3,008 research outputs found

    The variable behavioural and physiological outcome of social challenges in two species of Brazilian damselfish

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    Tese de mestrado em Ecologia Marinha, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2017Todos os seres vivos poderão em algum momento no seu ciclo de vida experienciar algum tipo de stress, que pode ser definido como uma reacção a um estímulo desconfortável, físico ou psicológico (stressor), que afecta a homeostasia de um determinado indivíduo. Esses mesmos indivíduos estão constantemente expostos a esses agentes causadores de stress no seu habitat no meio natural, ou mesmo em condições laboratoriais, apesar de estes diferirem muito entre ambientes. Geralmente, os stressores desencadeiam uma reacção que provoca uma série de reacções bioquímicas e fisiológicas a nível do indivíduo de modo a que este recupere o seu equilíbrio homeostático. As reacções a esses estímulos variam muito entre espécies de acordo com a magnitude, tempo de exposição e origem do stressor. Os peixes são considerados animais mais sensíveis a possíveis alterações do meio, uma vez que estão em permanente contato directo com o mesmo devido às suas características morfológicas (corpo coberto por muco, escamas e pele). Essas características torna-os mais susceptíveis a alterações do meio ambiente podendo influenciar os seus níveis de stress, reforçando assim a importância da realização de estudos que permitam compreender de que forma os níveis de stress são afectados por variáveis bióticas e abióticas. Existem inúmeras variáveis que podem influenciar os níveis de cortisol nos peixes e consequentemente o seu stress. As espécies territoriais, como as donzelas, por exemplo, podem sofrer um aumento nos níveis de cortisol devido às contínuas intrusões no seu território por parte de outros peixes, que podem expulsar mais ou menos activamente. A carga parasitária é também outro dos factores que pode induzir stress nos peixes uma vez que os ectoparasitas se fixam na superfície corporal do hospedeiro e alimentam-se do seu sangue e tecidos, sendo mais frequentemente encontrados nas brânquias e barbatanas. Todos os ecossistemas de recifes de coral saudáveis são compostos por uma diversa comunidade de parasitas, contudo, essa comunidade irá afetar negativamente outros seres vivos marinhos. De modo a tentarem reduzir a sua carga parasitária, os peixes infectados, denominados geralmente por clientes, podem visitar estações de limpeza. Nestas estações de limpeza, os peixes-limpadores, como por exemplo algumas espécies de góbios (e.g. Elacatinus figaro) alimentam-se dos ectoparasitas dos peixes-clientes que as visitam no intuito de reduzirem a sua carga parasitária. No entanto, apesar de existir uma redução da carga parasitária promovida por esses limpadores, essa redução nem sempre implica uma diminuição nos níveis de stress certa e óbvia. Embora as espécies territoriais que possuem uma estação de limpeza no seu território possam beneficiar de um acesso mais fácil aos limpadores, podem também sofrer um aumento nas intrusões no seu território por potenciais clientes o que torna difícil de avaliar o resultado dessas interacções. A presente dissertação teve assim como objectivo principal medir os níveis de stress em duas espécies de peixes-donzela territoriais endémicos do Brasil, pertencentes à família Pomacentridae (Stegastes fuscus e Stegastes pictus) e compreender se variáveis como a carga parasitária e as intrusões no seu território iriam influenciar esses mesmos níveis de stress. Adicionalmente, tentou-se compreender se existiria algum grupo trófico que invadisse mais os territórios destas espécies e se, por ventura, juntamente com o tamanho do intruso induziriam uma resposta mais reactiva por parte das donzelas. Tentou-se ainda determinar se variáveis como temperatura, carga parasitária, tamanho do indivíduo e área do território influenciavam o comportamento alimentar das donzelas (foraging behaviour). Testou-se se a presença de uma estação de limpeza dentro do território de uma donzela teria influência na frequência de intrusões por outras espécies de clientes nesse mesmo território. Por último criou-se um modelo de modo a testar quais seriam as variáveis que influenciavam os níveis de cortisol de modo a tentar identificá-las como potenciais fontes de stress elevado. As amostragens foram recolhidas num recife rochoso em Arraial do Cabo, Brasil durante três meses. Foram recolhidos dados sobre variáveis abióticas relacionadas com o território, comportamento dos indivíduos, carga parasitária e níveis de cortisol. Foi ainda registada a presença de estações de limpeza no território de cada donzela observada e, sempre que houve uma procura por parte da donzela de uma estação de limpeza (dentro ou fora do seu território), registou-se também a frequência e tempo de limpeza despendido pelos góbios limpadores. No total foram observados 40 indivíduos, 20 S. fuscus e 20 S. pictus, durante 15 minutos, em que se analisaram quais as espécies de intrusos que invadiam esse território bem como o seu tamanho e a reacção da donzela à entrada desse mesmo indivíduo. Após concluídas as observações comportamentais os indivíduos eram capturados e levados para laboratório para que a carga parasitária de cada donzela fosse avaliada e identificada com o uso de uma lupa de dissecação, sempre que possível até à família. Finalmente, os níveis de cortisol de ambas as espécies foram também avaliados em laboratório recorrendo a uma análise de “whole-body cortisol”. As diferenças entre espécies foram analisadas recorrendo a testes de Mann-Whitney, enquanto que as diferenças entre grupos tróficos foram analisadas recorrendo a testes de Kruskal-Wallis. Por último, foram ainda elaborados alguns modelos estatísticos glm (general linear models) de modo a responder a algumas perguntas mais específicas, tal como quais seriam as variáveis que influenciavam os níveis de cortisol das donzelas em estudo. Diferentes funções (Gaussiana, Poisson e Binomial) foram usadas considerando as diferentes distribuições das variáveis dependentes em estudo. Apesar da frequência de intrusões não apresentar diferenças entre as espécies de donzelas estudadas, geralmente os territórios de S. pictus foram invadidos por intrusos maiores. Considerando o comportamento agonístico inerente a estas espécies territoriais, S. fuscus foi significativamente mais reactivo quando comparado com S. pictus, perseguindo e expulsando mais intrusos dos seus territórios. Além disso, descobriu-se que a frequência de chases era negativamente afectada pelo tamanho dos intrusos que invadiam os territórios das donzelas, quanto maior os intrusos menos eram perseguidos e expulsos dos territórios. Considerando a frequência de ectoparasitas de cada indivíduo não foram encontradas diferenças significativas na carga parasitária entre as espécies de donzelas o que poderá ser explicado pela proximidade ao solo a que ambas as espécies habitam. Por último foi ainda descoberto que as estações de limpeza parecem ter uma influência positiva na frequência de intrusos nos territórios das donzelas, apesar de não ser possível generalizar estes resultados, uma vez que a amostragem precisaria de ser mais homogénea. Assim sendo, num estudo futuro seria importante ter este factor em consideração. Contudo nenhuma das variáveis em estudo revelou ter uma influência nos níveis de cortisol o que deixa bastantes portas abertas para estudos futuros. Sendo já uma temática bastante estudada em zonas como as Caraíbas e Austrália, por exemplo, este estudo constitui-se como uma das primeiras explorações em Arraial do Cabo relativa à avaliação dos níveis de stress em ambiente natural. Esta zona é afectada por condições hidrológicas de especial interesse (fenómenos de correntes de upwelling) potenciando assim as diferenças de temperatura, visibilidade e nutrientes que poderão influenciar os níveis de stress dos seres vivos que aqui habitam, tornando-a assim um local de interesse para o presente estudo. Os resultados obtidos através deste estudo poderão ser um ponto de partida na origem de mais estudos complementares, que irão adicionar mais informação sobre o comportamento em espécies territoriais e ajudar a compreender melhor quais as variáveis que poderão influenciar o stress em peixes territoriais.Stress, as a reaction to an uncomfortable stimulus, promotes a set of physiological and/or behavioral responses to overcome potential threats and restore equilibrium. These responses vary among species according to magnitude, time of exposure and nature of the stressor. Territorial species, such as damselfishes, may experience an increase on cortisol levels by the continuous intrusions on their territory by other fishes, which they may chase. Ectoparasites are also capable of inducing stress by feeding on their host blood. To lower ectoparasite loads, infected fish - clients - may visit cleaning stations, however the decrease in stress levels promoted by cleaners is not always certain or obvious. While territorial species with a cleaning station on their territory may profit by having an easy access to cleaners, they may also have an increase of intrusions by other potential clients. The present study aimed to understand the outcome of these interactions and also try to learn if variables such as ectoparasite loads and/or territory intrusions influence cortisol levels in territorial species. Territories of two damselfish, Stegastes fuscus and Stegastes pictus from one rocky reef in Arraial do Cabo, Brazil, were sampled. Data about intrusions in the territory, agonistic and feeding behavior, ectoparasite loads and territory area were collected and analyzed. Furthermore, a whole-body cortisol analysis was performed. Although intrusions frequency did not present significant differences between damselfish species, S. pictus territories were invaded by larger intruders. Regarding agonistic behavior S. fuscus was significantly more reactive when compared with S. pictus, chasing more intruders from their territories. Furthermore, chase frequency was found to be negatively affected by size of the intruder, the larger the intruders the less they were chased. No significant differences were found in ectoparasite loads between damselfish species. It has been found in this study that cleaning stations seem to have a significant effect in intrusions frequency in damselfish territories. However, none of these variables appeared to influence cortisol levels. These results should lead to further complementary studies, which would add more information on the behavior of key territorial species and better understanding of the variables that may influence stress in fish

    Understanding the relevance of national culture in international business research: a quantitative analysis

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    This review is a comprehensive quantitative analysis of the International Business literature whose focus is on national culture. The analysis relies on a broad range of bibliometric techniques as productivity rankings, citation analysis (individual and cumulative), study of collaborative research patterns, and analysis of the knowledge base. It provides insights on (I) faculty and institutional research productivity and performance; (II) articles, institutions, and scholars’ influence in the contents of the field and its research agenda; and (III) national and international collaborative research trends. The study also explores the body of literature that has exerted the greatest impact on the researched set of selected articles.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    INTEGRAÇÃO REGIONAL E INTERNACIONAL DO MERCOSUL: UMA MEDIDA DE INTEGRAÇÃO E DE ACESSO A MERCADOS A PARTIR DA ESTIMAÇÃO DO EFEITO-FRONTEIRA

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    The main purpose of this article is to evaluate the degree of integration of Mercosur both at a regional and a multilateral level. We estimate a gravity equation in order to assess the border effect and the degree of integration among Mercosur countries during the 90's.

    Worries, mental and emotional health difficulties of portuguese university students

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    Copyright © Society for Science and Education, United KingdomThe aim of this study was to reach an in-depth understanding on how Portuguese university students feel towards life in general, which are their worries, how often they feel worried, and how intense their worries are. Moreover, it was intended to identify the kind of psychosocial variables involved, strategies they use as well as which are the sources of their well-being. A total of 2991 university students, participated in the quantitative study and in the qualitative study, there were 50 participants between 18 and 35 years old. A significant minority of students got worried frequently, allowing their worries to interfere significantly in their lives. Gender and age differences were found. Having worries demonstrated to be relevant and negatively associated with young people’s perception of well-being, self-regulation and resilience; showing that the mental health of the Portuguese university students is at risk, mainly when their social emotional skills are underdeveloped.Foundation for Science and Technology (FCT) (Grants: Marta Reis-SFRH/BPD/110905/2015)info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Avaliação dinâmica do potencial cognitivo em alunos com baixo rendimento escolar

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    Este estudo decorre da necessidade de adequar os modelos de avaliação psicológica às características e às necessidades dos indivíduos tem vindo a marcar os mais recentes desenvolvimentos no âmbito da avaliação dinâmica do potencial cognitivo. O interesse crescente pela avaliação da modificabilidade cognitiva tem suscitado o desenvolvimento de modelos alternativos ao modelo tradicional de avaliação e diagnóstico centrado no desempenho cognitivo. A adaptação de provas convencionais tem sido uma das alternativas assumidas por diversos investigadores, pelas condições de estandardização, normalização, validade e consistência interna de tais provas. Assim, tendo como instrumento a BPR 5-6 (Almeida, 2003; 2006), testámos o modelo de avaliação dinâmica assente no formato avaliação-intervenção-avaliação, com alunos do 6º ano de escolaridade, identificados com baixo desempenho escolar, com o objectivo de analisar em que medida a avaliação da linha de base de desempenho constitui um ponto de partida para o planeamento e implementação de actividades de mediação e enriquecimento cognitivo em termos de modificabilidade cognitiva ou capacidade de aprendizagem nos alunos. Os resultados demonstram que inteligência e a capacidade de aprendizagem são modificáveis por acção dos mediadores, demonstrando que o modelo de avaliação-intervenção-avaliação do potencial cognitivo e a BPR 5-6, podem introduzir mudanças profundas no sistema tradicional avaliação e intervenção psicológica de alunos com baixo desempenho

    Avaliação da influência de fatores ambientais na expressão de genes de saxitoxina de cianobactérias

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    O trabalho apresentado nesta Dissertação de Mestrado foi realizado no Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, sob a coorientação da Mestre Carina Menezes e Doutora Elsa Dias.Dissertação de mestrado em Biologia Humana e Ambiente, apresentados à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 2019Orientadora Elisabete Valério, Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo JorgeDissertação defendida em 2020.As cianobactérias são seres procariotas fotossintéticos com uma longa história evolutiva, o que possibilitou o desenvolvimento de várias características que permitem a sua adaptação perante as alterações climáticas e as modificações antropogénicas que se verificam nos sistemas aquáticos. Algumas cianobactérias, perante condições favoráveis, atingem elevadas densidades celulares originando os blooms. Este fenómeno está frequentemente associado à produção de toxinas. Dentro do grupo das cianotoxinas, a saxitoxina (STX) e os seus análogos têm ganho algum destaque uma vez que a sua ocorrência nos corpos de água doce representa um fenómeno mundial com um número crescente de casos nos últimos dez anos. A STX e os seus análogos são um grupo de alcalóides que são conhecidos por bloquear principalmente os canais de sódio das membranas dos axónios dos neurónios, afetando assim o sistema nervoso de vários animais, incluindo o Homem. Pode causar severas paralisias, levando inclusivé a uma falha respiratória, e consequentemente provocar a morte. Estas toxinas são produzidas por uma via biossintética única, sendo o cluster sxt responsável por codificar as proteínas que permitem a síntese e o transporte das toxinas SXTs para o meio extracelular. A presença destas toxinas nos corpos de água representa uma ameaça para a saúde humana, para a estabilidade do ecossistema e economia em todo o mundo. Muitos estudos laboratoriais têm mostrado que vários fatores ambientais afetam de diferentes formas a síntese de STXs. Perante o atual contexto de aquecimento global, as temperaturas médias das águas estão a aumentar pelo que muitas cianobactérias estão a expandir a sua distribuição geográfica, especialmente algumas espécies produtoras de STXs. Neste contexto torna-se particularmente importante perceber de que modo a temperatura pode influenciar o crescimento de cianobactérias produtoras de STXs e a sua respetiva síntese. A nível molecular, os efeitos que a própria temperatura tem sobre os níveis de transcrição de genes pertencentes ao cluster sxt encontram-se ainda pouco elucidados, estando descritos apenas numa espécie. De modo a providenciar novos conhecimentos nesta área, este trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre três temperaturas diferentes (10, 20 e 30 °C) e parâmetros relacionados com o crescimento [taxa de crescimento, densidade celular e formação de células especializadas (heterócitos e acinetos)], a produção de STXs, e os níveis de expressão de genes que permitem sua síntese (sxtA) e o transporte de SXTs (sxtM e sxtPer) em duas estirpes de cianobactérias, Aphanizomenon gracile LMECYA40 e Cuspidothrix issatschenkoi LMECYA31, isoladas em albufeiras portuguesas. Os resultados obtidos permitiram estabelecer, para ambas as estirpes, uma relação entre as taxas de crescimento e a temperatura, sendo que este primeiro parâmetro foi menor nas culturas que cresceram a 10 °C e maior a 20 °C. A 30 °C nenhuma das culturas de A. gracile LMECYA40 e C. issatschenkoi LMECYA31 cresceu. À temperatura de 20 °C, também se verificou que C. issatschenkoi LMECYA31 produziu duas vezes mais STXs totais (toxin quota cell) ao longo das fases do crescimento do que A. gracile LMECYA40. Em ambas as espécies, a maior produção de STXs ocorreu a 20 °C na fase exponencial final. Em A. gracile LMECYA40, a formação de um elevado número de heterócitos ocorreu nas fases antecedentes às fases de maior produção de SXTs totais. Detetou-se a formação de acinetos nas duas estirpes a 10 °C, e no que diz respeito a C. issatschenkoi LMECYA31, a formação de acinetos com grandes volumes coincidiu com uma menor produção de STXs. Os níveis de expressão génica de sxtM e sxtPer foram influenciados pela temperatura e pela fase de crescimento correspondente nas duas estirpes. De uma forma geral, os dados obtidos sugerem que há uma regulação positiva destes genes à temperatura de 10 °C que foi acompanhada por o aumento deCyanobacteria are photosynthetic prokaryotes with a long evolutionary history, which enabled them to adapt to climatic changes and more recently to anthropogenic modifications of aquatic environments. A few cyanobacterial species, under favorable conditions, form massive surface growths named ‘blooms’, which are often associated with the production of toxins. Within cyanotoxins, saxitoxin (STX) and its analogues have gained some prominence, since their occurrence in freshwater bodies represents a worldwide phenomenon with an increasing number of cases in the last ten years. Saxitoxins are a group of carbamate alkaloid that are known to inhibit the sodium ion channels affecting the nervous system in vertebrates, which cause severe paralyses with respiratory failure ultimately ending in death. They are produced by a unique biosynthetic pathway, where the cluster sxt is responsible for encoding proteins that allow the synthesis and export of STXs. The presence of these toxins in water bodies represents a significant threat to human health, ecosystems stability and economy all over the world. Given these concerns, several environmental factors have attracted attention due to their potential impact on bloom formation and in the production of STXs. Many laboratory studies have shown that various environmental factors affect STXs synthesis in different ways. In the current context of global warming, where the average water temperatures are rising, many cyanobacteria are expanding their geographical distribution, especially STXs-producing species. It becomes therefore imperative to understand how temperature can influence the growth of STXs-producing cyanobacteria and their synthesis. Moreover, the effects of temperature on the transcription levels of genes belonging to the sxt cluster are poorly understood, being currently only described in one species. The aim of this study was to access the influence of three different temperatures (10, 20 and 30 °C) on STXs production and transportation during the several growth phases, in two strains producers of STXs, Aphanizomenon gracile LMECYA40 and Cuspidothrix issatschenkoi LMECYA31, isolated from Portuguese freshwaters. The goal was to establish a relationship between several parameters such as growth, STXs production, production of specialized cells (heterocytes and akinetes) and expression levels of genes that allow synthesis (sxtA) and transport of SXTs (sxtM and sxtPer) in these two strains. The results obtained allowed to establish a relation between the growth rates and the temperature in both strains. Specifically, the growth rate was lower in the cultures that grew at 10 °C and higher at 20 °C. None of the two isolates grew at 30 °C. At 20 °C, C. issatschenkoi LMECYA31 produced twice the amount of total STXs (toxin quota cell) throughout the growth stages when compared to the A. gracile LMECYA40. In both species the highest STXs production occurred in the final exponential phase at the temperature of 20 °C. In A. gracile LMECYA40, the formation of a large number of heterocytes occurred in the phases preceding a higher production of total SXTs. Akinetes production was detected in both strains at 10 °C. In the case of C. issatschenkoi LMECYA31, the formation of akinetes with large volume was coincident with a lower production of STXs. The expression levels of sxtM and sxtPer genes were influenced by temperature and growth phase in both strains. Overall, the data obtained suggest an over-regulation of these genes at 10 °C which was accompanied by an increase in total STXs. This may imply a higher concentration of extracellular STXs. On the other hand, the highest gene expression occurred in the late growth phases (exponential and stationary). Therefore, it can be concluded that the temperature influenced all the parameters analyzed, although affecting differently the strains A. gracile LMECYA40 and C. issatschenkoi LMECYA31. The results obtained in this study may be incorporated into predictive models or employed in the development of new monitoring techniques to manage bloom development and STX production, thus minimizing potential risks for humans and animals.N/

    Atividade física e qualidade de vida em utentes do serviço de fisioterapia

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    Enquadramento: Atualmente tem-se assistido ao aumento da procura dos serviços de saúde, nomeadamente da fisioterapia, não só por condições agudas ou traumáticas, mas cada vez mais pelo aumento de condições de saúde crónicas, que levam a um aumento da mortalidade e da morbilidade. Este estudo tem como objetivo compreender a relação do nível de atividade física (AF) e qualidade de vida (QV) com a epidemiologia das condições de saúde (patologias) em indivíduos que recorreram a intervenção da Fisioterapia. Metodologia: Participaram no estudo 194 utentes do SMFRS, dos quais 32% (n=62) eram do género masculino e 68% (n=132) do género feminino. A idade dos inquiridos variou entre os 15 e os 88 anos com uma média de idades de 61,26 anos (± 15,08 anos). Selecionou-se o questionário como instrumento de metodologia quantitativa, sendo constituído por 6 questionários: sobre os dados sociodemográficos, sobre o problema principal, sobre os dados de saúde e sobre a prática de atividade física, sobre o nível de atividade Física e sedentarismo (utilizando o International Physical Activity Questionnaire – IPAQ) e sobre a qualidade de vida (utilizando o MOS Short Form Health Survey – 36 itens versão 2 - MOS-SF36v2). Todas as análises estatísticas foram obtidas através do software IBM SPSS 24.0, com o nível de significância definido para 0,05. Realizaram-se testes de Qui-quadrado, ANOVA e MANOVA. Resultados:. A maioria dos utentes apresenta um IMC com classificação de obeso ou sobrepeso (55,2%; 15,5%, respetivamente). Na situação no serviço verificou-se que 51% têm recorrência dos sintomas e 24,2% antecedentes familiares. Associadas ao motivo da ida ao serviço de fisioterapia, foi encontrada a existência de várias doenças crónicas não transmissíveis (DCNT). A hipertensão (44,8%), o colesterol elevado (57,7%) e a diabetes (22,7%) são os problemas de saúde mais frequentes. Apenas 19,6% dos utentes não têm mais nenhum problema de saúde além do que o levou à fisioterapia. Sobre a prática de AF, verificou-se uma elevada percentagem (64,4%) de inatividade física. Verificou-se também 19,6% da amostra abandonou a prática (não praticam, mas já praticaram) e que apenas 16% afirmaram praticar AF. As modalidades dos sujeitos que praticam atividade física são hidroginástica e ginástica (22,6%), ginásio/musculação (19,4%), caminhadas (16,1%) e combinação de diversas modalidades (16,1%). Sobre a frequência de prática semana verificou-se 35,5% realiza AF 3 ou + xs/ sem., 45,2% realiza 2 xs/ sem., 12,9% realiza ocasionalmente e 6,5% realiza 1 xs/sem.. Os sujeitos que abandonaram a prática de AF, fizeram-no numa idade que varia entre os 13 anos e os 87 anos, apresentando os seguintes motivos: saúde (34,1%), não tenho tempo (31,8%), não existe local conveniente (11,4%), não tenho um local seguro para fazer exercício (4,5%), não aprecio o exercício (4,5%), estou muito cansado (2,3%), não tenho companhia para fazer exercício (2,3%), condições climatéricas (2,3%), o exercício é muito agressivo/difícil (2,3%), o exercício é aborrecido (2,3%) e não gosto do professor (2,3%). Através do IPAQ verificou-se que 44% da amostra é inativa, 38,1% moderadamente ativa e 17,9% suficientemente ativos para obter benefícios na saúde (HEPA). O tempo sentado varia entre um mínimo de 90 minutos e um máximo de 1300 minutos diários. Os scores obtidos na QV são baixos, sendo que as dimensões físicas apresentam scores médios piores do que as dimensões mentais, com a média mais baixa para a saúde geral (SG) com 46,51 (± 18,07) e a mais alta para a Função Social (FS) com 79,44 (± 26,05). Existe associação entre os dados sociodemográficos e os dados de saúde (género feminino com osteoporose; idade mais avançada com diabetes, HTA, Colesterol, DCV, osteoporose e maior número de comorbidades; menor escolaridade com HTA e maior número de comorbidades; e IMC maior com HTA), entre a prática de AF e dados sociodemográficos (não prática de AF com maior idade e menores habilitações literárias), entre a prática de AF e os dados de saúde (não prática de AF com HTA), entre a prática de AF e as patologias (valores piores para o AVC, outras condições neurológicas e linfedema), entre a prática de AF e o tempo sentado (menor prática de AF, maior tempo sentado), entre o nível de AF e o tempo sentado (maior inatividade, maior tempo sentado), entre a QV e as patologias [função física (FF), Desempenho Físico (DF), e FS e Mudança de Saúde (MS) com piores resultados para o AVC, outras condições neurológicas e linfedema e Dor Corporal (DC) com maior scores para o AVC e outras condições neurológicas], entre a QV e os dados sociodemográficos (género feminino e pior DC, Vitalidade (VT) e Saúde Mental (SM) e MS; idade maior e pior FF, DF, SG e SM; mais habilitações literárias e melhor FF, DF, SG, e SM e utentes analfabetos maior FS; e maior IMC e menor FS), entre a QV e os dados de saúde (piores resultados nas dimensões indicadas para quem tem a DCNT: diabetes e DF; HTA e FF, DF e SG; colesterol elevado e SG e SM; DCV e DC e SG e MS; osteoporose e VT; outros problemas de saúde e SG e SM; maior número de comorbilidades e FF, DF e SG), entre a QV e a prática de AF (não prática de AF e pior FF, DF e SG), entre a QV e o nível de AF (menor nível de AF e pior FF, DF e FS) e entre a QV e o tempo sentado (maior tempo sentado pior FF e DF). Conclusões: Esta é uma população particularmente frágil e vulnerável, caracterizada pela sobreposição de vários fatores de risco (doença, obesidade e inatividade física) pelo que deverão ser alvo de uma atenção especial. Mais estudos, de mais tipologias são necessários. Intervenções específicas para esta população deverão ser desenvolvidas e testada a sua efetividade. Sugere-se o trabalho com equipas multidisciplinares

    Au(III) Catalyzes the Cross-Coupling Between Activated Methylenes and Alkene Derivatives

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    In the last decade substantial efforts were devoted towards the exploitation of the Au(I) as a promising tool to promote C[sbnd]C bond formation reactions via the activation of unsaturations. Among these efforts, Au(I)/Au(III) cross couplings mediated by a co-oxidant or by photoactivation sit at a privileged position. Au(III) has also shown a rich chemistry but, due to its hardness and lower affinity for unsaturations, it is less often the catalyst of choice in C[sbnd]C bond forming strategies. Surprisingly, we have recently found two examples of cross-coupling reactions in which the authors report to be adding Au(III) to the reaction flask while claiming that Au(I) is the species responsible for the catalytic events. One of such cases even occurs under oxidizing conditions. Here we present a detailed computational study in which we explore the mechanism behind these C[sbnd]C forming reactions. Our results suggest that Au(III) can efficiently catalyze these transformations, thus invoking this exotic reduction is not only unnecessary but also energetically unfavourable
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