41 research outputs found

    The wet desert system of the Upper Jurassic of the Parnaiba Basin, in the region between Formosa da Serra Negra and Montes Altos, Maranhão State, Brazil

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    The Mesozoic was marked by significant geological changes, resulting of the Gonduanide Orogeny, which propitiated the implantation of desert systems concomitantly with expressive magmatic events. In Brazil, the record of these events is found in the central portion of the Parnaíba Basin, represented by jurassic siliciclastic deposits of Corda Formation, that overlie the basaltic flow of the Mosquito formation. Outcrop based stratigraphic and facies analysis, carried out in the Formosa da Serra Negra regions and Montes Altos, State of Maranhão, allowed the paleoenvironmental and paleoclimatic reconstitution of this part of Parnaiba Basin during the Jurassic. We identified fifteen sedimentary facies grouped into three facies associations (FA), representative of a wet desert system: 1) braided stream channel deposits (FA1), characterized by conglomerates and fine to coarse-grained sandstone, with grains and pebbles of volcanic rocks, even parallel and trough cross stratifications; 2) sandy sheets (FA2), comprising fine to coarse-grained sandstone and subordinate mudstones with even parallel lamination, climbingripple cross lamination, adhesion ripples and gutter casts; 3) dune field (FA3), constituting fine to medium-grained sandstones with rounded grains and planar and tangential cross bedding. Ephemeral fluvial flow (FA1) adjacent to the dune field (FA3), frequently reworked the upper portion of the volcanic and sporadically migrate into the sandy sheet setting. The Jurassic desert of Corda Formation was wetter and smaller than to the Perm-Triassic ergs, preceding the Cretaceous fluvial to coastal systems of the Parnaíba Basin.O Mesozoico foi marcado por mudanças geológicas significativas decorrentes da Orogenia Gonduanide, que possibilitou a implantação de sistemas desérticos concomitantemente com expressivos eventos magmáticos. No Brasil, o registro desses eventos é observado na porção central da Bacia do Parnaíba, representados pelos depósitos siliciclásticos da Formação Corda, de idade jurássica, que sobrepõem derrames basálticos da Formação Mosquito. O estudo de fácies e estratigráfico de afloramentos dessa unidade, realizado na região entre Formosa da Serra Negra e Montes Altos, estado do Maranhão, possibilitou reconstituir o paleoambiente e inferir condições paleoclimáticas para essa região da Bacia Parnaíba durante o Jurássico. Foram identificadas quinze fácies sedimentares agrupadas em três associações de fácies (AF), representativas de um sistema desértico: 1) canal fluvial entrelaçado (AF1), caracterizado por conglomerados e arenitos finos a grossos, com grãos e seixos de rochas vulcânicas, com estratificações plano-paralela e cruzada acanalada; 2) lençóis arenosos (AF2), constituídos por arenitos finos a grossos e pelitos subordinados com laminação plano-paralela, laminação cruzada cavalgante, marcas de adesão e gutter casts; 3) campo de dunas (AF3), arenitos finos a médios, com grãos arredondados e estratificações cruzadas tabular e tangencial. Fluxos fluviais efêmeros (AF1), adjacentes ao campo de dunas (AF3), frequentemente retrabalhavam o topo das planícies vulcânicas e, esporadicamente, invadiam os lençóis arenosos (AF2). Comparado aos ergs do Permo-Triássico, o sistema desértico Corda foi mais úmido e menos extenso, precedendo os sistemas fluviais e costeiros de clima mais ameno do Cretáceo da Bacia do Parnaíb

    Reconstituição paleoambiental das formações Motuca e Sambaíba, Permo-Triássico da Bacia do Parnaíba no sudoeste do Estado do Maranhão, Brasil

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    The interval between the Late Paleozoic and Early Mesozoic was marked by paleogeographic and paleoclimatic global changes, partly attributed to catastrophic events. The intense continentalization of the supercontinent Pangaea of End-Permian propitiated the development of extensive deserts that succeeded the coastal and platform environments of Early Permian. The records of these events in northern Brazil are found in intracratonic basins, particularly in the Permo-triassic succession of the Parnaíba Basin. The facies and stratigraphic outcrops analysis of this succession allowed the individualization of 14 sedimentary facies grouped into four facies associations (FA): FA1 and FA2 related to deposits of Motuca Formation and, FA3 and FA4, representative of the base of Sambaíba Formation. The FA1 - Shallow lake/Mudflat consists of red laminated mudstone with lenses of gypsum, calcite and marl, besides lobes of sigmoidal sandstones. The FA2 - Saline pan consists of lenticular bodies of laminated gypsum, nodular gypsum and gypsarenite, overlapped by greenish mudstones with dolomite nodules and palygorskite. The FA3 - sand sheet and FA4 - dunes field are formed, respectively, for orange cream sandstones with even parallel stratification and medium- to large-scale cross-bedding. In the contact between Motuca and Sambaíba formations occurs a deformed interval, laterally continuous for hundreds of kilometers. Brecciated and contorted bedded siltstones and mudstone (Motuca Formation) and sandstone with sinsedimentary faults/microfaults, convolute lamination and mud-filled injection dykes (Sambaíba Formation) are interpreted as seismites triggered by high magnitude earthquakes (>; 8 according Richter scale).O intervalo que compreende o final do Paleozoico e início do Mesozoico foi marcado por mudanças globais paleogeográficas e paleoclimáticas, em parte atribuídas a eventos catastróficos. A intensa continentalização do supercontinente Pangeia, com a implantação de extensos desertos, sucedeu os ambientes costeiro-plataformais do início do Permiano. Os registros desses eventos no norte do Brasil são encontrados nas bacias intracratônicas, particularmente na sucessão Permotriássica da Bacia do Parnaíba. A análise de fácies e estratigráfica de afloramentos desta sucessão permitiu a individualização de 14 fácies sedimentares agrupadas em 4 associações de fácies (AF): AF1 e AF2, relacionadas aos depósitos da Formação Motuca, e AF3 e AF4, representativas da base da Formação Sambaíba. A AF1 - Lacustre raso/Mudflat consiste em pelitos vermelhos laminados com lentes de gipsita, calcita e marga, além de lobos de arenitos sigmoidais. A AF2 - Saline pan é constituída por corpos lenticulares de gipso laminado, gipso nodular e gipsarenito, sobrepostos por pelitos esverdeados com nódulos de dolomita e palygorskita. A AF3 - Lençol de areia e AF4 - Campo de dunas são formadas, respectivamente, por arenitos de coloração creme alaranjada com estratificação plano-paralela e estratificação cruzada de médio a grande porte. Destaca-se o registro de intervalos deformados lateralmente contínuos por centenas de quilômetros na zona de contato entre as formações Motuca e Sambaíba. Nestes, ocorrem pelitos com camadas contorcidas e brechadas (Formação Motuca) e arenitos com falhas/microfalhas sinsedimentares, laminação convoluta e diques de injeção preenchidos por argilitos (Formação Sambaíba), interpretados como sismitos induzidos por terremotos de alta magnitude (>; 8 na escala Richter)

    Pennsylvanian mixed plataform deposits of the Amazonas Basin, Uruará region, state of Pará

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    Rochas carbonáticas são amplamente registradas na região oeste e centro-oeste do Estado do Pará, borda Sul da Bacia do Amazonas, correspondentes ao período Neocarbonífero. Esses depósitos são incluídos na sequência pensilvaniana-permiana correspondente a uma super sequência de segunda ordem representada pelo Grupo Tapajós. A Formação Itaituba corresponde à porção transgressiva que precedeu a expressiva continentalização e formação de Pangeia. Essa unidade é constituída de carbonatos fossilíferos, arenito com estratificação cruzada e subordinadamente folhelhos e evaporitos de ambiente marinho costeiro. Dezenove fácies e microfácies foram agrupadas em cinco associações de fácies (AF) correspondentes a depósitos de planície de maré (AF1), canal de maré (AF2), laguna (AF3), barra bioclástica (AF4) e plataforma externa (AF5). A AF1 compreende ciclos de exposição subaérea com formação de gretas de contração e deposição subaquosa, composta de brecha dolomítica, dolomito fino laminado e dolomudstone com terrígenos separados por arenito maciço piritoso e dolomito fino silicificado. A AF2 consiste em arenito fino com laminação cruzada de base reta e recobrimento pelítico nos foresets, siltito argiloso com laminação cruzada, marga com laminação cruzada cavalgante e arenito grosso com estratificação cruzada com recobrimento pelítico nos foresets. Falhas sinsedimentares afetam os arenitos e siltitos. A AF3 é constituída de siltito maciço avermelhado, mudstone fossilífero, floatstone com braquiópode e folhelho negro piritoso maciço. A AF4 é representada por grainstone oolítico fossilífero e grainstone com terrígenos e fósseis de braquiópodes, equinodermas, bivalves, moluscos e subordinadamente artrópodes, briozoários e foraminíferos. A AF5 associa-se a uma plataforma composta de wackestone fossilífero, wackestone fossilífero com terrígenos e mudstone maciço. A assembleia fossilífera é representada por foraminíferos, braquiópodes, bivalves e, subordinadamente, briozoários e equinodermas, que atestam um ambiente costeiro de salinidade moderada e profundidade baixa com intensa proliferação de organismos bentônicos. O modelo deposicional da Formação Itaituba, na região de Uruará, foi atribuído a um sistema lagunar e de planície de maré conectado a um sistema de plataforma marinha carbonática. As lagunas eram bordejadas por planície de maré na porção mais continental e periodicamente supridas por aporte de terrígeno fino (silte) que inibia a precipitação carbonática. Barras bioclásticas cortadas por canais de maré (inlet) separavam a laguna da plataforma rasa com maior abundância de fósseis marinhos bentônicos, registrando o início de uma transgressão marinha neocarbonífera na Bacia do Amazonas advinda de NNW.Carbonate rocks are widely reported in the west and center-west regions of the state of Pará, south edge of the Amazon Basin, corresponding to the Neocarboniferous period. These deposits are included in the Pennsylvanian-Permian sequence, corresponding to a second order super sequence represented by the Tapajós Group. The Itaituba Formation corresponds to the transgressive portion preceding the expressive continentalization and formation of Pangaea. The unit consists of fossiliferous carbonates, cross-stratified sandstones and subordinate shales and evaporites, associated with coastal marine environments. Nineteen facies and microfacies were grouped into five facies associations corresponding to tidal flat deposits (FA1), tidal channel (FA2), lagoon (FA3), bioclastic bar (FA4) and outer platform (FA5). The FA1 comprises cycles of subaerial exposure with formation of mud cracks and subaqueous deposition, composed of dolomitic breccia, laminated fine dolostone and terrigenous dolomudstone, separated by a layer of pyritic massive sandstone and thin dolomite silicified. The FA2 is composed of fine sandstone with cross rolling straight base and pelitic coating on the sets with synsedimentary faulting, siltstones cross-lamination with a predominance of mud and synsedimentary faulting, marl with cross-lamination and cross-bedded coarse sandstones with politic coating on the sets. The FA3 consists of massive reddish siltstones, mudstones fossiliferous, brachiopods floatstone and black shale massive with pyrite. The FA4 is mainly represented by fossiliferous oolitic grainstone and grainstone with terrigenous with abundant fossils of brachiopods, echinoderms, bivalves, mollusks, and secondly by arthropods, bryozoans and foraminifera. The FA5 is associated with a platform, composed of fossiliferous wackestone, fossiliferous wackestone with terrigenous and massive mudstone. The fossiliferous assembly is represented by foraminifera, brachiopods, bivalves and, subordinately, echinoderms and bryozoans that attest a coastal environment of moderate salinity and shallow with intense proliferation of benthic organisms. The depositional model of Itaituba Formation, Uruará region, was assigned to a Lagunar/tidal flat system connected to a marine carbonate platform system. The lagoons were bordered by tidal flat at the continental portion and periodically supplied by fine terrigenous intake (silt) that inhibited the carbonate precipitation. Bioclastics bars cut by tidal channels (inlet) separating the lagoon from the shallow platform with greater abundance of benthic marine fossils, recording the beginning of a neocarboniferous marine transgression in the Amazonas Basin arising from NNW

    Evolução de um sistema lacustre árido Permiano, parte superior da Formação Pedra de Fogo, borda oeste da Bacia do Parnaíba

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    Stratigraphic and facies analysis in the Filadélfia region, TO, BR, at the western of the Parnaíba Basin, allowed redefine the paleoenvironment of the upper portion of the Pedra de Fogo Formation of Permian age. The studied deposits are a series of approximately 100 m thick, predominantly siliciclastic, with subordinate carbonates and evaporites, where were defined 21 sedimentary facies that could be grouped into six facies associations (AF): AF1) Lacustrine with ephemeral river deposits; AF2) Storm wave-influenced lake deposits; AF3) Continental sabkha deposits; AF4) Central lake deposits; AF5) Eolian dunes field deposits; and AF6) Lake/oasis deposits with inunditos. These associations indicate that during Permian, an extensive lacustrine arid system developed adjacent to eolian dunes fields and continental sabkha, as well as with contributions from ephemeral rivers. Fluvial incursions into lakes propitiated the formation of suspension lobes and sheet flows (AF1). Sabkha plains (AF3) were formed in the marginal portions of the lake that eventually were influenced by storms waves (AF2), while central zone were site of intense pelitic deposition (AF4). The low supply of eolian sand in this system resulted in the formation of restricted dune fields (AF5), with development of interdune lakes (oasis), where proliferating giant ferns, sporadically flooded by ephemeral rivers (AF6). The facies associations data, corroborated by the paleogeography of the region during the Late Permian, indicate that settling of the top part of the Pedra de Fogo Formation was laid during a hot and arid climate.Análise faciológica e estratigráfica realizada na região de Filadélfia, TO, borda oeste da Bacia do Parnaíba, permitiu redefinir o paleoambiente da parte superior da Formação Pedra de Fogo, de idade permiana. Os depósitos estudados constituem uma sucessão de aproximadamente 100 m de espessura, predominantemente siliciclástica, com carbonatos e evaporitos subordinados, onde foram definidas 21 fácies sedimentares agrupadas em seis associações de fácies (AF): AF1) Lacustre com rios efêmeros; AF2) Lago influenciado por ondas de tempestade; AF3) Sabkha continental; AF4) Lago central; AF5) Dunas eólicas; e AF6) Lago/oásis com inundito. Estas associações indicam que durante o Permiano, um extenso sistema lacustre de clima árido, desenvolveu-se adjacente a campos de dunas eólicas e sabkha continental, com contribuições de rios efêmeros. Incursões fluviais nos lagos propiciavam a formação de lobos de suspensão e fluxos em lençol (AF1). Planícies de sabkha (AF3) formaram-se nas porções marginais do lago que, eventualmente eram influenciados por ondas de tempestades (AF2), enquanto zonas centrais eram sítios de intensa deposição pelítica (AF4). O baixo suprimento de areia eólica neste sistema propiciou a formação de um campo de dunas restrito (AF5), com desenvolvimento de lagos de interdunas (oásis), onde proliferavam núcleos de samambaias gigantes, inundados esporadicamente por rios efêmeros (AF6). Os dados faciológicos, corroborados pela paleogeografia da região durante o Permiano Superior, indicam que a sedimentação da parte superior da Formação Pedra de Fogo ocorreu sob condições climáticas quentes e áridas

    Fluvial-coastal deposits from Raizama Formation, Ediacaran-Cambrian of the northern Paraguay Belt, Nobres region, State of Mato Grosso, Brazil

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    Depósitos siliciclásticos da Formação Raizama de idade ediacarana-cambriana são expostos descontinuamente ao longo da margem sul do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai Norte, centro-oeste do Brasil. Estes depósitos são interpretados por sucessões costeiras progradacionais, sobrepondo em conformidade os depósitos carbonáticos do Grupo Araras. A análise faciológica e estratigráfica da seção aflorante na região de Nobres, Estado do Mato Grosso, permitiu a individualização de dezessete fácies sedimentares agrupadas em cinco associações de fácies (AF): AF1) shoreface inferior consiste de arenitos com laminação plano-paralela e truncada por onda (microhummocky), intercalados por pelitos laminados, e com níveis bioturbados por tubos verticais perfurantes; AF2) shoreface superior, formada por arenitos com estratificação plano-paralela e cruzada swaley; AF3) submaré, composta por arenitos com estratificações cruzadas tangenciais e acanaladas com recobrimentos de siltito/arenito muito fino interpretados como depósitos de canal e barras; AF4) planície de maré é caracterizada por arenitos com estratificação cruzada tangencial e sigmoidal, laminação plano-paralela a cruzada de baixo ângulo, gretas de contração, intercalados por siltititos/arenito muito finos com acamamento flaser, organizados em ciclos de raseamento ascendente; e AF5) fluvial entrelaçado distal é constituída por arenitos com estratificação cruzada acanalada com lags lateralmente descontínuos, estratificações plano-paralelas e cruzadas de baixo-ângulo, parcialmente retrabalhadas por onda. A sedimentação da Formação Raizama indica que o fornecimento de sedimentos siliciclásticos estariam relacionado a soerguimentos no Cráton à noroeste da área estudada, sucedendo os depósitos carbonáticos do Grupo Araras. Traços fósseis tubulares descritos na AF1 indicam, pela primeira vez, a presença de traços fósseis perfurantes sugerindo uma idade deposicional para Formação Raizama mais próxima ao limite Ediacarano-Cambriano.The Ediacaran-Cambrian Raizama Formation presents siliciclastic deposits exposed discontinuously along of the southern margin of the Amazon Craton and the Northern Paraguay Belt, Central-Western Brazil. These deposits are interpreted as progradational coastal succession conformably overling the carbonate platform succession of the Upper Araras Group. The facies and stratigraphic analysis of outcrop section were carried out in the Nobres region, State of Mato Grosso, allowed the individualization of seventeen facies, grouped into five facies associations (FA): FA1) lower shoreface, consisting of sandstone with parallel and wave-truncated lamination (microhummocky) parted by laminated mudstones, locally bioturbed by Skolithos; FA2) upper shoreface, composed by parallel and swaley cross bedded sandstone; FA3) subtidal, represented by sandstones with tangential and through cross stratifications drapped by siltstone/very fine sandstone laminae interpreted as channel and bar deposits; FA4) tidal flat is characterized by sandstones with tangential and sigmoidal cross bedding, even parallel stratification, low-angle cross bedding, mud cracks, siltstone/very fine sandstone rhythmites with flaser bedding, organized in shallowing-meter scale cycles; and FA5) distal braid plain consisting of sandstones with through cross-bedding and laterally discontinuous lags, parallel stratification and low-angle cross stratification partially reworked by wave. The sedimentation of the Raizama Formation suggests an increase in the siliciclastic supply linked to uplift regions of the Craton in the northwest of the studied area, succeeding the Araras carbonate platform deposits. Tubular trace fossils in the FA1 indicate, by the first time, the presence of burrowed organisms, what strongly points to an age near of the Ediacaran-Cambrian boundary

    PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS BANDADAS DA REGIÃO DE QUIXERAMOBIM - BOA VIAGEM, CEARÁ, BRASIL

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    Two new occurrences of banded iron formations (BIF’s) had been identified in the regions of Quixeramobim and Boa Viagem, Ceará State. The occurrences are associated to the Neoarchean to Paleoproterozoic rocks of the Cruzeta Complex, whose Sm/Nd - TDM model ages vary between 2,3 and 3,2 Ga. The chemical analyses of major elements in six samples show a relatively simple chemical composition, with SiO2 and Fe2O3 representing more than 96% of their total composition. When normalized by NASC, the REE distribution shows two different groups: the first one correspond to the Quixeramobim BIF’s with REE total concentration very high (121,65 and 119,37) and characterized also by the gradual increase of the REE fractionation from La to Lu. In this group, two analyzed samples show moderately positive europium anomalies (Eun/Eu* = 1,31 and 1,49). The second group is the Boa Viagem one that has a REE total concentration very large (6,23 the 189,44) without europium anomalies (Eun/Eu*= 0,77 a 0,99). The REE patterns of the two groups are interpreted considering the local of iron deposition in relation to distance from the source. The REE patterns show by Quixemarobim BIF’s are very different from the patterns present by archean BIF’s Algoma type, though similar to Lago Superior type where the weak anomalies of europium (Eun/Eu* > 1 e < 2) are related to the little participation of hydrothermal fluids in the depositional basin. Keywords: Banded Iron Formations, Major and Rare-Earth Elements Geochemistry.Duas novas ocorrências de formações ferríferas bandadas (BIF’s) foram identificadas nas regiões de Folhas Boa Viagem e Quixeramobim (Estado do Ceará). Elas estão associadas às rochas neoarqueanas a paleoproterozóicas do Complexo Cruzeta, cujas idades modelo (Sm/Nd - TDM) variam de 2,3 a 3,2 Ga. As análises químicas de elementos maiores em seis amostras mostram uma composição química relativamente simples, com SiO2 e Fe2O3 representando mais de 96% de sua composição total. Quando normalizado pelo NASC, o padrão de distribuição dos ETR sugere dois grupos distintos: o primeiro inclui as BIF’s de Quixeramobim, com somatório de ETR muito alto (121,65 e 119,37) e caracterizado também pelo aumento gradativo do fracionamento dos ETR, do Lantânio (La) em direção ao Lutércio (Lu). Neste grupo duas amostras analisadas exibem anomalia moderadamente positiva de európio (Eun/Eu*= 1,31 e 1,49). O segundo grupo é representado pelas BIF’s de Boa Viagem que possuem um somatório de ETR muito variado (6,23 a 189,44) sem anomalias positivas de európio (Eun/Eu*= 0,77 a 0,99). Estes padrões são interpretados considerando a distância da posição do sítio de deposição de ferro em relação à área fonte deste elemento. Os padrões exibidos pelas BIF’s de Quixeramobim diferem sobremaneira dos apresentados pelas BIF’s arqueanas do Tipo Algoma, mas são comparáveis aos padrões exibidos pelas BIF’s tipo Lago Superior (Eun/Eu* > 1 e < 2), onde as anomalias pouco expressivas de európio são interpretadas como decorrentes da pequena participação de fluidos hidrotermais no ambiente de deposição. Palavras-chave: Formações Ferríferas Bandadas, Geoquímica de elementos maiores e Terras Raras

    ATLANTIC EPIPHYTES: a data set of vascular and non-vascular epiphyte plants and lichens from the Atlantic Forest

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    Epiphytes are hyper-diverse and one of the frequently undervalued life forms in plant surveys and biodiversity inventories. Epiphytes of the Atlantic Forest, one of the most endangered ecosystems in the world, have high endemism and radiated recently in the Pliocene. We aimed to (1) compile an extensive Atlantic Forest data set on vascular, non-vascular plants (including hemiepiphytes), and lichen epiphyte species occurrence and abundance; (2) describe the epiphyte distribution in the Atlantic Forest, in order to indicate future sampling efforts. Our work presents the first epiphyte data set with information on abundance and occurrence of epiphyte phorophyte species. All data compiled here come from three main sources provided by the authors: published sources (comprising peer-reviewed articles, books, and theses), unpublished data, and herbarium data. We compiled a data set composed of 2,095 species, from 89,270 holo/hemiepiphyte records, in the Atlantic Forest of Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay, recorded from 1824 to early 2018. Most of the records were from qualitative data (occurrence only, 88%), well distributed throughout the Atlantic Forest. For quantitative records, the most common sampling method was individual trees (71%), followed by plot sampling (19%), and transect sampling (10%). Angiosperms (81%) were the most frequently registered group, and Bromeliaceae and Orchidaceae were the families with the greatest number of records (27,272 and 21,945, respectively). Ferns and Lycophytes presented fewer records than Angiosperms, and Polypodiaceae were the most recorded family, and more concentrated in the Southern and Southeastern regions. Data on non-vascular plants and lichens were scarce, with a few disjunct records concentrated in the Northeastern region of the Atlantic Forest. For all non-vascular plant records, Lejeuneaceae, a family of liverworts, was the most recorded family. We hope that our effort to organize scattered epiphyte data help advance the knowledge of epiphyte ecology, as well as our understanding of macroecological and biogeographical patterns in the Atlantic Forest. No copyright restrictions are associated with the data set. Please cite this Ecology Data Paper if the data are used in publication and teaching events. © 2019 The Authors. Ecology © 2019 The Ecological Society of Americ

    Análise faciológica e aspectos estruturais da formação Águas Claras, região central da Serra dos Carajás-PA

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    Análises faciológica e estrutural das rochas siliciclásticas da Formação Águas Claras, Pré-Cambriano da Serra dos Carajás, foram realizadas em excelentes exposições na estrada de acesso à Mina do Igarapé Bahia. A Formação Águas Claras, constituída principalmente por quartzo-arenitos e pelitos, representa uma sucessão progradante de depósitos plataformais (parte inferior) e litorâneos e fluviais (parte superior). Os depósitos plataformais são constituídos por pelitos laminados, interpretados como lamas de offshore, e siltitos e arenitos finos com estratificação cruzada hummocky, laminação cruzada microhummocky, laminação plano-paralela e marcas onduladas relacionados a depósitos de tempestades. As fácies litorâneas consistem em arenitos finos a médios com estratificação cruzada swaley, considerados como tempestitos de shoreface; arenitos finos a grossos com seqüências de tidal bundles, estratificação cruzada de baixo ângulo e estratificação plano-paralela interpretados como depósitos de submaré; e, subordinadamente, arenitos finos laminados com truncamentos de baixo-ângulo e arenitos finos a grossos com tidal bundles intercalados a ritmitos com acamamentos flaser, wavy e linsen relacionados, respectivamente, a depósitos de foreshore e planície de maré. Os depósitos fluviais consistem em arenitos grossos e conglomerados, com estratificações cruzadas tabular e acanalada e estratificação plano-paralela, relacionados a depósitos de barras e dunas subaquosas em planície aluvial braided. Subordinadamente, ocorrem arenitos finos sílticos com laminação plano-paralela interpretados como depósitos de inundação. A Formação Águas Claras permite interpretar, pelo menos, três fases deposicionais. No início da deposição, predominaram processos de tempestades retrabalhando sedimentos finos de mar raso e acumulando areias na forma de barras e lençóis nas zonas de offshore e shoreface. Na fase seguinte, prevaleceram processos de maré, provavelmente responsáveis pelo retrabalhamento dos tempestitos de shoreface, e teria se desenvolvido um complexo de braid delta como resultado da progradação de uma planície aluvial sobre um ambiente litorâneo. O abandono de áreas deltaicas durante período de baixo influxo detrítico permitiria o retrabalhamento destas zonas por ondas gerando praias restritas. A fase final na evolução da Formação Águas Claras foi marcada por uma progradação para SW da planície aluvial, estimulada provavelmente por soerguimentos tectônicos das áreas fontes situadas a NE, o que levou à instalação definitiva de um sistema fluvial braided. A caracterização geométrica-estrutural da área estudada permitiu a individualização de dois domínios estruturais. O domínio I, localizado entre os igarapés São Paulo e Águas Claras, é marcado por zonas de cisalhamento verticalizadas, dobras e cavalgamentos oblíquos; em porções menos deformadas, estas estruturas rúpteis-dúcteis são recorrentes e o acamamento mostra-se rotacionado por falhas, às vezes, afetado por dobras desarmônicas e em caixa. O domínio II, a oeste do Igarapé Águas Claras, é caracterizado pela disposição regular do acamamento com mergulho médio de 200 para NE. As estruturas rúpteis-dúcteis marcam pelo menos um evento transpressivo localizado, ligado provavelmente à movimentação sinistral da Falha Carajás. A orientação e natureza das estruturas sugerem que este evento rúptil-dúctil esteve relacionado a uma transpressão NE-SW com transporte tectônico para SW. Posteriormente, as rochas foram afetadas por falhas transcorrentes e normais, orientadas nas direções NE-SW e NW-SE, às quais se associam diques básicos

    Carbonates deposits of Tangará da Serra-MT: a new occurrence of neoproterozoic cap carbonate in southern Amazon Craton

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    Cap carbonates are exceptional deposits related to the end of Neoproterozoic low-latitude glaciations. In the Tangará da Serra region, south Amazon craton, was described a Neoproterozoic carbonatic succession with approximately 20 m thick that includes the upper part of the Mirassol d'Oeste Formation and the base of the Guia Formation, respectively the dolomitic and calcareous caps of basal Araras Group. The cap dolomite is composed of pinkish peloidal dolograinstones with planar to low angle truncated laminations interpreted as deposits of a shallow to moderately deep platform. The cap limestone consists in massive to laminated siltstone and megaripple bedded crystalline limestone interpreted as deposits of moderately deep wave dominated mixed platform. Rippled crystalline limestone with crystals fans (pseudomorphosed aragonite) interbedded with shales were interpreted as oversaturated-CaCO3 deep platform deposits. Limestone with slump structures, convolute bedding and sinsedimentary faults characterize deposits of slope and neptunians dykes, filled by calcareous breccias, and isolated deformed limestone beds suggest seismic activity during the sedimentation. The succession of Tangará da Serra extends the occurrence of cap carbonates in the southern Amazon craton and corroborate with the presence of a large carbonate to mixed platform formed during the transgression after the glaciation Puga, correlate to Marinoan event.Capas carbonáticas se traduzem num dos mais importantes depósitos relacionados ao final das glaciações globais neoproterozóicas. Na região de Tangará da Serra, margem sul do Cráton Amazônico, foi descrita uma sucessão carbonática neoproterozóica de aproximadamente 20 m de espessura que inclui o topo da Formação Mirassol d'Oeste e a base da Formação Guia, respectivamente as capas dolomítica e calcária da base do Grupo Araras. A capa dolomítica é composta por dolograisntones peloidais rosados com laminação plano paralela e truncamentos de baixo ângulo, interpretados como registros de uma plataforma rasa a moderadamente profunda. A capa calcária consiste em siltitos maciços e laminados e calcários finos cristalinos com acamamento de megamarcas onduladas, interpretados como depósitos de plataforma mista moderadamente profunda dominada por ondas. Calcários finos cristalinos com laminação ondulada/marcas onduladas e leques de cristais (pseudomorfos de aragonita) intercalados com folhelhos foram interpretados como depósitos de plataforma profunda e supersaturada em CaCO3. Calcários com estruturas de escorregamento (slump), laminações convolutas e falhas sin-sedimentares caracterizam depósitos de talude e diques neptunianos, preenchidos por brechas calcárias, e camadas deformadas isoladas sugerem atividade sísmica durante a sedimentação. A sucessão carbonática de Tangará da Serra estende a ocorrência de capas carbonáticas no sul do Cráton Amazônico e corrobora com a presença de uma extensa plataforma carbonática formada durante a transgressão após a glaciação Puga correlata ao evento Marinoano

    Paleoenvironment of Prosperança Formation, neoproterozoic basement of Amazonas Basin

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    The Neoproterozoic Prosperança Formation represents a sedimentary cover of southern Guyana Shield and is poorly exposed when contrasted with Paleozoic record of Amazonas and Solimões basins. Conglomerates, arkosic sandstones and mudstones are the characteristics deposits filling basement grabens. This unit is overlain unconformably by neoproterozoic carbonate rocks of Acarí Formation (observed only in cores). These formations represent the sedimentary basement of oil producing Paleozoic basins of the Amazon region. The precise characterization and paleoenvironmental reconstruction of Prosperança Formation are important for their distinction from Paleozoic units. Stratigraphic analysis was carried out at lower Negro River, State of Amazonas. Four facies associations were interpreted as products of a fluvial-deltaic system: prodelta/lacustrine, delta front, foreshore/shoreface and distal braided plain. Mudstones distributed along several kilometers suggest a sedimentary basin probably of lacustrine/restricted sea origins. Complex structured deltaic lobes were fed by braided distributaries that migrated mainly to SE. Sandstones generated under oscillatory/combined flux are conformable with shoreline deposits. Planar to trough cross-bedded sandstones are related to migration of subaqueous dunes, associated to fluvial-braided processes. Lenses of conglomerate, planar to trough cross-bedded sandstones, possibly of paleozoic age, which overlies unconformably the Prosperança Formation migrated to NW as product of proximal braided plain system and is in contrast to the S-directed cross-stratification of the Prosperança sandstones.Rochas de idade neoproterozóica da Formação Prosperança, cobertura sedimentar da porção sul do Escudo das Guianas, são pobremente expostas quando comparadas com o registro paleozóico das bacias do Amazonas e Solimões. A Formação Prosperança consiste em conglomerados, arenitos arcosianos e pelitos que preenchem grábens no embasamento. Esta unidade é sotoposta por rochas carbonáticas da Formação Acarí (Neoproterozóico), observada apenas em subsuperfície, que agrupadas, representam o embasamento sedimentar das bacias paleozóicas produtoras de óleo da Amazônia. A precisa caracterização e reconstrução paleoambiental da Formação Prosperança são essenciais para a distinção entre unidades do embasamento sedimentar e paleozóicas. A análise estratigráfica foi realizada na região do baixo rio Negro, Estado do Amazonas. A Formação Prosperança consiste em quatro associações de fácies que foram interpretadas como produto de um sistema flúvio-deltaico: prodelta/lacustre, frente deltaica, foreshore/shoreface e planície braided distal. Camadas tabulares de pelitos distribuídos por quilômetros sugerem uma bacia sedimentar de provável origem lacustre/mar restrito. Lobos deltaicos complexamente estruturados foram alimentados por distributários braided que migravam para SE. Arenitos gerados sob condições de fluxo oscilatório/combinado são compatíveis com depósitos de face litorânea. Arenitos com estratificação cruzada e planar estão relacionados com a migração de dunas subaquosas associadas a processos fluviais braided. Camadas lenticulares de conglomerados e arenitos com estratificação cruzada e planar, de possível idade paleozóica, sobrepõem a Formação Prosperança erosivamente. Essas camadas são produtos de um sistema fluvial braided proximal que migrava para NW, sentido inverso dos valores de paleocorrentes dos arenitos Prosperança
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