14 research outputs found

    Escoliose idiopática do adolescente - classificação e manejo terapêutico / Adolescent idiopathic scoliosis - classification and therapeutic management

    Get PDF
    A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é definida como a alteração do eixo normal da coluna em pacientes com idade superior aos 10 anos e que não atingiram a maturidade musculoesquelética. Quanto à sua etiologia, embora os mecanismos fisiopatológicos da EIA sejam desconhecidos, aventa-se a possibilidade da relação entre predisposição genética e a gênese da doença. Uma vez que, aproximadamente 30% dos portadores possuem algum membro familiar também acometido por essa afecção e, particularmente em casos em que ambos os pais são portadores de escoliose, os filhos têm uma probabilidade 50 vezes maior de desenvolvê-la. A respeito da investigação inicial, deve-se realizar uma anamnese completa e um exame físico adequado, respeitando sempre a sensibilidade e privacidade do adolescente. Ademais, a avaliação é pautada em manobras semiológicas, como o Teste de Adams, que fornece indicadores necessários para continuar a investigação diagnóstica. Em relação ao quadro clínico, existe a possibilidade da ocorrência do desvio da coluna para os 3 eixos dimensionais, além da ocorrência da rotação vertebral. Frente a isso, as classificações de curvatura propostas por King e Lenke são de relevância para o estabelecimento da melhor conduta terapêutica, sendo ela conservadora e, em casos reservados, a abordagem cirúrgica pode ser instituída, atenuando a progressão da moléstia

    Colecistite Aguda: aspectos clínicos e manejo terapêutico: Acute Cholecystitis: clinical aspects and therapeutic management

    Get PDF
    A Colecistite aguda (CA) é uma patologia que gera estase da bile, isquemia, edema da parede da vesícula e gangrena, devido ao esvaziamento inadequado da vesícula biliar. Quanto à epidemiologia, a CA está entre os principais diagnósticos gastrointestinais nos atendimentos emergenciais e possuem maior prevalência em mulheres e em pessoas com fatores de risco, como obesidade, doença hepática, exposição hormonal e diabetes. Quanto às manifestações clínicas, a doença apresenta dor abdominal como principal sintoma, mas também pode estar associada à febre, náuseas e vômitos. Sua identificação depende de uma anamnese minuciosa, um exame físico bem detalhado e exames complementares. No que tange ao diagnóstico clínico, sensibilidade e defesa abdominal à palpação, presença de massa abdominal e sinal de Murphy presente, são essenciais para identificação da patologia. Para diagnóstico definitivo, lança-se mão da Colecistografia, Ultrassom (US), Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Nuclear Magnética (RNM), fornecendo mais detalhes com melhor acurácia para, juntamente com os dados clínicos, obter o diagnóstico. Já a abordagem terapêutica, apresenta-se através do manejo farmacológico e cirúrgico. Na abordagem farmacológica, lança-se mão da hidratação, analgesia e antibioticoterapia. A abordagem cirúrgica utiliza a colecistectomia laparoscópica (CL) como escolha principal para um tratamento seguro e eficaz, reservando a laparotomia como alternativa para os casos em que a CL tem fatores impedindo sua execução

    Displasia do desenvolvimento do quadril: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas / Developmental dysplasia of the hip: etiopathogenic aspects, diagnosis and therapeutic conduct

    Get PDF
    A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é um distúrbio do crescimento da criança, em que o acetábulo é subdesenvolvido, levando a alterações das cargas mecânicas na articulação do quadril, resultando em instabilidade e potencial luxação da articulação coxofemoral. Quanto à etiopatogenia, esse distúrbio é caracterizado pelo não amadurecimento satisfatório da articulação, culminando em má formação no momento do nascimento, uma vez que o desenvolvimento da cavidade acetabular é consequência da presença de uma cabeça femoral concentricamente reduzida em contato com o acetábulo. Condições multifatoriais, como alterações intrauterinas, genéticas e ambientais, são aventadas como predisponentes à DDQ. Nesse contexto, a apresentação pélvica fetal no último trimestre, pós-maturidade, mutações genéticas e imobilização por enfaixamento em extensão e abdução do quadril, contribuem para a ocorrência da afecção. Em virtude disso, a epidemiologia da DDQ é bastante variada, a depender da definição, da população estudada, da idade e do método diagnóstico adotado, carecendo de uma anamnese e um exame físico minuciosos. Para auxílio diagnóstico, lança-se mão das manobras de Barlow e Ortolani, com a observação de um possível sinal de Galeazzi. Somado a isso, exames de imagem também podem ser empregados em sua investigação. Vale ressaltar, de maneira enfática, que diversos autores abdicaram de uma padronização para a definição da DDQ, sendo necessária a instituição de uma terminologia unificada para a doença. Já o manejo terapêutico, apresenta-se como um desafio para o médico, uma vez que é adotado conforme a gravidade do quadro e levando em consideração a idade do paciente, fazendo com que a abordagem seja através de órteses e gesso e, em casos reservados, a intervenção cirúrgica pode ser instituída

    Rotura prematura de membranas ovulares na gestação: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas: Premature rupture of ovular membranes in pregnancy: etiopathogenic aspects, diagnostic methods and therapeutic conduct

    Get PDF
    A rotura prematura de membranas (RPM), consiste na rotura espontânea das membranas amnióticas no período gestacional. A RPM pode ser subdividida em rotura prematura pré-termo de membranas (RPPTM), quando ocorre rotura espontânea das membranas ovulares antes do termo, isto é, antes de 37 semanas de gestação ou rotura prematura de membranas ovulares (RPMO), em que há a rotura espontânea das mesmas antes do começo do trabalho de parto. Em virtude da variedade etiológica da RPM, a epidemiologia é bastante variada, sendo que sua incidência chega a cerca de 10% de todas as gestações, em que, aproximadamente, 75 a 80% delas já estarão a termo, caracterizando a RPMO. Além disso, a depender da etiologia da RPMO, a patogênese e o prognóstico são diferentes. Acerca do quadro clínico, classicamente, a RPMO cursa com perda súbita de líquido claro por via vaginal. No que tange ao diagnóstico, a história clínica é fortemente sugestiva, sendo o diagnóstico definitivo obtido pela visualização da saída do líquido ao exame especular. O diagnóstico diferencial é imprescindível, uma vez que outras patologias com apresentações semelhantes devem ser descartadas, no intuito de se estabelecer o tratamento correto e eficaz. O manejo terapêutico pode ser realizado de forma conservadora ou intervencionista, sendo que a segunda maneira depende da idade gestacional em que a mulher se encontra, sendo feito farmacologicamente com antibióticos, corticoides e sulfato de magnésio (se indicado); além de medidas não farmacológicas de suporte e acompanhamento, a fim de prevenir comprometimento fetal e materno

    Pneumotórax espontâneo - novas perspectivas sobre avaliação diagnóstica e uso de cirurgia minimamente invasiva para manejo do paciente: Spontaneous pneumotorax - new perspectives on diagnostic evaluation and use of minimally invasive surgery for patient management

    Get PDF
    A pleura constitui uma membrana de tecido mesotelial que reveste os pulmões e a cavidade torácica, possibilitando o adequado funcionamento destes órgãos. Além disso, possui dois folhetos, o parietal e o visceral; quando na presença de ar entre estes, ocorre uma complicação denominada pneumotórax, o qual possui múltiplas etiologias. Nesse sentido, o pneumotórax espontâneo (PE) corresponde a uma forma de apresentação da afecção, porém menos frequente. Ademais, o pneumotórax representa uma emergência médica e pode ser tratado de maneira conservadora ou cirúrgica, contudo, há divergências na literatura sobre quais critérios devem ser utilizados para se optar pelo manejo expectante ou invasivo. Outrossim, vários casos de PE não apresentam etiologia esclarecida e são denominados de pneumotórax espontâneo primário (PEP); não obstante, tal terminologia é questionada atualmente, pois estudos indicam que sempre há uma doença pulmonar adjacente como fator predisponente, de maneira que nos casos considerados primários, apenas não houve a devida identificação da doença pulmonar responsável pelo pneumotórax. Ainda, os sinais e sintomas na doença são inespecíficos e mimetizam várias doenças, fazendo-se necessário a consideração de diagnósticos diferenciais importantes, os quais irão alterar a conduta e a gravidade do quadro, bem como a necessidade imediata ou não de procedimentos invasivos. Para o diagnóstico, além da suspeição clínica, são necessários exames complementares, como a radiografia e a tomografia computadorizada de tórax, os quais auxiliam também na identificação de complicações da doença

    Condromalácia patelar - aspectos etiológicos, epidemiológicos e manejo terapêutico / Chondromalacia patellae - etiology, epidemiology and therapeutic management

    Get PDF
    A Condromalácia Patelar (CMP) é definida como uma afecção que promove o amolecimento anormal da cartilagem hialina que reveste as superfícies articulares da patela. Esse distúrbio é caracterizado por uma intensa dor generalizada na articulação do joelho, sobretudo nas regiões ântero e retropatelar. Quanto à etiologia, diversas são as causas envolvidas na gênese da doença, sendo elas traumas diretos à patela, atividade física em excesso, obesidade, instabilidade femoropatelar por luxações ou subluxações, variações anatômicas ósseas, cinemática patelar anômala por patela alta ou joelhos em valgo e exposição laboral. Em virtude disso, a epidemiologia da CMP é bastante variada, carecendo de estudos sobre o tema, e sua identificação depende de uma anamnese minuciosa e um exame físico bem feito. Para auxílio diagnóstico, lança-se mão de exames como radiografia, ressonância nuclear magnética e, em casos reservados, faz-se necessária a realização da artroscopia do joelho. Já o manejo terapêutico, apresenta-se como um desafio para o médico, uma vez que não há tratamento específico considerado eficaz e universalmente aceito como o padrão, fazendo com que a terapêutica seja através de medicamentos sintomáticos e, em casos reservados, a abordagem cirúrgica pode ser instituída

    Doença inflamatória pélvica: fisiopatologia, investigação diagnóstica e manejo terapêutico / Pelvic inflammatory disease: pathophysiology, diagnostic research and therapeutic management

    Get PDF
    A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é caracterizada pela inflamação do trato genital superior causada, na maioria das vezes, pela Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. A afecção decorre da ascensão dos microrganismos do sistema genital inferior em direção ao útero, tubas uterinas e/ou ovários. De modo geral, a DIP gonocócica cursa com maior gravidade em relação aos demais agentes etiológicos causadores da afecção. Em contrapartida, a DIP causada pela C. trachomatis ocorre com maior frequência e costuma cursar com sintomatologia discreta e inespecífica, porém, assim como a DIP por N. gonorrhoeae, essa também pode causar danos significativos ao trato genital. O diagnóstico dessa afecção é predominantemente clínico e deve ser aventado diante de mulheres jovens com idade entre 15 a 25 anos, sexualmente ativas e que possuem múltiplos parceiros sexuais, queixando-se de dor abdominal ou pélvica. Quanto ao tratamento, deve ser instituído de maneira empírica quando houver suspeita clínico-epidemiológica compatível com a DIP, a fim de mitigar possíveis complicações a longo prazo, como taxas de gravidez ectópica e infertilidade por fator tubário

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

    Get PDF

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

    Get PDF
    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

    Get PDF
    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
    corecore