando‑as com os
processos de implementação e operacionalização da PCSD. Esta
perspectiva permite avaliar como é que os princípios orientadores
da segurança Europeia informam a cultura de segurança da UE
e o processo de transformação de princípios em instrumentos
de política de segurança poderá determinar as condições para
uma abordagem estratégica mais eficiente da UE no contexto da
segurança internacional
European defence cooperation
Cooperação Europeia no Domínio da Defesa
O artigo é uma perspetiva sobre a evolução de acontecimentos e iniciativas conducentes ao desenvolvimento da cooperação no domínio da defesa no período compreendido entre Junho de 2016, quando a Estratégia Global foi apresentada, até junho de 2018 altura em que o Conselho decidiu a avaliação do progresso dos projetos de Cooperação Estruturada Permanente. Considera que, pese embora o carácter inclusivo e vinculativo deste projeto
cooperativo, o mesmo compreende requisitos políticos, tecnológicos e operacionais, não acessíveis a todos os Estados-Membros por razões de interesse nacional, atraso tecnológico e industrial ou desempenho operacional. Contudo os recentes desenvolvimentos dos últimos dois anos parecem estar a ter um efeito incremental sobre
a cooperação no domínio da defesa no que respeita à identificação e acordo incremental sobre as prioridades estratégicas da União e sobre os incentivos financeiros e processuais, que poderão contribuir para consolidar a cooperação no quadro da defesa europeia, tal como referido na Estratégia Global da UEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Prospects for Euro-Atlantic cooperation
O presente working paper examina concisamente os contributos teóricos e aplicados sobre as relações de cooperação entre a União Europeia e a NATO e como é que ambas as dimensões informam perceções sobre as duas organizações. Debate como é que os desafios internos e externos afetam a região euro-atlântica, criando oportunidades estratégicas para uma melhor cooperação, no quadro de configurações de segurança no plano multilateral, minilateral e das parcerias estratégicas e como é que estas beneficiam o domínio da segurança cooperativa. Por último evidencia contextos de oportunidade no desenvolvimento da cooperação entre a EU/CSDP e a NATO e antecipa quadros de evolução da cooperação entre as duas organizaçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Comprehensive approach in crisis management : a literature review
Este artigo consiste numa revisão da literatura sobre abordagem abrangente orientada por cinco dimensões compreendendo desde as questões conceptuais às práticas de abordagem abrangente incluindo: conceitos, desafios à segurança, impacto deste método de intervenção, nível de ambição e modalidades de implementação. Com este propósito, o presente estudo visa os seguintes objetivos. Em primeiro lugar examina os seus limites conceptuais na literatura, ponderando como é que são analisados vários efeitos particulares de abordagem abrangente. Em segundo, analisa os desafios da segurança internacional em contextos de abordagem abrangente. Em terceiro, debate em que medida a abordagem abrangente é parte integrante do papel transformativo da UE, no quadro da gestão de crises. Em quarto, avalia como é que a definição de um dado nível de ambição por parte da UE pode determinar um papel internacional e mais abrangente por parte da União. Por último, revê a literatura e aborda como é que as agências e agentes nacionais de um grupo de Estados-membros da União se adaptam aos requisitos da abordagem abrangente e a implementam.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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