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Infecção por Morganella sp. em glândula de cheiro de corn snake (Pantherophis guttatus) - relato de caso
A corn snake (Pantherophis guttatus) é uma serpente não peçonhenta, da família Colubridae. Na fisiologia da reprodução e defesa da espécie, o par de glândulas de cheiro é indispensável. Essa estrutura está localizada caudal à cloaca e é responsável pela liberação de um material espesso à base de lipídeos, contendo feromônios que exercem funções associadas ao comportamento animal e à sua sobrevivência. O objetivo desse trabalho é relatar uma infecção por Morganella sp. em glândula de cheiro em uma fêmea de corn snake, evidenciando o diagnóstico e tratamento. Observou-se um aumento de volume no terço final, proximal a cloaca, de consistência firme, imóvel e com aproximadamente 4 cm de comprimento e sensibilidade dolorosa ao toque. Foram coletadas amostras do material para cultura bacteriana e exame de antibiograma, sendo positivo para bactérias do gênero Morganella. Com base no resultado do antibiograma, foi possível determinar o protocolo terapêutico mais adequado, como o encaminhamento para realização do procedimento cirúrgico para remoção do tecido comprometido pela infecção, se mantendo estável até a remoção dos pontos, 40 dias após o procedimento, com total cicatrização da ferida cirúrgica.The corn snake (Pantherophis guttatus) is a non-venomous snake from the Colubridae family. The pair of scent glands is indispensable in the physiology of reproduction and defense of the species. This structure is located caudal to the cloaca. It is responsible for releasing a thick material based on lipids containing pheromones that perform functions associated with animal behavior and survival. This work aims to report infection by Morganella sp. in a scent gland in a female corn snake, evidencing the diagnosis and treatment. An increase in volume was seen in the final third, proximal to the cloaca, firm consistency, immobile, and approximately 4 cm long and painful to touch. Samples of the material were collected for bacterial culture and antibiogram examination, being positive for bacteria of the genus Morganella. Based on the result of the antibiogram, it was possible to determine the most appropriate therapeutic protocol, with the referral to perform the surgical procedure to remove the tissue compromised by the infection, remaining stable until the removal of the stitches 40 days after the procedure, with total surgical wound healing
Sequential serological surveys in the early stages of the coronavirus disease epidemic: limitations and perspectives
Fundação Municipal de Saúde de Teresina.Fundação Municipal de Saúde. Diretoria de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Pós-graduação em Virologia. Ananindeua, PA, Brasil / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, DF, Brasil.Universidade Federal do Piauí. Departamento de Enfermagem. Teresina, PI, Brasil.Fundação Municipal de Saúde. Diretoria de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil.Fundação Municipal de Saúde. Diretoria de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil.Fundação Municipal de Saúde. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Teresina, PI, Brasil /
Universidade Federal do Piauí. Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comunidade. Teresina, Piauí, Brasil.Instituto de Pesquisa Opinar. Teresina, PI, Brasil.Fundação Municipal de Saúde. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Teresina, PI, Brasil / Centro Universitário Uninovafapi. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. Teresina, PI, Brasil.Fundação Municipal de Saúde. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Teresina, PI, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical. Teresina, PI, Brasil.Fundação Municipal de Saúde. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Teresina, PI, Brasil.Introduction: Estimates of the number of individuals infected by severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 are important for
health planning and establishment of expectations regarding herd immunity. Methods: Seven testing rounds of a serological survey
were conducted at 1-week intervals between April 19 and May 31, 2020 in Teresina municipality. Results: Over the 7 weeks, serological
positivity increased from 0.56% (95% confidence interval [CI]: 0.18%–1.30%) to 8.33% (95% CI: 6.61%–10.33%), representing 33–53
persons infected for each reported case. Conclusions: Serological screening may be an important tool for understanding the immunity
of a population and planning community interventions
Tratamento farmacológico da obesidade em adultos: revisão de literatura / Pharmacological treatment of obesity in adults: a literature review
O manejo de todos os pacientes com sobrepeso ou com obesidade requer uma combinação de dieta com redução da ingestão calórica, exercícios e modificação comportamental. Além disso, algumas pessoas podem eventualmente necessitar de terapia farmacológica e/ou cirurgia bariátrica. O objetivo desse estudo é revisar sobre o manejo farmacológico da obesidade em adultos, compreendendo os mecanismos de ação das drogas hoje utilizadas. Os bancos de dados Diretrizes e UpToDate foram pesquisados eletronicamente utilizando os descritores manejo da obesidade, obesidade abdominal, obesidade e obesidade mórbida nos idiomas inglês e português. A terapia medicamentosa costuma ser um componente útil no regime de tratamento para pessoas com obesidade. Trata-se de uma estratégia considerada para aqueles indivíduos com IMC >30 kg/m2, ou IMC de 27 a 29,9 kg/m2 com comorbidades relacionadas ao peso, que não atingiram as metas de perda de peso (perda de pelo menos 5% do peso corporal total peso em três a seis meses) com uma intervenção abrangente no estilo de vida. Quando é tomada a decisão de iniciar a terapia farmacológica, os agentes únicos são preferidos à terapia combinada. Além disso, a escolha do medicamento depende das comorbidades do paciente, mas também leva em consideração as preferências do paciente, efeitos adversos e cobertura e custos do seguro
Ações do enfermeiro no gerenciamento do centro de material e esterilização: uma revisão de literatura / Nurse’s actions in the management of the material and sterilization center: a literature review
O enfermeiro no Centro de Material e Esterilização (CME), cuida indiretamente do paciente desenvolvendo técnicas de trabalho para prevenir contaminações de materiais, visto que essa contaminação tem diversas complicações como: infecção, maior tempo de internação e maiores custos para a unidade, entre outras. Este artigo tem como objetivo compilar informações sobre os obstáculos enfrentados pelos enfermeiros na tentativa de controlar contaminações dos materiais do CME. Trata-se de um estudo de literatura integrativa na qual a busca dos artigos foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO. Foram incluídos artigos originais, disponíveis na íntegra na língua portuguesa e que discorram sobre os profissionais de enfermagem no CME. A amostra final foi de 5 artigos. A expressão de busca utilizada na BVS foi: (enfermagem no centro de material e esterilização AND (“esterilização” OR “enfermagem” OR “equipe de enfermagem” OR “desinfecção” OR “papel do profissional de enfermagem”)). E no SciELO foi realizada uma pesquisa com o descritor: enfermagem no centro de material e esterilização. Para análise dos dados utilizou-se leitura analítica e interpretativa. Esse estudo caracterizou a atuação da equipe de enfermagem no CME apontado para uma divisão do trabalho entre os membros da equipe, na qual o enfermeiro desempenha uma atuação gerencial do setor e os técnicos desenvolve ações relacionadas aos procedimentos de limpeza e registro do retrabalho. Ademais discorre sobre as dificuldades enfrentadas pela equipe no cotidiano de prática com ênfase para a falta de capacitação e de profissionais treinados para atuarem no CME, a desorganização da área física e a pouca reflexão sobre a importância do trabalho da enfermagem no CME por outros setores hospitalares. Concluiu-se que o trabalho do enfermeiro no centro de material e esterilização é bastante diverso e exige muita responsabilidade por se tratar de manejo de materiais, artigos que irão entrar em contato direto com os pacientes. Assim, observa-se que o enfermeiro do CME além das diversas atribuições, convive com dificuldades no processo de trabalho e que essas interferem diretamente na qualidade da assistência prestada pelo profissional. Por isso, sugere-se um maior investimento em educação permanente e formação dos profissionais que atuam no CME, melhoria do espaço físico e adoção de medidas que contribuam com a qualidade do serviço prestad
Implicações clínicas da icterícia neonatal em bebês pré-termo: revisão narrativa
Este artigo tem como objetivo investigar, a partir de uma revisão da literatura, as condutas e possíveis complicações da icterícia em recém-nascidos prematuros. O estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada em março de 2024, a qual tem caráter descritivo, em que se busca agrupar em categorias o tema investigado e analisá-lo. A pesquisa em tela segue uma construção teórica e qualitativa, tendo em vista a interpretação e a análise dos elementos teóricos obtidos por meio do levantamento bibliográfico. Os documentos eletrônicos utilizados constavam no sítio eletrônico da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados: Medline via PubMed e LILACS. Os termos utilizados para pesquisa foram: “Recém-Nascido prematuro”, “Icterícia neonatal” e “Hiperbilirrubinemia”, contando com o uso do operador booleano AND para compor os termos de busca no sítio eletrônico. Os resultados foram agrupados conforme a similaridade das ideias e do sentido apresentadas, dando origem à duas categorias temáticas, revelando como principais achados: bebês prematuros com uma idade gestacional inferior a 35 semanas apresentam níveis elevados de bilirrubina sérica total devido a imaturidade fisiológica. A causa da icterícia está relacionada ao aumento da bilirrubina não processada pelo fígado, especialmente em recém-nascidos prematuros. As complicações da icterícia neonatal podem incluir a encefalopatia bilirrubínica aguda e kernicterus, que é uma forma crônica e permanente da encefalopatia bilirrubínica, evoluindo para paralisia cerebral atetóide, neuropatia auditiva, displasia dentária e, ocasionalmente, deficiência mental. Como condutas destaca-se o uso da fototerapia, uso de medicamentos e exsanguinotransfusão como medidas para tratar icterícia. Objetivo do estudo foi contemplado com êxito ao passo em que descreveu, compreendeu e constatou a interface entre icterícia neonatal e prematuridade
Comportamentos de proteção contra a infecção por SARS-CoV-2: um estudo de coorte
INTRODUÇÃO: Nós elaboramos um estudo prospectivo com o objetivo de avaliar fatores (adesão ao distanciamento social, uso de EPI’s, etc.) que poderiam ser determinantes no desenvolvimento da COVID-19 que poderá subsidiar o desenvolvimento de estratégias de saúde eficazes no combate da infecção no município de Passos - Minas Gerais, Brasil, seja em ambientes hospitalar ou não-hospitalar. MÉTODOS: Trata-se de um estudo coorte longitudinal onde foram incluídos 343 indivíduos da população que foram selecionados aleatoriamente por conglomerado. Os indivíduos selecionados responderam a um questionário relacionado às características clínicas, medidas preventivas, comorbidades e uso de medicamentos. Na ocasião foi realizado teste rápido nos indivíduos para detecção de anticorpos IgG e IgM. O tempo médio de acompanhamento foi de seis meses e, durante o acompanhamento, manteve-se contato telefônico a cada duas semanas. Ao final do seguimento, novo teste sorológico foi realizado e calculado o risco associado à presença de fatores de risco e à incidência da doença. RESULTADOS: Verificamos que 27,3% dos participantes que se infectaram no seguimento faziam uso ivermectina e hidroxicloroquina como forma de prevenção, enquanto nós não infectados, 11,3% usavam esses medicamentos. Para os indivíduos que apresentaram a doença durante o seguimento 21,2% relataram respeitar o isolamento social, 27,3% relataram que saíram para trabalhar e 42,14% relataram que frequentaram ambientes hospitalares. Entre os participantes que tiveram a infecção, 12,1% relataram contato apenas com familiares, 9,1% com familiares e colegas de trabalho e 75,8% com profissionais de saúde. CONCLUSÕES: Este estudo forneceu dados epidemiológicos de indivíduos infectados pelo COVID-19, que podem contribuir com o sistema de saúde no estabelecimento de medidas preventivas.INTRODUCTION: We designed a prospective study aiming to assess factors (adherence to social distancing, use of PPE, etc.) that could be determinants in the development of COVID-19 that may subsidize the development of effective health strategies to combat the infection in the municipality of Passos - Minas Gerais, Brazil, whether in the hospital or non-hospital settings. METHODS: This is a longitudinal cohort study where 343 individuals from the population were included and randomly selected by clusters. The selected individuals answered a questionnaire related to clinical characteristics, preventive measures, comorbidities, and medication use. A rapid test was performed on the individuals to detect IgG and IgM antibodies. The average follow-up period was six months, and during the follow-up, telephone contact was maintained every two weeks. At the end of the follow-up, a new serological test was performed, and the risk associated with risk factors and disease incidence was calculated. RESULTS: We found that 27.3% of patients who became infected during follow-up were using ivermectin and hydroxychloroquine as a means of prevention, while in non-infected patients, 11.3% used these drugs. (p = 0.024). For patients who had the disease during follow-up, 21.2% reported respecting social isolation, 27.3% reported leaving for work, and 42.14% reported having attended hospital environments (p = 0.004). Among the participants who had the infection, 12.1% reported contact only with family members, 9.1% with family members and co-workers, and 75.8% with health professionals (p = 0.001). CONCLUSIONS: This study provided epidemiological data on patients infected with COVID-19, which can contribute to the health system's establishment of preventive measures
Emergências Psiquiátricas: Estratégias de Triagem e Intervenção - Uma Revisão Sistemática
Psychiatric emergencies represent a complex intersection between mental health and emergency medicine, requiring specific approaches for screening, assessment, and immediate intervention. This systematic review examined current literature on strategies for managing psychiatric emergencies, including anxiety crises, suicidal ideation, and psychotic episodes. Reviewed studies highlighted the importance of early screening, comprehensive assessment, and multidisciplinary interventions to improve clinical outcomes. Ethical considerations and limitations were acknowledged, emphasizing the need for sensitive and evidence-based approaches to psychiatric emergency management.Emergências psiquiátricas representam uma interseção complexa entre saúde mental e medicina de emergência, exigindo abordagens específicas para triagem, avaliação e intervenção imediata. Esta revisão sistemática analisou a literatura atual sobre estratégias de manejo de emergências psiquiátricas, incluindo crises de ansiedade, ideação suicida e surtos psicóticos. Os estudos revisados destacaram a importância da triagem precoce, avaliação abrangente e intervenções multidisciplinares para melhorar os desfechos clínicos. Considerações éticas e limitações foram reconhecidas, destacando a necessidade de abordagens sensíveis e baseadas em evidências para o manejo de emergências psiquiátricas
FARMACOTERAPIA APLICADA ÀS REAÇÕES IMUNOLÓGICAS DA HANSENÍASE
Leprosy Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae, or Hansen's bacillus, which is a resistant gram-positive bacterium that can infect peripheral nerves. Thus, leprosy is considered a disease with a high infectious power and low pathogenic level, and therefore, associated with 95% immunity in most populations of occurrence In this context, the most effective model to be adopted for the control of leprosy it is based on the complementarity of actions; starting with early diagnosis, specialized and continuous treatment of diagnosed cases, prevention of disabilities, surveillance of the patient's home contacts, until discharge for cure. However, some patients may have a type 1 leprosy reaction, a reaction that often occurs soon after the start of treatment, with granulomatous inflammatory reactions and tissue necrosis concomitant with possible symptomatic neurological impairment. On the other hand, some patients may have a type 2 leprosy reaction, a reaction that usually occurs during and after treatment and is determined by the manifestation of sudden-appearing skin nodules. Thus, the treatment of leprosy is multidrug, outpatient and uses standardized therapeutic regimens, recommended by the World Health Organization. It is worth remembering that leprosy is a curable, controllable and treatment-free disease.La lepra es una patología infecciosa crónica causada por Mycobacterium leprae, o bacilo de Hansen, que es una bacteria grampositiva resistente que puede infectar los nervios periféricos. Por lo tanto, la lepra se considera una enfermedad con un alto poder infeccioso y bajo nivel patogénico, y por lo tanto se asocia con una inmunidad del 95% en la mayoría de las poblaciones de ocurrencia. En este contexto, el modelo más eficaz que debe adoptarse para el control de la lepra se basa en la complementariedad de las acciones; con inicio de diagnóstico precoz, tratamiento especializado y continuo de los casos diagnosticados, prevención de discapacidades, vigilancia de los contactos domiciliarios del paciente, hasta el alta por curación. Sin embargo, algunos pacientes pueden presentar una reacción de lepra tipo 1, una reacción que a menudo ocurre poco después del inicio del tratamiento, presentando reacciones inflamatorias granulomatosas y necrosis tisular concomitante con posible deterioro neurológico sintomático. Por otro lado, algunos pacientes pueden presentar la reacción de lepra tipo 2, una reacción que generalmente ocurre durante y después del tratamiento y está determinada por la manifestación de nódulos en la piel de aparición repentina. Por lo tanto, el tratamiento de la lepra es poliquimioterapéutico, ambulatorio y utiliza regímenes terapéuticos estandarizados recomendados por la Organización Mundial de la Salud. Vale la pena recordar que la lepra es una enfermedad curable, controlable y de tratamiento gratuito.A hanseníase é uma patologia infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, ao qual é uma bactéria gram-positiva resistente e que pode infectar os nervos periféricos. Sendo assim, a hanseníase é considerada uma doença com um alto poder infeccioso e baixo nível patogênico, e por isso, associada a 95% de imunidade na maioria das populações de ocorrência. Nesse contexto, o modelo mais eficaz a ser adotado para o controle da hanseníase baseia-se na complementariedade das ações; com início no diagnóstico precoce, tratamento especializado e contínuo dos casos diagnosticados, prevenção de incapacidades, vigilância aos contatos domiciliares do paciente, até a alta por cura. Contudo, alguns pacientes podem apresentar reação hansênica tipo 1, reação essa que ocorre frequentemente logo após o início do tratamento, apresentando reações inflamatória granulomatosa e necrose tecidual concomitante ao possível comprometimento neurológico sintomático. Em contrapartida alguns pacientes podem apresentar a reação hansênica tipo 2, reação essa que ocorre geralmente durante e após o tratamento e é determinado pela manifestação de nódulos na pele de aparecimento súbito. Assim, o tratamento da hanseníase é poliquimioterápico, ambulatorial e utiliza esquemas terapêuticos padronizados, preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Valendo lembrar que a hanseníase é uma doença curável, controlável e de tratamento gratuito.
 
COMPLICAÇÕES DA DERIVAÇÃO VENTRÍCULO-PERITONEAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Introduction: Hydrocephalus is characterized by the accumulation of cerebrospinal fluid (CSF) in the cerebral ventricular system, leading to increased intracranial pressure and dilatation of the ventricles. In children, it is manifested by irritability, accelerated growth of the head circumference, and signs of intracranial hypertension. Ventriculoperitoneal shunt (PVD) is a common surgical technique for CSF drainage. Objective: To analyze the complications associated with PVD in pediatric patients, identifying risk factors, patterns of occurrence, and clinical outcomes, to improve care and clinical outcomes. Methodology: An integrative review was carried out in consultation with PubMed and SciELO. Descriptors such as "ventriculoperitoneal shunt," "complications," "hydrocephalus," "infection," and "malfunction" were used. Articles from the last five years, in Portuguese and English, addressing complications of PVD were included. Out-of-scope, full-text, and duplicate studies were excluded. A total of 11 articles were selected for analysis. Results: We included 11 articles that highlighted complications such as infections, device malfunctions, obstructions, and abdominal complications. Shunt infections occur in up to 15% of pediatric cases, often within the first 6 to 12 months postoperatively. Distal catheter malfunction is common and requires frequent surgical revisions. Rare complications include abdominal pseudocysts, distal catheter extrusion, and gram-negative bacterial infections, with high rates in the first few days after shunt insertion. Frequent revisions increase the risk of complications. Conclusions: PVD, although effective, has several complications that impact the quality of life of pediatric patients. Infections and system malfunctions are the most common complications. Multidisciplinary management and preventive strategies are essential to optimize clinical outcomes and quality of life for patients.Introducción: La hidrocefalia se caracteriza por la acumulación de líquido cefalorraquídeo (LCR) en el sistema ventricular cerebral, lo que conduce a un aumento de la presión intracraneal y a la dilatación de los ventrículos. En los niños, se manifiesta por irritabilidad, crecimiento acelerado de la circunferencia cefálica y signos de hipertensión intracraneal. La derivación ventriculoperitoneal (PVD, por sus siglas en inglés) es una técnica quirúrgica común para el drenaje del LCR. Objetivo: Analizar las complicaciones asociadas a la EVP en pacientes pediátricos, identificando factores de riesgo, patrones de ocurrencia y resultados clínicos, para mejorar la atención y los resultados clínicos. Metodología: Se realizó una revisión integradora en consulta con PubMed y SciELO. Se utilizaron descriptores como "derivación ventriculoperitoneal", "complicaciones", "hidrocefalia", "infección" y "disfunción". Se incluyeron artículos de los últimos cinco años, en portugués e inglés, que abordaron las complicaciones de la EVP. Se excluyeron los estudios fuera de alcance, de texto completo y duplicados. Se seleccionaron un total de 11 artículos para el análisis. Resultados: Se incluyeron 11 artículos que destacaron complicaciones como infecciones, mal funcionamiento del dispositivo, obstrucciones y complicaciones abdominales. Las infecciones por derivación ocurren hasta en el 15% de los casos pediátricos, a menudo dentro de los primeros 6 a 12 meses después de la operación. El mal funcionamiento del catéter distal es común y requiere revisiones quirúrgicas frecuentes. Las complicaciones raras incluyen pseudoquistes abdominales, extrusión de catéter distal e infecciones bacterianas gramnegativas, con tasas altas en los primeros días después de la inserción de la derivación. Las revisiones frecuentes aumentan el riesgo de complicaciones. Conclusiones: La EVP, aunque efectiva, tiene varias complicaciones que impactan en la calidad de vida de los pacientes pediátricos. Las infecciones y el mal funcionamiento del sistema son las complicaciones más comunes. El manejo multidisciplinario y las estrategias preventivas son esenciales para optimizar los resultados clínicos y la calidad de vida de los pacientes.Introdução: A hidrocefalia é caracterizada pelo acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no sistema ventricular cerebral, levando ao aumento da pressão intracraniana e dilatação dos ventrículos. Em crianças, manifesta-se por irritabilidade, crescimento acelerado do perímetro cefálico e sinais de hipertensão intracraniana. A derivação ventrículo-peritoneal (DVP) é uma técnica cirúrgica comum para drenagem do LCR. Objetivo: Analisar as complicações associadas à DVP em pacientes pediátricos, identificando fatores de risco, padrões de ocorrência e desfechos clínicos, para melhorar os cuidados e resultados clínicos. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa consultando PubMed e SciELO. Utilizaram-se descritores como "ventriculoperitoneal shunt," "complications," "hydrocephalus," "infection," e "malfunction". Foram incluídos artigos dos últimos cinco anos, em português e inglês, abordando complicações da DVP. Excluíram-se estudos fora do escopo, não disponíveis em texto completo e duplicados. Selecionaram-se 11 artigos para análise. Resultados: Foram integrados 11 artigos que destacaram complicações como infecções, mau funcionamento do dispositivo, obstruções e complicações abdominais. Infecções de shunt ocorrem em até 15% dos casos pediátricos, frequentemente nos primeiros 6 a 12 meses pós-cirurgia. O mau funcionamento do cateter distal é comum e requer revisões cirúrgicas frequentes. Complicações raras incluem pseudocistos abdominais, extrusão distal do cateter e infecções bacterianas gram-negativas, com altas taxas nos primeiros dias após a inserção do shunt. Revisões frequentes aumentam o risco de complicações. Conclusões: A DVP, embora eficaz, apresenta várias complicações que impactam a qualidade de vida dos pacientes pediátricos. Infecções e mau funcionamento do sistema são as complicações mais comuns. A gestão multidisciplinar e estratégias preventivas são essenciais para otimizar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes
FARMACOTERAPIA APLICADA ÀS REAÇÕES IMUNOLÓGICAS DA HANSENÍASE
Leprosy Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae, or Hansen's bacillus, which is a resistant gram-positive bacterium that can infect peripheral nerves. Thus, leprosy is considered a disease with a high infectious power and low pathogenic level, and therefore, associated with 95% immunity in most populations of occurrence In this context, the most effective model to be adopted for the control of leprosy it is based on the complementarity of actions; starting with early diagnosis, specialized and continuous treatment of diagnosed cases, prevention of disabilities, surveillance of the patient's home contacts, until discharge for cure. However, some patients may have a type 1 leprosy reaction, a reaction that often occurs soon after the start of treatment, with granulomatous inflammatory reactions and tissue necrosis concomitant with possible symptomatic neurological impairment. On the other hand, some patients may have a type 2 leprosy reaction, a reaction that usually occurs during and after treatment and is determined by the manifestation of sudden-appearing skin nodules. Thus, the treatment of leprosy is multidrug, outpatient and uses standardized therapeutic regimens, recommended by the World Health Organization. It is worth remembering that leprosy is a curable, controllable and treatment-free disease.La lepra es una patología infecciosa crónica causada por Mycobacterium leprae, o bacilo de Hansen, que es una bacteria grampositiva resistente que puede infectar los nervios periféricos. Por lo tanto, la lepra se considera una enfermedad con un alto poder infeccioso y bajo nivel patogénico, y por lo tanto se asocia con una inmunidad del 95% en la mayoría de las poblaciones de ocurrencia. En este contexto, el modelo más eficaz que debe adoptarse para el control de la lepra se basa en la complementariedad de las acciones; con inicio de diagnóstico precoz, tratamiento especializado y continuo de los casos diagnosticados, prevención de discapacidades, vigilancia de los contactos domiciliarios del paciente, hasta el alta por curación. Sin embargo, algunos pacientes pueden presentar una reacción de lepra tipo 1, una reacción que a menudo ocurre poco después del inicio del tratamiento, presentando reacciones inflamatorias granulomatosas y necrosis tisular concomitante con posible deterioro neurológico sintomático. Por otro lado, algunos pacientes pueden presentar la reacción de lepra tipo 2, una reacción que generalmente ocurre durante y después del tratamiento y está determinada por la manifestación de nódulos en la piel de aparición repentina. Por lo tanto, el tratamiento de la lepra es poliquimioterapéutico, ambulatorio y utiliza regímenes terapéuticos estandarizados recomendados por la Organización Mundial de la Salud. Vale la pena recordar que la lepra es una enfermedad curable, controlable y de tratamiento gratuito.A hanseníase é uma patologia infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, ao qual é uma bactéria gram-positiva resistente e que pode infectar os nervos periféricos. Sendo assim, a hanseníase é considerada uma doença com um alto poder infeccioso e baixo nível patogênico, e por isso, associada a 95% de imunidade na maioria das populações de ocorrência. Nesse contexto, o modelo mais eficaz a ser adotado para o controle da hanseníase baseia-se na complementariedade das ações; com início no diagnóstico precoce, tratamento especializado e contínuo dos casos diagnosticados, prevenção de incapacidades, vigilância aos contatos domiciliares do paciente, até a alta por cura. Contudo, alguns pacientes podem apresentar reação hansênica tipo 1, reação essa que ocorre frequentemente logo após o início do tratamento, apresentando reações inflamatória granulomatosa e necrose tecidual concomitante ao possível comprometimento neurológico sintomático. Em contrapartida alguns pacientes podem apresentar a reação hansênica tipo 2, reação essa que ocorre geralmente durante e após o tratamento e é determinado pela manifestação de nódulos na pele de aparecimento súbito. Assim, o tratamento da hanseníase é poliquimioterápico, ambulatorial e utiliza esquemas terapêuticos padronizados, preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Valendo lembrar que a hanseníase é uma doença curável, controlável e de tratamento gratuito.
 
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