166 research outputs found
Population dynamics of benthic foraminifera in the intertidal mudflat of Northern Germany
The population dynamics of benthic foraminifera from the intertidal mudflat near
Dorum-Neufeld in Northern Germany was examined. The study covered the period
from September 2011 – July 2012. Biweekly, sediment samples were taken from four
spatially distributed sites covering an area of approximately 100,000 m2 in the mudflat.
Three benthic species are known to dominate the foraminifer population in the study
area: Ammonia aomoriensis (Asano, 1951), Haynesina germanica (Ehrenberg, 1840)
and Elphidium williamsoni (Haynes, 1973). The aim of this study is to obtain a longterm
overview of the population dynamics of the three species and to gain information
on the reproduction period for each species, thus providing constrains for optimizing
sampling strategies for laboratory cultures. Coexistence and competition for resources
among the three dominant foraminifer species in the benthic realm is analyzed.
The very high abundance of living foraminifers in the mudflat in May and June with a
maximum in May for both A. aomoriensis and H. germanica is observed. The fact that
the higher abundance, starting in March and declining in June, is observed at all four
sampling locations substantiates this finding. The population dynamics in the intertidal
mud flats of Dorum-Neufeld has not been systematically analyzed before and now
confirms assumptions previously derived from observations in laboratory stock cultures.
In contrast, E. williamsoni has a completely different lifecycle than A. aomoriensis and
H. germanica with higher reproduction in colder months between September and
March. It is present throughout the year and distributed patchier in all stations.
The most appropriate time for sampling foraminifers for culture experiments is between
May and June for A. aomoriensis and H. germanica and from September until March
for E. williamsoni.
The abundance of E. williamsoni does not show a peak during May and June like A.
aomoriensis and H. germanica, but exhibits the highest abundance during winter months. This means that either E. williamsoni competes with A. aomoriensis and H.
germanica or that a colder climate favors the reproduction of E. williamsoni. In
contrast, the similar abundance peak of A. aomoriensis and H. germanica suggests that
these species coexist without competing with each other, maybe due to the use of
different food sources.
Haynesina germanica and E. williamsoni are both cleptoplasts, they are able to use
diatom chloroplasts for photosynthesis. This adaptation might grant these two species
an ecological niche alongside A. aomoriensis in the intertidal mudflat ecosystem.
The sediments from Dorum that exclusively consist out of muddy, non-cohesive silt to
fine sand plays a role in the relatively high Foraminifer densities, but very low species
richness.
In this study, regarding to temperature reconstruction with the help of fossil
Foraminifera, the calculated average temperature is ̴ 10° C higher, than the measured
average temperature which shows that population dynamics have a significant influence
on possible temperature reconstructions with proxy signals (e. g. Mg/Ca).A presente tese de Mestrado examinará a dinâmica populacional de foraminíferos
bentónicos, numa zona intertidal lodosa, próxima de Dorum-Neufeld, no norte da
Alemanha.
Os foraminíferos bentónicos são Protistas comuns, que habitam quase todos os
ambientes bentónicos. Apesar da sua distribuição ubíqua são biologicamente versáteis.
A sua distribuição e abundância são influenciadas por parâmetros físicos, químicos e
biológicos, o que os transforma em excelentes ferramentas para interpretações
ecológicas e ambientais. Possuem ainda um potencial de preservação excelente no
registo fóssil, podendo fornecer informações credíveis para compreender as alterações
em ambientes marinhos, ocorridos no passado histórico e geológico.
O estudo da dinâmica populacional preenche a lacuna entre as características
individuais de um organismo na população e a dinâmica da população como um todo.
Esta ciência tem a função investigar as alterações ocorridas nas populações em termos
de tamanho e composição etária, a curto e longo prazo, fornecendo deste modo bases
para futuros estudos.
O objetivo desta investigação é a obtenção a médio-termo, da dinâmica populacional de
três espécies de foraminíferos bentónicos. Pretende-se ainda obter informações sobre o
período reprodutivo de cada espécie, no sentido de restringir os períodos ideais de
amostragem, de modo a proceder à colheita de espécimes para cultura em laboratório.
Serão ainda analisadas, a coexistência e competição entre as três espécies de
foraminíferos bentónicos dominantes neste ambiente.
A amostragem para a realização deste estudo decorreu entre Setembro de 2011 e Julho
de 2012. Bimensalmente, amostras de sedimento superficiais foram colhidas em quatro
locais, espacialmente distribuídos na planície lodosa próxima de Dorum-Neufeld,
cobrindo uma área aproximada de 100.000 m2. Serão analisadas três espécies de foraminíferos bentónicos, que são já conhecidas por dominar a população na área de
estudo, nomeadamente: Ammonia aomoriensis, Haynesina germanica e Elphidium
williamsoni.
Os valores de abundância mais significativos de foraminíferos vivos, na planície lodosa,
ocorreram entre Maio e Junho, para as espécies A. aomoriensis e H. germanica. Este
resultado mostra sem ambiguidade, que estas espécies apresentam o seu período de
maior reprodução durante estes dois meses. Este resultado é ainda reforçado pelo
aumento de abundância destas espécies, que se inicia em Março e diminui em Junho, em
todos os locais de amostragem.
As maiores abundâncias de foraminíferos observadas em Maio e Junho podem estar
relacionadas com o aumento de alimento disponível, nomeadamente forte aumento de
fitoplâncton durante a primavera ou aumento das descargas de água-doce. Deve notarse,
contudo, que a classe de tamanho inferior, entre 90-125 μm (considerada a fração
juvenil dos foraminíferos), possui o seu pico reprodutivo em Maio em todas as estações,
e após este período a sua abundância decresce, ao passo que na classe de tamanho
seguinte (125-250 μm) o maior pico de abundância se prolonga por mais tempo. Em
alguns casos, o pico de abundância da classe de tamanho 125-250 μm começa logo após
o pico de abundância dos juvenis. Estes dois eventos estão possivelmente relacionados
com o crescimento dos juvenis, que são posteriormente adicionados à fração de
tamanho maior (125-250 μm). Em culturas de laboratório das espécies de A.
aomoriensis e H. germanica realizadas no Instituto Alfred Wegener (Alemanha), o
conhecimento prático demonstrou que os foraminíferos juvenis conseguem num dia
construir uma nova câmara da sua carapaça. Esta informação pode permitir determinar o
momento exato de maior reprodução, através do cálculo do número de câmaras
existentes num foraminífero juvenil, por exemplo, um foraminífero com 10 câmaras era
um juvenil à 10-20 dias atrás.
Elphidium williamsoni possui um ciclo de vida completamente diferente das espécies A.
aomoriensis e da H. germanica. Esta espécie apresentou as maiores abundâncias nos meses mais frios, entre Setembro e Março, no entanto, ocorreu durante todo o ano,
apresentando variações de abundância em todas as estações analisadas.
O melhor período do ano para amostragem de foraminíferos para cultura em laboratório
é entre Maio e Junho para as espécies A. aomoriensis e H. germanica, e entre Setembro
e Março para a espécie E. williamsoni.
Em termos de competição e coexistência, E. williamsoni não apresenta aumento
significativo de abundância durante os meses de Maio e Junho, como se verificou para
as espécies A. aomoriensis e H. germanica. Isto poderá indicar que E. williamsoni
compete diretamente com A. aomoriensis e H. germanica ou que o clima mais frio
favorece a sua reprodução. Por outro lado, os picos de abundância similares
apresentados por A. aomoriensis e H. germanica sugerem que estas espécies coexistem
no mesmo ambiente não havendo competição entre elas, talvez devido ao uso de
diferentes tipos de alimento.
A influência do tamanho dos grãos de sedimento na densidade e na diversidade das
associações de foraminíferos continua a ser controverso. Tipicamente, num ambiente
com correntes fortes os sedimentos são mais grosseiros, enquanto correntes mais fracas
permitem a sedimentação de material mais fino. Uma grande amplitude da maré em
zonas de planície lodosa pode também ser considerada um importante fator limitante,
devido à energia variável que controla a sedimentação, resultando na deposição de
sedimentos finos em cima de sedimentos mais grosseiros. O que está de acordo com os
sedimentos superficiais da planície lodosa de Dorum, que é composta por sedimentos
lodosos não coesivos a areia fina. Baseado nas observações de densidade e diversidade
das associações de foraminíferos bentónicos, pode ser assumido que substratos
grosseiros (silte + argila <12-13%) favorecem o estabelecimento dos foraminíferos
epifaunais. Outros estudos, no entanto, revelam que quer a densidade quer a riqueza
específica estão claramente relacionados com o tamanho dos grãos de sedimento:
quanto maior for o grão, menor a densidade e a riqueza especifica e vice-versa. Os
resultados obtidos neste estudo revelaram ser diferentes. A densidade de foraminíferos bentónicos é relativamente elevada, mas a riqueza específica é muito baixa. Apenas três
espécies de foraminíferos bentónicos ocorrem na planície lodosa de Dorum. Isto poderá
estar relacionado com as severas condições físicas de hidrodinâmica que apenas
permitem a sobrevivência e desenvolvimento de espécies muito tolerantes.
Isto poderá explicar a existência de H. germanica num ambiente fisicamente controlado
como a planície lodosa de Dorum, onde existe uma elevada turbulência hidrodinâmica.
Outra explicação poderá estar relacionada com o facto de a H. germanica e o E.
williamsoni serem cleptoplásticos, isto é, são capazes de usar cloroplastos de
diatomáceas para fazer fotossíntese. Esta adaptação poderá conceder a estas duas
espécies um nicho ecológico em paralelo com a A. aomoriensis no ecossistema da
planície lodosa.
Quando são efetuadas reconstruções de temperatura com base em foraminíferos fósseis
(ex. Mg/Ca), a dinâmica de populações poderá ter uma influência significativa nos
valores obtidos. O sinal do registo geoquímico é obtido, normalmente, a partir do
registo químico total, que representa a média de crescimento de numerosos indivíduos
durante diferentes períodos, isto sob a influência de diferentes condições ambientais. No
entanto, o registo obtido é um sinal médio que não tem em conta as variações sazonais
de abundância. Quando são investigados foraminíferos fósseis, para a maior parte das
espécies, não é conhecido o seu pico de abundância durante o ano.
Neste estudo, o cálculo da temperatura média (23.4ºC) é aproximadamente 10ºC
superior ao valor de temperatura média registado para esta área, que é de 13.4ºC. O que
vem demonstrar que é importante conhecer as variações populacionais dos
foraminíferos, de modo a melhorar e compreender os indicadores (proxies)
geoquímicos, assim como a sua fiabilidade e limitação.
A dinâmica populacional na planície lodosa de Dorum-Neufeld nunca tinha sido
analisada de uma forma sistemática, confirmando com este estudo os pressupostos
anteriormente assumidos com base em observações realizadas em cultura de laboratório
Letters to and from Ludwig Tieck and His Circle: Unpublished Letters from the Period of German Romanticism Including the Unpublished Correspondence of Sophie and Ludwig Tieck
This monumental collection of 165 letters was acquired or reproduced in Europe before World War II. Fully edited, the letters between Tieck and his associates as well as between Ludwig and Sophie Tieck are an indispensable source of information on the author himself and the intellectual milieu of German Romanticism
Weeds in the treated field - a realistic scenario for pollinator risk assessment?
In July 2013 the European Food Safety Authority (EFSA) released its final guidance on the risk assessment of plant protection products (PPPs) to bees1. One objective of the guidance was to produce a simple and cost effective first tier risk assessment scheme to ensure that the appropriate level of protection is achieved. However, recent impact analyses have indicated that the first tier of this risk assessment does not act effectively as a screen for compounds of low risk to bees. For example substances showing no toxicity to bees often fail the tier 1 risk assessment based on a worst-case exposure to flowering weeds inside the treated field. If realistic farming practices (e.g. tillage and herbicide applications) are considered, weeds are not usually prevalent in arable fields. It is therefore suggested that the scenarios in the guidance could be considered overly conservative and in some instances unrealistic. The EFSA guidance states that if <10% of the area of use is flowering weeds then the exposure route is not relevant in the 90th %ile case, and thus does not need to be considered. However, despite this, the option to generate data or refine assessments based on available data is questioned as no guidance for the assessment of the abundance of weeds is available. As part of an industry-led initiative we present and discuss the use of empirical evidence (i.e. occurrence and growth stage of weeds in control plots from herbicide efficacy field trials conducted for regulatory submission) to illustrate that the scenarios in the guidance document could be modified using currently available data to create a more effective tier 1 risk assessment and still ensure that the appropriate level of protection is achieved. We have demonstrated here that less than 2% of all weeds recorded in arable crop trials (represented here by wheat, oilseed rape, sugar beet, sunflower, potatoes, maize, peas and beans) are at a flowering growth stage; therefore in arable crops the flowering weeds scenario is not applicable for the 90th %ile exposure. For permanent crop trials (represented here by orchards and vines) 37% of weeds were recorded at a flowering growth stage. When the attractiveness and density data are considered, the percentage of attractive, flowering weeds which cover >10% of the ground area is only 12.3%, indicating that for permanent crops further investigation may be required as to whether this scenario is relevant
- …