17 research outputs found

    Condições térmicas ambientais relacionadas à exploração florestal na Amazônia Central

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    The Amazon covers an extensive area with forests that are poorly managed. There are challenges to forest management, poor human resources training, lack of advanced technology and poor working conditions. This causes poor quality of logging, generating unsustainability. This activity requires large contingent and high physical load of workers. The thermal comfort at work in tropical regions is between 20 and 24 °C, in the Central Amazon the day averages exceed 28 °C. To worsen the situation, El Niño phenomena cause an increase in average temperatures in the region. The current thermal conditions and forecasts for the region are under the requirements of a controversial labor norm (NR-15). The need for well-being at work, to improve the quality, health and safety in the forest logging, justify the study. The objective of this research was to investigate the relationship between environmental thermal conditions and natural pauses and the performance of workers in forest logging. The data were collected by operation: cutting, pre-extraction, extraction and patio. The observed data were compared with the national standard (NR-15 Annex 03) and consulted NHO-06 and NIOSH standards. The WBGT variables and natural pauses (%/hour) were collected, comparing the pause patterns of the standard with that observed in the field. Data were collected on heart rate, personal variables (age, weight and height) and estimated the physical work load by two different methods: Annex C ISO 8996 and Apud (1989). Performance variables (operational cycle, productivity, mechanical interruption, hour and natural pauses) and safety (perception of heat and psychophysiological effects) were collected. These variables were analyzed using MANOVA and multiple regressions. Environmental variables of the El Niño phenomenon (November 2015), with the local climate and data of a time without phenomenon (November 2010), were collected and compared by means of t tests. Based on WBGT, at 8 a.m., it is necessary to apply pauses, according to NR-15. The pauses were intermittent, larger every 02 hours of work. The natural pauses represented about 30% of the pauses of the norm, and their behavior was not altered by the variation of WBGT. The method of Apud (1989) found physical load and pauses consistent with the norm. The ISO 8996 method found a very variable physical load, for the same occupation, related to personal variables. The variables productivity and natural pauses were strongly influenced by the mechanical interruption, with probable influence of the hour. All workers showed discomfort with the heat. The statistical differences between the environmental variables of the El Niño Godzilla with the climate and the 2010 study were virtually certain. The air temperature was higher and the relative humidity was lower. The adequacy of the working conditions in the heat exposure, would result in workers' welfare, with consequent improvements in health, safety, quality and performance of forest logging, essential requirements for the sustainability of forest management in the Amazon under the current and future scenario of climate change.A Amazônia abrange uma área extensa com florestas ainda pouco manejadas. Há desafios para o manejo florestal, pela má formação de recursos humanos, falta de tecnologia avançada e condições de trabalho precárias. Isto causa a baixa qualidade da exploração florestal, gerando a insustentabilidade. Esta atividade exige grande contingente e alta carga física dos trabalhadores. O conforto térmico no trabalho em regiões tropicais está entre 20 e 24°C, na Amazônia Central as médias diurnas superam os 28°C. Para agravar a situação, fenômenos El Niño, causam aumento das temperaturas médias na região. As condições térmicas atuais e de previsões para a região, estão sob as exigências de uma norma trabalhista controversa (NR-15). A necessidade de bem estar laboral, para melhoria da qualidade, saúde e segurança na exploração florestal, justificam o estudo. Este trabalho teve como objetivo, investigar as relações das condições térmicas ambientais com o regime de pausas naturais e com o desempenho dos trabalhadores na exploração florestal. Os dados foram coletados por operação: corte, pré-arraste, arraste e pátio. Os dados observados foram confrontados com o estipulado pela norma nacional (NR-15 anexo 03) e consultadas NHO-06 e NIOSH. Foram coletadas as variáveis IBUTG e pausas naturais (%/hora), com isso, foi comparado o regimes de pausas da norma com o observado em campo. Foram coletados dados de frequência cardíaca, variáveis pessoais (idade, peso e altura) e estimada a carga física de trabalho por meio de dois métodos diferentes: anexo C ISO 8996 e Apud (1989). Foram coletadas as variáveis de desempenho (ciclo operacional, produtividade, interrupção mecânica, hora do dia e pausas naturais) e segurança (percepção de calor e efeitos psicofisiológicos). Estas variáveis foram analisadas por meio de MANOVA e regressões múltiplas. Foram coletadas e comparadas variáveis ambientais do fenômeno El Niño (Novembro 2015), com o clima local e com dados de uma época sem fenômeno (Novembro 2010), por meio de testes t. Com base em IBUTG, a partir de 08 horas é necessária aplicação de pausas, segundo a NR-15. As pausas foram intermitentes, maiores a cada 02 horas de trabalho. As pausas naturais representaram cerca de 30% das pausas da norma, e seu comportamento não foi alterado pela variação de IBUTG. O método de Apud (1989) encontrou carga física e pausas condizentes com a norma. O método da ISO 8996 encontrou carga física muito variável, para a mesma ocupação, relacionados às variáveis pessoais. As variáveis produtividade e pausas naturais foram muito influenciadas pela interrupção mecânica, com provável influência da hora do dia. Todos os trabalhadores demonstraram desconforto com o calor. Foram praticamente certas as diferenças estatísticas entre as variáveis ambientais do El Niño Godzilla com o clima e com o estudo de 2010. A temperatura do ar foi superior e a umidade relativa do ar foi inferior. As adequações das condições de trabalho na exposição ao calor, acarretariam no bem estar dos trabalhadores, com consequentes melhorias na saúde, na segurança, na qualidade e no desempenho da exploração florestal, requisitos essenciais para a sustentabilidade do manejo florestal na Amazônia, sob o cenário atual e futuro da mudança climática

    Infrastructure solutions to support decision-making in logging in the Amazon

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    Orientador: Prof. Dr. Julio Eduardo ArceCoorientadores: Prof. Dr. Renato Cesar Gonçalves Robert, Prof. Dr. Afonso Figueiredo FilhoTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa : Curitiba, 10/05/2023Inclui referênciasResumo: A biodiversidade é uma das principais características das florestas tropicais, distribuídas em micro sítios com atributos biofísicos específicos. Estes fatores são muitas vezes pouco considerados no planejamento do manejo florestal na Amazônia, por meio da sistematização espacial da infraestrutura para as operações, geralmente não considerando na tomada de decisão a distribuição do estoque florestal das espécies comerciais e outros fatores bióticos. Este estudo teve como objetivo trazer avanços no planejamento e contribuições para a minimização da infraestrutura necessária nas operações de exploração madeireira, por meio da alocação racional de pátios de estocagem de toras e estradas secundárias, com o uso de restrições ambientais, operacionais e de produção, mantendo a mesma capacidade de produção para o manejo das florestas amazônicas. Foram utilizados dados concedidos pela empresa Mil Madeiras Preciosas que realiza manejo florestal em larga escala, com uso de base de dados de 06 UPAs (unidades de produção anual) consecutivas de exploração madeireira: 2013, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018. Os dados foram analisados em duas etapas: análise e planejamento em sistema digital de informações geográficas (QGIS) e melhorias de utilização da infraestrutura (pacote adicional qneat do QGIS). Ademais, foi feita uma análise complementar dos fatores climáticos e dos custos das operações. A análise geoespacial pretendeu classificar as áreas restritas com base nas condições ambientais e operacionais que foram excluídas da etapa de melhorias. Foram aplicados modelos para melhoria das infraestruturas (estradas, trilhas de arraste e pátios), com o objetivo de minimizar o uso do solo em infraestruturas de suporte à operação, sujeito a restrições operacionais e ambientais. Finalmente, os resultados foram incluídos em mapas de planejamento com ferramentas QGIS, demonstrando as melhorias do processo. A redução da infraestrutura exigida em pátios de madeira variou entre 24,6% e 65,6%, com uma média de 40,6%, o que é relevante, tendo em conta o processo ágil de melhoria do planejamento aplicado ao manejo florestal, neste estudo. A redução da infraestrutura exigida nas estradas secundárias variou entre 17,8% e 39,9%, com uma média de 24,2% menos estradas (em metros), o que é relevante quando se considera a área exigida para a construção de estradas (largura das estradas e remoção da vegetação de bordadura), com grande impacto ambiental e físico nas florestas tropicais. Além disso, as maiores despesas se concentraram entre os meses de Julho a Novembro. Essa é a época em que todas as operações estão ativas. O corte florestal, que é um dos estágios mais cruciais, termina em Novembro, para evitar o início das chuvas na região. As operações mais caras para a empresa foram, respectivamente, operações de pátio (27% do total), transporte (18%) e pré-arraste (18%). Concluímos que o estudo trouxe contribuições sensíveis para o planejamento da exploração madeireira na Amazônia, minimizando a infraestrutura necessária e mantendo a mesma capacidade produtiva. Este trabalho traz subsídios para a melhoria dos processos dessa atividade na Amazônia, bem como estimula a replicação de métodos e contribui para novos empreendimentos de manejo na região. Recomendamos o uso, a replicação e a disseminação desses métodos racionais aqui apresentados, para diferentes contextos de exploração madeireira na Amazônia, testando, se possível, diferentes valores para as variáveis, especialmente aquelas relacionadas ao raio máximo de arrasteAbstract: Biodiversity is one of the main characteristics of tropical forests, distributed in micro sites with specific biophysical attributes. These factors are often poorly considered in forest management planning in the Amazon, through the spatial systematization of infrastructure for operations, generally not considering in decision making the distribution of forest stock of commercial species and other biotic factors. This study aimed to bring planning advances and contributions for the minimization of the infrastructure required in logging operations, through rational allocation of log landings and secondary roads, with use of environmental, operational and production constraints, keeping the same production capacity for the management of the Amazon Rainforests. Data granted by the company Precious Woods Amazon, which carries out large-scale forest management, were used, using a database of 06 consecutive logging UPAs (annual production units): 2013, 2014, 2015, 2016, 2017 and 2018. The data were analyzed in two stages: analysis and planning in digital geographic information system (QGIS) and infrastructure utilization improvements (QGIS qneat add-on package). In addition, a complementary analysis of climatic factors and costs of operations was performed. The geospatial analysis was intended to classify the restricted areas based on environmental and operational conditions that were excluded from the improvement step. Models for infrastructure improvements (roads, skid trails, and yards) were applied to minimize land use in operation support infrastructure subject to operational and environmental constraints. Finally, the results were included in planning maps with QGIS tools, demonstrating the process improvements. The reduction of infrastructure required in log landings ranged from 24.6% to 65.6%, with an average of 40.6%, which is relevant considering the agile planning improvement process applied to forest management in this study. The reduction in infrastructure required for secondary roads varied between 17.8% and 39.9%, with an average of 24.2% fewer roads (in meters), which is relevant when considering the area required for road construction (road width and removal of bordering vegetation), with great environmental and physical impact in tropical forests. Additionally, the highest expenses were concentrated between months July to November. This is the time when all operations are active. Cutting, which is one of the most crucial stages, ends in November, in order to avoid the beginning of the raining season in the region. The most expensive operations for the company were yard operations (27% of the total), transportation (18%) and preskidding (18%), respectively. We conclude that the study brought sensible contributions for the planning of logging in the Amazon, minimizing the necessary infrastructure while maintaining the same productive capacity. This work brings subsidies for the improvement of the processes of this activity in Amazon, as well as stimulates the replication of methods and contributes to new management enterprises in the region. We recommend the use, replication and dissemination of these rational methods presented herein for different logging contexts in Amazon, testing, if possible, different values for variables, especially those related to the maximum radius of skiddin

    Diferenças culturais entre a gestão e as operações florestais em empresas do setor : um estudo exploratório

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    Orientador: Prof. Dr. Cleverson Renan da CunhaArtigo (especialização) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Especialização MBA em Gestão de Talentos e Comportamento HumanoInclui referênciasResumo: No centro do entendimento da cultura organizacional estão os conceitos de valores e crenças pessoais em um contexto coletivo. As grandes empresas brasileiras do setor florestal, atuam em diversos locais diferentes, do ponto de vista socioeconômico e cultural, o que gera grande diferença cultural entre as equipes florestais e a planta fabril. Esse panorama é agravado, quando considera-se o contexto histórico-cultural, e o abismo socioeconômico entre as populações urbanas e rurais. Este estudo buscou diagnosticar, quantificar e qualificar as diferenças de difusão e percepção de cultura entre as operações florestais e a gestão das grandes empresas florestais no Brasil. Para isso, foi elaborado um questionário semi-estruturado, com uso de análise quantitativa (descritiva e porcentual) e qualitativa (algoritmo de nuvem de palavras) da percepção de funcionários do setor, quanto à cultura organizacional. Na fase 02, foi elaborado um questionário aberto, que analisou as diferenças de percepção em 02 grandes empresas florestais (A e B). Foram convidados 02 engenheiros florestais/empresa (01 da operação e 01 da gestão/planejamento) e comparadas suas respostas. As respostas do questionário semi-estruturado, demonstraram feedback positivo (mínimo de 62,5%), porém a comunicação resultou em 37,5% de insatisfação. Com base nas entrevistas, foi notável a diferença de percepção de cultura, entre os engenheiros florestais de setores diferentes, diferença que foi maior na empresa A. Concluiu-se que no setor, valores como: qualidade, comprometimento (colaborador-empresa-cliente), segurança, inovação e competitividade, estão arraigados na base da formação da cultura organizacional das empresas florestais. Por fim, a comunicação parece ser um fator crítico que demanda melhorias

    DIMENSIONAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DA COLHEITA FLORESTAL EM RELEVO DECLIVOSO

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    A busca pela redução dos custos de produção leva as empresas florestais à procura de terras economicamente mais acessíveis para implantar suas atividades, como as áreas com declividade acentuada. Os efeitos potenciais da declividade no dimensionamento e no agravamento de riscos na colheita florestal motivaram este estudo, classificando-os para as ações e ocupações envolvidas no corte e na extração florestal. A classificação considerou as diretrizes das Normas Regulamentadoras número 9, 15, 17 e 31. Os ruídos e as temperaturas foram mensurados quantitativamente, enquanto a análise postural foi feita com auxílio do software Ergolândia 5.0, para dois métodos diferentes. Os riscos de acidentes foram determinados por bibliografia especializada com validação em campo. A ocupação motosserrista foi a que ofereceu mais riscos inerentes e maior gravidade. Para os movimentos parciais, os que apresentaram maiores riscos foram: corte da árvore, derrubada e desgalhamento. Conclui-se que a gestão eficiente de riscos é essencial para a sustentabilidade econômico-social das empresas florestais, reiterada pelos agravantes do trabalho em relevo acidentado.

    A EXPOSIÇÃO DE TRABALHADORES FLORESTAIS AO CALOR DURANTE O FENÔMENO EL NIÑO GODZILLA NA AMAZÔNIA

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    O conforto térmico laboral está entre 20 e 24°C, porém na Amazônia as médias diurnas superam os 28°C, ou seja, há desconforto térmico no trabalho. Para acentuar, a ocorrência de fenômenos extremos El Niño relacionados à mudança climática, vêm causando aumento das temperaturas na região e os efeitos recairão sobre a saúde e capacidade dos trabalhadores. O potencial desenvolvimento do manejo florestal e o bem-estar laboral vão de encontro a previsões de fenômenos extremos na Amazônia, o que justifica a realização deste trabalho. Este estudo teve como objetivo a coleta de variáveis ambientais durante o El Niño Godzilla (2015-2016) e comparação com outros períodos. O estudo foi conduzido no município de Itapiranga, Amazonas, Brasil, coordenadas latitude 02° 75’ S e longitude 58° 47’ W durante novembro de 2015. As variáveis coletadas foram: IBUTG (Índice de bulbo úmido e termômetro de globo) (°C); temperatura do ar (°C), temperatura de globo (°C) e umidade relativa do ar (%). As análises utilizaram testes t de Student para dados pareados e não-pareados, interpretados pela tabela de probabilidade do IPCC (2010). Os resultados demonstraram diferenças significativas para todas as variáveis e cenários: temperaturas maiores e umidade menor durante o El Niño Godzilla. As adequações práticas da exposição ao calor acarretam em maior bem-estar dos trabalhadores, com consequentes melhorias à saúde, à segurança e ao desempenho das operações, sob o cenário atual e de mudança climática

    FREQUÊNCIA CARDÍACA PARA ESTIMATIVAS DA CARGA FÍSICA DE TRABALHO NA EXPLORAÇÃO FLORESTAL

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    O trabalho em exploração florestal exige grande contingente e carga física sob condições ambientais desfavoráveis. Portanto, um bom condicionamento e hábitos saudáveis são essenciais para o desempenho. O estudo pretendeu a coleta de frequência cardíaca para estimar a carga física do trabalho em exploração florestal. A pesquisa foi conduzida no município de Itapiranga, Amazonas, Brasil. Foram avaliadas as operações de pré-arraste, arraste e pátio, exceto o corte. Foi coletada frequência cardíaca da ocupação mais desgastante em cada operação, e estimadas as cargas físicas por dois métodos: anexo C da ISO 8996 e o método CCV. A variável peso demonstrou forte correlação positiva com a frequência cardíaca. A carga física variou em até 167 kcal/h para a mesma ocupação. A ocupação puxador de cabo (pré-arraste) foi a mais desgastante, sendo considerada pesada e estimou-se pausas de até 15 min./h. A frequência cardíaca demonstrou ser indicadora do condicionamento físico, um aspecto importante, pois interfere no desempenho do trabalhador

    ASPECTOS DA QUALIDADE DO TRABALHO RELACIONADOS À EXPLORAÇÃO FLORESTAL NA AMAZÔNIA CENTRAL

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    A baixa qualidade das operações é apontada como a principal causa da insustentabilidade ecológica do manejo florestal. Este trabalho teve como objetivo a quantificação e a análise de variáveis de qualidade no corte florestal: engate de árvores, altura de toco e árvores ocas. A área de estudo localiza-se no município de Itapiranga, Amazonas, onde a coleta de dados consistiu em 39 horas do corte florestal. Em média três árvores por jornada (12%) engataram no momento de corte por falta de perícia. A altura média dos tocos foi de 26 cm, com volume médio de 0,09 m³ por árvore (2,9%) em forma de tocos. Foi encontrada, em média, 19,8% de árvores ocas por jornada, com tempo perdido de deslocamento por jornada de uma hora e 12 minutos, sendo equivalente a 12,9 m³ de produtividade perdida. As adequações do processo de planejamento da operação acarretam no aumento da segurança e do desempenho da exploração florestal.

    EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR NA EXPLORAÇÃO FLORESTAL: REGIME DE PAUSAS DA NORMA BRASILEIRA VERSUS REGIME NATURAL

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    O trabalho em exploração de madeira é considerado um dos mais desgastantes e perigosos, sendo agravado quando em florestas com denso sub-bosque e em condições térmicas ambientais desfavoráveis. O anexo 3 da Norma Regulamentadora nº 15 regulamenta os limites de tolerância e o regime de pausas na exposição ao calor laboral. Este estudo teve como objetivo comparar o regime de pausas da norma com o regime natural na exploração florestal. Foram coletadas as temperaturas em Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) e pausas naturais (%/hora). As temperaturas IBUTG mostraram razoável ajuste binomial, ao passo que as pausas naturais demonstraram dinâmicas diferentes ao longo da jornada e forte influência da interrupção mecânica. As pausas naturais foram estatisticamente diferentes do regime da norma, correspondendo em média a 31% no corte, 27% pré-arraste, 12% arraste, 49% pátio principal e 66% no pátio intermediário. As adequações normativas e as práticas acarretam no aumento de bem-estar dos trabalhadores, com consequentes melhorias na qualidade das operações

    DIAGNÓSTICO DO PLANEJAMENTO DE PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES DE Pinus taeda DOS ESTADOS DO PARANÁ E SANTA CATARINA

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    A importância econômica da produção do gênero Pinus é notória como base de sustentação de uma economia setorial que possui significância para a economia nacional. O objetivo deste trabalho foi investigar os agentes e os fatores que determinaram os regimes de manejo florestal de Pinus taeda de pequenos e médios produtores das mesorregiões Norte Catarinense e Metropolitana de Curitiba. Foram aplicados questionários semiestruturados e perguntas abertas consequentes de auditorias para certificação florestal, com perguntas relacionadas ao manejo florestal aplicado e cadeia produtiva, totalizando 29 propriedades nos estados do Paraná e Santa Catarina. Detectou-se três contextos diferentes no desenvolvimento da cadeia produtiva e 2 regimes de manejo diferentes: 1º regime (18 anos de ciclo) e 2º regime (15 anos). A demanda industrial local e o nível de conhecimento da atividade foram apontados pelos produtores como os mais influentes para tomada de decisão quanto aos regimes de manejo e envolvimento na atividade, explicando a maior preferência pelo 2º regime de manejo (62%), que realiza menos intervenções na floresta durante o ciclo. A inserção de novas tecnologias na indústria de beneficiamento trouxe mudanças na demanda dos sortimentos, causando a decisão de redução do tempo de rotação de Pinus taeda para uso múltiplo para 15 anos, por pequenos e médios produtores da região

    Environmental Thermal Conditions Related to Performance, Dynamics and Safety of Logging in the Brazilian Amazon

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    The Amazon rainforest covers an area of about 50% of the Brazilian national territory, which consists mainly of upland rainforests that are generally poorly managed, because of low investment in technology, planning, operations and manufacturing. Logging activities require a large contingent of heavy machinery and an intense physical workload from the operators and crews. The thermal comfort at work in tropical regions is between 20 and 24°C; however, in the Central Amazon the daily average temperature exceeds 28°C. The sum of these adverse factors leads to a common denominator: low quality logging operations that lead to unsustainable forest management. The objective of this study was to investigate the influence of environmental thermal conditions on performance, rest breaks, work dynamics and safety of workers involved in the logging operations, as well as to understand better their interactions. The data was collected from the following logging activities: felling, pre-skidding, skidding and landing operations. These variables were analyzed using PCA analysis, MANOVA and multiple linear regression. The variables of productivity and rest breaks were strongly influenced by mechanical interruption and time of the workday. We concluded that mechanical availability was the most influential factor in the performance of logging operations. In addition, environmental thermal conditions, bonus payments and work dynamics showed an influence. To a less extent, there was an influence of safety and physical comfort of workers, which resulted in higher rest breaks, depending on the operation involved. This influence was observed in operations with a higher physical workload (felling and pre-skidding). Moreover, the tree volume had a significant impact on the productivity of the chainsaw operator, which was also influenced by the species factor, as in the species Hymenolobium modestum. Lastly, improvements in working conditions such as appropriate clothing, job rotation and scheduled breaks would lead to a greater worker well-being with increased labor productivity and safety. In turn, this would greatly contribute to the quality and performance of overall forest management and sustainability in the economic development of the Amazon region
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